Padrões de Desempenho Estudantil

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série GRUPO II Competências para realizar GRUPO I Competências para observar GRUPO III Competências para compreender

Transcrição:

Padrões de Desempenho Estudantil Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado Os Padrões de Desempenho são categorias definidas a partir de cortes numéricos que agrupam os níveis da Escala de Proficiência, com base nas metas educacionais estabelecidas pelo AVALIANDO IDEPB. Esses cortes dão origem a quatro Padrões de Desempenho, os quais apresentam o perfil de desempenho dos estudantes: Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado Desta forma, estudantes que se encontram em um Padrão de Desempenho abaixo do esperado para sua etapa de escolaridade precisam ser foco de ações pedagógicas mais especializadas, de modo a garantir o desenvolvimento das habilidades necessárias ao sucesso escolar, evitando, assim, a repetência e a evasão. Por outro lado, estar no Padrão mais elevado indica o caminho para o êxito e a qualidade da aprendizagem dos estudantes. Contudo, é preciso salientar que mesmo os estudantes posicionados no Padrão mais elevado precisam de atenção, pois é necessário estimulá-los para que progridam cada vez mais. Além disso, as competências e habilidades agrupadas nos Padrões não esgotam tudo aquilo que os estudantes desenvolveram e são capazes de fazer, uma vez que as habilidades avaliadas são aquelas consideradas essenciais em cada etapa de escolarização e possíveis de serem avaliadas em um teste de múltipla escolha. Cabe aos docentes, através de instrumentos de observação e registros utilizados em sua prática cotidiana, identificarem outras características apresentadas por seus estudantes e que não são contempladas nos Padrões. Isso porque, a despeito dos traços comuns a estudantes que se encontram em um mesmo intervalo de proficiência, existem diferenças individuais que precisam ser consideradas para a reorientação da prática pedagógica. São apresentados, a seguir, exemplos de itens característicos de cada Padrão.

Abaixo do Básico 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 até 200 pontos Neste Padrão de Desempenho, os estudantes realizam operações elementares de leitura, interagindo apenas com textos do cotidiano, de estrutura simples e de temáticas que lhes são familiares. Localizam informações explícitas, além de realizarem inferências de informações, de efeito de sentido de palavra ou expressão, de efeito do emprego de pontuação e de efeitos de humor. Identificam, também, a finalidade desses textos. Quanto aos textos de estrutura narrativa, identificam personagem, cenário e tempo. Na apropriação de elementos que estruturam o texto, manifestam-se operações de retomada de informações por meio de pronomes pessoais retos e por substituição lexical. Além disso, reconhecem as relações lógico-discursivas marcadas por advérbios e locuções adverbiais e por marcadores de causa e consequência. No campo da variação linguística, reconhecem expressões representativas da linguagem coloquial. Considerando as habilidades descritas, constata-se que esses estudantes apresentam lacunas no processo de desenvolvimento da competência leitora.

