UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL USCS PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. Análise Econômica e Financeira comparativa de



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Transcrição:

UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL USCS PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Análise Econômica e Financeira comparativa de Instituições Financeiras Públicas e Privadas ALLAN MARCEL BRUNES DA SILVA ORIENTADOR: LAÉRCIO BAPTISTA DA SILVA SÃO CAETANO DO SUL, 15 DE AGOSTO DE 2011

Resumo Sendo um projeto em âmbito exploratório, fará a identificação e comparação de forma quantitativa do desempenho das instituições financeiras públicas e privadas, no mercado brasileiro. Este estudo terá abrangência de caráter delimitado no tema e um foco específico na eficiência e eficácia nos conjuntos das instituições selecionadas. A população que fará parte integrante da pesquisa será as maiores instituições financeiras cuja composição do capital social pertença ao Governo e o mesmo número de instituições financeiras cuja origem de seu capital social pertencente à iniciativa privada. A coleta de dados será realizada na documentação das próprias instituições, encontradas em seus WebSites e na Bolsa de Valores. Palavraschave: Análise EconômicoFinanceira; Indicadores; Instituições Financeiras. ABSTRACT This paper is an exploratory project in scope, will identify and compare quantitatively the performance of public and private financial institutions, the Brazilian market. This study will have limited range of character in the topic and a specific focus on efficiency and effectiveness in the sets of selected institutions. The population that will be part of the research will be the largest financial institutions whose shareholding structure belonging to the Government and the same number of financial institutions whose origin of its capital belongs to private enterprise. Data collection will take place in the documentation of the institutions themselves, found on their Websites and on the Stock Exchange. Keywords: Economic and Financial Analysis; Indicators; Financial Institutions.

Índice Capítulo 1 Revisão Bibliográfica... 3 1.0 Demonstrações Financeiras... 3 2.0 Indicadores EconômicoFinanceiros... 5 2.1 Análise Através dos Índices... 5 2.2 Principais índices apresentados por Iudícibus... 6 2.3 Principais índices apresentados por Silva... 7 2.4 Principais índices apresentados por Matarazzo... 8 2.5 Principais Índices apresentados por Assaf Neto... 9 3.0 Lei de NewcombBenford... 10 4.0 Demonstração dos Índices... 12 4.1 Solvência e Liquidez... 12 4.2 Capital e Risco... 14 4.3 Rentabilidade e Lucratividade... 15 5.0 Análise Vertical e Horizontal... 18 6.0 Economic Value Added EVA... 18 7.0 Market Value Added... 19 Capítulo 2 Análise Financeira e Econômica... 20 1.0 Instituições Financeiras... 20 2.0 Análise dos Dados da Lei de Benford... 21 3.0 Análise Vertical e Horizontal... 22 4.0 Apresentação e Análise dos Resultados... 23 5.0 Análise do EVA e MVA... 30 6.0 Análise das Ações... 31 Capítulo 3 Parecer Final... 33 Bibliografia... 35 Apêndices... 36 1.0 Gráficos da Lei de NewcombBenford... 36 2.0 Demonstrações Financeiras... 41

1 Introdução No atual contexto do mercado financeiro econômico Brasileiro, que se encontra diante de diversas informações, sendo estas obtidas através de documentações financeiras em WebSites das próprias instituições financeiras e também no site da BM&FBovespa, procurase obter uma melhor indicação e comparação das informações financeiras e econômicas, pois ainda não há como se verificar e comparar informações concretas e eficazes. E quais são suas reais situações financeiras diante do desempenho de outras instituições financeiras do mercado Brasileiro. Nesse contexto da economia figuram as incertezas (uma das maiores taxas de juros do Mundo Ocidental) e uma pesada carga tributária. Na economia americana, principalmente no segundo semestre de 2008, ocorreu um declínio forçado de sua economia e o aumento maciço do desemprego. As demonstrações financeiras divulgadas pelas instituições financeiras fornecem uma série de dados que permitem verificar a situação financeira e econômica da empresa. Mas para realizar uma análise de forma imparcial e correta é necessário transformar esses dados em informações. A análise financeira deve ter uma linguagem clara e descomplicada, de forma a facilitar o entendimento. O auxilio de gráficos facilita muito esta análise, pois permite a verificação visual do que esta ocorrendo.

