An aspirin a day keeps the doctor away. As Novas Evidências dos Efeitos da. Mudar as Recomendações dos Guidelines?

Documentos relacionados
Uso do AAS na Prevenção Primária de Eventos Cardiovasculares

João Morais Cardiologista, Director do Serviço de Cardiologia do Hospital de Santo André, EPE, Leiria.

SEMINÁRIO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO QUATERNÁRIA EM APS

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

Registro Brasileiros Cardiovasculares. REgistro do pacientes de Alto risco Cardiovascular na prática clínica

XXXV Congresso Português de Cardiologia Abril ú ç

O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial é a redução da morbidade e da mortalidade cardiovascular do paciente hipertenso

FA e DAC: Como abordar esse paciente? Ricardo Gusmão

SABADOR. Apresentadora: Renée Sarmento de Oliveira Membro da equipe de Cardiologia/Coronária HBD. Professora de Clínica Médica da UNIRIO

Papel do ácido acetilsalicílico na prevenção primária cardiovascular

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR

A V C E A EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

A parte das estatinas e aspirina, quais medicações melhoram prognóstico no paciente com DAC e

COLESTEROL ALTO. Por isso que, mesmo pessoas que se alimentam bem, podem ter colesterol alto.

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. Dr Achilles Gustavo da Silva

Velhas doenças, terapêuticas atuais

Protocolo de Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular e Renal Crônica

Publicações de impacto no último ano em: Hipertensão

Resultados preliminares do "HPS Heart Protection Study" confirmam as recomendações das III Diretrizes de Prevenção da Aterosclerose

Prevenção Primária das Doenças Cardiovasculares na Diabetes: o Papel do Ácido Acetilsalicílico

1/13. período de tempo

Ensaios Clínicos Recentes em Dislipidemia: lições do ASCOT-LLA, ALLHAT-LLP e HPS

TRATAMENTO DAS SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS

Paciente com DM, HAS e DAC (IAM recente), HBAC 7%, IMC 42: A curva J teria importância no tratamento deste paciente? Claudio Marcelo B.

Insuficiência Renal Crônica

Estudo Courage. A Visão do Cardiologista Intervencionista. Pós Graduação Lato - Sensu Hospital da Beneficência Portuguesa Abril/2008

Abordagem intervencionista na síndrome coronária aguda sem supra do segmento ST. Roberto Botelho M.D. PhD.

DIABETES E DISLIPIDÉMIA

AUSÊNCIA DE EFEITO DO ÔMEGA-3 NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES

DIRETRIZ BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE DOENÇA CARDIOVASCULAR EM PACIENTES COM DIABETES

Coração Outono/Inverno

EM DISCUSSÃO PÚBLICA ASSUNTO: PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS: NÚMERO: 005/2013 DATA: 19/03/2013

Estratificação do risco e terapêutica antitrombótica

Terapia Antiplaquetária Dupla na DAC Até quando? Dr. Luis Felipe Miranda

Atualização de Angina Instável e IAM sem supra ST AHA/ACC Guideline

Anexo III Resumo das características do medicamento, rotulagem e folheto informativo

Escolha do regime antiplaquetário nas síndromes coronarianas agudas

Como selecionar o tipo de stent e antiplaquetários para cirurgias não cardíacas. Miguel A N Rati Hospital Barra D Or - RJ

O diabético com doença coronária crónica

Papel dos Betabloqueadores e Estatinas

Adesão a um Programa de Reabilitação Cardíaca: quais os benefícios e impacto no prognóstico?

Quanto Pagamos por um Benefício? Análise Descritiva de Custo do Uso das Vastatinas. A Necessidade de uma Análise Custo-Efetividade Nacional

DISLIPIDEMIAS: O QUE DIZEM AS DIRETRIZES SOBRE O TRATAMENTO COM MEDICAMENTOS?

