O TRÂMITE LOGÍSTICO DO FUNGICIDA SPHERE NA EMPRESA HERBICAMPO



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3. Os stocks dos produtos em curso de fabricação, isto é, os stocks entre as diferentes fases do processo produtivo (entre postos de trabalho).

Transcrição:

O TRÂMITE LOGÍSTICO DO FUNGICIDA SPHERE NA EMPRESA HERBICAMPO Ananda Morandini de Souza Discente da Unioeste Rua Parigot de Souza, 79 - Cascavel ananda_morandini@hotmail.com Loreni T. Brandalise Docente da Unioeste Rua Universitária, 2069 - Cascavel lorenni@unioeste.br Raquel Adriana Pin Discente da Unioeste Rua José Cazzanatto, 748 - Toledo raqueladrianna@hotmail.com Área: Administração Resumo Este estudo apresenta o trâmite logístico do fungicida Sphere, desde a detecção da falta do produto para revenda até a entrega ao consumidor final e pós venda, na empresa Herbicampo, na cidade de Cascavel. O levantamento dos dados deu-se por meio de observação in loco e entrevista estruturada, com base nos conceitos da Administração de Materiais e a logística envolvida no desenvolvimento de suas atividades. Como resultado, observou-se que os sistemas de informação da empresa atendem suas necessidades. Entretanto, em relação ao atendimento aos clientes, a empresa enfrenta problemas sazonais, em épocas próximas ao plantio e à colheita, como a falta de funcionários e de veículos para realizar a entrega de produtos. Palavras-chave: logística, competitividade, distribuição. 1. Introdução A globalização, a expansão das linhas de produtos e o comércio eletrônico, fazem do processo logístico um conjunto importante de operações gerenciais. Com isso ocorre a grande valorização do serviço prestado ao cliente e, como conseqüência, a logística destaca-se como

2 fator de competitividade entre as empresas, observa Scott (1999), pois as atividades logísticas afetam os índices de preços, custos, produtividade, custos de energia e satisfação dos clientes. A vantagem competitiva de uma organização é um conceito relacionado com a sua posição em relação às suas concorrentes, representa a diferenciação dos seus serviços, possibilitando um melhor posicionamento no mercado. Assim, a logística é um fator relevante na busca de uma boa posição no mercado em relação aos seus concorrentes para as organizações, principalmente através da oferta de um serviço adequado aos seus clientes. As atividades logísticas compreendem: suprimentos, previsão de mercado, rastreamento de fornecedor, processamento de pedidos, execução do pedido, manuseio e estocagem, as entregas, distribuição, controles de expedição e tráfego, e por fim, a assistência ao cliente. Este estudo apresenta uma análise do trâmite logístico do fungicida Sphere, desde a detecção da falta do produto para revenda até a entrega ao consumidor final e pós venda, na empresa Herbicampo, na cidade de Cascavel. Para o desenvolvimento do estudo a metodologia utilizada foi a observação in loco, em visitas realizadas à empresa em setembro de 2006, e entrevista estruturada aplicada ao gerente financeiro da empresa, elaborada com base nos conceitos da Administração de Materiais e a logística envolvida, apresentada na bibliografia de abrangência da área. 2. A Herbicampo A Herbicampo Comércio de Insumos Agrícolas Ltda iniciou suas atividades 1998, a partir da união de pessoas que trabalhavam em outras empresas do mesmo segmento. Sua primeira sede localizava-se no município de Cafelândia-PR. Em julho do mesmo ano, a empresa abriu uma filial na cidade de Cascavel -PR e, em setembro de 1999, outra filial em Campo Bonito-PR. Em 22 de março de 2001, a matriz de Cafelândia e a filial de Campo Bonito foram extintas, passando sua sede para Cascavel, onde poderiam atender as cidades de Cafelândia, Corbélia, Campo Bonito, Catanduvas, Ibema e Santa Tereza do Oeste. Possui em Cascavel prédio próprio com área total construída de 1150 m². É composta por sete sócios e outros cinco funcionários, formando um quadro de doze colaboradores. A empresa revende sementes (soja, trigo e milho), fertilizantes (adubo formulado, folhear e nitrogenado) e defensivos agrícolas (inseticidas, herbicidas, fungicidas e óleos adjuvantes). Os defensivos agrícolas são fornecidos exclusivamente pela Bayer e representam 70% das vendas, dentre os quais se destacam os fungicidas. O produto escolhido para a realização do estudo é o fungicida Sphere (Bayer), por ser um dos maiores representantes de faturamento da empresa. O produto, vendido em litros, em embalagens de 1 litro ou galões de 5 litros, é o último produto aplicado nas plantações antes da colheita. Pode ser utilizado nas culturas de milho, trigo e soja. 3. Revisão Teórica Segundo Arnold (1999), a administração de materiais é função coordenadora responsável pelo planejamento e controle do fluxo de materiais. Tem por objetivo maximizar a utilização dos recursos da empresa e fornecer o nível requerido de serviço ao consumidor.