2 Metodologia A abordagem do problema é quantitativa, o tipo de pesquisa é exploratório. Os dados foram obtidos através das Demonstrações Financeiras Padronizadas, de instituições financeiras públicas e privadas dos anos de 2008, 2009 e 2010, caracterizando uma pesquisa documental. A pesquisa utilizouse de índices de análise econômica e financeira específicos para instituições financeiras baseandose no modelo proposto por Assaf Neto (2008). Inicialmente calculouse através da Lei de Benford os resultados obtidos através das demonstrações financeiras dos anos de 2008, 2009 e 2010. Após este, fezse os cálculos dos indicadores financeiros também referentes aos anos de 2008, 2009 e 2010. Desta forma comparando os índices das instituições financeiras públicas e privadas. A pesquisa limitouse a análise das demonstrações financeiras das instituições financeiras públicas, sendo estes o Banco da Amazônia S.A, Banco do Nordeste do Brasil S/A, Banco do Brasil S.A, Caixa Econômica Federal S.A e Banco de Brasília S.A. e as instituições financeiras Privadas HSBC Bank Brasil S.A., Banco Santander (Brasil) S.A., Itaú Unibanco Holding S.A., Banco Bradesco S.A. e Banco Citibank S.A. As empresas coligadas e controladas não foram incluídas nesta pesquisa. A análise das demonstrações contábeis através dos índices é muito comum para empresas comerciais e industriais, entretanto, tratandose de instituições financeiras, são raros os autores que publicam formas para tal averiguação. Por isso, optouse pelo modelo de Assaf Neto (2008).

3 Capítulo 1 Revisão Bibliográfica 1.0 Demonstrações Financeiras A coleta e registro de dados, assim como elaboração das demonstrações financeira é atribuição da contabilidade. Não é objetivo deste trabalho discutir como são obtidas as demonstrações financeiras, mas sim analisar os dados apresentados e concluir se a empresa é bem ou mal administrada, se merece ou não credito, se tem condições de pagar suas dividas, se é lucrativa, se irá falir ou continuar operando. As empresas de capital aberto são obrigadas por lei (Lei das Sociedade Anônimas 6.404/76) a divulgar suas demonstrações financeiras para toda a sociedade. Esses dados são úteis, por exemplo, para as instituições financeiras que necessitam verificar a situação da empresa antes de concederlhe um empréstimo. Os investidores também utilizam os dados para determinar se é interessante investir na empresa. Os fornecedores necessitam dos dados para verificar se o cliente ter condições de pagar pelos produtos/serviços comprados. Os clientes também analisam os dados para determinar se o seu fornecedor tem condições de continuar operando no mercado ou se é preferível optar por outro mais sólido economicamente. As demonstrações mais utilizadas são: Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados no Exercício. O balanço patrimonial é dividido em dois grandes blocos: ativo (representa todos os bens e direitos da empresa) e passivo (representa todas as obrigações exigíveis).

4 ATIVO Circulante Compreende contas que estão constantemente em giro em movimento, sua conversão em dinheiro ocorrer, no máximo, até o próximo exercício social. Realizável a Longo Prazo Bens e direitos que se transformarão em dinheiro após o exercício seguinte. Permanente São bens e direitos que não se destinam a venda e têm vida útil longa. PASSIVO Circulante Compreende obrigações exigíveis que serão liquidadas no próximo exercício social: nos próximos 365 dias após o levantamento do balanço. Exigível a Longo Prazo São obrigações exigíveis que serão liquidadas com prazo superior a um ano dívidas a longo prazo. Patrimônio Líquido São recursos dos proprietários aplicados na empresa. Os recursos significam o capital mais o seu rendimento lucros e reservas. Se houver prejuízo, o total dos investimentos proprietários ser reduzido. Quadro 1: Estrutura do Balanço Patrimonial Fonte: Autor

