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Superfícies (2) Sadao Massago 3 de novembro de 2009 http://www.dm.ufscar.br/~sadao DM-UFSCar 1 Cilindro Dado uma e uma reta, podemos obter família de retas passando no ponto da e sendo paralela a reta dada. O conjunto de pontos destas famílias de retas é chamado de cilindro (veja a gura 1). A é chamado de base e a reta dada é chamada de reta diretriz. Como na reta diretriz, o que importa é a direção, podemos substituir pelo vetor (vetor diretriz). A forma paramétrica sempre pode ser obtido facilmente, e quando a está no plano paralelo ao plano coordenada e a reta diretriz é eixo coordenada (ortogonal ao plano da ), podemos obter outras expressões do cilindo, também de forma simples. P reta Figura 1: cilindro 1.1 Paramétrica Seja (x(t), z(t), z(t)), uma paramétrica no espaço e v seja o vetor diretor da reta diretriz. Uma reta que passa por um ponto (t) = (x(t), y(t), z(t)) paralelamente a reta diretriz terá o vetor diretor v e conseqüêntemente, os pontos desta reta é obtido pela parametrização P (t, λ) = (t) + λ v (veja a gura 1). Assim, a parametrização do cilindro é s(t, λ) = (t) + λ v. Exemplo 1.1: Obter a parametrização do cilindro com a base (x(t), y(t), z(t)) = (t, cos t, t 2 ) com a reta diretriz r(t) = (1, 0, 1) + t( 1, 2, 0). Solução: O vetor diretor da reta é v = ( 1, 2, 0) e conseqüêntemente a reta que passa por ponto (t, cos t, t 2 ) da, paralela a reta diretriz é dado por (t, cos t, t 2 ) + λ( 1, 2, 0) (veja a 1

x(t, λ) = t λ gura 2). Logo, a parametrização é dado por y(t, λ) = cos t + 2λ. z(t, λ) = t 2 Figura 2: Cilindro do exemplo 1.1 1.2 Implícita Seja (x, y) s implicitas no plano coordenada (ou paralelo ao plano coordenada ) determinado pela equação f(x, y) = 0 (e z = c). Considere a reta diretriz ortogonal ao plano da base (logo, paralela ao eixo ). Como os pontos do cilindro { está contida na reta paralela f(x, y) = 0 ao eixo, passando pelo ponto (x, y) da, temos que de forma que a z qualquer equação implícita do cilindro é f(x, y) = 0 que é a mesma da original (ignorando a condição sobre z). P Figura 3: Cilindro paralelo ao eixo coordenada Observação 1: Exceto no caso do cilindro ser paralelo a algum eixo coordenada (que falta a variável correspondênte), não é fácil detectar se uma forma implícita representa o cilindro. Para vericar, é necessário analisar se existe uma direção na qual as intersecções com planos paralelos a esta direção formam feixes de retas paralelas. Exemplo 1.2: Obter a representação na forma implícita do cilindro com a base y2 4 +z2 = 1 e x = 1, com a reta diretriz r(t) = (1, 0, 1) + t( 2, 0, 0). Em seguida, encontre as funções em y cuja união dos grácos é o cilindro. Solução: Como a está no plano paralelo ao plano coordenada e a retas diretriz é y ortogonal a este plano coordenada, a equação é mesma: 2 + 4 z2 = 1. Agora, isolando o z, temos z = ± 1 y2 4 que são duas funções: z(y) = + 1 y2 4 e z(y) = 1 y2 4. 2

