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1 UNIDADES DE SAÚDE FAMILIAR UFCSP UOFC Análise da atividade realizada em 2010

2 ÍNDICE ÍNDICE... 1 ÍNDICE DE TABELAS... 3 ÍNDICE DE FIGURAS... 4 LISTA DE SIGLAS... 6 ENQUADRAMENTO... 7 METODOLOGIA... 8 A UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR PADRÃO DESEMPENHO POR REGIÃO DE SAÚDE ACESSO DESEMPENHO ASSISTENCIAL Planeamento familiar e Vigilância da Gravidez...23 Saúde Infantil e Vacinação...26 Vigilância Oncológica...32 Diabetes...34 Hipertensão Arterial...37 EFICIÊNCIA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS NOTAS FINAIS ANEXO I ANÁLISE DO DESEMPENHO POR REGIÃO DE SAÚDE INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS ANEXO II - ANÁLISE DO DESEMPENHO POR REGIÃO DE SAÚDE INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS ANEXO III - INDICADORES PARA A ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS _ TOTAL NACIONAL ANEXO IV INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS _ TOTAL NACIONAL ANEXO V - INDICADORES PARA A ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS _ REGIÃO NORTE ANEXO VI INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS _ REGIÃO NORTE ANEXO VII - INDICADORES PARA A ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS _ REGIÃO CENTRO ANEXO VIII INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS _ REGIÃO CENTRO ANEXO IX - INDICADORES PARA A ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS _ REGIÃO LISBOA E VALE DO TEJO ANEXO X INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS _ REGIÃO LISBOA E VALE DO TEJO ANEXO XI - INDICADORES PARA A ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS _ REGIÃO ALENTEJO Administração Central do Sistema de Saúde, IP Índice 1

3 ANEXO XII INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS _ REGIÃO ALENTEJO ANEXO XIII - INDICADORES PARA A ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS _ REGIÃO ALGARVE ANEXO XIV INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS _ REGIÃO ALGARVE ANEXO XV - PONTUAÇÃO OBTIDA POR CADA USF, ANOS 2008, 2009 E Índice Administração Central do Sistema de Saúde, IP

4 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1. Universo das USF incluídas na análise Tabela 2. Valores mínimos, medianos e máximos dos indicadores para atribuição de incentivos institucionais [2009 (N=158 USF) E 2010 (N=220 USF)] Tabela 3. Valores mínimos, medianos e máximos dos indicadores para atribuição de incentivos financeiros [2009 (N=82 USF) E 2010 (N=108 USF)] Tabela 4. Medianas por indicadores contratualizados para a aplicação de incentivos institucionais, por tipo de USF [2009 (N=158 USF) E 2010 (N=220 USF)].. 12 Tabela 5. Áreas fortes e oportunidades de melhoria por ARS, decorrente da análise dos indicadores para atribuição de incentivos institucionais Tabela 6. Áreas fortes e oportunidades de melhoria por ARS, decorrente da análise dos indicadores para atribuição de incentivos financeiros Administração Central do Sistema de Saúde, IP Índice de Tabelas 3

5 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1. Distribuição do posicionamento das USF face à USF Padrão (indicadores para a atribuição de incentivos institucionais), por região de saúde 2010 (N=220) Figura 2. Distribuição do posicionamento das USF face à USF Padrão (indicadores para a atribuição de incentivos financeiros), por região de saúde 2010 (N=108) Figura 3. Desempenho nacional, decorrente da análise dos indicadores para atribuição de incentivos institucionais Figura 4. Desempenho nacional, decorrente da análise dos indicadores para atribuição de incentivos financeiros Figura 5. Evolução do número de inscritos em USF 2009_ Figura 6. Inscritos ativos e unidades ponderadas por tipo de USF, Figura 7. Unidades ponderadas em 2010 por tipo de USF Figura 8. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família, em 2009 e 2010, em Mod. A e Mod. B Figura 9. Mediana observada e contratualizada para Indicador Taxa de utilização global de consultas, em 2009 e 2010, em Mod. A e Mod. B Figura 10. Mediana observada e contratualizada para Indicador Taxa de visitas domiciliárias médicas por inscritos, em 2009 e 2010, em Mod A e Mod. B Figura 11. Mediana observada e contratualizada para Indicador Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por inscritos, em 2009 e 2010, em Mod. A e Mod. B Figura 12. Mediana observada e contratualizada para Indicador 3.22M Taxa de utilização de consultas de enfermagem em planeamento familiar, em 2009 e Figura 13. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre, em 2009 e 2010, em Mod. A e Mod. B Figura 14. Mediana observada e contratualizada para Indicador 4.22M - Percentagem de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em Saúde Materna, em Figura 15. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de grávidas com revisão de puerpério efetuada, em 2009 e Figura 16. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de visitas domiciliárias realizadas a puérperas vigiadas na USF durante a gravidez, em 2009 e Figura 17. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de diagnósticos precoces (TSHPKU) realizados até ao 7.º dia de vida do recém-nascido, em 2009 e Figura 18. Mediana observada e contratualizada para Indicador 4.34M - Percentagem de visitas domiciliárias realizadas a recém-nascidos até aos 15 dias de vida, em 2009 e Figura 19. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias, em 2009 e 2010, em Mod. A e Mod. B Figura 20. Mediana observada e contratualizada para Indicador 4.9M - Percentagem de crianças com pelo menos 6 consultas de saúde infantil dos 0 aos 11 meses, em Figura 21. Mediana observada e contratualizada para Indicador 4.10M - Percentagem de crianças com pelo menos 3 consultas de saúde infantil no 2.º ano de vida, em Figura 22. Mediana observada e contratualizada para Indicador 5.13M - Percentagem de inscritos com IMC registado nos últimos 12 meses, em 2009 e Figura 23. Plano Nacional de Vacinação Figura 24. Mediana observada e contratualizada para Indicador 6.1 (2a) - Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 2 anos, em 2009 e 2010, em Mod. A e Mod. B Figura 25. Mediana observada e contratualizada para Indicador 6.1 (6a) - Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 6 anos, em 2009 e 2010, em Mod. A e Mod. B Figura 26. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de mulheres entre os 25 e 64 anos com colpocitologia atualizada, em 2009 e 2010, em Mod. A e Mod. B Figura 27. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de mulheres entre os 25 e 49 anos vigiadas na USF com colpocitologia atualizada, em 2009 e Figura 28. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de mulheres entre os 25 e 69 anos com mamografia registada nos últimos dois anos, em 2009 e 2010, em Mod. A e Mod. B Índice de Figuras Administração Central do Sistema de Saúde, IP

6 Figura 29. Mediana observada e contratualizada para Indicador 5.4M - Percentagem de diabéticos com pelo menos três HbA1C registada nos últimos doze meses, desde que abranjam dois semestres, em 2009 e 2010, em Mod. A e Mod. B Figura 30. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de diabéticos abrangidos pela consulta de enfermagem, em 2009 e Figura 31. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de diabéticos com pelo menos um exame dos pés registado no ano, em 2009 e Figura 32. Mediana observada e contratualizada para Indicador Percentagem de hipertensos com pelo menos um registo de pressão arterial em cada semestre, em 2009 e 2010, em Mod. A e Mod. B Figura 33. Mediana observada e contratualizada para Indicador 5.13M - Percentagem de hipertensos com pelo menos um registo de IMC nos últimos 12 meses, em 2009 e Figura 34. Mediana observada e contratualizada para Indicador 6.2 percentagem de hipertensos com vacina antitetânica atualizada, em 2009 e Figura 35. Exercício de distribuição por quartis das despesas por utilizador (em PVP) geradas pelas USF em medicamentos, em Figura 36. Mediana observada e contratualizada para Indicador 7.6 Custo médio de medicamentos, por utilizador, em 2009 e 2010 em Mod. A e Mod. B Figura 37. Mediana observada e contratualizada para Indicador 7.7 Custo médio MCDT, por utilizador, em 2009 e 2010 em Mod. A e Mod. B Figura 38. Comparação dos custos com medicamentos (PVP) por utilizador entre USF e ACES, em Figura 39. Comparação dos custos com MCDT por utilizador entre USF e ACES, em Figura 40. Comparação dos custos com medicamentos (PVP) por utilizador entre USF Mod. A e Mod. B, em Figura 41. Comparação dos gastos com MCDT por utilizador entre USF Mod. A e Mod. B, em Figura 42. Evolução dos gastos com medicamentos por utilizador (PVP), 2009_ Figura 43. Evolução dos gastos com MCDT por utilizador, 2009_ Figura 44. Distribuição das USF de acordo com a avaliação para a atribuição de incentivos institucionais em Figura 45. Incentivos institucionais distribuídos por cada região de saúde em Figura 46. Distribuição das USF de acordo com a avaliação para a atribuição de incentivos financeiros em Figura 47. Incentivos financeiros distribuídos por cada região de saúde em Administração Central do Sistema de Saúde, IP Índice de Figuras 5

7 LISTA DE SIGLAS ACES Agrupamento de Centros de Saúde ACSS Administração Central do Sistema de Saúde ARS Administração Regional de Saúde CSP Cuidados de Saúde Primários DCARS Departamentos de Contratualização ARS IMC Índice de Massa Corporal MCDT Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica PVP Preço de Venda ao Público SNS Serviço Nacional de Saúde UCSP Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados UP Unidades Ponderadas USF Unidade de Saúde Familiar 6 Lista de Siglas Administração Central do Sistema de Saúde, IP

8 ENQUADRAMENTO A metodologia de contratualização para as Unidades de Cuidados Personalizados, nomeadamente Unidades de Saúde Familiar (USF) e Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), para o ano de 2010, encontra-se definida no documento Metodologia de Contratualização USF e UCSP, resultante do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Processo de Contratualização nos Cuidados de Saúde Primários, a qual, após validação pela tutela, foi disponibilizada no site da Administração Central do Sistema de Saúde, IP (ACSS, I.P). O ano de 2009 foi pautado pelo reforço e expansão das USF e pela implementação dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES). Durante 2010 este processo seguiu o seu curso esperado tendo o modelo de USF continuado em expansão, mas já inserido no contexto do ACES. Nesse sentido, o processo de contratualização com as USF decorreu em 2010 de forma diferente da realizada até então, visto que estas unidades que contratualizavam a sua atividade diretamente com a respectiva Administração Regional de saúde (ARS), passaram a contratualizá-la com o Diretor Executivo e Presidente do Conselho Clínico, num contexto de contratualização interna à semelhança do que foi feito com outras unidades funcionais como por exemplo as UCSP. Assim, em 2010 contratualizaram atividade com os respectivos ACES 236 USF, das quais 117 em modelo B, significando um acréscimo global de, aproximadamente, 38% USF relativamente a 2009 (mais 21% em modelo B). Neste contexto, o processo de contratualização constituiu-se como instrumento estruturante da autonomia das USF. Salienta-se que, este processo apenas se consubstancia se transportado para dentro das instituições e integrado no quotidiano das organizações. Desse ponto de vista, o ano de 2009 poderá considerar-se como o fim de um ciclo e, o ano de 2010, o início de uma nova etapa cujo sucesso dependerá em grande medida da capacidade do acompanhamento, nomeadamente na fase de consolidação da autonomia gestionária dos ACES. Ultrapassada a fase de contratualização entre os Departamentos de Contratualização das Administrações Regionais de Saúde (DCARS) e USF, inicia-se o ciclo de internalização do processo pelos ACES com necessária adaptação organizacional das suas unidades de gestão existindo todo um acompanhamento nesse exercício, por cada um dos cinco DCARS, com vista à adoção de uma cultura de excelência, através da governação clínica e da prestação de contas. A reforma dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) e a tarefa de colocar este nível de cuidados como pilar central do sistema de saúde exige que todos, especialmente os profissionais de saúde, entendam a sua atividade num quadro de melhoria contínua, procurando prestar cuidados que, cada vez mais, criem valor para os utilizadores e contribuam para a obtenção de ganhos em saúde e bem-estar para a população portuguesa. Administração Central do Sistema de Saúde, IP Enquadramento 7