5 2.0 Indicadores EconômicoFinanceiros 2.1 Análise Através dos Índices Índices são relações entre contas ou grupos de contas das demonstrações financeiras, que visam evidenciar determinado aspecto econômico ou financeiro. Existe uma quantidade muito grande de índices, mas para a análise das empresas nem todos necessitam ser calculado, basta um numero reduzido para determinar a situação da empresa. Análise financeira e indicadores de desempenho, conforme descreve Silva (2008), compreende uma análise minuciosa dos dados financeiros disponíveis sobre a empresa, geralmente divulgados em suas demonstrações financeiras, e também dos eventos internos e externos que a afetam financeiramente. As demonstrações financeiras fornecem vários dados relativos à empresa e a análise financeira, ou análise de balanços, transforma esses dados em informações úteis para a tomada de decisão. A pesquisa descrita no presente trabalho trata especialmente sobre as informações normalmente divulgadas no Balanço Patrimonial (BP) e na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) das organizações. Dentre as técnicas de análise financeira, destacase a análise por meio de índices/indicadores (MATARAZZO, 2003). Silva (2008) afirma que a avaliação por meio de indicadores de desempenho é adequada para análises históricas e também para análises comparativas entre organizações. Assim, percebese a importância da utilização de indicadores de desempenho para auxiliar a análise financeira de empresas como instituições financeiras. Quando o assunto é a quantidade de indicadores que são necessários para uma boa análise, Stávale (2003) afirma que, para uma análise adequada, não é necessária uma grande quantidade de indicadores, mas sim um conjunto de índices que possibilite uma boa visão sobre a empresa. É importante que o usuário tenha claro o objetivo da análise que pretende desenvolver, para então definir a quantidade e o tipo de índices que serão utilizados, pois o uso de uma grande quantidade de índices pode confundir o usuário enquanto uma pequena quantidade pode ser insuficiente para que sejam tiradas conclusões sobre a empresa (SILVA, 2008).

6 Assim, como existem índices que são interessantes apenas em determinadas análises e para determinados usuários, sejam esses investidores, fornecedores, clientes ou governo (dentre outros), a quantidade de índices a ser utilizada na análise da organização dependerá dos objetivos e da profundidade da análise desejada pelo usuário (MATARAZZO, 2003). Na literatura, são apresentados diversos indicadores econômicofinanceiros que auxiliam na análise financeira. Alguns desses indicadores são apresentados e utilizados por quase todos os autores e profissionais enquanto outros nem sempre o são. Matarazzo (2003, p. 150) afirma que cada autor apresenta um conjunto de índices que, de alguma forma, difere dos demais autores. Mesmo com relação aos índices que constam de praticamente todas as obras e trabalhos, sempre há algumas pequenas diferenças de fórmula. Descrevemse, a seguir, os principais indicadores apresentados por Silva (2008), Matarazzo (2003) e Iudícibus (1998) para análise de organizações em geral e Assaf Neto (2008) para análise de instituições financeiras. 2.2 Principais índices apresentados por Iudícibus Iudícibus (1998) apresenta quatro conjuntos de indicadores que auxiliam na análise financeira. Esses grupos são: quocientes de liquidez, quocientes de endividamento, análise da rotatividade e análise da rentabilidade. O conjunto de indicadores de liquidez é formado pelos quocientes a seguir: (i) Quociente de Liquidez Imediata; (ii) Quociente de Liquidez Corrente; (iii) Quociente de Liquidez Seca; e (iv) Quociente de Liquidez Geral. O conjunto de indicadores de endividamento é formado por quocientes que indicam a dependência da empresa com relação a capitais de terceiros. Esses quocientes, que relacionam as fontes de fundos da empresa entre si, são: (i) Quocientes de Participação de Capitais de Terceiros Sobre os Recursos Totais; (ii) Quocientes de Capitais de Terceiros / Capitais Próprios; e (iii) Quocientes de Participação das Dívidas de Curto Prazo Sobre o Endividamento Total. O grupo de indicadores de rotatividade demonstra, em meses, dias ou períodos, a velocidade de renovação dos elementos patrimoniais em determinado período de tempo. Os quocientes que compõem esse grupo estão elencados a seguir: (i)

