Boletim Estatístico Janeiro Setembro 2013 Cuidados de Saúde Primários (CSP)
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- Amadeu Lopes Marroquim
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1 Boletim Estatístico Janeiro Setembro 2013 Cuidados de Saúde Primários (CSP) Fonte - SIARS: Dados extraídos a 21/10/2013, os dados podem estar sujeitos a correção.
2 Glossário Enquadramento - conceitos Cuidados de saúde primários Cuidados de saúde essenciais postos ao dispor de indivíduos e famílias da comunidade através de meios que lhes são aceitáveis, contando com a sua participação integral e a um custo que a comunidade e o país podem suportar. Fazem parte integrante do sistema de cuidados de saúde do país, de que são o núcleo, e do desenvolvimento económico-social global da comunidade. (OMS, Alma Ata, 1978) Utente Uma pessoa que recebe ou estabelece um contrato para receber cuidados ou conselhos médicos de um prestador de cuidados de saúde, junto de quem pode (ou não) estar previamente inscrita. Utente inscrito Utente que está inscrito numa unidade de cuidados de saúde, mas que não está necessariamente a receber cuidados de saúde. Utilização Relaciona população utilizadora de uma determinada atividade com a população inscrita nessa atividade. Utilizador Utente que frequenta a USF/CS, pelo menos uma vez por ano. Atendimento em urgência Ato de assistência prestado num estabelecimento de saúde, em centros de saúde ou hospitais, em instalações próprias, a um indivíduo com alteração súbita do seu estado de saúde. Programa de saúde Conjunto de atividades dirigidas a determinados grupos vulneráveis ou de risco, seguindo orientações técnicas oficiais, inserindose num processo assistencial pré-definido, seja ele de prevenção, terapêutica ou de reabilitação.
3 Glossário Enquadramento - conceitos Consulta de medicina geral e familiar Consulta médica, em Centros de Saúde, no âmbito da especialidade que, de forma continuada, se ocupa dos problemas de saúde não diferenciados dos indivíduos e das famílias. Consulta de adultos -Consulta médica não diferenciada, prestada nos Centros de Saúde, a indivíduos de 19 ou mais anos de idade (excetuam-se as consultas de Saúde Materna, Planeamento Familiar e Saúde Pública). Consulta de especialidade Consulta médica, em Centros de Saúde e Hospitais, prestada no âmbito de uma especialidade de base hospitalar, que deve decorrer de referência ou encaminhamento por médico de outra especialidade. Consulta de planeamento familiar - Consulta médica, em Centros de Saúde, realizada no âmbito da Medicina Geral e Familiar ou de outra especialidade, em que haja resposta por parte do médico a uma solicitação sobre conceção, preconceção, infertilidades ou fertilidade. Consulta de saúde infantil e juvenil Consulta médica não diferenciada, em Centros de Saúde, prestada a menores de 19 anos de idade (excetuam-se as consultas de Saúde Materna, Planeamento Familiar e Saúde Pública. Consulta de saúde materna Consulta médica prestada, em Centros de Saúde, a uma mulher grávida ou no período pós-parto, em consequência de uma gravidez. Consulta no domicílio Consulta prestada ao utente no domicílio, em lares ou em instituições afins.
4 Utentes Inscritos e Frequentadores Inscritos Sem Médico Família Sem Méd Fam p/ opção Médico Família Total Diferença de Var(%) 2012/ ,46% -3,74% 4,83% 1,15% A 30 de Setembro: Inscritos frequentadores Acréscimo global de 1.15% comparativamente ao período homólogo de Em particular: o Inscritos com médico família Regista um acréscimo de aproximadamente 4.83%; o Inscritos sem médico de família (não inclui os s/ médico por opção) Regista um decréscimo de 12.46%.