9 METODOLOGIA Na sequência do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Unidade Funcional para os Cuidados de Saúde Primários (UFCSP) na ACSS, em conjunto com os DCARS, com o objetivo de conhecer a evolução dos indicadores contratualizados com as USF modelo A e modelo B, procedeu-se à realização de uma análise detalhada, de âmbito nacional, referente ao ano Refira-se que idêntico exercício tinha sido já realizado para o ano 2008 e 2009, de que resultou uma análise de referência para uma melhor compreensão do nível de cumprimento dos indicadores contratualizados, permitindo-se, ainda, estabelecer comparações e apontar as mudanças ocorridas entre as USF das cinco regiões. Para tal, foi solicitado, junto dos DCARS, informação dos valores atingidos para cada um dos indicadores, para atribuição de incentivos institucionais (USF modelo A e B) e incentivos financeiros (USF modelo B) relativos ao ano 2010, de acordo com o relatório de atividade das USF de cada região, alguns já publicamente divulgados pelas respectivas ARS. A análise respeitante aos valores realizados e aos valores realizados versus os contratualizados, relativa ao ano 2010, incidiu sobre o universo das USF com 12 meses de atividade nesse ano. Ou seja excluíram-se da análise as USF com quem tinha sido contratualizada atividade, mas cuja atividade refletia um período inferior a 12 meses. Na análise da evolução dos indicadores para atribuição de incentivos institucionais e financeiros das USF, nos anos de 2009 e 2010, foi considerado o universo de 2010 anteriormente referido, sendo a comparação efetuada com base nos valores medianos constantes no relatório de atividades de Já nesse ano a metodologia seguida considerava apenas as USF com 12 meses de atividade. A tabela seguinte reflete o universo das USF considerado para a consecução da análise: TABELA 1. UNIVERSO DAS USF INCLUÍDAS NA ANÁLISE. 110 ARS Norte ARS Centro ARS LVT ARS Alentejo ARS Algarve Nacional Total USF Mod. A Mod. B % USF Mod. B 54,6% 38,5% 50,0% 16,7% 16,7% 49,1% Inicialmente é caracterizada a USF Padrão que permite conhecer o nível de cuidados prestados neste tipo de unidades com base nos indicadores contratualizados nas várias áreas de atividade. Ou seja, desta forma, é possível saber o tipo de cuidados a que o cidadão usufrui ao ter a possibilidade de aceder a uma USF mediana. Segue-se uma apresentação mais detalhada dos resultados atingidos, e que está organizada de acordo com as áreas de monitorização das atividades (ie. Acesso, Desempenho Assistencial e Eficiência). Ainda não foi possível, em 2010, aplicar nenhum indicador da área da Qualidade Percecionada. 8 Metodologia Administração Central do Sistema de Saúde, IP

10 Finalmente é analisada a atribuição de incentivos, resultante do processo de contratualização. Por um lado os incentivos institucionais atribuídos às equipas como um todo e, por outro, os incentivos financeiros atribuídos aos enfermeiros e administrativos da USF modelo B. Administração Central do Sistema de Saúde, IP Metodologia 9

11 A UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR PADRÃO No âmbito da avaliação do desempenho das USF em 2010, importa definir a nossa USF Padrão. A definição da USF Padrão tem como objetivo determinar o tipo de cuidados de saúde que um cidadão aufere ao ser utente deste tipo de unidades. Neste sentido, caracterizamos a USF Padrão pela mediana nacional obtida para cada indicador contratualizado, comparando a evolução ocorrida entre 2009 e Esta caracterização permite-nos constatar que as USF prestam cuidados de saúde adequados às populações servidas, tendo ocorrido uma franca melhoria em muitos indicadores nos dois anos em análise. Considerando-se que o padrão de cuidados é apropriado, e que algumas das USF atingem valores de verdadeira excelência, é necessário, no entanto, identificar as barreiras que inibem um melhor desempenho por algumas das unidades. Verifica-se que apesar dos valores medianos denotarem uma boa prestação por parte das equipas envolvidas existem ainda assimetrias significativas, quando se identificam os valores mínimos e máximos por indicador. TABELA 2. VALORES MÍNIMOS, MEDIANOS E MÁXIMOS DOS INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS [2009 (N=158 USF) E 2010 (N=220 USF)]. ACESSO INDICADOR Mín 2009 Mediana 2009 Máx 2009 Mín 2010 Mediana 2010 Percentagem de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família 62,5 85,8 95,2 62,7 86,3 95,9 Taxa de utilização global de consultas 52,0 67,5 79,9 36,8 66,2 77,3 Taxa de visitas domiciliárias médicas por inscritos 0,2 29,4 106,8 0,0 29,0 88,7 Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por inscritos 1,3 155,1 291,3 0,1 153,6 357,8 DESEMPENHO ASSISTENCIAL Percentagem de mulheres entre os 25 e 64 anos com colpocitologia atualizada (uma em três anos) 14,0 46,6 76,5 12,3 52,2 79,3 Percentagem de mulheres entre os 50 e 69 anos com mamografia registada nos últimos dois anos 4,8 60,7 88,0 7,2 65,6 85,1 Percentagem de diabéticos com pelo menos três HbA1C registadas nos últimos doze meses, desde que abranjam os dois semestres 12,0 68,0 94,7 11,3 74,4 93,6 Percentagem de hipertensos com pelo menos 1 registo de pressão arterial em cada semestre 24,7 82,6 94,6 17,2 76,9 95,5 Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 2 anos 88,0 99,0 100,0 83,4 98,2 100,0 Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 6 anos 84,5 99,0 100,0 77,0 99,0 100,0 Percentagem de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias 51,0 83,8 100,0 28,4 88,6 100,0 Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre 31,8 85,2 100,0 30,9 89,9 100,0 EFICIÊNCIA Custo médio de medicamentos, por utilizador 75,1 186,2 275,2 85,0 194,3 292,3 Custo médio de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, por utilizador 23,5 61,9 98,8 15,6 68,0 118,2 Máx A Unidade de Saúde Familiar Padrão Administração Central do Sistema de Saúde, IP

12 TABELA 3. VALORES MÍNIMOS, MEDIANOS E MÁXIMOS DOS INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS [2009 (N=82 USF) E 2010 (N=108 USF)]. INDICADOR Mín 2009 Mediana 2009 Máx2009 Mín 2010 Mediana 2010 Máx 2010 Taxa de utilização de consultas de enfermagem em planeamento familiar 12,61 41,01 39,30 10,02 47,52 87,55 Percentagem de mulheres entre 25 e 49 anos, vigiadas, com colpocitologia atualizada 56,56 81,96 83,05 30,65 85,97 96,47 Percentagem de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em Saúde Materna n.a. n.a. n.a. 44,12 87,65 100,00 Percentagem de grávidas com revisão de puerpério efetuada 11,11 66,48 73,46 23,08 83,56 100,00 Percentagem de visitas domiciliárias de enfermagem realizadas a puérperas vigiadas durante a gravidez 13,33 57,79 58,92 8,33 73,08 100,00 Percentagem de diagnósticos precoces (TSHPKU) realizadas até ao sétimo dia de vida do RN 40,42 90,08 91,75 82,50 96,93 100,00 Percentagem de visitas domiciliárias de enfermagem realizadas a RN até aos 15 dias de vida 14,40 54,73 51,57 8,53 73,96 95,70 Percentagem de crianças com pelo menos 6 consultas de vigilância de saúde infantil dos 0 aos 11 meses n.a. n.a. n.a. 22,37 74,26 93,24 Percentagem de crianças com pelo menos 3 consultas de saúde infantil no 2.º ano de vida n.a. n.a. n.a. 26,47 74,37 94,81 Percentagem de inscritos com IMC registado nos últimos doze meses 9,13 71,32 73,14 60,26 84,87 98,47 Percentagem de crianças com 2 anos com PNV atualizado 87,39 97,73 99,00 90,08 98,38 103,32 Percentagem de diabéticos abrangidos pela consulta de enfermagem 37,53 85,85 92,05 28,01 93,83 99,15 Percentagem de casos com gestão do regime terapêutico ineficaz Percentagem de diabéticos com pelo menos um exame dos pés registado no ano 44,24 85,33 90,96 45,77 92,65 98,64 Percentagem de hipertensos com pelo menos 1 registo de pressão arterial em cada semestre 42,85 82,27 84,38 32,69 84,31 95,51 Percentagem de hipertensos com pelo menos um registo de IMC nos últimos 12 meses 12,69 85,59 89,85 42,96 93,16 98,64 Percentagem de hipertensos com vacina antitetânica atualizada 23,94 87,64 92,42 40,34 95,12 99,51 Com efeito, e como seria de esperar, nem todas as USF estão no mesmo plano de desenvolvimento organizacional. A diferenciação entre as USF modelo A e modelo B é resultante do grau de autonomia organizacional, da diferenciação do modelo retributivo e dos incentivos dos profissionais. O modelo A corresponde, na prática, a uma fase de aprendizagem e de aperfeiçoamento do trabalho em equipa de saúde familiar, ao mesmo tempo que constitui um primeiro contributo para o desenvolvimento da prática da contratualização interna. É uma fase indispensável nas situações em que esteja mais enraizado o trabalho individual isolado e/ou onde não haja tradição ou práticas de avaliação de desempenho técnicocientífico em saúde familiar. Por sua vez, o modelo B é o indicado para equipas com maior amadurecimento organizacional onde o trabalho em equipa de saúde familiar seja uma prática efetiva e que estejam preparadas para um nível de contratualização de patamares de desempenho mais exigentes. Neste contexto prevalecem diferenças expectáveis mas ligeiras entre as USF modelo A e as USF modelo B Administração Central do Sistema de Saúde, IP A Unidade de Saúde Familiar Padrão 11