ONTARGET - Telmisartan, Ramipril, or Both in Patients at High Risk for Vascular Events N Engl J Med 2008;358:

O tratamento das doenças do coração e suas implicações no cenário nacional

OVO UM ALIMENTO FUNCIONAL. Gabriel de Carvalho

Diabetes Mellitus: Uso de Ácido Acetilsalicílico (AAS)

ESTADO DA ARTE DA ANTI-AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA RICARDO FONTES-CARVALHO (MD,

Thiers R Chagas SOCEBA/2017

TRATAMENTO ATUAL DA HIPERCOLESTEROLEMIA E NOVAS PERSPECTIVAS

ANTIAGREGANTES Quem e quando parar?

Conhecer os doentes hipertensos de uma lista de utentes Que risco cardiovascular?

TESTOSTERONA E DOENÇA CARDIOVASCULAR

Terapêutica de Reposição Hormonal e Risco Cardiovascular

Cardiologia e Trabalho. José Carlos Dias Carneiro

Utilização de diretrizes clínicas e resultados na atenção básica b

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA DAC E TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA HIPERCOLESTEROLEMIA

Medical Research Council (MRC) Study

2 de Maio Sábado Sessão televoter Hipertensão Curso de MAPA

Hipertensão Arterial e a Prevenção Quaternária

Gestão da terapêutica antiagregante

Efeitos Cardiorrenais dos Anti-inflamatórios

Avaliação do Risco Cardiovascular

NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS: POR QUE EU ESCOLHO MARCO TULIO ARAUJO PEDATELLA

41 ANOS DE EXISTÊNCIA. 942 Médicos Cooperados 71 mil clientes. 1ª Sede Praça Carlos de Campos

Novas diretrizes para pacientes ambulatoriais HAS e Dislipidemia

RICARDO FONTES-CARVALHO MD, PhD, FESC, FACC NOVOS DADOS DA ASPIRINA EM PREVENÇÃO PRIMÁRIA 2. ANTI-AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA APÓS ENFARTE DO MIOCÁRDIO

Estratificação de risco cardiovascular no perioperatório

Framingham score for cardiovascular diseases among civil servantes,sao Paulo, 1998.[Portuguese]

INTERVENÇÕES PREVENTIVAS E TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA

Conflitos de interesse

1. Estratificação de risco clínico (cardiovascular global) para Hipertensão Arterial Sistêmica

Adriana Bertolami. Médica da Seção de Dislipidemias do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

Departamento de Ginecologia e Obstetrícia Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo Como Evitar: Pré-eclâmpsia

NÚMERO: 008/2011 DATA: 31/01/2011 Diagnóstico Sistemático da Nefropatia Diabética

Rua Afonso Celso, Vila Mariana - São Paulo/SP. Telefone: (11) Fax: (11)

Sessão Televoter Diabetes

DRC: um multiplicador do risco cardiovascular. Roberto Pecoits-Filho

Dislipidemia é a alteração da concentração de lipoproteínas e/ou lipídios

Uso de antiagregantes plaquetários no tratamento do diabetes mellitus

SEÇÃO 1 IMPORTÂNCIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E DE SUA PREVENÇÃO

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR ENTRE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA.

Doença aterosclerótica

COLESTEROL, ESTOU TOMANDO

Síndrome Metabólica. Curso de Reciclagem SBC-SC Artur Haddad Herdy

Ácido Acetilsalicílico na Prevenção Primária de Doença Cardiovascular

Profa Dra Rachel Breg

ABORDAGEM AO AVC. Rui Kleber do Vale Martins Filho Neurologia Vascular

da pressão arterial Estratificação do risco e controlo

AS EVIDÊNCIAS EM CARDIOLOGIA DOS ESTUDOS À PRÁTICA CLÍNICA. Dr. Osvaldo AK Lourenço 08 de outubro de 2017

Curso prático de atualização em anticoagulação oral na FANV Casos especiais. Arminda Veiga

JNC 7, 2003; 2007; VI

BENEFIT e CHAGASICS TRIAL

07 / 11 / Atualização em Ômega-3. Profa. Dra. Tania Martinez

Resultados 2018 e Novas Perspectivas. Fábio P. Taniguchi MD, MBA, PhD Investigador Principal

Programa de Educação Continuada 3

Estratégias para o tratamento da Hipertensão Arterial

Na hipertensão arterial

Dr. Flavio Magalhães da Silveira SBPT Rio de Janeiro, RJ. Centro Médico BarraShopping RJ SLEEP Laboratório do Sono

