AULAS 11, 12 e 13 1. implantação do Mkt interno: implantar o marketing interno em uma empresa é fazer um ajuste na cultura, baseado no uso adequado da sistema de comunicação, alinhado à estratégia da empresa e assumido pela alta direção e, principalmente, com a participação de todos. 1.1. análise de algumas ações para implantação: antes da implantação de qualquer estratégia é importante saber se tal estratégia é a melhor, a devida. Não adianta muito aplicar ações baseadas no achismo. O melhor é sempre a pesquisa. Saber o que o cliente interno pensa é fundamental! Para Rebouças (2004, p. 69), esta é a fase denominada auditoria de posição [...] realizada através de pessoas representativas das várias informações, que analisam e verificam todos os aspectos inerentes à realidade externa e interna da empresa. 1.1.1. Alinhamento estratégico: alinhar significa nivelar ou colocar na mesma direção, na mesma linha. Os elementos apresentados a seguir devem seguir essa linha, a do planejamento estratégico. 1.1.1.1.novos valores: dentre vários fatores, acredito que nenhum é tão importante quanto a ética e a responsabilidade social. Na verdade, hoje, aparecem como guias para outros valores. Para Newstrong (2008) a ética tem a ver com o comportamento honesto do trabalhador para com a empresa, mas também vice-versa. Da parte do trabalhador, isso se visualiza no nível de comprometimento, de economicidade, assiduidade, qualidade na prestação do serviço, da produtividade em geral (p. 79). O autor ainda discute a relação da empresa com a sociedade, e afirma que os custos e os benefícios sociais são considerados com as variáveis econômicas e as técnicas tradicionais. As organizações adotam uma visão mais ampla do seu papel dentro do sistema social e passam a aceitar sua interdependência em relação a ele (p. 79). Isso quer dizer que nas tomadas de decisões são levadas em consideração os impactos sociais. Uma das estratégias que dão suporte à responsabilidade social é o marketing societal. Um bom livro sobre endomarketing é o do Cerqueira (2005). O autor aborda um aspecto interessante sobre os valores sociais que influenciam os japoneses no trabalho (p. 17). O autor diz que existe uma escala de valores que é seguido tanto pelo operário quanto pelo empresário. É assim: "se é bom para o Japão, tenho que fazer bem-feito [...]"; "se é bom para a minha empresa, tenho que fazer bemfeito [...]"; "tenho que fazer bem-feito, pois é daqui que levo o dinheiro para a minha família"; "tenho que fazer bem-feito para que também seja bom para mim". Eu diria assim, se fosse japonês: o meu umbigo é a última coisa que me preocupa!
1.1.1.2. clima organizacional: Para Luz (2003, p. 13) é a atmosfera psicológica que envolve, num dado momento, a relação entre a empresa e seus funcionários. O clima organizacional envolve pelo menos três elementos: satisfação e percepção dos funcionários e a cultura organizacional. Primeiro, estar satisfeito é estar feliz no ambiente de trabalho (tarefas, responsabilidade, desafios, remuneração correspondente, carga horária). Em segundo, a percepção diz respeito às sensações obtidas pelos funcionários extraem do ambiente de trabalho (relacionamentos, layout do ambiente, sistema de comunicação), entendidos como algo positivo ou negativo. Por fim a cultura, que, por sua influência de amplo espectro, atinge os outros dois e muito mais. O clima organizacional pode e deve ser medido sempre: no curto prazo, pela observação diária das chefias; no médio prazo, em reuniões de longa duração (regerencimentos); no longo prazo, por pesquisas de clima organizacional. As pesquisa podem ser aplicadas por equipes terceirizadas ou internas; com uso de formulários, por entrevistas, de forma direta ou indireta. A combinação deve ser personalizada para cada empresa. 1.1.1.3. qualidade: qualidade é o foco de qualquer empresa que queira se manter? Não é o que parece, pois a indústria chinesa, com seus produtos baratos e descartáveis, rompe com esse paradigma e cresce desenfreadamente. A verdade é que existe cliente pra tudo! Contudo essa deve ser a exceção, pois a maioria ainda se preocupa com a qualidade dos produtos e serviços adquiridos. O movimento de QT Qualidade Total foi iniciada por Deming (americano) que levou sua proposta (plan, do, check, act) ao Japão do pósguerra. Um dos processos utilizados é os 5 S s (seiri ou utilização, seiton ou ordenação, seiso ou limpeza, seiketsu ou saúde, shitsuke ou autodisciplina), trazidos da cultura familiar japonesa. No Endomarketing, qualidade é algo que começa no ambiente de trabalho, para o funcionário, e se estende ao cliente, nos produtos e serviços. 1.1.1.4. canais de comunicação: canais são os veículos que transportam a informação, mas que não garantem a comunicação. Para garantir tal feito é necessário que todo o sistema esteja em ordem e mais, que as pessoas que emitem as informações construam idéias inteligíveis. Comunicação não é o ato de informação, mas de compreensão. Se não há compreensão não há comunicação, mesmo com toda a informação disponibilizada. Atualmente, as empresas disponibilizam todo o tipo de canal: impressos e digitais; radiofônicos e televisivos. No processo de implantação do marketing interno todas as mídias devem ser bem utilizadas, cada qual com sua estratégia de