13 TABELA 4. MEDIANAS POR INDICADORES CONTRATUALIZADOS PARA A APLICAÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS, POR TIPO DE USF [2009 (N=158 USF) E 2010 (N=220 USF)]. INDICADORES Mediana 2009 Total USF Mod. A Mod. B Mediana Mediana Mediana Mediana Mediana 2010 ACESSO Percentagem de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família 85,8 86,3 86,0 87,6 85,7 85,5 Taxa de utilização global de consultas 67,5 66,2 66,9 65,4 68,7 67,3 Taxa de visitas domiciliárias médicas por inscritos 29,4 29,0 24,0 21,8 33,2 34,9 Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por inscritos 155,1 153,6 144,9 141,2 158,0 157,9 DESEMPENHO ASSISTENCIAL Percentagem de mulheres entre os 25 e 64 anos com colpocitologia atualizada 46,6 52,2 40,2 44,5 51,8 58,7 (uma em três anos) Percentagem de mulheres entre os 50 e 69 anos com mamografia registada nos últimos dois anos 60,7 65,6 56,4 60,1 64,2 68,8 Percentagem de diabéticos com pelo menos três HbA1C registadas nos últimos doze meses, desde que abranjam os dois semestres 68,0 74,4 62,1 61,1 71,4 79,4 Percentagem de hipertensos com pelo menos 1 registo de pressão arterial em cada semestre 82,6 76,9 78,2 70,0 84,4 84,1 Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 2 anos 99,0 98,2 99,0 98,0 99,0 98,4 Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 6 anos 99,0 99,0 99,0 98,5 99,0 99,0 Percentagem de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias 83,8 88,6 81,7 84,1 85,8 90,4 Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre 85,2 89,9 84,3 87,9 85,6 92,5 EFICIÊNCIA Custo médio de medicamentos, por utilizador 186,2 194,3 194,0 200,0 181,5 190,9 Custo médio de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, por utilizador 61,9 68,0 60,8 67,3 63,1 71,0 De forma a compreender o posicionamento das USF face à USF Padrão, foi definida uma metodologia que permite perceber como é que cada USF se posiciona face à USF mediana nacional. Para tal, nos casos em que os indicadores apresentem valores acima da mediana é-lhes atribuído um ponto e, nos casos em que os indicadores apresentem valores abaixo dessa mesma mediana é-lhes subtraído um ponto (para os indicadores de eficiência, encargos com medicamentos e MCDT, a lógica é inversa). O somatório dos pontos obtidos permite posicionar as USF umas em relação às outras, sendo que a pontuação máxima é de 14 pontos para os indicadores para atribuição de incentivos institucionais e de 16 pontos para os indicadores que concorrem à atribuição de incentivos financeiros. 12 A Unidade de Saúde Familiar Padrão Administração Central do Sistema de Saúde, IP

14 FIGURA 1. DISTRIBUIÇÃO DO POSICIONAMENTO DAS USF FACE À USF PADRÃO (INDICADORES PARA A ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS), POR REGIÃO DE SAÚDE 2010 (N=220). Legenda: ARS Norte ARS LVT ARS Algarve ARS Centro ARS Alentejo Tendo em consideração os pressupostos referidos, conclui-se que a maioria das USF das ARS Norte apresentam um desempenho acima da mediana nacional, quando analisados os indicadores para a atribuição de incentivos institucionais. As outras regiões ficam, em termos globais, abaixo da mediana nacional para este grupo de indicadores. Salienta-se, em particular, os valores registados na região Alentejo e Algarve, cujas USF apresentam valores abaixo da mediana nacional, para a maioria dos indicadores. Nesta análise a pontuação máxima foi obtida pela USF Terras de Santa Maria, na região de saúde Norte com 14 pontos. Administração Central do Sistema de Saúde, IP A Unidade de Saúde Familiar Padrão 13

15 FIGURA 2. DISTRIBUIÇÃO DO POSICIONAMENTO DAS USF FACE À USF PADRÃO (INDICADORES PARA A ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS), POR REGIÃO DE SAÚDE 2010 (N=108). Legenda: ARS Norte ARS LVT ARS Algarve ARS Centro ARS Alentejo Fazendo a mesma análise, mas para as USF modelo B e relativamente aos indicadores para atribuição de incentivos financeiros verifica-se, que são também as regiões de saúde Norte e Centro, as que apresentam melhor desempenho, de acordo com a metodologia em causa, com a maioria das USF a atingirem resultados acima da mediana nacional. Neste grupo de USF existem três casos em que os indicadores se posicionam todos abaixo da mediana nacional (Santa Maria, Tílias e Âncora). Em sentido contrário, duas USF totalizam 16 pontos, o que significa que apresentam valores acima da mediana nacional para todos os indicadores analisados neste grupo (Alpendorada e Ara de Trajano). 14 A Unidade de Saúde Familiar Padrão Administração Central do Sistema de Saúde, IP

16 DESEMPENHO POR REGIÃO DE SAÚDE Feita a análise do posicionamento das USF de cada Região, face aos valores da USF padrão, foi feita uma análise do desempenho regional por indicador (para atribuição de incentivos institucionais e financeiros), que resultou dos valores medianos de cada uma das regiões. Este tipo de análise gráfica permite facilmente identificar áreas fortes e áreas em que se verifica a necessidade de intervenção pela fragilidade que apresentam em termos dos valores alcançados. Para isso, foi adaptada a estrutura do sistema de avaliação de performance da sociedade de saúde Toscanai, tendo-se procedido à análise regional de acordo com a metodologia que de seguida se descreve I. Clusterização dos valores realizados em 2010, por cada uma das USF (Clustering Hierárquico pelo Ward's Method), para cada um dos indicadores; II. Identificação dos valores mínimos e máximos de cada um dos cinco clusters definidos, para cada um dos indicadores; III. Tendo por base os valores das medianas regionais, é identificado o cluster em que cada uma das regiões se posiciona, para cada um dos seus indicadores; IV. Consoante o posicionamento de cada indicador, o mesmo caracteriza-se por um nível de desempenho de acordo com uma escala que varia entre muito baixo e ótimo. A análise da Figura 3 permite-nos perceber que em termos nacionais o programa de vacinação atingiu já um patamar de excelência. Os indicadores relacionados com o acompanhamento da gravidez, diabéticos e hipertensos e o acesso aferido pela taxa de utilização têm também um bom desempenho a nível nacional. Os restantes indicadores apresentam um nível de desempenho considerado médio. FIGURA 3. DESEMPENHO NACIONAL, DECORRENTE DA ANÁLISE DOS INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS. Cor Escala Cluster Desempenho Ótimo Bom Médio Baixo Muito Baixo i Il Sistema di valutazione della performance della sanità toscana Report Societá della Salute/Zone-Distretto 2009 Parte I Administração Central do Sistema de Saúde, IP Desempenho por Região de saúde 15

17 A mesma análise foi feita para cada uma das regiões (Anexo I), da qual resultou a tabela que se apresenta de seguida, com os pontos fortes e áreas de melhoria. TABELA 5. ÁREAS FORTES E OPORTUNIDADES DE MELHORIA POR ARS, DECORRENTE DA ANÁLISE DOS INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS. ARS FORÇAS OPORTUNIDADES DE MELHORIA ARS NORTE ARS CENTRO ARS LVT ARS ALENTEJO ARS ALGARVE Apresenta quase todos os indicadores num bom nível de desempenho Vacinação Vacinação Custo médio MCDT por utilizador Vacinação Custo médio de MCDT por utilizador Visitas domiciliárias médicas Custo médio de medicamentos por utilizador Consultas com o próprio médico de família Visitas domiciliárias (médicas. e de enfermagem) Deteção precoce do cancro colo do útero Programa da hipertensão A maioria dos indicadores merece intervenção, essencialmente: Visitas domiciliárias médicas Programa da hipertensão Vacinação Visitas domiciliárias médicas Consultas com o próprio médico de família Deteção precoce do cancro colo do útero Deteção precoce do cancro da mama Programa Diabetes Programa da hipertensão Custo médio medicamentos Visitas domiciliárias (médicas e de enfermagem) Taxa utilização consultas Programa Diabetes Programa da Hipertensão Deteção precoce do cancro colo do útero Analisando o desempenho, tendo por base os indicadores para atribuição de incentivos financeiros, conclui-se que de forma geral o desempenho a nível nacional é bom para a maioria dos indicadores. Há no entanto quatro áreas que poderão representar uma oportunidade de melhoria quando a análise é feita a nível nacional. Neste grupo de melhoria aparecem dois indicadores relacionados com a saúde infantil, o indicador relacionado com a revisão de puerpério e a taxa de utilização de consultas de planeamento familiar. 16 Desempenho por Região de saúde Administração Central do Sistema de Saúde, IP

18 FIGURA 4. DESEMPENHO NACIONAL, DECORRENTE DA ANÁLISE DOS INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS. Cor Escala Cluster Desempenho Ótimo Bom Médio Baixo Muito Baixo A análise regional em termos do desempenho aferido pelos 16 indicadores para atribuição de incentivos financeiros, permitirá aos decisores de cada região bem como localmente a nível do ACES direcionar atividades e medidas que permitam melhorar as áreas mais fragilizadas. A tabela seguinte ajudará cada região a perceber as suas fragilidades tendo por base o todo nacional (Anexo II). TABELA 6. ÁREAS FORTES E OPORTUNIDADES DE MELHORIA POR ARS, DECORRENTE DA ANÁLISE DOS INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS. ARS FORÇAS OPORTUNIDADES DE MELHORIA ARS NORTE ARS CENTRO ARS LVT ARS ALENTEJO Apresenta quase todos os indicadores num bom nível de desempenho Vacinação Vacinação Programa da Diabetes Deteção precoce do cancro colo do útero Planeamento familiar Planeamento familiar Vigilância da gravidez Saúde Infantil (IMC aos 2 anos) Planeamento familiar Visitas domiciliárias (a grávidas e Recém-Nascidos) Saúde Infantil Programa Hipertensão Planeamento familiar Visitas domiciliárias (a grávidas e Recém-Nascidos) Saúde Infantil no 2.º ano de vida Programa Hipertensão Vacinação aos 2 anos ARS ALGARVE Vacinação Quase todos os indicadores merecem intervenção Administração Central do Sistema de Saúde, IP Desempenho por Região de saúde 17

19 ACESSO No contexto dos CSP, dada a sua natureza horizontal de promotor da saúde e preventor da doença, a cobertura populacional dos serviços é essencial ao sucesso da prestação, tal como, o papel gatekeeper dos CSP para a sustentabilidade financeira do SNS, e da contenção da despesa para o cidadão. Para este efeito importa aferir a acessibilidade, a atratividade e a pro-atividade dos serviços prestados. Começou por se fazer a caracterização da evolução do universo populacional das USF, nomeadamente através da quantificação do seu número de inscritos, quer em valor absoluto quer de forma ponderada de acordo com a faixa etária (unidades ponderadas (UP)), pelos critérios estabelecidos no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º298/2007 de 22 de Agosto. Pela análise da Figura 5 verifica-se que o número de Inscritos em USF tem registado uma evolução crescente, representando no final do ano de 2010, 31% do total de utentes inscritos nos CSP, a nível Nacional. Não foi possível recolher informação referente à região Centro relativa ao ano de FIGURA 5. EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSCRITOS EM USF 2009_ % 42% 33% 19% 28% 21% 20% 15% 18% 21% ARS Norte ARS Centro ARS LVT ARS Alentejo ARS Algarve Nacional No que respeita à análise dos inscritos ponderados de acordo com a faixa etária (0 aos 6 anos = 1,5 UP; 7 aos 64 anos = 1 UP; 65 aos 74 anos = 2 UP e acima dos 75 anos = 2.5 UP), verifica-se que os inscritos em USF totalizam, no final do ano de 2010, UP, o que corresponde a um fator de ponderação médio de aproximadamente 1,24 UP por inscrito, em termos nacionais. São as regiões do Alentejo e Algarve que apresentam uma estrutura mais pesada em termos de inscritos ponderados, no entanto, importa salientar que as duas regiões são representadas apenas por 12 USF num total de 220. No extremo oposto encontram-se as USF da região Norte, onde cada inscrito equivale a 1,21 UP no caso das USF modelo B e 1,22 UP nas USF modelo A. 18 Acesso Administração Central do Sistema de Saúde, IP