Risco Cardiovascular. 3º Curso Básico de Cardiologia Pediátrica PAULA MARTINS

Transcrição:

An aspirin a day keeps the doctor away Anis Rassi Junior, MD, PhD, FACP, FACC, FAHA Diretor Científico, Anis Rassi Hospital Goiânia (GO) - BRASIL e-mail: arassijr@terra.com.br As Novas Evidências dos Efeitos da Aspirina em Prevenção Primária Deverão Mudar as Recomendações dos Guidelines? NENHUM CONFLITO DE INTERESSES

Aspirina Um dos fármacos mais antigos Desenvolvida por um químico alemão (Dr. Felix Hoffman) em 1897 para tratar o reumatismo de seu pai Patenteada pela Bayer em 1899 Mais de 100 bilhões de comp. são consumidos anualmente (equivalente a mais de 16 comp. por pessoa por ano) No que se refere à doença aterosclerótica, aprovada pelo FDA para uso em prevenção secundária e primária (apenas para pacientes de alto risco)

Antithrombotic Trialists Collaboration, 2002 Aspirina (ou outro antiplaquetário) em Prevenção Secundária 287 estudos randomizados: 135.000 pacientes Benefit per 1000(SE): 36(5) 38(5) 36(6) 9(3) 22(3) Average duration: 27 m 1 m 29 m 0.7 m 22 m <0.000 P-value: <0.0001 <0.0001 0.0009 <0.0001 1 20% 22% % of Vascular Events 25% 30% A = Antiplatelet therapy C = Control 10% 11% 26% A C A C A C A C A C 13.5% 17.0% 10.4% 14.2% 17.8% 21.4% 8.2% 9.1% 8.1% 10.2% 0% BMJ 2002;324:71-86 Prior MI Acute MI Prior stroke/tia Acute stroke Other high risk* *unstable angina, stable angina, CABG, PTCA, HF

Efficacy of Aspirin at Various Doses in Reducing Vascular Events* in High-Risk Patients t Aspirin No. of % Odds (mg daily) Trials Reduction Odds Ratio 500-1500 34 19 160-325 19 26 75-150 12 32 <75 3 13 Any aspirin 65 23 *Vascular events included nonfatal MI, nonfatal stroke, and death from vascular causes. Adapted from Antithrombotic Trialists Collaboration. BMJ. 2002;324:71-86. 0 0.5 1.0 1.5 2.0 Antiplatelet Antiplatelet Better Worse Treatment effect P<.0001

PREV VEN NÇÃO PR RIMÁ ÁRIA IAM AVCI BENEFÍCIOS X RISCOS Sangramento gástrico AVCH

British Doctor`s Trial, 1988 US Physicians Health Study, 1989 Thrombosis Prevention Trial, 1998 Hypertension Optimal Treatment Trial, 1998 Primary Prevention Project, 2001 Women s Health Study, 2005 Japanese Primary Prevention of Atherosclerosis with Aspirin For Diabetes Trial, 2008 Prevention Of Progression of Arterial Disease And Diabetes Trial, 2009 Aspirin for Asymptomatic Atherosclerosis Trial, 2009 ECRs American Heart Association American College of Cardiology American A Diabetes b t Associationi European Society of Cardiology American College of Chest Physicians Joint British Societies US Preventive Services Task Force Scotitsh Intercollegiate Guidelines Network National Institute for Health and Clinical Excellence Preferência do Paciente Decisão clínica Guidelines Meta- análises ASPIRINA em Prevenção Primária Antithrombotic Trialists Collaboration US Preventive Services Task Force The Cochrane Collaboration Grupo de pesquisadores Rassi 2010