3 O conceito de administração de materiais apresentado por Francischini e Gurgel (2004, p.4): atividade que planeja, executa e controla, nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo de material, partindo das especificações dos artigos a comprar até a entrega do produto determinado ao cliente. Estes autores afirmam que a administração de materiais é uma das condições fundamentais para o equilíbrio econômico e financeiro de uma empresa, pois tratar do abastecimento, do planejamento e do reaproveitamento de materiais de maneira adequada contribui para a melhoria dos resultados da organização. A logística é o processo de gerenciamento estratégico da compra, do transporte e da armazenagem de matérias-primas, partes e produtos acabados (além dos fluxos de informação relacionados) por parte da organização e de seus canais de marketing, de tal modo que a lucratividade atual e futura seja maximizada, com a entrega de encomendas ao menor custo associado (CHRISTOPHER, 2007). Bowersox et al. (2007) referem-se à logística como a responsável por projetar e administrar sistemas para controlar o transporte e a localização geográfica dos estoques de materiais, produtos inacabados e produtos acabados pelo menor custo total. Desta forma, a logística é o meio utilizado para realizar de modo eficiente e eficaz todas as atividades da administração de materiais, o que conseqüentemente pode reduzir custos e melhorar os lucros da empresa. As principais atividades da Administração de Materiais são: compras, rastreamento de avaliação de fornecedores, efetuar os pedidos; receber, armazenar, controlar os estoques e distribuir os materiais. Cada uma destas atividades são apresentadas na seqüência. 3.1 Compras Para Viana (2000) a atividade compras tem por finalidade suprir as necessidades da empresa mediante a aquisição de materiais e/ou serviços, emanadas das solicitações dos usuários, objetivando identificar no mercado as melhores condições comerciais e técnicas. Significa procurar e providenciar a entrega de materiais, na qualidade especificada e no prazo necessário, a um preço justo, para o funcionamento e manutenção da empresa. As atividades envolvidas na coleta, verificação e transmissão de informações de vendas realizadas referem-se à entrada e ao processamento de pedidos. Essas atividades englobam todo trabalho burocrático associado à venda dos produtos ou serviços da firma. Elas podem ser facilmente identificadas pelo exame de um ciclo do fluxo típico de informações (BALLOU, 1993). Na visão de Gonçalves (2004), a função compras envolve muita responsabilidade. Ela requer planejamento e acompanhamento, processos de decisão, pesquisas e seleção das fontes supridoras dos diversos materiais, diligenciamento (follow-up) para assegurar que o produto será recebido no momento esperado, inspeção tanto da qualidade quanto das quantidades desejadas. Requer uma coordenação geral entre os diversos órgãos da empresa: almoxarifados, no que tange ao armazenamento dos materiais; planejamento de estoques, responsável por definir as quantidades a serem adquiridas e os respectivos prazos de entrega; finanças, no que se relaciona a autorização e controle de pagamentos das faturas dos materiais recebidos e muitos outros setores da estrutura organizacional.

