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Transcrição:

Produção em Rede

Sobre esta apresentação 2008 Vicente Aguiar O Conteúdo desta apresentação está licenciado sob a Licença Creative Atribuição-Uso Não- Comercial Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil Commons. http://www.creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/br/

Sistema de Produção Fabril 1 ENTRADA >> 2 PROCESSO >> 3. SAÍDA (INPUT) (Relações de trabalho) (OUTPUT) (Fornecedor) (Técnicas e ferramentas) (Consumidor)

Revisão: Modelos de Produção do Sistema Fabril - Produção em Massa (Fordismo/Taylorismo) - Produção Enxuta (Toytismo/Ohnoismo) - Produção em Rede (Empresa em Rede) O Modelo de Produção Enxuta (Toytismo) é o modelo de transição entre a produção em massa (taylorista-fordista) e modelo de produção em rede (empresa em rede).

Contexto: Sociedade em Rede 1) A revolução das tecnologias da informação. 2) O florescimento de movimentos sociais e culturais - feminismo, ambientalismo, defesa dos direitos humanos, das liberdades sexuais etc. 3) A crise econômica do capitalismo quanto do estatismo e e o renascer do

1) A revolução das tecnologias da informação. - Novo paradigma Tecnológico: superação do Industrialismo pelo Informacionalismo. As tecnologias da informação atuam de modo a facilitar a transmissão de informação, permitindo maior integração e alterando as bases materiais da sociedade. Elas adquirem particular importância ao potencializar a forma de organização e produção em rede iniciadas no Toytismo.

2) O florescimento dos 2) movimentos de contra-cultura - Surgimento do Feminismo, ambientalismo, defesa dos direitos humanos, das liberdades sexuais etc. Embora esses movimentos sociais fossem em princípio culturais e independentes das transformações econômicas e tecnológicas, tal espírito libertário influenciou, de forma considerável, a mudança para os usos individualizados e descentralizados da tecnologia. Sua cultura aberta estimulou a experimentação, com a manipulação de símbolos e seu internacionalismo e cosmopolitismo estabeleceu as bases intelectuais para um mundo interdependente.

3) A crise econômica do 3) capitalismo e o renascer do ideário da Globalização Libera - O Estado e a economia capitalista se redefinem a partir da globalização neo-liberal. A reestruturação pós-fordista envolve novas tecnologias, novos métodos de gestão da produção, novas formas de utilização da força de trabalho e novos modos de regulação estatal. O mundo passa a se organizar tendo como base um conjunto de regras econômicas comuns. Trata-se de um capitalismo muito mais duro em seus objetivos, porém, incomparavelmente mais flexível que qualquer um de seus predecessores em seus meios.

Produção em Rede (Pós-Toytist - Não estamos testemunhando o fim das poderosas empresas de grande porte, mas estamos, sem dúvida, observando a crise do modelo corporativo tradicional baseado na integração vertical e no gerenciamento funcional hierárquico: o sistema de 'funcionários e linha' de rígida divisão técnica e social do trabalho dentro da empresa. (Manuel Castells)

Produção em Rede (Pós-Toytist - Convergência entre as novas exigências organizacionais (Capitalismo Globalizado) e a revolução oriunda das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). - Modelo de Produção da nova forma organizacional (horizontal) da economia informacional/global: a Empresa em Rede.

Formas de Produção em Red 1 Redes de Fornecedores: - Incluem subcontratação, acordos OEM (Fabricação de equipamento Original) e ODM (Fabricação de Projeto Original) entre um cliente (produtor) e seus fornecedores EX: Redes de Franquia, Tercerização, tec. 2 - Redes de Produtores: acordos de coprodução que oferecem possibilidade a produtores concorrentes de juntarem suas capacidades de produção, ampliando portfólio de produtos, bem como sua cobertura geográfica.

5 Redes de Cooperação Tecnológi desenvolvimento conjunto dos processos e da produç juntamente com o acesso compartilhado conhecimentos científico e de P&D. Formas de Produção em Red 3 Redes de Clientes/Consumidores: - relação ent indústria e seus distribuidores, revendedores e usuá finais, tanto em mercado local como internacional. Handara, Cooperativas de Consumo. 4 Coalizões Padrões: definições de padrões glob com o objetivo explícito de prender tantas empresa consumidores a seu produto proprietário ou padrão. Certificações e Patentes abusivas.

Produção em Rede 1 ENTRADA >> 2 PROCESSO >> 3. SAÍDA (INPUT) (Relações de trabalho) (OUTPUT) (Fornecedor) (Técnicas e ferramentas) (Consumidor) Pela primeira vez na história, a unidade básica de organização econômica não é um sujeito individual (como o empresário ou a família empresarial) nem o coletivo (como a classe capitalista, a empresa ou Estado). Como tentei mostrar, a unidade é a rede, formada de vários sujeitos ou organizações, que modificam-se continuamente conforme as redes adaptam-se aos ambientes de apoio e às estruturas de mercado.

Direção geral e finanças 70 detectores de moda Fonte: Chesnais (1996) A Benetton Telecomunicações Empresa-núcleo Sociedades pobres etc., etc., Fábrica etc... 850 pessoas -corte - tingimento - -controle de qualidade A corporação-rede substituiu a empresa fordista, investindo no desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação (TIC). Ela reorganizou os espaços de produção e circulação, internalizando os custos do transporte da informação. É a organização básica do atual padrão de acumulação. Sociedades ricas, trabalhadores qualificados, Criação e qualidade na educação marketing e outros serviços públicos, democracias estáveis, estados nacionais autônomos 450 confecções subcontratadas 4.500 franquias 40.000 pessoas em 52 países 25.000 pessoas em vários países

Empresas subcontratadas Divisão internacional do trabalho (mercado de trabalho flexível ) Fonte: Harvey (1996) Agências de temporários Contratados por curto prazo Autônomos Primeiro grupo periférico Mercado de trabalho secundário Flexibilidade numérica Grupo central Mercado de trabalho primário Flexibilidade funcional Treinandos com subsídios públicos Subcontratados temporários Contratados em tempo parcial As indústrias mediáticas, de marketing, de entretenimento ( indústrias criativas ) são as que mais se expandem no capitalismo atual e puxam a expansão mundial da economia. Os setores econômicos mais dinâmicos são os relacionados à produção audiovisual, aos esportes, à educação e outros de base informacionalcognitiva. Dá-se uma divisão internacional do trabalho que delega aos países periféricos as atividades de menor valor: gestão, vendas, montagem, manutenção, serviços