7 Rotatividade do Estoque de Produtos Acabados; (ii) Prazo Médio de Recebimento de Contas a Receber (derivados de vendas a prazo); (iii) Prazo Médio de Pagamento de Contas a Pagar (derivados da compra de insumos básicos a prazo); (iv) Quociente de Posicionamento Relativo; e (v) Rotatividade do Ativo (Giro do Ativo). Finalmente, os quocientes que proporcionam a análise da rentabilidade de empresas são: (i) Giro do Ativo; (ii) Retorno Sobre o Investimento; e (iii) Retorno Sobre o Patrimônio Líquido. 2.3 Principais índices apresentados por Silva Silva (2008) aponta quatro grupos de índices financeiros como sendo importantes ferramentas de auxílio na análise financeira das empresas. Os grupos de índices apresentados por esse autor são: índices de lucratividade e desempenho, índices de prazos médios, índices de estrutura de capitais e índices de liquidez. O grupo de índices de lucratividade e desempenho, também conhecidos como índices de retorno ou rentabilidade, indica qual o retorno que o empreendimento está propiciando. A análise desses indicadores visa mensurar o sucesso e a eficiência das empresas no uso de suas fontes de financiamento (sejam elas capital próprio e/ou de terceiros) para a geração de lucro e são úteis para avaliar a capacidade das empresas de: ter lucros nos exercícios futuros; sobreviver no longo prazo; atrair financiamentos; pagar seus credores; e recompensar seus proprietários. Os índices que compõem esse grupo são: (i) Giro do Ativo; (ii) Retorno Sobre as Vendas; (iii) Retorno Sobre o Ativo; e (iv) Retorno sobre o Patrimônio Líquido. Os índices que formam o grupo de prazos médios refletem um pouco da dinâmica das empresas, dado que as demonstrações representam uma situação estática da estrutura patrimonial das empresas. São úteis, pois, quando usados conjuntamente, evidenciam o Ciclo Financeiro da empresa, o qual constitui um fator determinante da necessidade de capital de giro, afetando a lucratividade, a liquidez e o endividamento da empresa. Os índices de prazos médios se dividem em: (i) Prazo Médio de Rotação dos Estoques; (ii) Prazo Médio de Recebimento de Vendas; e (iii) Prazo Médio de Pagamento de Compras.

8 A partir do grupo de índices de estrutura de capital, por sua vez, é possível analisar a composição das fontes de financiamento dos Ativos da empresa. Os recursos que financiam a empresa podem ser provenientes de: (a) sócios e acionistas; (b) lucros gerados pela empresa; e (c) dívidas com terceiros. Os investidores estão preocupados com o risco e o retorno que o investimento vai propiciar. Uma boa análise desses índices fornece informações de como a empresa administra a sua obtenção de recursos: se é por venda de participação ou por endividamento; se a forma utilizada é adequada para o bom funcionamento da empresa; e se há uma tendência futura de geração de lucro, garantindo a possibilidade de retorno dos investimentos realizados. Esses índices se dividem em: (i) Imobilização do Patrimônio Líquido; (ii) Participação de Capitais de Terceiros; e (iii) Composição do Endividamento. Os índices de liquidez demonstram a capacidade da empresa pagar suas dívidas no curto prazo. Esse grupo é composto pelos seguintes indicadores: (i) Liquidez Geral; (ii) Liquidez Corrente;(iii) Liquidez Seca; (iv) Índice de Cobertura de Juros; e (v) Saldo de Tesouraria Sobre Vendas. 2.4 Principais índices apresentados por Matarazzo Matarazzo (2003) subdivide o exame das demonstrações financeiras em análise da situação financeira e análise da situação econômica. A partir dessa subdivisão, o referido autor classifica os índices, em três grupos, a saber: índices de estrutura de capital e índices de liquidez, que evidenciam aspectos da situação financeira, e índices de rentabilidade, que, por sua vez, evidenciam aspectos da situação econômica. O grupo de índices de estrutura de capital expõe as grande linhas de decisões financeiras, em termos de obtenção e aplicação de recursos. Esse grupo é formado pelos seguintes índices: (i) Índice de Participação de Capitais de Terceiros; (ii) Índice de Composição do Endividamento; (iii) Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido; e (iv) Índice de Imobilização dos Recursos não Correntes. O grupo de índices de liquidez apresenta a base da situação financeira de uma empresa. Esse grupo é composto pelos seguintes índices: (i) Índice de Liquidez Geral; (ii) Índice de Liquidez Corrente; e (iii) Índice de Liquidez Seca.