4 Os principais processos de compras, conforme Dias (1995) são: (a) pesquisa, estudo de mercado, de preço, de fontes de fornecimento, de materiais alternativos, de vias de distribuição; (b) cadastrar, controlar e avaliar fornecedores; (c) acompanhar a política de compras da empresa; (d) definir formas de comprar, lote econômico, distribuir os materiais nos armazéns (e) definir e atualizar parâmetros de estoque (max, min, ponto de pedido); (f) negociar a melhor compra (ICMS, importação, frete, qualidade, condição de pagamento, preço, embalagem, assistência técnica e garantia); e (h) fazer follow-up (diligenciamento) para prevenir-se de desvios eventuais. 3.2 Fornecedor O estudo dos fornecedores é tópico fundamental da logística empresarial, iniciando pela identificação das fontes de fornecimento, seleção e avaliação dos mesmos, visando a formação de uma relação ganha-ganha. Para Arnold (1999), a escolha de um bom fornecedor consiste em analisar aquele que tem a tecnologia para fabricar o produto na qualidade exigida, tem a capacidade de produzir as quantidades necessárias, podendo aumentar seu negócio com eficiência, obtendo lucros e ainda vender um produto a preços competitivos. O cadastramento de fornecedores, segundo Viana (2000), tem o objetivo de fazer levantamento das qualificações, a avaliação e desempenho dos fornecedores de materiais e serviços. O cadastramento se faz necessário para que a empresa escolha e saiba de quem comprar, pois ato de cadastrar disponibiliza informações atualizadas e confiáveis que possibilita a adequada seleção de fornecedor para cada concorrência promovida. É preciso efetuar constantemente a manutenção dos dados cadastrais, pois a avaliação do fornecedor deve ser feita de acordo com seus fornecimentos. A logística vincula a empresa a seus clientes e fornecedores, considerando que no momento do suprimento de materiais inicia-se um fluxo de bens de valor agregado que resulta na entrega dos produtos acabados aos clientes. Neste contexto, Viana (2000) ensina que deve ser mantida uma determinada quantidade de empresas fornecedoras no cadastro, entretanto este número não deve ser nem tão elevado, nem tão reduzido; mas sim possuir uma quantia em função da diversidade dos materiais consumidos. 3.3 Pedido As solicitações dos clientes na maioria das cadeias de suprimentos são transmitidas no formato de pedido. O processamento desses pedidos envolve todos os aspectos de administrar as solicitações dos clientes, incluindo o recebimento inicial do pedido, a entrega, o faturamento e a cobrança. As habilidades logísticas de uma empresa são tão boas quanto sua competência no processamento de pedidos (BOWERSOX et al., 2007) Um pedido perfeito corresponde ao pedido entregue conforme o requerido pelo cliente, em termos de prazos, quantidades e especificações do produto. Neste sentido, Taylor (2005) afirma que os pedidos para serem bem elaborados devem responder às clássicas perguntas: quem está comprando e vendendo, que produto está sendo solicitado, qual o local de entrega e quando o pedido deve chegar ao destino. De acordo com Bertaglia (2003), os elementos do processo de gestão de pedidos podem ser divididos em: fornecimento de dados de produtos e serviços; visita aos clientes;