1.3 Cilindro do gráco de uma função Seja z = f(x). O gráco de f tem a forma implícita z f(x) = 0 e o cilindro na direção do eixo, obtido a partir do gráco de f tem a mesma forma. Logo, ele é z f(x) = 0 ou equivalentemente, z = f(x). Assim, ele é gráco da função f(x, y) = f(x), que é a mesma. Exemplo 1.3: Obter a forma implícita da função cuja gráco é uma cone do gráco de y(x) = ln( x + 1) na direção do eixo z. Solução: Como a reta diretriz é ortogonal ao plano coordenada do gráco de f, a função é mesma: y(x, z) = ln( x + 1). Fique atento com as variáveis. 1.4 Cilindro implícito no caso geral No caso geral, a condição do ponto estar no cilindro é a reta passando { pelo ponto, paralelamente f(u, v, w) = 0 a reta diretriz interseptar a. Se a base é dado por e o vetor diretor g(u, v, w) = 0 da reta reta diretor é v, um ponto (x, y, z) está no cilindro se, e somente se, a reta s : (x, y, z) + λ v interceptar a. Juntando a equação da reta nas variáveis em u, v e w (considerando x, y e z como constante) com a equação da em u, v e w, temos a condição para que o ponto estar no cilindro. Poderá tentar eliminar as variáveis u, v e w para obter duas equações em x, y e z. No entanto, exceto nos casos da planar (f(u, v, w) = 0 ou g(u, v, w) = 0 ser plano) não é fácil e nem sempre é possível eliminar as variáveis u, v e w. { x 2 + y 2 = 1 Exemplo 1.4: Obter a forma implícita cuja base é dado por x 2 + y 2 + z 2 = 4 e a reta diretriz é r : (1, 2, 1) + λ(1, 0, 1) Solução: Como o vetor diretor é (1, 0, 1), a reta passando{ pelo ponto (x, y, z) paralelamente u + w = x + z a r é dado por (u, v, w) = (x, y, z) + λ(1, 0, 1) de onde temos. Juntando com v = y { u 2 + v 2 = 1 u 2 + y 2 = 1 { 1 y 2 + y 2 + w 2 = 4 o sitema u 2 + v 2 + w 2 = 4, temos u 2 + y 2 + w 2 = 4 ± 1 y 2 + w = x + z. u + w = x + z conseqüêntemente, temos ± 1 y 2 = x + z 1 y 2 = (x + z w) 2 com w 2 = 3. 1 y 2 = ( x + z ± 3 ) 2. Portanto, 2 Superfície de rotação A superfície de rotação é obtida, rotacionando uma em torno do eixo (reta) dado. Cada ponto da descreve um círculo no espaço, formando uma superfície (veja a gura 4). Note que, os pontos da superfície de rotação são formados pelos pontos P que está em algum círculo. Quando a está no plano coordenada e os eixos coincidentes com o eixo coordenada (que está no plano coordenada da ), podemos obter a expressão da superfície de rotação sem diculdades. No caso geral, não é fácil obter suas expressões por envolver rotação. 2.1 Rotação da paramétrica Seja (x(t), y(t)), uma paramétrica no plano. 3

Ao ser rotacionado em torno do eixo, o ponto (u, v) = (u(t), v(t) da descreve um círculo em y e z, de raio v, no plano paralelo ao plano { coordenada, na posição x = u (veja y = v(t) cos θ a gura 5). Assim, coordenadas y e z são dados por com 0 θ 2π. Logo, a z = v(t)senθ x(t, θ) = u(t) parametrização é dado por y(t, θ) = v(t) cos θ com 0 θ 2π. z(t, θ) = v(t)senθ Exemplo 2.1: Obter a parametrização da superfície de rotação da (y(t), z(t)) = (e t, t 2 ) em torno do eixo. Solução: A está no plano coordenada e o eixo é o eixo coordenada contido no plano coordenada. A rotação do ponto (v, w) = (e t, t 2 ) da em torno do eixo descreve um círculo de raio v na altura w (veja a gura 6). Assim, as coordenadas y e x são dados por y(t, θ) = v cos θ = e t cos θ e x(t, θ) = vsenθ = e t senθ respectivamente. Como a altura dos pontos x(t, θ) = e t senθ do círculo é w, temos a parametrização y(t, θ) = e t cos θ. z(t, θ = t 2 2.2 Rotação da implícita Seja f(x, y) = 0 uma implicita no plano coordenada. Ao ser rotacionado no eixo, o ponto (u, v) da descreve um círculo de raio v na posição x = u (veja a gura 5). Assim, as coordenadas x e z do ponto do círculo deverá satisfazer a equação { y 2 + z 2 = v 2. Como (u, v) é o ponto da, temos que f(u, v) = 0. Assim, f(u, v) = 0 ( teremos y 2 + z 2 = v 2 e conseqüêntemente, f x, ± ) y 2 + z 2 = 0, pois x = u. A equação f (x, ) y 2 + z 2 = 0 representa a superfície gerada pela rotação da na parte y 0 e a equação f (x, ) y 2 + z 2 = 0 representa a parte correspondênte a com y 0. Observação: Uma implícita é rotação da se existe plano na qual a intersecção com todos planos paralelos a ele é círculo 9degenerado ou não). No caso de vericar se é cilindro paralelo a algum eixo coordenada, é fácil, já que a euqação dos planos paralelos aos planos coordenadas é da forma variável igual a constante. Exemplo 2.2: Obter a forma implícita da superfície de rotação da y 3 = sen(y + z) em torno do eixo. Solução: A está no plano coordenada e o eixo é o eixo coordenada contido no plano P circulo eixo Figura 4: Superfície de rotação 4