Leia o texto abaixo. Disponível em: <http://imageshack.us/photo/my-images/166/calvinharodotira350fg2.gif>. Acesso em: 16 jun. 2011. (P090397C2_SUP) (P090397C2) Infere-se desse texto que Calvin A) é um garoto muito preocupado. B) é um filho muito amoroso. C) sabe que a mãe vai melhorar. D) sente falta do que a mãe faz. Esse item avalia a habilidade de interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não verbal em uma tirinha, um gênero textual comum ao ambiente escolar e que, geralmente, desperta o interesse dos estudantes. A resolução desse item pressupõe que o estudante seja capaz de construir um sentido para o texto a partir da relação entre as pistas verbais e não verbais fornecidas na tirinha. O comando desse item requer que o estudante extraia, a partir da leitura global do texto, uma interpretação que não se encontra na superfície textual. Para isso, deve entender que, no terceiro quadrinho, o menino apresenta uma justificativa para ter escrito um cartão para a mãe. Na sequência, no último quadrinho, a fala do tigre reforça a justificava do menino e revela uma atitude interesseira de ambos os personagens com relação à melhora da mãe. Dessa forma, os estudantes que conseguiram construir essa interpretação acertaram o item, marcando a alternativa D. Por outro lado, os estudantes que assinalaram as demais alternativas estabeleceram leituras inferenciais inadequadas ou incompletas. Aqueles que optaram pelo distrator A, possivelmente, atentaram-se somente para os dois primeiros quadrinhos e entenderam que a atitude de escrever um cartão para a mãe que está doente revela preocupação por parte do filho. Raciocínio semelhante pode ter sido usado por aqueles que escolheram o distrator B, entendendo que a atitude do filho demonstra seu carinho, seu cuidado com a mãe. Por fim, a escolha do distrator C também revela que os estudantes ficaram presos somente aos dois primeiros quadrinhos do texto, em especial à fala do menino no segundo: Fique boa logo. Tal expressão, reforçada pelo advérbio de tempo logo, poderia indicar a certeza do menino de que a mãe melhorará em breve.

Básico 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 de 200 a 250 pontos Neste Padrão de Desempenho, encontram-se habilidades mais elaboradas do que aquelas características do Padrão anterior, exigindo dos estudantes uma autonomia de leitura em face das atividades cognitivas que lhes são exigidas e, também, dos textos com os quais irão interagir. Assim, eles já interagem com textos expositivos e argumentativos com temáticas conhecidas e são capazes de identificar informações parafraseadas e distinguir a informação principal das secundárias. Os estudantes reconhecem relações estabelecidas no texto, expressas por advérbios e por conjunções, inclusive as de causa e de consequência. Também recuperam informações em textos por meio de referência pronominal (além dos pronomes pessoais e dos indefinidos, acrescentem-se os pronomes demonstrativos e os possessivos). Recuperam, ainda, informações referenciais baseadas na omissão de um item, elipse de uma palavra, um sintagma ou uma frase. Quanto à variação linguística, os estudantes identificam expressões próprias de linguagem técnica e científica. No que se refere à intertextualidade, fazem a leitura comparativa de textos que tratam do mesmo tema, revelando um avanço no tratamento das informações presentes no texto. O processo inferencial, durante a leitura, é feito através do reconhecimento do tema do texto; do sentido de expressões complexas; do efeito de sentido decorrente do uso de notações em textos que conjugam duas ou mais linguagens; do efeito de sentido decorrente do uso de recursos morfossintáticos. Observase, assim, uma ampliação das ações inferenciais realizadas pelos estudantes que apresentam um desempenho que os posiciona neste Padrão. Com relação à leitura global de textos, os estudantes conseguem identificar a tese e os argumentos que a sustentam; reconhecem a função social de textos fabulares e de outros com temática científica. Percebe-se, pois, que os estudantes que se localizam neste Padrão de Desempenho já desenvolveram habilidades essenciais a uma leitura que aponta direcionamentos para a fluência leitora. Assim, a rede que se forma no processo de leitura (autor-texto-leitor) começa a se tornar mais dinâmica, isto é, o leitor começa a considerar de forma mais efetiva, na e para a produção de sentido, as pistas do texto e os conhecimentos que possui.