5 coleta de pedidos; recebimento e validação de pedidos; análise de crédito do cliente e reserva do produto. Segundo esse mesmo autor, os pedidos são produtos intermediários das interações entre clientes e fornecedores. As atividades de colocação de pedidos não termina quando da sua efetivação, é importante que se realize o diligenciamento (follow-up), para assegurar que o pedido chegue nas quantidades, especificações e no tempo acordado. Após o recebimento do produto e o devido lançamento nos registros da empresa e a liberação do pagamento ao fornecedor, inicia-se o procedimento de armazenagem. 3.4 Armazenagem O objetivo primordial da armazenagem é guardar a mercadoria por um certo tempo, até ser solicitada para consumo ou comercialização. De acordo com Ballou (1993), a armazenagem executa um papel-chave para aumentar a eficiência da movimentação de mercadorias. Os armazéns ou centrais de distribuição permitem a compensação eficaz dos custos de estocagem com menores custos de transportes, ao mesmo tempo em que mantêm ou melhoram o nível de serviço. Viana (2000) afirma que o armazenamento visa utilizar o espaço nas três dimensões, da maneira mais eficiente possível; fazendo ocupação plena do edifício, bem como ordenação e arrumação. Para melhor organização e praticidade no uso dos armazéns suas instalações devem ser elaboradas de forma a proporcionar movimentação rápida e fácil dos materiais do recebimento até a expedição. Na visão de Ballou (1993) existem quatro motivos essenciais para uma empresa usufruir o espaço físico de armazenagem. São elas: reduzir custos de transporte e produção; coordenar suprimento e demanda; auxiliar o processo de produção e auxiliar o processo de marketing. Para Alvarenga e Novaes (2000) após o desembarque os produtos são transferidos até o depósito onde serão armazenados. Na saída o produto é tirado de onde está armazenado, sendo movimentado até o local de expedição. As opções para movimentação de produto envolvem múltiplas combinações em termos de equipamento, forma de operação, entre outras. Quando as unidades de estocagem deslocadas (pallets, caixas, sacas) são colocadas nos seus locais de destino, sem a ajuda de equipamentos de elevação, constituem apenas movimento horizontal, isso implica em alturas de estocagens compatíveis com a condição. No deslocamento manual, a pessoa responsável transporta a carga nos braços, em carrinhos ou ainda em paleteiras, contudo, toda a movimentação é realizada com suas forças. Já a movimentação vertical pressupõe uso de equipamento apropriado como empilhadeiras, transelevadores ou pontes rolantes, equipamentos acionados por motores elétricos ou de combustão interna. O uso do equipamento de movimentação adequado reduz riscos ao homem e assegura a integridade física do produto. 3.5 Layout Definido de maneira simples como sendo o arranjo de homens, máquinas e materiais, o layout é a integração do fluxo típico de materiais, da operação dos equipamentos, combinados com as características que conferem maior produtividade ao elemento humano,

6 isto para que a armazenagem de determinado produto se processe dento do padrão máximo de economia e rendimento. Para Viana (2000), o layout também pode ser entendido como arranjo físico, isto é, a distribuição física de equipamentos, pessoas e materiais de maneira adequada. Alvarenga e Novaes (2000) definem layout da área de armazenagem como a forma e o tipo de gavetas e prateleiras, sua distribuição espacial, corredores, acesso, dentre outros. Não existe um critério fixo de avaliação quanto à adequação de um layout à determinada atividade, pois tudo depende da meta a ser atingida e dos fatores que influenciam no fluxograma típico para tal atividade. Todavia, Bowersox et al. (2007) lembram que o layout das áreas de estocagem de um armazém tem de ser planejado para facilitar o fluxo de produtos e das pessoas. A atividade do almoxarifado visa garantir a fiel guarda dos materiais confiados pela empresa, objetivando sua preservação e integridade até o consumo final (VIANA,2000). Os materiais armazenados estão sujeitos a determinados eventos, os quais poderão originar transformações e/ou alterações que resultarão em inutilização, causando sérios prejuízos às empresas. Por isso, é importante realizar alguns procedimentos, como a inclusão de necessidade de proteção e embalagem nas especificações de compra; inspeção de proteção e/ou embalagem, por ocasião do recebimento; critérios de armazenamento; verificação de proteção; critérios para preservação. 3.6Controle de estoque A função de planejar e controlar estoque é fator primordial numa boa administração do processo produtivo. Cabe ao setor controlar as disponibilidades e necessidades totais do processo. Seu objetivo é não deixar faltar material ao processo de fabricação, evitando alta imobilização aos recursos financeiros. De acordo com Viana (2000), estoques são produtos acumulados para a utilização posterior, permitindo o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade das atividades da empresa, sendo o estoque gerado pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidão; ou ainda, o estoque pode ser uma reserva para ser utilizada em tempo oportuno. Os estoques são recursos ociosos com valor econômico, que representam um investimento voltado a desenvolver as atividades de produção e atender aos clientes. Embora o estoque de produtos signifique recursos financeiros imobilizados, existem algumas razões para o estoque ser mantido. Conforme Ballou (1993), os estoques são mantidos para: manter o nível de serviço; incentivar economias na produção; permitir economias de escala nas compras e no transporte; agir como proteção contra aumento de preços; proteger a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento e servir como segurança contra contingências. Nesse sentido, é importante definir as políticas de estoque, ou seja, estabelecer diretrizes como: metas de atendimento ao cliente (quanto a prazo de entrega); número de depósitos e itens a serem estocados; nível de estoques para atender alterações do consumo; até que ponto será permitido especulação com estoques, fazendo compra antecipada com preços mais baixos (com desconto); definição da rotatividade de estoques (DIAS, 1995). O procedimento administrativo para implementar uma política de estoque é o controle de estoque. Segundo Bowersox et al. (2007), esse controle define com que