Aspirina para Prevenção Primária em Homens Physicians Health Study (AAS x Placebo) Fatorial 2x2 (beta-caroteno) Indivíduos randomizados 22.071 Aspirina reduziu em 44% o risco de um primeiro i Follow-up, anos 5,0 (média) interrompido IAM (P < 0,00001) População de pacientes Variação de idade Sexo feminino, % Dose de aspirina Homens, médicos, aparentemente sadios* 40-84 anos 0 325 mg em dias alternados Steering Committee of the Physicians Health Study Research Group. N Engl J Med. 1989;321:129-135. Redução no risco foi aparente apenas nos pacientes com idade 50 anos Nenhum benefício da aspirina em relação à redução de AVC e óbito CV * HAS = 12%; hipercolesterolemia = 8%; DM = 2%; Tabagismo (passado ou atual) = 50%; história familiar para DCV = 13%

439,7/100.000/ano para 254,8/100.000/ano 0,43%/ano para 0,25%/ano 0,18%/ano; NNT = 100/0,18 = 555/ano RRR: 44%

Aspirina para Prevenção Primária em Homens British Doctor`s Trial (AAS x Controle Indivíduos randomizados Follow-up, anos População de pacientes Variação de idade Sexo feminino, % Dose de aspirina (AAS x Controle - 2:1) 5.139 5,6 (média) Homens, médicos, aparentemente sadios* 19-90 anos 0 500 mg/dia Peto R et al. BMJ 1988;296:313-316 Antithrombotic Trialists (ATT) Collaboration. Lancet 2009;373:1849-60 Aspirina não foi capaz de reduzir a incidência de IAM, AVC e/ou óbito cardiovascular Redução de 10% na mortalidade total com a aspirina (p=ns) Discrepância em relação aos resultados do estudo PHS ESTUDO NEGATIVO * HAS = 10%; DM = 2%; Tabagismo (passado ou atual) = 76%; angina = 2%; AIT = 3%

Aspirina para Prevenção Primária em Homens Thrombosis Prevention Trial (AAS x Placebo) Indivíduos randomizados 5.499 Follow-up, anos 6,7 (média) Fatorial 2x2 (warfarina) População de pacientes Variação de idade Sexo feminino, % Dose de aspirina Lancet 1998;351:233-41 Homens com fatores de risco para DAC* 45-69 anos 0 75 mg/dia NNT=435/ano Risco baseado nas seguintes variáveis: tabagismo, hipertensão, história familiar de DAC prematura, IMC, colesterol e fibrinogênio NNT=370/ano

Aspirina para Prevenção Primária em Homens e Mulheres Hypertension Optimal Treatment (AAS x Placebo) Fatorial 3x2 (3 níveis de redução de PAd) Indivíduos duos randomizados ados Follow-up, anos População de pacientes Variação de idade Sexo feminino, % Dose de aspirina Lancet 1998;351:1755-62 18.790 3,8 (média) Ambos os sexos e PAd entre 100 e 115 Aspirina reduziu em 15% o risco de um evento CV maior (P =0,03; 03; NNT=63) Aspirina reduziu em 36% mmhg o risco de um IAM (P =0,002; NNT=77) 50-80 anos 47 75 mg/dia Nenhum benefício da aspirina em relação à redução de AVC e óbito CV Análise de subgrupo de acordo com o sexo não realizada

Aspirina para Prevenção Primária em Homens e Mulheres Primary Prevention Project (AAS x controle) Indivíduos randomizados Follow-up, anos interrompido População de pacientes Variação de idade Sexo feminino, % 4.495 3,6 (média) Homens e mulheres, com 1 ou mais fatores de risco* 45-94 anos 57 Fatorial 2x2 (vitamina E) CV death, Non-fatal MI Non-fatal stroke NNT=450/ano yrs Dose de aspirina 100 mg/dia Lancet 2001;357:89-95 * HAS, hipercolesterolemia, DM, obesidade, história familiar de DAC prematura, idade > 65 anos Análise de subgrupo de acordo com o sexo não realizada NNT=600/ano yrs

2002

Aspirina na Prevenção Primária de Eventos Cardiovasculares Metanálise de 5 estudos: Benefícios OR (IC 95%) Metanálise de 5 estudos: British Male Doctors`Trial Physicians`Health Study Thrombosis Prevention Trial Hypertension Optimal Treatment Primary Prevention Project IAM 0,72 (0,60-0,87) 0,87) Óbito coronário 0,87 (0,70-1,09) AVC total 1,02 102(0851 (0,85-1,23) Óbito total 0,93 (0,84-1,02) Malefícios AVCH Hemorragia (GI) 1,4 (0,9-2,0) 1,7 (1,4-2,1) Ann Intern Med 2002;136:161