20 FIGURA 6. INSCRITOS ATIVOS E UNIDADES PONDERADAS POR TIPO DE USF, ,30 1,30 1,31 1, ,27 1,27 1,26 1,28 1,3 1,3 1, ,22 1,21 1,23 1,2 1,2 1,2 1,2 0 Mod. A Mod. B Mod. A Mod. B Mod. A Mod. B Mod. A Mod. B Mod. A Mod. B ARS Norte ARS Centro ARS LVT ARS Alentejo ARS Algarve Inscritos 2010 Inscritos ponderados 2010 Peso Inscritos ponderados ,2 Quando se procede à análise das unidades ponderadas, por tipo de USF, verifica-se que as USF modelo A assumem maior peso nas regiões Norte, Centro e LVT, comparativamente com as de modelos B da região. As regiões Alentejo e Algarve representam um universo muito pequeno em termos dos modelos B para que se possam estabelecer comparações. FIGURA 7. UNIDADES PONDERADAS EM 2010 POR TIPO DE USF ARS Norte ARS Centro ARS LVT ARS Alentejo ARS Algarve Mod. A Mod. B Feita uma breve caracterização do universo de utentes abrangidos pelas USF, importa agora analisar os indicadores de acesso contratualizados com as USF. Para tal foram considerados os seguintes indicadores: 3.12 Percentagem de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família; 3.15 Taxa de utilização global de consultas; Taxa de visitas domiciliárias médicas por inscritos; 4.30 Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por inscritos. Administração Central do Sistema de Saúde, IP Acesso 19

21 Os indicadores de acesso evidenciam assimetrias a nível nacional na utilização e acesso aos CSP, quer nas consultas efetuadas nas USF, quer em termos das visitas domiciliárias realizadas aos inscritos em cada unidade. O sistema de intersubstituição, que garante aos utentes uma resposta no caso do seu médico ou enfermeiro de família não estarem presentes, num determinado momento, tem um forte impacto ao nível da satisfação dos cidadãos e é uma marca distintiva das USF. Sendo este sistema bastante exigente em termos organizativos, verifica-se que a generalidade das USF garante uma adequada intersubstituição médica. No entanto, e apesar de melhorias verificadas face a 2009, constata-se existirem USF em que a intersubstituição é praticamente inexistente (95,9%) e outras em que a mesma é porventura excessiva (62,7%), quando analisado o indicador percentagem de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família. Em termos evolutivos verifica-se que este indicador apresentou um ligeiro crescimento de 2009 para 2010 nas regiões Norte e Algarve e um decrescimento na região Centro, verificando-se em termos medianos, que cerca de 86% das consultas são realizadas pelo próprio médico de família do utente, nos dois anos em análise. Quando se faz uma análise da intersubstituição por tipo de USF verifica-se que a mesma é superior nas USF modelo B das regiões Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo, comparativamente às USF modelo A dessas regiões. Quando se analisa o cumprimento dos objetivos estabelecidos (em termos medianos), constata-se que apenas a região Alentejo ficou aquém das metas estabelecidas. FIGURA 8. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE CONSULTAS AO UTENTE PELO SEU PRÓPRIO MÉDICO DE FAMÍLIA, EM 2009 E 2010, EM MOD. A E MOD. B ,3 85,8 86,0 86,1 82,1 88,1 86,2 87,8 78,1 87,6 88, ,1 70 Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Med. Mod. A Med. Mod. B No respeitante à taxa de utilização global de consultas verifica-se um decréscimo generalizado do nível de utilização de 2009 para 2010, com a mediana nacional a refletir uma redução de 1,3 pontos percentuais. As regiões de saúde do Norte, Centro e Alentejo, apresentam valores medianos um pouco abaixo dos 70% (o valor de referência para o indicador é 75%), no entanto as restantes regiões situam-se, aproximadamente, 8 pontos percentuais abaixo, com a região de Lisboa e Vale do Tejo a apresentar uma mediana de 62,4% e o Algarve uma mediana de 61,0%. A amplitude observada neste indicador em termos nacionais é de cerca de 40 pontos percentuais (Mínimo = 36,8% e Máximo = 77,3%) decorrente particularmente da região de Lisboa e Vale do Tejo, reflexo do diferente grau de acessibilidade que existe nas USF organizadas de acordo com o modelo A, face às de modelo B. Podemos mesmo constatar, que a maioria das USF não cumpriu as metas contratualizadas para este indicador. 20 Acesso Administração Central do Sistema de Saúde, IP

22 FIGURA 9. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR TAXA DE UTILIZAÇÃO GLOBAL DE CONSULTAS, EM 2009 E 2010, EM MOD. A E MOD. B Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional ,5 66,2 70,2 67,1 64,1 64,0 64,5 68,0 67,8 67,1 60,7 60,1 Med. Mod. A Med. Mod. B Os valores relativos às consultas domiciliárias médicas e de enfermagem indiciam a existência de diferentes práticas entre as regiões de saúde. A impossibilidade em realizar domicílios emergentes, ou seja, imediatamente a seguir à sua solicitação, obriga a que as consultas domiciliárias devam ser programadas. Os utentes das USF têm direito a consultas realizadas ao domicílio, nomeadamente a utentes acamados e idosos. A consulta no domicílio também é efetuada a puérperas e recém-nascidos. Os valores atingidos parecem indiciar a existência de diferentes práticas entre USF, e entre regiões de saúde. O facto de existir um incentivo aos médicos, associado à realização deste tipo de consulta nas USF modelo B (30 euros por cada consulta médica domiciliária, num valor máximo de 600 / mês) poderá explicar a diferença nos valores medianos atingidos no indicador taxa de visitas domiciliárias médicas por inscritos, pelos dois tipos de unidades (USF modelo B mediana 34,9 e USF modelo A = mediana 21,8 ). Esta conclusão é facilmente percetível no gráfico que se apresenta de seguida. Da análise constata-se ainda que a mediana das USF modelo A é sempre inferior à das USF modelo B, sendo esse diferencial apenas minimizado na região Alentejo, o que só por si não é significativo, dado que a mediana dessa região resulta da análise a uma única USF (em modelo B). FIGURA 10. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR TAXA DE VISITAS DOMICILIÁRIAS MÉDICAS POR INSCRITOS, EM 2009 E 2010, EM MOD A E MOD. B ,4 29,0 38,4 39,0 29,7 24,8 27,4 22,7 23,1 12,0 11,1 4,9 Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Med. Mod. A Med. Mod. B Administração Central do Sistema de Saúde, IP Acesso 21

23 Em termos evolutivos é de notar o decréscimo dos valores medianos em quase todas as regiões, à exceção da região Norte, resultante do impulsionamento deste indicador nas USF modelo B. Investigação mais aprofundada permitiria perceber se, à semelhança do que se verifica em vários países com sistemas de incentivos similares, o pagamento ao ato promoveu a realização de consultas médicas no domicílio adicionais em praticamente 40%. Em termos de análise do indicador taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por mil inscritos, podemos verificar que, à semelhança do indicador anterior, são notórias algumas assimetrias regionais, mas que tais assimetrias são atenuadas quando se faz uma análise face à acessibilidade da população tratada em USF modelo A ou USF modelo B, à exceção da região de Lisboa e Vale do Tejo em que, em termos medianos, são realizadas mais 60 visitas domiciliárias de enfermagem por cada inscritos em USF modelo B face ao número de inscritos em modelo A. Em termos opostos verifica-se que na região Alentejo são realizadas mais 88 visitas domiciliárias de enfermagem por cada mil inscritos em USF organizadas em modelo A, quando comparadas com o número de visitas realizadas em USF modelo B. Os valores verificados na região Algarve resultam do facto deste tipo de atividade ser realizado por equipas externas às USF. FIGURA 11. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR TAXA DE VISITAS DOMICILIÁRIAS DE ENFERMAGEM POR INSCRITOS, EM 2009 E 2010, EM MOD. A E MOD. B ,1 153,6 174,2 155,0 138,4 128,9 216,8 180,6 146,0 16,3 77,8 12,0 Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Med. Mod. A Med. Mod. B 22 Acesso Administração Central do Sistema de Saúde, IP

24 DESEMPENHO ASSISTENCIAL Para efeitos do presente relatório a análise do desempenho assistencial das USF foi organizada de acordo com as seguintes áreas: Planeamento Familiar e Vigilância da Gravidez, Saúde Infantil e Vacinação, Vigilância Oncológica, Diabetes, Hipertensão. PLANEAMENTO FAMILIAR E VIGILÂNCIA DA GRAVIDEZ O planeamento familiar é uma forma de assegurar que as pessoas têm acesso a informação, a métodos de contraceção eficazes e seguros, a serviços de saúde que contribuem para a vivência da sexualidade de forma segura e saudável. A prática do planeamento familiar permite que homens e mulheres decidam se e quando querem ter filhos, assim como programem a gravidez e o parto nas condições mais adequadas. A taxa de utilização de consultas de enfermagem em planeamento familiar (indicador 3.22M, apenas contratualizados com USF modelo B) permite-nos aferir o apoio e a informação dadas a mulheres ou casais em idade fértil, de acordo com os objetivos acima referidos. A maioria das USF atinge um valor superior a 47,5%, o que efetivamente demonstra o relevo desta atividade no seio dos cuidados de saúde personalizados e uma melhoria do indicador face ao ano de FIGURA 12. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 3.22M TAXA DE UTILIZAÇÃO DE CONSULTAS DE ENFERMAGEM EM PLANEAMENTO FAMILIAR, EM 2009 E ,5 39, Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Paralelamente, a evidência científica disponível mostra que há uma clara relação entre a qualidade dos cuidados prestados durante a gravidez e a redução da morbilidade e mortalidade materna e perinatal, tal como da redução do baixo peso à nascença e da prematuridade. A consulta pré-natal tem como objetivos: (1) avaliar o bem-estar materno e fetal através de parâmetros clínicos e laboratoriais criteriosos; (2) detetar precocemente fatores de risco que possam afetar a evolução da gravidez e o bem-estar do feto e orientar corretamente cada situação; (3) e promover a educação para a saúde integrando o aconselhamento e o apoio psicossocial ao longo da vigilância periódica da gravidez. Administração Central do Sistema de Saúde, IP Desempenho Assistencial 23

25 Em 2010, o desempenho na área da vigilância da gravidez foi aferido através dos seguintes indicadores: 6.9 Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre 4.22M Percentagem de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em Saúde Materna (apenas modelo B) 6.4 Percentagem de grávidas com revisão de puerpério efetuada (apenas modelo B) 4.33 Percentagem de visitas domiciliárias realizadas a puérperas vigiadas na USF durante a gravidez (apenas modelo B) De uma forma genérica, a vigilância pré-natal constitui uma área relativamente à qual, em termos medianos, as USF apresentam um bom desempenho, mais evidenciado no acompanhamento da gravidez, comparativamente à fase de puerpério. Quando se analisa o acompanhamento da gravidez, através do indicador percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre, verifica-se que o mesmo, apesar de já situado num patamar elevado, evidencia uma melhoria face ao ano anterior com a mediana nacional a crescer cerca de 5p.p., com as regiões Norte, Alentejo e Algarve a contribuírem para esta melhoria. Em termos de análise de resultados entre USF modelo A e USF modelo B, verifica-se que apesar dos modelos B apresentarem na sua maioria (exceção para a região do Algarve) melhores resultados, as diferenças não são muito significativas. FIGURA 13. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE PRIMEIRAS CONSULTAS DE GRAVIDEZ NO PRIMEIRO TRIMESTRE, EM 2009 E 2010, EM MOD. A E MOD. B ,9 85,2 95,4 96,8 82,1 87,7 83,5 76,4 87,4 84,3 86,6 80, Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Med. Mod. A Med. Mod. B Durante o ano de 2009, foi detetado que a fórmula de cálculo do indicador 4.22 não possibilitava aferir a proporção de doentes aos quais foram prestados cuidados de acordo com o estado de arte. Neste sentido, em 2010, a fórmula de cálculo evoluiu para: percentagem de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em saúde materna, abandonando-se o conceito meramente relacionado com a produção, anteriormente utilizado. Deste modo, não se torna possível analisar a evolução do indicador. Analisando apenas os valores atingidos em 2010, mais uma vez se observam práticas distintas entre as regiões de saúde, com a maioria das USF a atingir resultados superiores aos 88%, pelo peso que a região Norte tem em termos deste tipo de unidades. Em termos de cumprimento dos objetivos a maioria das USF, à exceção da região de Lisboa e Vale do Tejo, concretizaram os seus objetivos. 24 Desempenho Assistencial Administração Central do Sistema de Saúde, IP