7 freqüência os níveis de estoque são analisados para determinar quanto e quando comprar. É realizado de forma periódica e contínua. 3.7 Inventário Físico Outra atividade logística desempenhada pelo controle de estoque é a realização de inventários. O inventário físico para Viana (2000), consiste na contagem física periódica dos materiais existentes em estoque, para efeito de comparação com os estoques registrados e contabilizados em controle da empresa, a fim de se comprovar sua existência e exatidão. O inventário objetiva ter registros precisos dos itens estocados e de todas as operações de entrada e saída do almoxarifado, para verificar discrepâncias em quantidade e valor entre o estoque físico e o contábil. É usado para verificar diferenças em valor entre o estoque físico (quantidade real existente) e contábil (registros) e também para apurar o valor total do estoque para efeito de balanço. Caso haja diferenças entre o inventário físico e os registros do controle de estoques, devem ser feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias (DIAS, 1995). Segundo Viana (2000), a prática mais tradicional nas organizações é o inventário anual em época de balanço. Para isto é necessário a paralisação das atividades durante o transcorrer da contagem. Além do inventário anual, existe o inventário rotativo, o qual encontra-se alicerçado em recursos de informática e pode ser classificado em três tipos: inventário automático, inventário programado e inventário a pedido. 3.8 Distribuição Logística pressupõe movimento de bens e serviços dos pontos de origem aos pontos de uso ou consumo; a atividade de transporte executa este movimento gerando os fluxos físicos dos mesmos ao longo dos canais de distribuição que também são relacionados com a movimentação das unidades de transporte. A distribuição é a atividade por meio da qual a empresa realiza as entregas de seus produtos, estando, por conseqüência, relacionada com a movimentação e com os transportes. Para Viana (2000), a natureza dos produtos a transportar e a origem dos recursos de transporte são alguns dos fatores importantes para o equacionamento da distribuição. Para Ballou (1993), a distribuição física preocupa-se com bens acabados ou semiacabados, que a companhia oferece para vender e que não planeja executar processamentos posteriores. A partir do momento que a produção é finalizada até o instante que o comprador toma posse dela, as mercadorias são responsabilidade da logística, que deve mantê-las no armazém da fábrica e transportá-las até os depósitos locais ou ao cliente diretamente. A distribuição é realizada via transporte, podendo ser enumerada através das várias modalidades: transporte rodoviário; transporte ferroviário; transporte hidroviário e marítimo; transporte aeroviário; transporte intermodal. A seleção da modalidade de transporte depende dos seguintes fatores na opinião de Viana (2000): a diferença entre o preço de venda do produto na origem e no local de consumo; custo de transporte entre o centro de produção e o local de consumo; as rotas de viagem; o manuseio do produto e o tempo de entrega.