P=(u,y,z) u v Figura 5: Rotação da w v P=(x,y,w) Figura 6: Rotação do exemplo 2.1 e 2.2 5

coordenada. A rotação do ponto (v, w) da em torno do eixo descreve um círculo de raio v na altura w (veja a gura 6). Assim, as coordenadas y e x são dados pela equação y 2 + x 2 = v 2. Como (v, w) é o ponto da, temos que v 3 = sen(v + w). Isolando o v da equação do círculo e substituindo, temos (± x 2 + y 2 ) 3 = sen(± x 2 + y 2 + w). Observando que não há condiçòes sobre w, exceto que seja terceira coordenada, temos (± x 2 + y 2 ) 3 = sen(z ± x 2 + y 2 ). 2.3 Rotacionando o gráco parte 1 No caso em que a é dado pelo gráco da função y = f(x) no plano e o eixo ser eixo (das variáveis indepêndentes), o ponto (u, v) com v = f(u) descreve um círculo de raio v no plano paralelo ao plano na posição x = u. Procedendo como no caso da rotação da x(t, θ) = t parametrica, obteremos a parametrização y(t, θ) = f(t) cos θ com 0 θ 2π. z(t, θ) = f(t)senθ Procedendo como no caso da rotação da implícita, observando que a equação implícita do gráco de f é y f(x) = 0, temos a forma implícita ± y 2 + z 2 f(x) = 0 ou equivalentemente, y 2 + z 2 = f(x). Caso precise da função, esta forma impícita pode ser resolvido em z, obtendo duas funções z = ± f(x) 2 y 2. Note que terá restrição de domínio nas funções obtidas. Exemplo 2.3: Obter a forma paramétrica e implícita da superfície de rotação do gráco da função z = e y em torno do eixo. Solução: O gráco está no plano coordenada e o eixo é o eixo coordenada contido no plano coordenada. A rotação do ponto (v, w) = (e y, y) do gráco em torno do eixo descreve um círculo de raio w na posição v = y (veja a gura 7). No caso de parametrização, as coordenadas z e x são dados por z(v, θ) = w cos θ = e v cos θ e x(v, θ) = wsenθ = e v senθ respectivamente. Como x(t, θ) = e t senθ v = y, temos a parametrização y(t, θ) = t com 0 θ 2π. z(t, θ = e t cos θ No caso de forma implícita, z e x são dados pela equação z 2 + x 2 = w 2 de onde w = ± x 2 + z 2.Como w = f(v) por (v, w) estar no gráco (e v = y), temos ± x 2 + z 2 = e y e conseüêntemente, x 2 + z 2 = e 2y. w v P=(x,v,z) Figura 7: Rotação do exemplo 2.3 6