5 Utentes Inscritos ACES Sem Médico Família Sem Méd Fam p/ opção Frequentadores Médico Família Total Sem Médico Família Não Frequentadores Sem Méd Fam p/ opção Médico Família Total Total Geral Lisboa Norte Lisboa Central Lisboa Ocidental e Oeiras Cascais Amadora Sintra Loures - Odivelas Estuário do Tejo Almada - Seixal Arco Ribeirinho Arrábida Oeste Norte Oeste Sul Médio Tejo Lezíria Total Máximo Mínimo
6 Inscritos síntese: o Total Frequentadores Aumento de 1.15% face ao período homólogo de 2012; o O ACES Sintra regista o maior número de utentes frequentadores ( ) dos quais 72.61% têm médico de família, sendo em peso relativo um dos ACES com menor cobertura de frequentador por médico família. o O ACES de Lisboa Central possui o maior número de não frequentadores (70.029); o O ACES Arco Ribeirinho destaca-se pelo menor número de utentes frequentadores sem médico de família por opção; o No conjunto de frequentadores e não frequentadores o ACES Sintra assinala o maior número de inscritos e o ACES Oeste Norte o menor.
7 Utilizadores Utilizadores (distintos) na região LVT por Médico de Família Utilizadores Esporádicos Sem médico Sem Médico Médico de de Família Família p/ opção Família Total Jan - Set Jan Set Diferença Var (%) 2012/2013-4,77% -7,69% -2,29% 4,42% 2,50% Na total da região de Lisboa e Vale do Tejo, verifica-se: o Aumento de 2.5% do total de utilizadores face ao período homólogo de 2012; o Utilizadores com médico família Aumento de 4.4% comparativamente ao homólogo de 2012; o Utilizadores sem médico de família (não inclui os s/ médico por opção) Diminuição de 7.7% face ao período homólogo de 2012.
8 Utilizadores Utilizadores (distintos) por ACES e Médico Família ACES Esporádico Sem Médico Família Sem Méd Fam p/ opção Médico Família Total Lisboa Norte Lisboa Central Lisboa Ocidental e Oeiras Cascais Amadora Sintra Loures - Odivelas Estuário do Tejo Almada - Seixal Arco Ribeirinho Arrábida Oeste Norte Oeste Sul Médio Tejo Lezíria Total Máximo Mínimo
9 Utilizadores Utilizadores (distintos) ACES - Caracterização por Sexo e Grau Etário <= 14 Anos Anos Anos anos > = 65 Anos Masculino Feminino No global dos ACES verifica-se que: A procura de cuidados de saúde (a partir dos 15 anos) é maior nos utentes do sexo feminino; Há uma maior utilização de cuidados de saúde por parte dos utentes com idade igual ou superior a 65 anos.
10 Utilizadores (distintos) síntese: o Verifica-se um aumento de 2.5% no total de utilizadores da Região de Lisboa e Vale do Tejo. o Denota-se maior procura dos CSP por parte de utentes com ou mais de 65 anos, com predomínio do sexo feminino. Por ACES observa-se que: o O ACES Almada-Seixal regista globalmente o maior número de utilizadores. o O ACES Amadora apresenta globalmente o menor número de utilizadores.
11 Consultas por Programa de Saúde Programa de Saúde Jan - Set 2012 Jan - Set 2013 Diferença Variação (%) Saúde Adultos ,4% Saúde Infantil ,6% Saúde Materna ,8% Planeamento Familiar ,6% Especialidade ,4% Domicílios ,8% Total Consultas ,2% No total de consultas por programa de saúde verifica-se um decréscimo de 3.2% face ao período homólogo. Comparativamente ao período homólogo de 2012 regista-se: o Saúde Adultos Diminuição de 3.4%, o equivalente a menos consultas; o Especialidade Maior variação negativa: regista uma quebra de 54.4% ( consultas); o Planeamento Familiar Maior variação positiva: acréscimo de 12.6%; o Domicílios Aumento de 5.8%.