26 FIGURA 14. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 4.22M - PERCENTAGEM DE GRÁVIDAS COM 6 OU MAIS CONSULTAS DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MATERNA, EM Med Med. Contratualizada Med. Nacional ,7 Passando-se à análise dos indicadores relacionados com o puerpério, observa-se que, apesar de apenas considerarmos a percentagem de grávidas com compromisso de vigilância, o indicador referente à percentagem de grávidas com revisão do puerpério efetuada cresceu substancialmente em todas as USF, com os valores nacionais a evidenciarem uma melhoria de 10 p.p. A principal melhoria é observada na região Centro, com os resultados atingidos neste indicador a duplicarem os resultados do ano anterior. As regiões com valores mais frágeis no puerpério são a região Alentejo e Algarve com valores de 58,7% e 23,1%, respetivamente, que só por si não assumem grande significado por resultarem da análise de uma única USF em cada região. FIGURA 15. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE GRÁVIDAS COM REVISÃO DE PUERPÉRIO EFETUADA, EM 2009 E ,6 73, Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Outro dos indicadores de vigilância do puerpério, considera a percentagem de visitas domiciliárias realizadas a puérperas vigiadas na USF durante a gravidez. A análise deste indicador evidencia assim, que apesar das melhorias observadas de 2009 para 2010 (aumento de 14 p.p.), a maioria das USF não alcança o valor de referência definido para o indicador, 80% de grávidas com visitas domiciliárias de enfermagem. De destacar ainda a região Centro por ser a única que apresenta um comportamento contrário às restantes com um decréscimo do seu valor mediano. Administração Central do Sistema de Saúde, IP Desempenho Assistencial 25

27 FIGURA 16. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE VISITAS DOMICILIÁRIAS REALIZADAS A PUÉRPERAS VIGIADAS NA USF DURANTE A GRAVIDEZ, EM 2009 E Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional ,1 58,9 SAÚDE INFANTIL E VACINAÇÃO O impacto e pertinência das ações de vigilância da saúde infantil e juvenil são indiscutíveis. A manutenção e a promoção da saúde de todas as crianças é, pois, um imperativo para os profissionais e para os serviços. O relevo desta matéria para a avaliação do desempenho das USF traduz-se em 8 indicadores de contratualização com as USF: 6.13 Percentagem de diagnósticos precoces (TSHPKU) realizados até ao 7.º dia de vida do recém-nascido (apenas modelo B) 4.34M Percentagem de visitas domiciliárias realizadas a recém-nascidos até aos 15 dias de vida (apenas modelo B) 6.12 Percentagem de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias 4.9M Percentagem de crianças com pelo menos 6 consultas de saúde infantil dos 0 aos 11 meses (apenas modelo B) 4.10M Percentagem de crianças com pelo menos 3 consultas de saúde infantil no 2.º ano de vida (apenas modelo B) 5.13M Percentagem de inscritos com IMC registado nos últimos 12 meses (apenas modelo B) 6.1(2a) Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 2 anos 6.1(6a) Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 6 anos Apesar de bons resultados nos indicadores relacionados com a vacinação, no que diz respeito ao rastreio de doenças metabólicas, aferido pela percentagem de diagnósticos precoces (TSHPKU) realizados até ao 7.º dia de vida do recémnascido, a maioria das USF atinge os 97% de cobertura, ficando abaixo das metas contratualizadas. Salienta-se que este indicador pretende monitorizar a atividade da USF no que diz respeito à garantia de que os recém-nascidos realizem o teste, e não que o mesmo tenha sido realizado pela USF. À semelhança do ano de 2009 é a região Centro que apresenta o melhor valor mediano (98,2%) neste indicador. No entanto, todas as outras regiões, à exceção da região Algarve (82,8%), apresentam valores muito próximos da mediana nacional (97%). 26 Desempenho Assistencial Administração Central do Sistema de Saúde, IP

28 FIGURA 17. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE DIAGNÓSTICOS PRECOCES (TSHPKU) REALIZADOS ATÉ AO 7.º DIA DE VIDA DO RECÉM-NASCIDO, EM 2009 E ,9 91, Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 O padrão de comportamento das USF no indicador percentagem de visitas domiciliárias realizadas a recém-nascidos até aos 15 dias de vida, assemelha-se ao comportamento das USF face ao indicador das visitas domiciliárias realizadas a puérperas vigiadas. Concluindo-se para o primeiro que cerca de 7,4 recém-nascidos em cada 10, até aos 15 dias de vida, têm acesso a uma consulta no domicílio, o que corresponde a uma melhoria de 22p.p. face ao ano anterior. As assimetrias regionais continuam a ser uma constante, sendo necessário promover o investimento nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. FIGURA 18. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 4.34M - PERCENTAGEM DE VISITAS DOMICILIÁRIAS REALIZADAS A RECÉM-NASCIDOS ATÉ AOS 15 DIAS DE VIDA, EM 2009 E Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional ,0 51,6 Analisando-se a precocidade do acesso às consultas de saúde infantil, quando medido pelo indicador percentagem de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias, conclui-se que o mesmo melhorou de 2009 para 2010 (5p.p.), com todas as regiões, à exceção da região de Lisboa e Vale do Tejo, a contribuírem positivamente para essa melhoria. Em termos de desempenho por tipo de USF, verifica-se que as USF modelo B apresentam generalizadamente um Administração Central do Sistema de Saúde, IP Desempenho Assistencial 27

29 desempenho superior às USF modelo A, com maior ênfase nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, cujo diferencial de desempenho entre as USF, atinge os 16p.p. e 13p.p, respetivamente. FIGURA 19. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE PRIMEIRAS CONSULTAS NA VIDA EFETUADAS ATÉ AOS 28 DIAS, EM 2009 E 2010, EM MOD. A E MOD. B ,6 83, ,4 91,6 89,1 89,2 85,0 68,6 91,1 77,7 73,3 77, Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Med. Mod. A Med. Mod. B Para os indicadores 4.9M e 4.10M, como visto anteriormente para o indicador 4.22M, foi detetado que as suas fórmulas de cálculo não possibilitavam verificar a qualidade do desempenho assistencial. Assim, para 2010 os indicadores sofreram uma evolução, não sendo pois, por isso possível efetuar uma análise evolutiva dos mesmos. Em termos de análise do indicador percentagem de crianças com pelo menos 6 consultas de saúde infantil dos 0 aos 11 meses, verifica-se que na maioria das USF, 74,3% das crianças dos 0 aos 11 meses de idade, cumpre os critérios de acompanhamento adequado desejáveis, que compreendem a realização de pelo menos 6 consultas de vigilância de saúde infantil dos 0 aos 11 meses. No entanto, verifica-se que uma das USF analisada, apresenta um valor de apenas 22,4% significando que apenas 1/5 das crianças dessa USF tem um acompanhamento adequado. Por outro lado, verifica-se que há USF com desempenho elevado de cerca de 93,2%. Em termos de cumprimento dos objetivos, quase todas as USF ficaram aquém dos mesmos, sendo a região Centro a única exceção. 28 Desempenho Assistencial Administração Central do Sistema de Saúde, IP

30 FIGURA 20. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 4.9M - PERCENTAGEM DE CRIANÇAS COM PELO MENOS 6 CONSULTAS DE SAÚDE INFANTIL DOS 0 AOS 11 MESES, EM Med Med. Contratualizada Med. Nacional ,3 Quando se analisa o indicador percentagem de crianças com pelo menos 3 consultas de saúde infantil no 2.º ano de vida, conclui-se que a maioria das USF atinge um valor de cerca de 74,4%, significando assim, que 3/4 das crianças dos 12 aos 23 meses realizam pelo menos 3 consultas de saúde infantil no seu 2.º ano de vida. Existe no entanto uma amplitude grande nos resultados atingidos, variando entre um mínimo de 26,5% e um máximo de 94,8%. As regiões Norte e Centro continuam a destacar-se positivamente e termos do desempenho nesta área. FIGURA 21. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 4.10M - PERCENTAGEM DE CRIANÇAS COM PELO MENOS 3 CONSULTAS DE SAÚDE INFANTIL NO 2.º ANO DE VIDA, EM Med Med. Contratualizada Med. Nacional ,4 O indicador relacionado com a prevenção da obesidade infantil, que se traduz no cálculo da percentagem de inscritos com IMC registado nos últimos 12 meses, apresenta, em termos nacionais, uma melhoria de cerca de 12p.p. face ao ano anterior, com uma variabilidade que oscila entre 60,3% e os 98,5%. O valor de referência é de 95%, estando as USF, em termos medianos, 10p.p. abaixo desse valor. Ao contrário de alguns dos indicadores anteriormente analisados, não se identificam grandes assimetrias regionais. Administração Central do Sistema de Saúde, IP Desempenho Assistencial 29

31 FIGURA 22. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 5.13M - PERCENTAGEM DE INSCRITOS COM IMC REGISTADO NOS ÚLTIMOS 12 MESES, EM 2009 E Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional ,9 73,1 FIGURA 23. PLANO NACIONAL DE VACINAÇÃO. No grupo da saúde infantil incluem-se os indicadores relacionados com a vacinação. Desde 2009, as metas estabelecidas para os indicadores percentagem de crianças com PNV atualizado aos 2 e aos 6 anos não são consideradas atingidas se os valores obtidos forem inferiores ao estabelecido. Este facto deve-se à necessidade em termos de saúde pública em garantir a imunidade de grupo. A comunidade não compreenderia que fossem atribuídos incentivos a grupos profissionais quando não fosse garantido o limiar de cobertura de vacinação que garanta a segurança coletiva. Ao contrário do que seria expectável, constata-se que o ano de 2010 apresenta resultados inferiores aos do ano anterior, para a análise do cumprimento do plano de vacinação aos 2 anos, com a grande maioria das USF a apresentarem valores apenas superiores a 98%, quando a mediana era de 99% em Verifica-se também que ainda persistem USF com valores 30 Desempenho Assistencial Administração Central do Sistema de Saúde, IP

32 mínimos para os 2 anos de 83,4% e para os 6 anos de 77,0%. Estes valores mínimos são inferiores aos observados no ano anterior. Em termos de análise por tipo de USF, não se observam diferenças significativas, destacando-se apenas a necessidade de promoção de melhoria que deve existir na região Alentejo, em ambos os tipos de USF para PNV aos 2 anos e em USF modelo A para PNV aos 6 anos. FIGURA 24. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 6.1 (2A) - PERCENTAGEM DE CRIANÇAS COM PNV ATUALIZADO AOS 2 ANOS, EM 2009 E 2010, EM MOD. A E MOD. B ,0 98,2 97,5 97,4 99,2 99,1 99,0 98,0 90,9 97,6 98, ,1 75 Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Med. Mod. A Med. Mod. B FIGURA 25. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 6.1 (6A) - PERCENTAGEM DE CRIANÇAS COM PNV ATUALIZADO AOS 6 ANOS, EM 2009 E 2010, EM MOD. A E MOD. B ,0 99,2 99,0 99,0 98,0 98,4 98,7 99,3 97,0 98,6 85,0 Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Med. Mod. A Med. Mod. B Administração Central do Sistema de Saúde, IP Desempenho Assistencial 31