Aspirina na Prevenção Primária de Eventos Cardiovasculares Emprego de Aspirina (75-500500 mg) por 5 anos em 1.000 pacientes Risco de DAC em 5 anos BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS -Mortalidade total -Eventos coronarianos -AVC isquêmico -AVC hemorrágico -Sangramento g maior (GI) 1% Sem efeito 1-4 prevenidos Sem efeito 0-2 causados 2-4 causados 3% 5% Sem efeito 4-12 prevenidos Sem efeito 0-2 causados 2-4 causados Sem efeito 6-20 prevenidos Sem efeito 0-2 causados 2-4 causados Ann Intern Med 2002;136:161

ou > 6% em 10 anos

Dose 75-160 mg daily. No distinction based on sex. Based on studies done primarily il in men, results may not apply equally to women.

2005 Women's Health Study: Low-Dose Aspirin i in Primary Prevention Trial 39.876 mulheres aparentemente sadias, idade 45 anos Randomizado, duplo-cego, fatorial 2 x 2 (vitamina E) Aspirina (dose baixa) 100 mg em dias alternados n=19.934934 Placebo n=19.942 Desfechos (follow up médio 10,1 1 anos): Primário: combinação de óbito CV, IAM não-fatal e AVC não-fatal Secundários: óbito total, óbito CV, IAM fatal e não-fatal fatal, AVC fatal e não-fatal, AVCI, AVCH Idade média: 55 ± 7 anos; Tabagismo atual = 13%; IMC médio = 26 ± 5; HAS = 26%; dislipidemia = 29,5%; DM = 3%; história familiar de IAM = 13%; Framingham risco baixo (< 10% em 10 anos) = 96%; Framingham risco intermediário/alto (> 10% em 10 anos) = 4% Ridker PM, et al. N Engl J Med. 2005;352:1293-304

Women's Health AAS Pcb 24% 2,4% 26% 2,6% Study 9% Desfecho Primário: -Óbito Ó CV -IAM não-fatal -AVC não-fatal HR = 0,91; IC 95%: 0,80-1,03 03 Ridker PM, et al. N Engl J Med. 2005;352:1293-304

NNT=444 NNT=392

NNT ~ 48

2006

2009

Pacientes de Alto Risco (risco > 20% em 10 anos) 1. DAC estabelecida 2. Outras formas clínicas de aterosclerose - doença arterial periférica -doença arterial carotídea sintomática - aneurisma de aorta abdominal 3. Diabetes mellitus 20 em cada 100 pacientes irão desenvolver DAC ou sofrer um evento coronariano recorrente (angina, IAM ou óbito) nos próximos 10 anos

AHA/ACC/ADA 2008: Cardiovascular risk reduction in asymptomatic diabetes A1C BP (mm Hg) Target <7% <130/<80 Lipids (mg/dl) LDL-C <100 (<70 optional) HDL-C >40 men, >50 women TG <150 Recommendations <6% if possible without inducing hypoglycemia ACEI or ARB in BP-lowering regimen Statin for all (to lower LDL 30% - 40%), except if age < 40 yr, no CV risk factor and lipids already at expected target ASA: all, except if age < 40 yr and no CV risk factor ACEI: age > 40 yr with another CV risk factor

Estudos Recentes (Prevenção Primária) com a Aspirina em Pacientes Diabéticos DM I e II DM II JPAD POPADAD HR, 0.98 (95% CI, 0.76-1.26) HR, 1.23 (95% CI, 0.79-1.93) 2.539 japoneses (45% mulheres); idade: 30-85a 1.276 pacientes (56% mulheres); idade > 40a e AAS (81-100 mg/dia) x controle índice tornozelo-braquial (ITB) < 0,99 Seguimento médio: 4,4 anos AAS (100 mg/dia) x placebo; fatorial 2x2 (AOx) Desfecho primário: DAC fatal ou não-fatal, AVC Seguimento médio: 6,7 anos fatal ou não-fatal, doença arterial periférica Desfecho primário: eventos CV combinados; 10% de abandono (grupo AAS) óbito coronário ou AVC Pacientes com idade>65a: AAS superior (HR:0,68) 50% de abandono (grupo AAS) Ogawa H et al. JAMA 2008;300:2134-2141 Belch J et al. BMJ 2008;337:a1840