8 3.9 Logística reversa Em todo o mundo a sociedade preocupa-se cada vez mais com os aspectos relativos ao equilíbrio ecológico. A tecnologia, o marketing e a própria logística contribuem para a redução do ciclo de vida dos produtos. A atenção mundial à proteção ambiental e à conservação dos recursos criou a necessidade de ampliação do foco nos fluxos logísticos das empresas para os mercados, para o gerenciamento dos fluxos reversos dos mercados de volta à empresa. A ênfase aqui é na reutilização, reembalagem, renovação ou disponibilização de artigos usados. De acordo com Stock citado por Leite (2003), o termo logística reversa refere-se ao papel da logística ao retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura. Para Brandalise (2008), a logística reversa trata dos fluxos de retorno de peças a serem reparadas, de embalagens e seus assessórios, de produtos vendidos e devolvidos e de produtos usados/consumidos a serem reciclados. Para Leite (2003, p.16), logística reversa é a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo. O retorno dos bens ao ciclo produtivo se dá por meio dos canais de distribuição reversos, agregandolhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. Este autor denomina de logística reversa de pós-venda a área correspondente aos bens sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam a cadeia de distribuição direta. Seu objetivo é agregar valor a um produto logístico devolvido por razões comerciais; erros no processamento dos pedidos; garantia dada pelo fabricante; defeitos ou falhas de funcionamento; avarias no transporte, entre outros. Neste mesmo contexto, Leite (2003) esclarece que a logística reversa de pósconsumo equivale aos bens descartados pela sociedade em geral que retornam ao ciclo de negócio ou ciclo produtivo através dos canais de distribuição reversos específicos. Tem por objetivo atribuir valor a um produto logístico constituído por bens inservíveis ao proprietário original ou que ainda possuam condições de utilização, por produtos descartados por terem atingido o fim de sua vida útil e por resíduos industriais. 4. Resultados do Estudo Para evitar a falta de produtos, a empresa trabalha com o uso de estoques mínimos, o que na definição de Viana (2000, p.45), é a quantidade mínima possível capaz de suportar um tempo de ressuprimento superior ao programado ou um consumo desproporcional. Portanto, quando é detectado que o estoque de certo produto está em seu nível de segurança, o responsável pelas compras é comunicado. A previsão de venda e consumo é desenvolvida pelos técnicos da empresa que fazem visitas aos seus respectivos clientes do campo no início de cada safra, por volta do mês de maio. Nessas visitas há uma discussão sobre a produção da futura safra, o clima previsto para os próximos meses, a presença de pragas, para assim chegarem a uma conclusão da quantidade necessária para aquela área produtiva. Apesar de essa previsão ser feita no mês de maio, os agricultores fazem seus pedidos de compra no início de julho.