33 VIGILÂNCIA ONCOLÓGICA A deteção precoce do cancro permite o diagnóstico da doença ainda em fase subclínica e tem como objetivo reduzir a mortalidade por esta doença, sendo que nalguns casos se pode esperar também a redução da incidência. Os indicadores de vigilância oncológica, no âmbito do processo de contratualização, estão relacionados com a saúde da mulher: Percentagem de mulheres entre os 25 e 64 anos com colpocitologia atualizada 5.2M Percentagem de mulheres entre os 25 e 49 anos vigiadas na USF com colpocitologia atualizada (apenas modelo B) Percentagem de mulheres entre os 25 e 69 anos com mamografia registada nos últimos dois anos O indicador relacionado com a citologia cervico-vaginal desdobra-se em dois indicadores, um direcionado a mulheres inscritas entre os 25 e 64 anos, e outro dirigido a mulheres com aceitação de vigilância entre os 25 e 49 anos. Da análise ao primeiro deles, percentagem de mulheres entre os 25 e 64 anos com colpocitologia atualizada, conclui-se que apesar dos valores registados em 2010 serem bastante reduzidos face ao que seria desejável, os mesmos registam uma melhoria generalizada face ao ano anterior, com a mediana nacional a aumentar cerca de 5p.p e a situar-se acima dos 50%. Em termos de cumprimento das metas estabelecidas, verifica-se que todas as regiões ficaram, ainda, aquém do esperado. Quando se analisa os valores realizados por tipo de USF, denotam-se algumas diferenças significativas, com as USF modelo B a apresentarem valores medianos bem superiores às USF de modelo A, com maior expressão na região de Lisboa e vale do Tejo. A única exceção é observada na região Algarve com as USF modelo A a apresentarem um resultado superior às de modelo B. FIGURA 26. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE MULHERES ENTRE OS 25 E 64 ANOS COM COLPOCITOLOGIA ATUALIZADA, EM 2009 E 2010, EM MOD. A E MOD. B ,2 46,6 62,9 55,4 51,4 53,0 51,7 45,5 47,4 14,8 28,9 28,0 Med. Mod. A Med. Mod. B Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional Desempenho Assistencial Administração Central do Sistema de Saúde, IP

34 O indicador relacionado com a colpocitologia melhora, substancialmente, quando o universo passa a ser referente a mulheres vigiadas, percentagem de mulheres entre os 25 e 49 anos vigiadas na USF com colpocitologia atualizada. Com efeito, os valores de referência também variam consoante o universo compreenda mulheres inscritas ou vigiadas, sendo que, no primeiro caso, o objetivo de contratualização ronda os 55% e no segundo caso (universo de mulheres vigiadas), o objetivo de contratualização atinge os 85%. Em termos de mediana nacional, considerando o universo de mulheres inscritas, o valor é de 52,2%. Se considerarmos o universo de mulheres vigiadas o valor passa a ser de 86%, superandose, quase sempre, a meta contratualizada. A região Centro, apesar de apresentar um ligeiro decréscimo nos resultados de 2009 para 2010, é aquela que apresenta melhores resultados para este indicador, quando o universo compreende apenas as mulheres vigiadas. De qualquer forma, independentemente do universo observado, existem ainda valores mínimos insatisfatórios em várias USF. FIGURA 27. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE MULHERES ENTRE OS 25 E 49 ANOS VIGIADAS NA USF COM COLPOCITOLOGIA ATUALIZADA, EM 2009 E ,0 83,1 Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Relativamente ao indicador percentagem de mulheres entre os 25 e 69 anos com mamografia registada nos últimos dois anos, verifica-se uma melhoria do mesmo em algumas regiões, o que contribuiu para que a mediana nacional se aproximasse mais do valor de referência de 70%, já transitado do ano anterior. Apesar da mediana nacional não alcançar ainda o valor de referência, algumas USF superam-no claramente ao conseguirem alcançar um nível de cumprimento próximo de 85,1%. Em sentido contrário, existe registo de uma USF, na região Algarve, com um valor de 7,2% para este indicador. Quando se analisa os resultados por tipo de USF, verifica-se, como seria expectável, que são as USF modelo B que apresentam os melhores resultados em quase todas as regiões, com exceção das regiões Alentejo e Algarve, facto que pode resultar do diminuto número de USF modelo B que existem nestas duas regiões. Administração Central do Sistema de Saúde, IP Desempenho Assistencial 33

35 FIGURA 28. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE MULHERES ENTRE OS 25 E 69 ANOS COM MAMOGRAFIA REGISTADA NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS, EM 2009 E 2010, EM MOD. A E MOD. B ,6 60, ,0 67,3 65,0 58, ,8 66,8 58,7 56,5 49,4 7, Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Med. Mod. A Med. Mod. B A análise ao desempenho das USF na área de deteção precoce (cancro da mama e colo do útero), mostra diversas fragilidades nas várias regiões, sendo uma das áreas em que deveria haver mais empenho por parte das equipas. Estes resultados evidenciam algum défice da ação dos CSP, não apenas ao nível do cancro da mama, mas, principalmente, no rastreio de cancro do colo do útero. Importa, assim, identificar regionalmente os obstáculos a uma ação mais capaz por parte destes prestadores. DIABETES O Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes de 2009, refere que a Diabetes Mellitus é uma doença crónica cada vez mais frequente na nossa sociedade, e a sua prevalência aumenta muito com a idade, atingindo ambos os sexos. Ainda de acordo com os dados do relatório, ( ) cerca de 1/3 da população portuguesa (20-79 anos) ou tem Diabetes ou tem uma maior predisposição para o desenvolvimento desta doença (Pré-Diabetes), estimando-se que 11,7% da população portuguesa tem Diabetes e 23,2% estará em situação de pré-diabetes. Por outro lado, a mortalidade por Diabetes tem vindo a aumentar, rondando os 4% da população, sendo ainda significativa a percentagem de diabéticos com complicações como a cegueira, amputações e insuficiência renal crónica. Segundo o mesmo relatório verifica-se uma elevada prevalência de diabéticos a quem ainda não foi diagnosticada a doença. São contratualizados com as USF quatro indicadores de desempenho assistencial na área da diabetes: 5.4M Percentagem de diabéticos com pelo menos três HbA1C registada nos últimos doze meses, desde que abranjam dois semestres 6.19 Percentagem de diabéticos abrangidos pela consulta de enfermagem (apenas modelo B) 6.16 Percentagem de diabéticos com gestão do regime terapêutico ineficaz (apenas modelo B) 5.7 Percentagem de diabéticos com pelo menos um exame dos pés registado no ano (apenas modelo B) 34 Desempenho Assistencial Administração Central do Sistema de Saúde, IP

36 O indicador 6.16, percentagem de diabéticos com registo de gestão do regime terapêutico, ainda não foi implementado nos sistemas de informação, não sendo possível fazer a avaliação do mesmo. Se, o acompanhamento dos Diabéticos, aferido pelos indicadores relacionados com a consulta de enfermagem e a realização de exame aos pés, em termos nacionais, está acima do valor de referência (90% para ambos os indicadores), com evidência de melhoria generalizada face ao ano de 2009, já o registo da análise HbA1C apesar de notórias melhorias face ao ano de 2009, está ainda bastante aquém do valor de referência de (90%) com a mediana nacional a situar-se nos 74%. Verifica-se assim a necessidade de investimento neste indicador, essencialmente nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Quando se analisa os valores medianos por tipo de USF, as unidades em modelo B apresentam melhor desempenho nesta área. FIGURA 29. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 5.4M - PERCENTAGEM DE DIABÉTICOS COM PELO MENOS TRÊS HBA1C REGISTADA NOS ÚLTIMOS DOZE MESES, DESDE QUE ABRANJAM DOIS SEMESTRES, EM 2009 E 2010, EM MOD. A E MOD. B ,4 68,0 81,9 86,6 76,8 74,5 73,8 65,7 49,3 39,7 33,6 35,6 Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Med. Mod. A Med. Mod. B Em termos de cumprimento de metas, podemos constatar que a maior parte das USF não atingiu os objetivos contratualizados para o indicador percentagem de diabéticos com pelo menos três HbA1C registada nos últimos doze meses, desde que abranjam dois semestres. Saliente-se que a mediana do valor contratado exige que 80% dos diabéticos vigiados realizem pelo menos três HbA1C na totalidade dos dois semestres. Conforme já foi dito, o indicador respeitante à percentagem de diabéticos abrangidos pela consulta de enfermagem, supera os valores de referência definidos, não se denotando grandes assimetrias em termos regionais. Verifica-se ainda que a maioria das USF atingiu os objetivos contratualizados, para este indicador. Administração Central do Sistema de Saúde, IP Desempenho Assistencial 35

37 FIGURA 30. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE DIABÉTICOS ABRANGIDOS PELA CONSULTA DE ENFERMAGEM, EM 2009 E ,8 92, Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 De acordo com a análise gráfica do indicador percentagem de diabéticos com pelo menos um exame dos pés registado no ano, podemos constatar que é a região Algarve aquela que apresenta o valor mais baixo em termos medianos (64%), resultado da análise de uma única USF. Em termos de cumprimento de metas é também essa região que fica mais aquém do cumprimento do valor contratualizado (85%). FIGURA 31. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE DIABÉTICOS COM PELO MENOS UM EXAME DOS PÉS REGISTADO NO ANO, EM 2009 E ,7 91,0 Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional Desempenho Assistencial Administração Central do Sistema de Saúde, IP

38 HIPERTENSÃO ARTERIAL Em Portugal, 3 milhões de portugueses adultos sofrem de hipertensão arterial. Destes, estima-se que menos de metade tenha conhecimento de que tem pressão arterial elevada e cerca de 39% está a ser tratado. Dos portugueses hipertensos apenas 11,2% têm a sua hipertensão arterial controlada ii. Hoje sabe-se que a adoção de um estilo de vida saudável pode prevenir o aparecimento da doença e que a sua deteção e acompanhamento precoces podem reduzir o risco de incidência de doença cardiovascular. A deteção precoce da hipertensão arterial, particularmente nos indivíduos com risco cardiovascular acrescido, a correta orientação terapêutica (farmacológica e não farmacológica) e a prossecução dos objetivos de controlo tensional ao longo dos anos, são prioridades de intervenção dos serviços prestadores de cuidados de saúde, sendo desejável que, sempre que possível, sejam efetuadas campanhas de rastreio, devidamente enquadradas no planeamento e realidades regionais e locais, bem como campanhas de sensibilização da população. O principal objetivo do tratamento do doente hipertenso é obter a longo prazo a máxima redução da morbilidade e mortalidade cardiovascular e renal. Tal poderá ser conseguido pela redução dos valores elevados da TA e pelo tratamento dos fatores de risco modificáveis e de doenças associadas. Na população hipertensa em geral, o objetivo será a redução da TA para valores inferiores a 140/90 mm Hg. Para este programa os indicadores contratualizados relacionam-se com o registo da pressão arterial, registo de Índice de Massa Corporal e atualização da vacina antitetânica: 5.10 Percentagem de hipertensos com pelo menos um registo de pressão arterial em cada semestre 5.13M Percentagem de hipertensos com pelo menos um registo de IMC nos últimos 12 meses (apenas modelo B) 6.2M Percentagem de hipertensos com vacina antitetânica atualizada (apenas modelo B) O indicador percentagem de hipertensos com registo de pressão arterial em cada semestre, em termos de mediana nacional, apesar da melhoria de 6p.p., observada, encontra-se ainda aquém do valor de referência, situando-se nos 83% em relação aos 95% ideais. São as regiões Norte e Centro que se destacam mais favoravelmente, evidenciando um melhor acompanhamento destes doentes. Refira-se que este indicador avalia o registo de pressão arterial em doentes hipertensos com compromisso de vigilância. Em termos de cumprimento de metas, verifica-se que a maioria das USF não cumpriu os objetivos estabelecidos que correspondiam a uma mediana nacional de 90%. Quando se analisam os resultados por tipo de USF, verifica-se a existência de assimetrias entre os diferentes modelo, com as USF modelo B a evidenciarem uma melhor performance face às modelo A. A diferença é mais acentuada na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde o acompanhamento deste indicador nas USF modelo A se situa 21p.p. abaixo das USF modelo B. ii Macedo ME, et al. Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controlo da Hipertensão em Portugal. Estudo PAP2. Rev Port Cardiol 2007; 26 (1): Administração Central do Sistema de Saúde, IP Desempenho Assistencial 37