marketing. Essa é a ferramenta fundamental para que o projeto tenha sucesso, pois é ela que possibilita a venda da idéia de marketing aplicado ao RH; ela é multiplicadora; ela é mnemônica. O processo de implantação é um processo de mudança, e como tal vem carregado de suspeitas dos funcionários, que não sabem o que essa mudança realmente significa. Mudar não é uma palavra bem-vinda, em muitos casos. Por isso, é importante utilizar os canais para frisar sempre os benefícios das mudanças para os funcionários. 1.1.1.5. gestão participativa: gerir não é mais um processo privativo dos que ocupam cargos diretivos e gerenciais. Gerir é coletivo, integral, é participativo. A gestão participativa se concretiza no planejamento empresarial, onde encontramos, bem delimitado, as competências de cada um: estratégico para a alta direção; tático para a gerência intermediária e; operacional para os que compõem a base da pirâmide. Os objetivos, ações e metas traçadas não são só para os setores, na verdade cada funcionário, da presidência ao chão-de-fábrica devem possuí-las, individualmente. Assim, todos sabem a sua missão e são atores principais da sua construção. Isso gera maior comprometimento, pois sabem que não foram regras impostas por outros, mas sim, por eles mesmos. Essa atuação também é ponto de partida para a criação da cultura de autogestão, importante para a gestão de conflitos e resolução de problemas; esse último, responsável por roubar boa parte do tempo dos gestores que deveriam, em tese, se concentrar em inovar. 1.1.1.6. carreira: onde estou e pra aonde vou? Essa pergunta é feita por qualquer profissional que começa a planejar, em longo prazo, sua carreira. Quanto vou ganhar, o quê estarei fazendo? Outras perguntas que impulsionam a carreira são: quando comprarei aquele carro importado? Quando comprarei o apartamento dos meus sonhos? A carreira não é exclusiva de profissionais com carteira assinada, mas de qualquer que planeje uma profissão duradoura. No caso daqueles que se vinculam (subordinam) a uma empresa, essa deverá se preocupar com a construção de carreiras, caso queira manter do seu quadro de capital intelectual competitivo. Pesquisa salarial, descrição de cargos, avaliação de cargos, remuneração por competências, benefícios, política salarial são elementos a serem cuidadosamente analisados. A possibilidade de ascensão como analista ou técnico deve ser levada em consideração. A estrutura de carreira para a geração X não é a mesma para os da geração Y, e não é tratamento especial para um
ou para outro, é tratar os diferentes de forma diferente, respeitando-os sem criar conflitos. 1.1.1.7. tecnologia da informação e gestão do conhecimento: 1.1.1.7.1. tecnologia da informação: geralmente entendido como sistemas informáticos aplicados no tratamento de informações, mas a palavra tecnologia não se refere tão somente ao mundo computacional. Pela união de dois termos gregos, techné que quer dizer saber fazer e Logos, verbo ou razão, tecnologia é uma palavra empregada nos mais diversos segmentos das ciências. Contudo, tomando o conceito da informática, observase que existem aplicações para todo tipo informação. Para as empresas, softwares como CRM, ERP, GIS, GPS, SIL, SIC, DATAMINE, DATA WAREHOUSE etc. No campo dos recursos humanos o SIRH, e empresas como a Datasul, SAP e Totvs controlam o mercado nacional e a SAP o mercado internacional. Sistemas aplicados ao RH buscam gerenciar processos como: contratações, descrição de cargos, remuneração e benefícios, treinamentos, avaliação de desempenho, bem como a própria comunicação organizacional. A implantação de tais softwares deve estar previstos no planejamento da empresa, tal qual o investimento em treinamento do pessoal para seu uso. A tecnologia deve trazer vantagem competitiva. Não se deve utilizá-la para imitar a concorrência, mas como inovação focada em resultados. 1.1.1.7.2. Gestão do conhecimento: toda empresa, sem exceção possui conhecimento válido, o problema é que nem todas sabem estruturá-la, organizá-la para que essa funcione a seu favor. Gerir conhecimento é, basicamente, propiciar ambiente favorável para sua criação, aquisição ou aluguel; desenvolver um sistema de retenção do conhecimento adquirido; possibilitar que esse conhecimento seja disseminado, conforme a política da empresa e; garantir que tal conhecimento seja utilizado da melhor forma. O avanço tecnológico vem possibilitando que a gestão do conhecimento melhore seus resultados, mas a cultura da gestão ainda não se fez conhecer na maioria das organizações. Vários são os problemas: imperícia no manuseio das tecnologias existentes por parte de alguns funcionários; desinteresse em atualizar-se; medo de mudanças tecnológicas; mas principalmente, despreparo para manter um nível de comunicacional profissional. 1.1.1.7.2.1. Em suma, a tecnologia da comunicação ajuda os funcionários em suas tarefas diárias liberando mais tempo e reduzindo o nível de erro.
Para o gestor, além dessas, na tomada de decisões. Quanto à gestão do conhecimento, ajuda a empresa ter vantagem competitiva.