12 Consultas por Programa de Saúde Consultas e variação (%) face ao período homólogo ACES Saúde Adultos Var (%) Saúde Infantil Var (%) Saúde Materna** Var (%) Planeamento Familiar Var (%) Especialidade Var (%) Domicílios Var (%) Total Geral Var (%) Lisboa Norte ,95% ,12% ,66% ,22% ,37% ,59% ,31% Lisboa Central ,41% ,85% ,91% ,02% ,64% ,22% ,45% Lisboa Ocidental e Oeiras ,81% ,05% ,05% ,59% ,50% ,98% ,23% Cascais ,03% ,36% ,47% ,85% -100,00% ,64% ,74% Amadora ,16% ,81% ,06% ,97% ,90% 994-6,05% ,42% Sintra ,25% ,22% ,99% ,24% ,96% ,71% ,26% Loures - Odivelas ,17% ,07% ,46% ,19% ,37% ,66% ,96% Estuário do Tejo ,26% ,02% ,22% ,19% -100,00% ,23% ,10% Almada - Seixal ,59% ,62% ,57% ,47% ,07% ,58% ,46% Arco Ribeirinho ,09% ,12% ,00% ,92% ,95% ,58% ,64% Arrábida ,50% ,87% ,49% ,49% ,77% ,76% ,29% Oeste Norte ,88% ,84% ,42% ,62% -100,00% ,99% ,78% Oeste Sul ,78% ,00% ,85% ,50% ,28% ,51% ,80% Médio Tejo ,16% ,82% ,39% ,50% -100,00% ,94% ,10% Lezíria ,48% ,67% ,82% ,00% ,53% ,46% ,80% Total Var(%) -3,43% -0,63% -7,77% 12,55% -54,35% 5,77% -3,21% Máximo Mínimo ** Inclui revisão do puerpério
13 Consultas por Programa de Saúde síntese: o No total de consultas por programa de saúde, verifica-se um decréscimo de 3,2% face ao período homólogo de 2012; o Constata-se uma diminuição (-2,5%) de consultas de Medicina Geral e Familiar, realizadas nos ACES da Região de LVT face a o As maiores subidas em 2013 relativamente ao período homólogo, verificaram-se nas consultas de planeamento familiar (12,6%) e nas consultas domiciliárias médicas (5,8%). o Verifica-se uma diminuição acentuada (-54,4%) do número de consultas de especialidade, justificada entre outros fatores, pela tendência de desaparecimento deste tipo de consultas nos CSP; o O ACES Amadora regista no conjunto dos programas de saúde o menor número de consultas; o O ACES Almada-Seixal assinala o maior número de consultas por programa de saúde; o O ACES Arco Ribeirinho, Arrábida e Médio Tejo registam variação positiva, em termos totais, no número de consultas por programa de saúde, com um aumento de 5,6%, 2,3% e 0,1% de consultas, respetivamente.
14 Consultas Urgentes (consultas de doença aguda) Comparação período homólogo e caracterização por sexo e idade Consultas Urgentes Jan Set Jan Set Diferença Var (%) 2012/ % <= 14 Anos Anos Anos anos > = 65 Anos Masculino Feminino o o o Para o total de consultas de doença aguda verifica-se um decréscimo de aproximadamente 23% face ao período homólogo de 2012; A distribuição etária reflete maior frequência de episódios urgentes entre os 45 e os 64 anos de idade; As consultas de doença aguda são mais frequentes no sexo feminino à excepção do grupo etário com idade igual ou inferior a 14 anos.
15 Consultas Urgentes (consultas de doença aguda) Comparação período homólogo (mensal) Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Consultas Urgentes Jan-Set 2012 Consultas Urgentes Jan-Set 2013 o Verifica-se uma redução de situações de doença aguda em 2013 face a igual período homólogo; o Os meses onde se verificam maior número de consultas urgentes em 2013 são Janeiro e Março, respetivamente.
16 Consultas de doença aguda Causas As causas das consultas urgentes estão repartidas em dois grandes grupos: Doença e Não Doença. Doença Não Doença % Composição das causas de Não Doença % Outra Causa Outro Acidente Acidente doméstico Acidente de trabalho Acidente escolar Agressão Acidente de viação Violência Doméstica
17 Consultas Urgentes (doença aguda) Destino Os destinos das consultas urgentes são: Domicílio e Não Domicílio % Domícilio/ Alta Não Domicílio Composição dos Não Domicílio % 34 0% % % 56 0% % % Ambulatório Internamento Cuidados Hospitalares Falecido Em Tratamento Desistência
18 Consultas Urgentes (de doença aguda) síntese: o Verifica-se um decréscimo de 23% no total das consultas de doença aguda, face ao período homólogo de 2012; o O maior número de consultas de doença aguda verifica-se na faixa etária de anos de idade. o 97% dos casos de consultas urgentes têm origem na doença. o 78% dos casos de consulta de doença aguda têm como encaminhamento o domicílio (alta). o Os restantes casos, não domicílios, 78% (aproximadamente) são encaminhados para o Centro de Saúde / médico de família (ambulatório).