39 FIGURA 32. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR PERCENTAGEM DE HIPERTENSOS COM PELO MENOS UM REGISTO DE PRESSÃO ARTERIAL EM CADA SEMESTRE, EM 2009 E 2010, EM MOD. A E MOD. B ,6 76, ,9 84,4 76,7 73,2 75,9 73,0 62,3 55,0 51,9 53, Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Med. Mod. A Med. Mod. B Outro indicador de acompanhamento deste grupo de doentes assenta no controlo do seu IMC, percentagem de hipertensos com pelo menos um registo de IMC nos últimos 12 meses, verificando-se que nesta área o acompanhamento se tem mostrado mais eficaz, com cerca de 93% da população hipertensa, em programa de vigilância, a ser monitorizada. A mediana nacional (93%) apesar de se situar abaixo do valor de referência (95%), caminha no sentido de a alcançar, evidenciando um crescimento de 3p.p. face ao ano anterior. Em termos de objetivos, verifica-se que apenas o único modelo B da região Algarve, não alcançou o seu objetivo. FIGURA 33. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 5.13M - PERCENTAGEM DE HIPERTENSOS COM PELO MENOS UM REGISTO DE IMC NOS ÚLTIMOS 12 MESES, EM 2009 E ,2 89, Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional Desempenho Assistencial Administração Central do Sistema de Saúde, IP

40 Em termos de controlo da atualização da vacina antitetânica nos doentes hipertensos, cujo indicador contratualizado é percentagem de hipertensos com vacina antitetânica atualizada, verifica-se que da totalidade dos doentes hipertensos, em programa de vigilância, cerca de 95% dos mesmos tem a vacina contra o tétano em dia. Este valor mediano a nível nacional evidencia a existência de uma boa prática generalizada no país. Quando se analisa o cumprimento dos objetivos estabelecidos, conclui-se que os mesmos foram atingidos e mesmo superados na maioria das USF. FIGURA 34. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 6.2 PERCENTAGEM DE HIPERTENSOS COM VACINA ANTITETÂNICA ATUALIZADA, EM 2009 E ,1 92, Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Administração Central do Sistema de Saúde, IP Desempenho Assistencial 39

41 EFICIÊNCIA Nos indicadores de eficiência, e uma vez que ainda existem limitações na utilização dos sistemas de informação, em 2009 e 2010 foram contratualizados os medicamentos e meios complementares de diagnóstico e terapêutica efetivamente faturados ao SNS, embora o acompanhamento seja feito igualmente aos valores prescritos. Salienta-se também nesta análise que, de forma a eliminar o efeito dos diferentes escalões de comparticipação de medicamentos, estes são analisados em termos de Preço de Venda ao Público (PVP), ou seja, encargo SNS, valorizado em PVP. Para todas as regiões foi contratualizada uma redução da despesa com MCDT e medicamentos. Nas regiões com mais de 10 USF em funcionamento, as USF foram agrupadas em quartis de acordo com perfil de despesa apurada para medicamentos e MCDT. As metas estabelecidas para cada USF consideraram o seguinte: USF no quartil superior de custos (acima do percentil 75): máximo a contratualizar percentil 75, com uma redução mínima de 5% da despesa USF nos quartis médios de custos (percentil 25-75): redução de despesa USF no quartil médio inferior de custos (percentil 0-25): máximo de crescimento de 4%. FIGURA 35. EXERCÍCIO DE DISTRIBUIÇÃO POR QUARTIS DAS DESPESAS POR UTILIZADOR (EM PVP) GERADAS PELAS USF EM MEDICAMENTOS, EM ,28 194,24 213, Apesar do processo de contratualização ter tentado induzir a redução de despesa com medicamentos e MCDT, os resultados atingidos evidenciam o contrário. Ou seja, em termos nacionais verificou-se em 2010 e comparativamente com o ano anterior um aumento da despesa com estas duas rúbricas. Em termos dos valores da mediana nacional para os indicadores custo médio de medicamentos por utilizador e custo médio de MCDT por utilizador, verifica-se que, em 2010, houve um aumento de 8 e 6, respetivamente, face aos valores do ano anterior. Focando a análise nos medicamentos, verifica-se que apenas a região de Lisboa e Vale do Tejo atingiu os objetivos contratualizados, alcançando uma mediana de 205,8 em termos do custo médio de medicamentos por utilizador (em PVP). No entanto, tal não significa que tenha tido um bom desempenho, dado que esse valor se encontra acima do valor da mediana nacional, com as outras regiões a conseguirem níveis inferiores de encargos com medicamentos. 40 Eficiência Administração Central do Sistema de Saúde, IP

42 Fazendo a análise deste indicador por tipo de USF verifica-se que, à exceção da região Lisboa e Vale do Tejo, em todas as ARS os modelos B são mais eficientes em termos da prescrição de medicamentos. FIGURA 36. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 7.6 CUSTO MÉDIO DE MEDICAMENTOS, POR UTILIZADOR, EM 2009 E 2010 EM MOD. A E MOD. B ,3 186, Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Med. Nacional 2010 Med. Mod. A Med. Mod. B Analisando os encargos com MCDT por utilizador, observa-se que a maioria das USF, de três das cinco regiões, cumpre os objetivos definidos, quando analisados em termos de mediana nacional. As regiões Norte e Alentejo são as que apresentam maior nível de crescimento dos seus encargos por utilizador, sendo por isso as regiões onde a maior parte das USF não cumpre os seus objetivos. FIGURA 37. MEDIANA OBSERVADA E CONTRATUALIZADA PARA INDICADOR 7.7 CUSTO MÉDIO MCDT, POR UTILIZADOR, EM 2009 E 2010 EM MOD. A E MOD. B Med. Mod. A Med. Mod. B Med Med Med. Contratualizada Med. Nacional 2009 Administração Central do Sistema de Saúde, IP Eficiência 41

43 À semelhança do que foi feito para os restantes indicadores e, analisando o custo médio de MCDT por utilizador, por tipo de USF, conclui-se que as USF modelo B apresentam valores inferiores nas regiões Centro, Alentejo e Algarve. Nas regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo atingem-se os valores mais altos neste indicador. Os indicadores de eficiência apresentam, tanto para os medicamentos como para os MCDT, uma grande amplitude, com valores mínimos de 84,9 e 15,6, por utilizador, para medicamentos e MCDT, e valores máximos de 292,3 e 118,2, respetivamente. Dada a dimensão do encargo com medicamentos e MCDT para o SNS, deverão ser apurados regionalmente os motivos pelos quais algumas USF apresentam valores muito superiores às medianas observadas. Os dados disponíveis para a realização deste relatório não permitem tirar conclusões se estas variações poderão estar associadas a diferentes níveis de morbilidade em termos da população inscrita em cada USF. Analisando os encargos das USF, para as rúbricas de medicamentos e de MCDT, e fazendo a sua comparação com os demais prestadores de CSP (ACES), podemos afirmar que, as USF originam, em média, menos 27 de gastos com medicamentos (PVP) e menos 2 de gastos com MCDT, por utilizador. Apesar destes dados evidenciarem os ganhos de eficiência decorrentes deste modelo organizacional no âmbito dos CSP, importa salientar que estamos a comparar serviços de caraterísticas diferentes. Por exemplo, a despesa com medicamentos e MCDT nos ACES incluí os serviços prestados em Serviços de Atendimento Permanente e prestação de cuidados a utentes sem médico de família. Empiricamente, está demonstrado que estes serviços são caraterizados por uma maior despesa com medicamentos e MCDT. FIGURA 38. COMPARAÇÃO DOS CUSTOS COM MEDICAMENTOS (PVP) POR UTILIZADOR ENTRE USF E ACES, EM CES USF - Valor Nacional ACES - Valor Nacional 42 Eficiência Administração Central do Sistema de Saúde, IP

44 FIGURA 39. COMPARAÇÃO DOS CUSTOS COM MCDT POR UTILIZADOR ENTRE USF E ACES, EM CES USF - Valor Nacional ACES - Valor Nacional Uma análise mais detalhada das USF permitiu perceber, qual o tipo de USF, modelo A ou modelo B, com melhor desempenho quando analisados os encargos com medicamentos e MCDT, em termos médios por utilizador. Os valores apurados indicam que as USF modelo B são comparativamente e na sua generalidade mais eficientes quando se está a analisar medicamentos (menos 10 por utilizador, em média). Apenas a região Lisboa e Vale do Tejo contraria este padrão, onde os modelos A são mais eficientes em termos de racionalização da prescrição e consumo de medicamentos. FIGURA 40. COMPARAÇÃO DOS CUSTOS COM MEDICAMENTOS (PVP) POR UTILIZADOR ENTRE USF MOD. A E MOD. B, EM Nacional Mod. A Mod. B Os valores das USF modelo B são muito influenciados pelas USF em modelo B da região Norte, por ser a região de saúde com maior número de utilizadores neste tipo de unidades. Relativamente aos MCDT, o padrão é semelhante, com todas as USF modelo B a apresentarem, em termos médios por utilizador, maior eficiência quando comparadas com as USF modelo A. A nível nacional esta eficiência não é visível, dado que para os dois tipos de USF o indicador apresenta a mesma mediana, 68 por utilizador, em termos de MCDT faturados. Isto prende-se mais uma vez com o peso que a região Norte tem nesta análise e em concreto nos MCDT pois, Administração Central do Sistema de Saúde, IP Eficiência 43

45 ao ser responsável por 58% dos utilizadores nacionais em USF modelo B e apenas 47% dos utilizadores nacionais em modelo A, acaba por arrastar a mediana nacional para valores superiores aos verificados nas outras quatro regiões. FIGURA 41. COMPARAÇÃO DOS GASTOS COM MCDT POR UTILIZADOR ENTRE USF MOD. A E MOD. B, EM Nacional Mod. A Mod. B Finalmente, e no âmbito da análise em termos da despesa com estas duas rubricas, verifica-se que entre 2009 e 2010 houve um crescimento dos gastos com medicamentos de 4% e, um crescimento acentuado dos gastos com MCDT que atingiu os 11%. FIGURA 42. EVOLUÇÃO DOS GASTOS COM MEDICAMENTOS POR UTILIZADOR (PVP), 2009_ ,00 35% 250, % 30% 200,00 150,00 + 4% % + 1% % % % 20% % 100,00 10% 50,00 5% 0,00 Nacional Medicamentos 2009 Medicamentos 2010 Var. 2010_2009 0% No que diz respeito aos medicamentos vendidos em farmácia de oficina o crescimento mais acentuado verificou-se na região Alentejo. Relativamente aos MCDT foi a região Norte que mais contribuiu para o aumento desta rubrica no âmbito dos CSP. 44 Eficiência Administração Central do Sistema de Saúde, IP