Leia os textos abaixo. Texto 1 Combate ao estresse É possível combater o estresse gerado pelo ritmo acelerado do dia a dia de uma forma muito gostosa... comendo! Alguns alimentos têm poder de melhorar o desempenho do organismo. A nutricionista funcional Tatiana Rocha dá dicas. A laranja, rica em vitamina C e complexo B, é um ótimo relaxante muscular e ajuda a dar mais pique. Os pescados diminuem o cansaço e a ansiedade, graças à presença de zinco e selênio. Uma banana por dia também é uma ótima opção, já que ela é responsável pela sensação de bem-estar, explica. A Tribuna, 19 jun. 2011 Texto 2 Vida: estresse infantil 5 10 As crianças e os adolescentes sofrem os efeitos do estresse da mesma forma que os adultos. Uma criança que esteja passando por uma situação estressante pode apresentar sintomas de depressão, hiperatividade, ansiedade, alterações no humor [...]. Ao comparar o estresse adulto ao estresse infantil, a maior diferença está no tipo de situação capaz de desencadear esta resposta: o fato do gás ter acabado ou você estar com o salário atrasado não representam fontes de estresse para uma criança. [...] Por outro lado, uma simples prova, a mudança de um coleguinha ou até mesmo a preparação para o próprio aniversário podem afetar profundamente o humor do pequenino. A fórmula para lidar com o estresse infantil é bastante simples: basta combinar afeto com bom-senso e perseverança, contando sempre com a ajuda do tempero mais precioso da educação, o tempo. [...] A Tribuna, 19 jun. 2011. (P090599C2_SUP) (P090601C2) Esses dois textos dão dicas de como A) combater os efeitos do estresse. B) comparar as formas de estresse. C) diferenciar as causas do estresse. D) identificar os sintomas de estresse. Esse item avalia a habilidade de reconhecer formas de tratar uma informação na comparação de textos que abordam o mesmo tema. Para acertar o item, o estudante deve compreender a temática apresentada em cada um dos textos, para então compará-los, identificando suas semelhanças e/ou diferenças. Os textos utilizados como suporte, no entanto, podem facilitar a resolução do item, por serem de curta extensão e apresentarem linguagem simples. O item já sinaliza ao estudante a temática abordada nos dois textos: o estresse. Diante dessa informação, espera-se que o respondente seja capaz de reconhecer qual aspecto referente a esse problema está presente em ambos os suportes. O primeiro texto focaliza a alimentação como forma de combate ao estresse, enquanto o segundo, mais voltado ao estresse infantil, apresenta dicas de atitudes a serem tomadas para evitar esse mal. Sendo assim, aqueles que escolheram a alternativa A mostraram-se capazes de reconhecer que o ponto de aproximação entre o Texto 1 e o Texto 2 são as formas de combate ao estresse. Aqueles que assinalaram as demais alternativas prenderam-se a informações que foram apresentadas em apenas um dos textos. A escolha do distrator B sugere que os estudantes focaram apenas no segundo texto, que compara o estresse em adultos e crianças. De igual modo, a opção pela alternativa C também apresenta uma informação constante somente no Texto 2, as causas do estresse em crianças e adultos. Por fim, a alternativa D mostra um dado ausente no primeiro texto.

Adequado 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 de 250 a 300 pontos As habilidades características deste Padrão de Desempenho revelam um avanço no desenvolvimento da competência leitora, pois os estudantes demonstram realizar inferência de sentido de palavras/expressões em textos literários em prosa e verso, interpretar textos de linguagem mista, reconhecer o efeito de sentido do uso de recursos estilísticos e de ironia e identificar o valor semântico de expressões adverbiais pouco usuais. No campo da variação linguística, reconhecem expressões de linguagem informal e marcas de regionalismo. Além de reconhecerem a gíria como traço de informalidade. Quanto ao tratamento das informações globais do texto, distinguem a informação principal das secundárias e identificam gêneros textuais diversos. No que concerne à estrutura textual, reconhecem relações lógico-discursivas expressas por advérbios, locuções adverbiais e conjunções. Na realização de atividades de retomada por meio do uso de pronomes, esses estudantes conseguem recuperar informações por meio do uso de pronomes relativos. Eles demonstram, ainda, a capacidade de localizar informações em textos expositivos e argumentativos, além de identificar a tese de um artigo de opinião e reconhecer a adequação vocabular como estratégia argumentativa. Neste Padrão, os estudantes demonstram, portanto, uma maior familiaridade com textos de diferentes gêneros e tipologias.