2.4 Gráco da Função Parte 2 Seja z = f(x) uma função e rotacionaremos o gráco de f no eixo (eixo do contradomíno em vez do eixo do dominio). O ponto (u, w) com w = f(u) no plano descreve um círculo de raio u no plano paralelo ao plano coordenada no nível z = w (veja a gura 8). w u P=(x,y,w) Figura 8: Rotação do gráco no eixo Procedendo como no caso da rotação da parametrica, observando que a parametrização do gráco de f é dado por (x, f(x)) e tomando cuidado com as coordenadas, obtemos a parametrização x(t, θ) = t cos θ y(t, θ) = tsenθ com 0 θ 2π. z(t, θ) = f(t) Da forma similar a rotação da implícita, tomando cuidado com as coordenadas e observando que a forma imp cita do gráco de f é dado por z f(x) = 0, obtemos a forma implícita da superfície dado por z f (± ) x 2 + y 2 = 0 que pode ser escrito como sendo z = f (± ) x 2 + y 2 que também pode ser analisado como duas funções. ( ) A função f x2 + y 2 representa a função cuja gráco é a rotação do gráco de f para x 0 e f ( ) x 2 + y 2 representa a parte obtida pela rotação do gráco de f na parte x 0. Observação: Apesar da parametrização pode ser obtido facilmente a partir da função z = f (± ) x(t, θ) = t cos θ x 2 + y 2, a forma paramétrica y(t, θ) = tsenθ com é mais usada, pois forcece a posição z(t, θ) = f(t) exata de acordo com o ângulo de rotação. Exemplo 2.4: Obter a forma paramétrica e implícita da superfície de rotação do gráco da função y = cos x em torno do eixo. Solução: O gráco está no plano coordenada e o eixo é o eixo coordenada contido no plano coordenada. A rotação do ponto (u, v) = (x, cos x) do gráco em torno do eixo descreve um círculo de raio u na posição v = cos x (veja a gura 9). No caso de parametrização, as coordenadas x e z são dados por x(u, θ) = u cos θ e z(u, θ) = usenθ respectivamente. Como v = cos u por (u, v) x(t, θ) = tsenθ estar no gráco, temos a parametrização y(t, θ) = cos t com 0 θ 2π. z(t, θ = t cos θ 7

No caso de forma implícita, x e z são dados pela equação x 2 + z 2 = u 2 de onde u = ± x 2 + z 2. Como v = f(u) = cos u por (u, v) estar no gráco (e v = y), temos que y = cos ( ± x 2 + z 2) e conseüêntemente, x 2 + z 2 = (arccos y) 2. (x,cos u,z) u v=cos u Figura 9: Rotação do exemplo 2.4 2.5 Superfície de rotação com eixo paralelo ao eixo coordenada Quando o eixo for paralelo ao eixo coordenada, podemos proceder da forma similar, tomando cuidado no raio e centro do círculo. Note que no caso implícito, nem sempre consegue limpar a equação para caso em que as s não estejam no plano paralelo aos planos coordenadas, mesmo que eixo seja eixo coordenadas. No caso de eixo qualquer, precisará analisar o plano ortogonal ao eixo (que contém o círculo), o que torna mais complicado. Exemplo 2.5: Obter a parametrização e a forma implícita da superfície de rotação da (x(t), y(t), z(t)) = (t, t 3, cos t) em torno do eixo r(t) = (1, 2, 1) + t(0, 2, 0). Solução: Como a reta r é paralelo ao eixo e a parametrização é dado por (x, y, z) = (1, 2+2λ, 1). ao rotacionar o ponto (u, v, w) desta (que não está mais no plano coordenada) em torno do eixo (que é paralelo ao eixo ) será círculo de centro (1, v, 1) por círculo ser paralelo ao plano coordenada e estar no eixo. Conseqüêntemente, o raio será R = (u, v, w) (0, v, 0) = u2 + w 2 (veja a gura 9). No caso da parametrização, temos R = t 2 + (cos t) 2. Assim, temos x(t, θ) = 1 + t 2 + (cos t) 2 cos θ e No cado da forma implícita, observe que (t, t 3, cos t) é dado implicitamente por z = cos x e y = x 3. logo o ponto (u, v, w) da deve satisfazer v = u 3 e w = cos u. O ponto do círculo anterior deve satisfazer x 2 + z 2 = u 2 + w 2. Como eixo é paralelo ao eixo coordenada, temos v = y. Usando ele, podemos escrever u = 3 y e w = cos 3 y. Substituindo na equação do círculo, obtemos x 2 + z 2 = 3 y + cos 3 y. Observe que o raio da equação do círculo possui duas variáveis, o que torna complicado de resolver no caso implícito. em geral, nem sempre é possível eliminar u e w. 3 Cone Dado uma e um ponto, denimos a cone como sendo a superfície formado pelos pontos das retas que passam por um ponto da e o ponto (veja a gura 11). A dada é chamada de base e o ponto dado é chamado de vértice. Quando a está contido no plano paralelo ao plano coordenada e o vértice está na origem, podemos obter a expressão da forma implícita. No caso geral, somente a forma paramétrica é fácil de ser obtido. 8