19 Registo ICPC Classificação Internacional de CSP Jan Set 2013 Jan Set 2013 Diferença ( ) ACES % de Consultas com 1 ou + ICPC's preenchidos Número de Unidades de Saúde Familiar Número de Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados % de Consultas com 1 ou + ICPC's preenchidos Número de Unidades de Saúde Familiar Número de Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados % de Consultas com 1 ou + ICPC's preenchidos Lisboa Norte 68,70% ,87% 7 8 5,17% Lisboa Central 49,13% ,09% ,96% Lisboa Ocidental e Oeiras 70,76% ,91% 7 8 5,15% Cascais 56,25% ,10% 9 4 2,84% Amadora 57,78% ,18% ,40% Sintra 63,77% ,47% ,70% Loures - Odivelas 61,25% ,03% ,78% Estuário do Tejo 61,80% ,21% ,41% Almada - Seixal 61,11% ,21% ,10% Arco Ribeirinho 50,70% ,17% ,48% Arrábida 51,12% ,60% ,47% Oeste Norte 59,76% ,92% 8 8 9,16% Oeste Sul 58,00% ,17% ,17% Médio Tejo 62,52% ,78% ,26% Lezíria 72,49% ,68% ,19% Máximo 72,49% ,68% ,19% Mínimo 49,13% ,10% 5 4 9,97% Média 60,34% ,83% ,48% o Verifica-se um aumento em 7,48 p.p. na média da percentagem de consultas com um ou mais registos de ICPC. Nota: Consultas em módulo clínico
20 Registo ICPC Classificação Internacional de CSP 80,00% 90,00% 70,00% 80,00% 70,00% 60,00% 60,00% 50,00% 50,00% 40,00% 40,00% 30,00% 30,00% 20,00% 10,00% 20,00% Lisboa Norte Lisboa Central Lisboa Ocidental e Oeiras Cascais Amadora Sintra Loures - Odivelas Estuário do Tejo Almada - Seixal Arco Ribeirinho Arrábida Oeste Norte Oeste Sul Médio Tejo Lezíria 0,00% Jan - Set 2012 Jan - Set 2013 Nota: Consultas em módulo clínico
21 Registo ICPC Classificação Internacional de CSP Área ICPC N.º registos % Sistema musculo-esquelético ,67% Aparelho circulatório ,23% Endócrino, metabólico e nutricional ,31% Geral e inespecífico ,02% Aparelho respiratório ,86% Psicológico ,23% Aparelho digestivo ,18% Pele ,46% Aparelho genital feminino (incluíndo mama) ,50% Aparelho urinário ,20% Olhos ,42% Sistema nervoso ,25% Ouvidos ,11% Gravidez e planeamento familiar ,03% Aparelho genital masculino ,51% Sangue, órgãos hematopoiéticos e linfáticos ,19% Problemas sociais ,83% Total ,00% o o o O total de n.º de registos nas áreas de ICPC é de ; O Sistema músculo-esquelético representa a área de ICPC com maior número de registos; A menor percentagem de registos encontra-se na área de problemas socias. Nota: Consultas em módulo clínico
22 Registo ICPC síntese: Comparativamente ao período homólogo verifica-se um aumento em 7,48 p.p. na média da percentagem de consultas com um ou mais registos de ICPC. O ACES Lisboa Central apresenta o maior aumento de ICPC preenchidos (15,96%) relativamente ao período homólogo. O ACES Médio Tejo apresenta a menor média de ICPC por consulta é também o ACES que assinala menor aumento de ICPC registados por consulta. O ACES de Cascais é o que menos registos pratica por consulta. O Sistema músculo-esquelético representa a área de ICPC com maior número de registos. Nota: Consultas em módulo clínico
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