Leia o texto abaixo. Regime, ginástica e cama A falta de sono adequado é, definitivamente, um fator de risco isolado para o ganho de peso 5 10 A matemática da perda de peso é simples. O consumo de calorias deve ser inferior ao total de energia gasta pelo organismo. Nos últimos cinco anos, porém, uma série de estudos vem demonstrando que um terceiro fator deve ser incluído na equação do emagrecimento o sono. Como a má alimentação e o sedentarismo, uma sucessão de noites mal dormidas pode condenar ao fracasso qualquer luta contra a balança. A pesquisa mais recente e uma das mais intrigantes sobre o assunto foi publicada na revista científica americana Annals of Internal Medicine. Conduzida por médicos da Universidade de Chicago, ela demonstrou que, em períodos de pouco sono, a queima de gordura corporal é 55% menor e a perda de massa magra, 60% maior. Perder massa magra signifi ca perder músculos, e isso é ruim porque leva à desaceleração do metabolismo e faz com que a pessoa ganhe peso com mais facilidade, diz o endocrinologista Walmir Coutinho, presidente eleito da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade. Em outras palavras: dormir pouco favorece o efeito sanfona, a grande questão de quem tenta se livrar dos quilos em excesso. MAGALHÃES, Naiara. Veja. 20 out. 2010. p. 160. Fragmento. (P090591ES_SUP) (P091175ES) No trecho... um terceiro fator deve ser incluído na equação do emagrecimento o sono. (. 3-4), o travessão foi empregado para A) anunciar fala de personagem. B) comentar um fato exposto. C) esclarecer uma afi rmação feita. D) ironizar uma explicação dada. Esse item avalia a habilidade de reconhecer o efeito de sentido decorrente de pontuação e outras notações. A complexidade desse item reside no fato de se explorar o emprego do travessão, que foge ao seu uso mais prototípico e conhecido pelos estudantes, que é introduzir uma fala. Nesse sentido, aqueles que escolheram a alternativa A associaram esse sinal de pontuação a esse uso mais familiar. A opção B demonstra um uso possível do travessão, mas não adequado ao contexto apresentado. Esses estudantes entenderam que o travessão foi usado para comentar os estudos apresentados sobre a perda de peso. emprego está previsto na alternativa C, assinalada por aqueles estudantes que compreenderam o propósito do uso do travessão no trecho. Aqueles que escolheram a alternativa D podem ter inferido que a inclusão do sono como um fator importante para a perda de peso revela um comentário irônico. Esses estudantes podem ter se guiado pela ideia de que o sono é uma atividade associada a repouso, inércia, em que não há gasto de energia e que, portanto, não poderia ser, a princípio, associada ao emagrecimento. Entretanto, essa interpretação, pautada em aspectos extratextuais, não é permitida pelo texto. No entanto, nota-se que, na verdade, esse sinal de pontuação foi usado para especificar o terceiro fator responsável pelo emagrecimento: o sono. Esse

Avançado 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 acima de 300 pontos A análise das habilidades encontradas neste Padrão permite afirmar que os estudantes que nele se encontram são capazes de interagir com textos de tema e vocabulário complexos e não familiares. Os estudantes reconhecem os efeitos de sentido do uso de recursos morfossintáticos diversos, de notações, de repetições, de escolha lexical, em gêneros de várias naturezas e temáticas, ou seja, demonstram maior conhecimento linguístico associado aos aspectos discursivos dos textos. Eles, ainda, realizam operações de retomadas com alta complexidade (usando pronomes demonstrativos e indefinidos, retos, incluindo também elipses). São capazes de analisar, com maior profundidade, uma maior gama de textos argumentativos, narrativos, expositivos, instrucionais e de relato, observando diversas categorias ainda não atingidas anteriormente, tanto no interior do texto quanto na comparação entre eles. Na comparação, inferem diferentes posicionamentos em relação ao mesmo assunto em textos de tipologias diferentes. No tocante à análise de textos que conjugam diversas tipologias, são capazes de identificá-las e analisálas, reconhecendo seus objetivos separada ou conjuntamente. Analisam gêneros textuais híbridos, considerando as condições de produção e os efeitos de sentido pretendidos. Em textos literários complexos, inferem o significado da metáfora e o efeito de sentido pretendido com seu uso. Assim, os estudantes que se posicionam nesse Padrão de Desempenho podem ser considerados leitores proficientes, conseguem selecionar informações, levantar hipóteses, realizar inferências, autorregular sua leitura, corrigindo sua trajetória de leitura quando suas hipóteses não são confirmadas pelo texto.