3.1 Paramétrica Seja (x(t), z(t), z(t)) s paramétricas no espaço e V = (v x, v y, v z ) o vértice dado. Uma reta que passa por um ponto (t) = (x(t), y(t), z(t)) e vértice V é dado pela parametrização P (λ) = V + λ v onde v = (t) V. Assim, a parametrização é dado por s(t, λ) = V + λ ((t) V ) = λ(t) + (1 λ)v onde (t) é a parametrização da original. 3.2 Implícita Seja dada implicita no plano paralelo ao plano coordenada determinado pela equação f(x, y) = 0 no nível z = c. Consideremos a cone com esta base e vértice na origem. A secção pelos planos paralelos aos plano coordenada (z = constante) determina uma semelhante ao original, mas com tamanho dependente do nível em que situa. Pelo fato do ponto da origem, ponto da secção e o pontos da base serem colineares, podemos vericar que a escala é diretamente proporcional ao nível. Assim, temos 1 = c por ter escala 1 no nível z = c. z λ Logo, a escala no nível z é λ = z. Lembrando a mudança de escala na forma implícita, a de c ( nível da cone no nível z é dado por f x, y z/c z/c ) = 0. Esta equação é a forma implícita da cone. No caso canônico na qual a está no nível z = 1, temos a equação f ( x z, y z ) = 0. Observação 1: Para cone com vértice fora da origem (e s contidas no plano paralelo ao plano coordenada), procederemos como 1. Transladar com V para que vértice venha para origem 2. Obter a cone com vértice na origem 3. Transladar a cone obtida com V para colocar na posição desejada. Observação 2: No caso de cone vertical ( no plano paralelo ao plano coordenada, nem sempre pode obter como gráco de duas funções em x e y, mas podemos tentar isolar o z da equação implícita. A condição para que z seja dada pelos grácos das (duas) funções, é ter todos raios partindo da projeção do vértice no plano cortar a projeção da no plano, no máximo em um único ponto. No entanto, isto não garante que podemos isolar o z. 3.3 Cone do gráco da função Considere a função z = f(x) no plano paralelo ao plano coordenada na posição y = c. Como pontos do gráco de z = f(x) é dado pela equação implicita z f(x) = 0, usando a técnica do w R (x,v,z) u v (a,v,c) Figura 10: Rotação do exemplo 2.5 9

( ) caso da implícita, obteremos a equação z f x = 0, o que pode ser reescrito como sendo y/c y/c ( ) z = y f cx para pontos y 0. Assim a função em duas variáveis que fornece a cone como gráco c y é dado por f(x, ( ) y) = y f cx para y 0. Note que o domínio de f é uma cone formado pelo c y domínio de f. 3.4 Observação O vértice da cone é um ponto singular da superfície cônica. Isto signica que a vértice não satisfaz condições exigidas pelas superfícies. P vertice Figura 11: cone 10

c Figura 12: Cone do gráco 11