46 FIGURA 43. EVOLUÇÃO DOS GASTOS COM MCDT POR UTILIZADOR, 2009_ ,00 70,00 60,00 50,00 40, % % % % % % ,00 20,00 10,00 0,00 Nacional MCDT 2009 MCDT 2010 Var. 2010_2009 É ainda importante acrescentar que o ritmo de crescimento, nas USF, da rubrica medicamentos (4%) foi inferior à verificada em termos nacionais para o mercado de ambulatório (7%). Administração Central do Sistema de Saúde, IP Eficiência 45

47 ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS Nos últimos anos tem-se assistido a um interesse crescente sobre pagamento de acordo com o desempenho. Apesar da limitada evidência, esta proposta tem sido advogada para a aceleração da melhoria da qualidade dos cuidados de saúde. A menor qualidade quase sempre aumenta os custos através da ineficiência, prolongamento da necessidade de cuidados e necessidade de tratamentos e cirurgias complementares. Os programas de pagamento por desempenho desejam fortalecer a melhoria da qualidade, premiando a excelência e minorando as perversidades das modalidades de pagamento, nomeadamente a deterioração do acesso e desinvestimento em qualidade. A contratualização de metas de desempenho com as USF deve conduzir, por si só, a esforços tangíveis na melhoria dos níveis da acessibilidade, dos desempenhos assistencial e económico e da satisfação dos utentes, bem como distinguir as USF que atinjam as metas contratualizadas com a atribuição de recompensas, suportadas pelos ganhos de eficiência previamente incorporados no sistema de saúde. Como verificámos anteriormente, nem todas as USF estão no mesmo plano de desenvolvimento organizacional. A diferenciação entre as USF modelo A e USF modelo B é resultante do grau de autonomia organizacional, da diferenciação do modelo retributivo, dos incentivos dos profissionais e do modelo de financiamento. As equipas multiprofissionais das USF, independentemente do modelo em que se enquadrem, têm acesso a incentivos institucionais que constam da carta de compromisso, contratualizados anualmente e que são aferidos pelo seu desempenho. Os incentivos institucionais traduzem-se, nomeadamente, na distribuição de informação técnica, na participação em conferências, simpósios, colóquios e seminários sobre matérias de diferentes atividades da carteira de serviços da USF, no apoio à investigação ou no aumento das amenidades de exercício de funções da equipa multiprofissional. A atribuição de incentivos financeiros é aplicada a enfermeiros e ao pessoal administrativo das USF modelo B e depende da concretização de metas contratualizadas referentes a atividades decorrentes de vigilância de mulheres em planeamento familiar e grávidas, de vigilância de crianças do nascimento até ao segundo ano de vida, de vigilância de diabéticos e de hipertensos. Assim, o modelo B é o indicado para equipas com maior amadurecimento organizacional onde o trabalho em equipa de saúde familiar seja uma prática efetiva e que estejam dispostas a aceitar um nível de contratualização de patamares de desempenho mais exigentes. O valor máximo anual dos incentivos financeiros a distribuir, por profissional, é de para os enfermeiros e de para o pessoal administrativo. Acresce ainda que, para estes dois grupos profissionais a remuneração mensal integra, para além da remuneração base, dois tipos de suplementos: (1) um suplemento associado ao aumento das unidades ponderadas da lista de utentes e (2) um suplemento associado às unidades contratualizadas do alargamento do período de funcionamento ou cobertura assistencial, quando contratualizado. Importa ainda referir que para as USF modelo B, a remuneração mensal dos médicos integra uma remuneração base, suplementos e compensações pelo desempenho. São considerados os seguintes suplementos: (1) suplemento associado ao aumento das unidades ponderadas; (2) suplemento da realização de cuidados domiciliários; (3) suplemento associado às unidades contratualizadas do alargamento do período de funcionamento ou cobertura assistencial. Acresce ainda um suplemento remuneratório para o Coordenador da USF, e um suplemento para o orientador de formação do internato complementar de medicina geral e familiar. A compensação pelo desempenho é remunerada com base nas unidades contratualizadas decorrentes das atividades específicas no âmbito dos programas de saúde considerados para o efeito. De acordo com a avaliação feita pelos DCARS à atividade das USF afetas a cada região, na área dos indicadores para a atribuição de incentivos institucionais, conclui-se que, relativamente a 2010 e em termos nacionais, 17 unidades (menos 37% do que em 2009) recebem o incentivo a 100%, 39 unidades (menos 25% do que em 2009) recebem 50% do incentivo e cerca de 3/4 das USF (164) não recebe incentivo. Assim, foram atribuídos às 17 USF que cumpriram os indicadores para atribuição de incentivos institucionais a 100%. Acresce a este montante os distribuídos pelas 39 unidades cujo cumprimento dos indicadores se ficou pelos 50%. 46 Atribuição de Incentivos Administração Central do Sistema de Saúde, IP

48 FIGURA 44. DISTRIBUIÇÃO DAS USF DE ACORDO COM A AVALIAÇÃO PARA A ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS EM % 90% 80% 70% 60% % % 30% 20% 10% 0% Nacional Incentivo 100% Incentivo 50% Sem Incentivo Na globalidade os incentivos institucionais perfazem , a ser distribuídos por três das cinco regiões de saúde, da seguinte forma: 30,2% para a região Norte, 22,3% para a região Centro e 47,5% para a região de Lisboa e Vale do Tejo. FIGURA 45. INCENTIVOS INSTITUCIONAIS DISTRIBUÍDOS POR CADA REGIÃO DE SAÚDE EM Nacional Incentivo 100% Incentivo 50% Relativamente aos indicadores para atribuição de incentivos financeiros, no ano 2010, verifica-se que de um total de 108 USF em modelo B, 55 unidades (51%), têm direito a incentivo a 100% para distribuir pelos seus enfermeiros e administrativos, 32 USF (30%), receberão o incentivo a 50% e 21 unidades (19%) não alcançaram as metas que lhes foram propostas para este tipo de indicadores. Os valores a atribuir aos profissionais pelo cumprimento deste grupo de indicadores ascendem a Administração Central do Sistema de Saúde, IP Atribuição de Incentivos 47

49 FIGURA 46. DISTRIBUIÇÃO DAS USF DE ACORDO COM A AVALIAÇÃO PARA A ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS EM % 90% 80% 70% 60% % % 8 30% 20% % 0% Nacional Incentivo 100% Incentivo 50% Sem Incentivo Da análise ao gráfico seguinte, pode concluir-se que da totalidade dos incentivos atribuídos, cerca de 76,4% dizem respeito a incentivos atribuídos a 100%. Os mesmos distribuem-se por quatro das cinco regiões de saúde da seguinte forma: 61,7% para a região Norte; 10,3% para a região Centro; 27,1% para a região de LVT e finalmente 0,9% para a região Alentejo. Apenas a região Algarve não teve direito a incentivos financeiros. FIGURA 47. INCENTIVOS FINANCEIROS DISTRIBUÍDOS POR CADA REGIÃO DE SAÚDE EM Nacional Incentivo 100% Incentivo 50% 48 Atribuição de Incentivos Administração Central do Sistema de Saúde, IP

50 NOTAS FINAIS O presente relatório visa, de forma sucinta, dar a conhecer o panorama nacional relativamente ao processo de contratualização com as USF no ano de Os quadros apresentados em anexo pretendem complementar o relatório analítico e disponibilizar informação sobre os valores atingidos nas várias regiões para os indicadores que servem de base ao processo de contratualização com as USF. Apesar de ser notória uma evolução no ano de 2010 em vários indicadores comparativamente com o ano anterior, em termos dos valores medianos, dos 14 indicadores contratualizados para atribuição de incentivos institucionais, apenas 6 superaram as metas definidas. No que diz respeito ao conjunto de 16 indicadores para atribuição de incentivos financeiros, e mais uma vez em termos medianos, em apenas 4 deles as metas foram atingidas. Por outro lado, existem indicadores que, tanto pelo valor que apresentam de mediana, como pelos valores mínimo e máximo observados, atingiram níveis de estabilidade bastante razoáveis, como, por exemplo, os relacionados com o Plano Nacional de Vacinação. Entende-se, pois, que deverá considerar-se a inclusão de novos indicadores, mais exigentes e vocacionados para os resultados alcançados, que permitam considerar outras áreas das necessidades em saúde, com vista à obtenção de maiores ganhos de desempenho, qualidade e eficiência no âmbito dos CSP. De uma forma geral, esta análise permite constatar a persistência de variações entre os valores atingidos nas diferentes unidades e regiões. A amplitude de variação dos desempenhos entre USF reforça a necessidade de: I. Responsabilizar mais os Conselhos Clínicos dos ACES quanto à análise das variações de desempenho internas e quanto ao desenvolvimento e/ou disseminação de práticas eficazes de governação clínica nas suas unidades funcionais, incluindo UCSP; II. Estimular a formação e a acção dos conselhos técnicos das USF, em especial nas USF com valores de desempenho menos favoráveis; III. Preparar orientações que conduzam a uma definição mais precisa dos critérios de passagem de USF modelo A para modelo B, e vice-versa em caso de desempenhos menos satisfatórios, tal como previsto na legislação. Saliente-se, contudo, que eventuais diferenças apontadas poderão estar associadas ao facto da análise incluir, indistintamente, um conjunto de USF com graus de implementação diferentes (o universo de USF analisadas contempla unidades com um mínimo de 1 ano de atividade e unidades com mais de 4 anos de funcionamento). É expectável que no seu percurso uma USF vá evoluindo em termos dos resultados atingidos para as várias áreas de monitorização. Reforçando o que se tinha já concluído no relatório de 2009, de forma genérica, as USF demonstram claramente maior eficiência que a generalidade dos CSP, quando se analisam os custos médios de medicamentos e MCDT por utilizador. No entanto, não parece ter havido esforço por parte das equipas em termos da racionalização da prescrição quer de medicamentos quer de MCDT, já que os dois indicadores pioraram face a Não pode deixar de ser sinalizada a grande diferença entre a percentagem de USF com atribuição de incentivos institucionais (25% das 220 USF) e financeiros (81% das 108 USF modelo B). Este resultado demonstra o diferente grau de motivação e compromisso das equipas para o cumprimento de indicadores quando o incentivo é global para a equipa comparativamente com a situação em que o incentivo é atribuído aos profissionais. Este resultado reforça a necessidade de fazer depender a atribuição dos incentivos financeiros ao cumprimento dos indicadores base comuns a todas as USF. Administração Central do Sistema de Saúde, IP Notas Finais 49

51 ANEXO I ANÁLISE DO DESEMPENHO POR REGIÃO DE SAÚDE INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS INSTITUCIONAIS 50 Anexo I Análise do Desempenho por Região de Saúde Indicadores para Atribuição de Incentivos Institucionais Administração Central do Sistema de Saúde, IP

52 ANEXO II - ANÁLISE DO DESEMPENHO POR REGIÃO DE SAÚDE INDICADORES PARA ATRIBUIÇÃO DE INCENTIVOS FINANCEIROS Administração Central do Sistema de Saúde, IP Anexo II - Análise do Desempenho por Região de Saúde Indicadores para Atribuição de Incentivos Financeiros 51

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