Leia o texto abaixo. Nada contra a gíria, bródi 5 10 15 20 O professor de Português é sempre o primeiro que se pergunta se a gíria é maléfica, benéfica ou indiferente. A língua corre risco com a abundância e a difusão da gíria?, perguntam os mais preocupados. Não, a língua não corre riscos. Corre risco quem não sabe o lugar que a gíria deve ocupar. Muitas vezes, a gíria é o oxigênio da língua, o fruto mais rápido e imediato da criatividade linguística de um povo. Frequentemente baseada em metáforas (relações de semelhança), a gíria tem forte poder de síntese. Usar a palavra bagaço para manifestar o estado em que se encontra uma pessoa ou um objeto dá bem a dimensão do poder de síntese e do caráter metafórico dessa linguagem. Então tudo bem com o uso da gíria? Vale em qualquer situação? Não, não e não. Ela tem uso limitado. Certamente você não imagina que um determinado grupo social possa usar sua gíria em qualquer situação ou lugar. Em outras palavras, muitas vezes a gíria não é coletiva. Não abrange toda a sociedade. Não há linguagem científica baseada em gíria. Não há linguagem jurídica baseada em gíria. Não se escreve contrato em gíria. E não há dicionário universal de gíria. E é aí que mora o perigo: se você limitar sua linguagem à gíria, pode ficar viciado e acabar perdendo de vista a necessária referência que o padrão formal da língua impõe. Em uma dissertação de vestibular, o uso de gíria é impensável. Nada contra a gíria, bródi, mas tudo tem seu tempo e seu lugar. NETO, Pasquale Cipro. Folha de S. Paulo. 18 jan. 1999. Folhateen, p. 5. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P090264C2_SUP) (P090267C2) No trecho... se você limitar sua linguagem à gíria,... (l. 17), o termo destacado estabelece relação de A) causa. B) concessão. C) condição. D) consequência. Esse item avalia a habilidade de estabelecer relações lógico-discursivas entre partes de um texto, marcadas por advérbios, locuções adverbiais, conjunções etc. No que concerne a esse item, temos uma conjunção subordinativa que estabelece com a oração anterior uma relação condicional. Essa habilidade mostra-se sofisticada para os estudantes, na medida em que requer processos inferenciais mais refinados, em um texto de extensão mediana. A escolha da alternativa C (gabarito) sugere que esses estudantes compreenderam que restringir a linguagem ao uso de gírias é condição para a perda de referência quanto ao padrão formal da língua, relação esta marcada pelo conectivo se. Aqueles que optaram por A, possivelmente, entenderam que a conjunção em destaque marca uma causa para a informação mencionada anteriormente, ou seja, o uso de gírias é uma causa para o perigo. Os estudantes que escolheram a alternativa B podem ter entendido que há uma condição contrária ao uso de gírias, mas que não impede seu uso. Entretanto, essa relação não está prevista no trecho selecionado; portanto os estudantes que assinalaram essa alternativa demonstram ainda não serem capazes de diferenciar as relações de condição e concessão. Por fim, aqueles que assinalaram a alternativa D confundiram-se na relação entre as orações, entendendo que aquela que segue a oração introduzida pela conjunção se (... pode ficar viciado e acabar perdendo... ) apresenta uma possível consequência,caso a condição seja satisfeita. Entretanto, essa não é a circunstância estabelecida pela conjunção se.