9 A pessoa responsável pela negociação e aquisição das mercadorias é o gerente geral, que agrupa as informações coletadas pelos técnicos e através destas, elabora o pedido que é despachado via e-mail para o escritório do fornecedor em Cascavel, que por sua vez envia para a fábrica em São Paulo. O fornecedor da empresa pesquisada para este produto é exclusivamente a Bayer S.A. Tal escolha ocorreu devido à Bayer ser a segunda maior multinacional em defensivos agrícolas e por fabricar produtos de primeira qualidade com um vasto portfólio, grande rentabilidade de retorno e excelente qualidade no atendimento. É importante ressaltar que para a consolidação desta parceria, a Herbicampo demonstrou sua solidez financeira por meio de garantias reais, conseguindo assim crédito com esse fornecedor. A Bayer, após receber o pedido de compra da Herbicampo, realiza a entrega em, no máximo 48 horas. Essa rapidez deve-se ao fato de existir um centro de distribuição da Bayer em Londrina-PR. A Herbicampo trabalha com um sistema de informação integrado, através do qual comunica-se com seu fornecedor, podendo realizar de maneira ágil e eficiente sua transação. Por meio desse sistema a Bayer tem acesso ao estoque da empresa cascavelense, facilitando a parceria entre as duas empresas. Esse mecanismo contribuiu para que a empresa em análise fosse nomeada pela Bayer distribuidora Premium, que representa o primeiro lugar na escala de qualidade. O acompanhamento (follow up) do pedido de compra também é realizado por este sistema de informação integrado com o do fornecedor, em que podem verificar a situação exata do pedido. Entretanto, nada impede que o diligenciamento seja feito via telefone. Quando o produto encomendado chega na Herbicampo, ele fica sob a responsabilidade de um auxiliar administrativo de recepção de produtos. Esse mesmo funcionário acompanha o descarregamento da mercadoria e é encarregado da conferência dos itens recebidos em confronto com a nota fiscal de compra. Após este procedimento ele mesmo dá entrada desses produtos no sistema. Dependendo da forma de pagamento, o próprio sistema operacional gera um contas a pagar ou procede a baixa no financeiro, em caso da operação ter sido realizada à vista. A armazenagem é realizada após a conferência, pelo auxiliar de serviços gerais, no depósito em anexo a sede administrativa. As caixas do fungicida Sphere são movimentadas em carrinhos de mão do caminhão até os pallets, onde ficarão armazenadas. As futuras movimentações dessas caixas serão feitas manualmente ou contando com o auxílio dos carrinhos. O layout do almoxarifado da empresa encontra-se de forma adequada, visto que o mesmo apresenta plena capacidade de proteger e preservar as mercadorias estocadas; distribuição eficiente de corredores para a movimentação dos funcionários; boa utilização da capacidade volumétrica. Devido ao alto poder tóxico do produto, ele é mantido na sua embalagem original, em caixas lacradas com quatro galões de cinco litros. Esse motivo, juntamente com o prazo de vencimento leva a empresa a utilizar o sistema PEPS, que tem a prática de sempre retirar do armazém o item de certo produto, que se encontra há mais tempo estocado. Além desse cuidado, a Herbicampo pode e deve recusar todo e qualquer lote de mercadorias enviadas pela Bayer, que esteja com seu prazo de validade marcado para nove meses ou menos do dia do recebimento.

10 O controle de estoque da Herbicampo conta com o auxílio de um confiável sistema de informação o Safe Gerencial B.D, da Agrots, desenvolvido justamente para este ramo de negócio. Apesar de ter sido um investimento de custo muito elevado, o sistema é muito eficiente e atende de forma satisfatória as necessidades da empresa. A Herbicampo realiza inventários anuais para atender ao fisco, como prevê a legislação e, ainda, realiza conferências mensais pelo sistema, bem como observações e contagens do estoque físico pelos funcionários, semanalmente. A entrega dos produtos ao cliente é feita pelo técnico que realizou o atendimento e a venda, com veículo próprio da Herbicampo, diretamente na propriedade solicitada mediante ordem de entrega daquele agricultor. Em Cascavel existem cinco representantes da Bayer: Herbicampo, Alvorada, Solovel, Plantar, Coopavel e I.Riede, que juntos devem atingir 18% do faturamento deste fornecedor na região oeste do Paraná. Percentual este, que tem por base uma pesquisa de previsão de plantação encomendada ao IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O processo de logística reversa neste ramo de insumos agrícolas é indispensável e muito rígido, pois é obrigatório que o agricultor realize a tríplice lavagem e faça furos no fundo de todas as embalagens, e depois as guarde em suas respectivas caixas. Mediante a apresentação da nota fiscal de compra, a Herbicampo aceita a devolução dessas embalagens e faz a conferência da quantidade de frascos, pois esse número jamais poderá ser maior que o que consta na nota. Os clientes podem solicitar a coleta na propriedade ou levar as embalagens vazias até a sede da empresa em Cascavel. Como distribuidora de insumos, a Herbicampo é responsável por recolher todas as embalagens vazias de seus clientes e encaminhá-las a uma central que se localiza no município de Espigão Azul, a ADAV Associação das Distribuidoras de Insumos Agrícolas e Veterinários, que faz a inspeção dessas embalagens e após providencia a reciclagem ou o descarte, o que vai depender da procedência da mesma, ou seja, o tipo de produto que estava nesta embalagem. No caso do fungicida Sphere, o recipiente será reciclado, e pode ter como fim a fabricação de placas de sinalização. Devido ao rigoroso controle por parte da Secretaria de Cultura e Meio Ambiente, a empresa Herbicampo que segue essas normas, não pode disponibilizar o produto para a demonstração na apresentação do trabalho, pois para a retirada de mercadoria da empresa é obrigatória a emissão de nota fiscal, o que geraria inúmeros transtornos. Pode-se observar que a informatização da empresa atende suas necessidades de forma satisfatória. Entretanto, em relação ao atendimento ágil aos clientes, a Herbicampo precisa de melhorias. Os problemas são sazonais e costumam acontecer em épocas próximas ao plantio e a colheita, são eles: falta de funcionários para realizar a entrega, bem como de veículos (caminhões). Os agricultores sempre precisam do produto com muita urgência devido ao aparecimento de pragas. São muitos pedidos ao mesmo tempo, então a Herbicampo acaba deixando a desejar para alguns clientes, pelos motivos já citados, o que pode atrasar a entrega e até a aplicação do produto nas plantações. Como solução a este problema, sugere-se à empresa a contratação temporária de pessoal ou a terceirização do serviço de distribuição na época próxima ao plantio e colheita.