BMJ. 2009 Nov 6;339:b4531 2009

Aspirin for primary prevention of cardiovascular events in people pl with diabetes: metaanalysis of randomised controlled trials BMJ. 2009 Nov 6;339:b4531

Para ajudar a proteger sua privacidade, o PowerPoint impediu o download automático desta imagem externa. Para baixar e exibir esta imagem, clique em Opções na Barra de Mensagens e clique em Habilitar conteúdo externo. (2010) Diabetes Care 2010; 33:1395-14021402 Circulation 2010;121;2694-2701 J Am Coll Cardiol 2010; 55:2878-2886

Recomendações para o Uso de Aspirina em Pacientes Diabéticos: Prevenção Primária (ADA/ACC/AHA 2010) Dose de AAS: 1 ou mais 75 a 162 mg/d fatores de risco* Nenhum fator de risco* HOMENS Idade > 50 anos Idade < 50 anos IIa (nível B) Risco de DCV em 10a > 10% IIb (nível C) IIb (nível C) Risco de DCV em 10a: 5-10% III (nível C) Risco de DCV em 10a: 5-10% Risco de DCV em 10a < 5% MULHERES: ponto de corte para a idade = 60 anos Desde que não haja risco de sangramento: -História prévia de sangramento GI -História prévia de úlcera péptica -Uso concomitante de AC oral, AINE etc OBS: em caso de abandono de tabagismo, controle adequado de PA e/ou uso de estatina, adição de AAS pode ser desnecessária *FATORES DE RISCO: Tabagismo HAS Dislipidemia História familiar de DCV precoce Albuminúria

ACCEPT-D (n=5.170) Trials 2007, 8:21 PROBE ASCEND http://clinicaltrials.gov/ct2/show/nct00135226 PREVENÇÃO PRIMÁRIA DM JPPP N=10.000, DM 1 ou 2, homens ou mulheres Idade > 40 anos, sem história de DCV Randomizado, 2x2, AAS (100 mg/dia) e ácido graxo ômega-3 3(1 (1g/dia) vs placebo Desfecho primário: óbito vascular, AVC, IAM Seguimento: 5 anos Am Heart J 2010;159:361-369 E S T U D O S E M A N D A M E N T O

Administração de fármacos gastro-protetores (ant. dos receptores H2 ou inib. da bomba de prótons) reduz o risco de sangramento GI em pacientes em uso de aspirina JACC 2008;18:1502 Risco de sangramento GI com o da dose de AAS Preparações tamponadas ou de liberação entérica não estão associadas a um menor sangramento GI Suspender AAS profilática (por 7 dias) antes de procedimentos cirúrgicos com qualquer q potencial de sangramento Após tratamento endoscópico de sangramento GI, uso de AAS associado à droga gastro-protetora é superior à troca pelo clopidogrel, no que se refere à prevenção de novo sangramento

CONCLUSÕES Em prevenção secundária (pacientes com doença aterosclerótica coronária ou cerebral), uso de AAS é inquestionável. Em diabéticos (sem doença aterosclerótica comprovada) uso indiscriminado de AAS não é recomendado. Seguir orientações das últimas diretrizes americanas (ADA/AHA/CCF 2010) Homens (idade entre 45 e 79 anos) e alto risco para doença aterosclerótica coronária (> 20% em 10 anos escore de risco de Framingham), AAS geralmente indicado Mulheres (idade entre 55 e 79 anos) e alto risco para doença aterosclerótica cerebral (> 20% em 10 anos escore de risco para AVC), AAS pode ser considerado Pacientes de risco intermediário (significância estatística, mas irrelevância clínica) NNT proibitivo