11 5. Conclusão Depois da realização da pesquisa desenvolvida na empresa Herbicampo Cemércio de Insumos Agrícolas sobre o trâmite do produto fungicida Sphere, conseguiu-se visualizar melhor os conceitos apresentados no referencial teórico desse trabalho, bem como os conceitos ministrados em sala de aula durante o Curso de Administração. Pode-se afirmar que no atual ambiente econômico, caracterizado pelos fenômenos da globalização e da tecnológica, a logística possui vital dentro das organizações, visto que a mesma vem se transformando num dos principais instrumentos para o aumento da competitividade empresarial. A cada dia surgem novas tecnologias e abordagens gerenciais que impulsionam e torna mais importante a logística empresarial. Em outros tempos, havia uma forma diversa de se administrar, bem mais empírica, com a qual as empresas sequer tomavam conhecimento de pontos que hoje são de suma importância e imprescindíveis, tais como, prazos a cumprir, qualidade, inovação tecnológica e a apuração real de seus custos logísticos. Em tempos de globalização e de alta competitividade empresarial, a logística, é sem sombra de dúvidas, o grande diferencial em termos de gestão administrativa. Uma gestão eficiente pode se traduzir em vantagem competitiva. 7. Referências ALVARENGA, Antônio Carlos; NOVAES, Antônio Galvão N. Logística aplicada: suprimento e distribuição física. 3.ed. São Paulo: Edgard Blücher,2000. ARNOLD, J. R. Tony. Administração de materiais: uma introdução.são Paulo: Atlas, 1999. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby (Orgs); Gestão das cadeias de suprimentos e logística. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. BRANDALISE, Loreni Teresinha. A percepção do consumidor na análise do ciclo de vida do produto: um modelo de apoio à gestão empresarial. Cascavel: Edunioeste, 2008. CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. 2.ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de material. São Paulo: Atlas,1995. FRANCISCHINI, Paulino e GURGEL, Floriano do Amaral. Administração de materiais e do patrimônio. São Paulo: Pioneira, 2002. GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de materiais: obtendo vantagens competitivas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. LEITE, Paulo Roberto. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.

12 SCOTT, D. Satisfação do cliente: a outra parte do seu trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. TAYLOR, David A. Logística na cadeia de suprimentos: uma perspectiva gerencial. São Paulo: Pearson Addison-Wesley, 2005. VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.

13 ANEXOS

14 FIGURA 1 FACHADA DA EMPRESA Fonte: Fotografada pelas autoras FIGURA 2 ESCRITÓRIO Fonte: Fotografado pelas autoras

15 FIGURA 3 - FACHADA DO DEPÓSITO FIGURA 4 FUNGICIDA SPHERE (GALÃO DE 5 L)

16 FIGURAS 5, 6 e 7 CAIXAS DO FUNGICIDA SPHERE Fonte: Fotografado pelas autoras