9 O grupo de índices de rentabilidade ou resultados mostra qual a rentabilidade dos capitais investidos ao indicar quanto os investimentos renderam. Logo, esse grupo apresenta o grau de êxito econômico da empresa. Os índices que compõe esse grupo são: (i) Índice de Giro do Ativo; (ii) Índice de Margem Líquida; (iii) Índice de Rentabilidade do Ativo; e (iv) Índice de Rentabilidade do Patrimônio. 2.5 Principais Índices apresentados por Assaf Neto Nas instituições financeiras, os recursos aplicados no ativo geram benefícios econômicos denominados receitas da intermediação financeira, e os valores registrados no passivo geram despesas com intermediação financeira, a diferença entre estas receitas e despesas forma o Spread Bancário (ASSAF NETO, 2008). Sobre esta base, quando se faz uma análise econômica se esta avaliando o Patrimônio Líquido da entidade estudada e sua evolução, bem como a relação do Patrimônio líquido com as fontes de recursos e a rentabilidade da instituição. E quando se fala em análise Financeira, se verifica as disponibilidades existentes e a capacidade de liquidar seus compromissos, e o ciclo financeiro (SILVA, 2008). Também se pode identificar a situação econômica e financeira em bancos, através da análise de índices, entretanto, está análise possui algumas particularidades (ASSAF NETO, 2008). E conforme o referido autor, os principais índices que contemplam suas especificidades são: (a) Solvência e Liquidez; (b) Capital e Risco; e (c) Rentabilidade e Lucratividade. Na exposição dos índices a seguir, conforme já mencionado, adotase como fonte Assaf Neto (2008), por ser um dos autores que trata mais especificamente da Análise Econômica e Financeira de Instituições Financeiras.

10 3.0 Lei de NewcombBenford Esta característica foi observada pela primeira vez pelo astrônomo norteamericano Simon Newcomb em 1881, ao notar que a tábua de logaritmos tem mais páginas com logaritmos começando com 1 do que começando com outros dígitos. Sua descoberta foi ignorada até 1938, quando o Dr. Frank Benford, físico da General Electric, redescobriu o fato e fez uma análise muito mais ampla que Newcomb. Ele observou mais de 20 mil fontes de dados, desde área de rios e estatísticas de baseball até os números das casas de pessoas. A lei de Benford aplicase a dados que não são adimensionais, para os valores numéricos dos dados depende das unidades. Se existe uma distribuição de probabilidade universal P(x) sobre tais números, então ela deve ser invariante sob uma mudança de escala, de modo: Se, então,, e a normalização implica. Diferenciando o e definindo, gera: Tendo em solução.

11 Gráfico 2: Índices Estatísticos da Lei NewcombBenford Fonte: Autor Então a probabilidade de que o primeiro dígito (decimal) é, é dada por uma distribuição logarítmaca: para,...,, ilustrado acima e tabulados abaixo: 1 0.301031 6 0.0669468 2 0.176091 7 0.0579919 3 0.124939 8 0.0511525 4 0.096913 9 0.0457575 5 0.079181 Quadro 3: Resultados Probabilísticos dos Dígitos Fonte: Autor

12 4.0 Demonstração dos Índices 4.1 Solvência e Liquidez Segundo Assaf Neto (2008), uma empresa é considerada solvente quando o valor de seus ativos for maior que o valor de seus passivos. Já a liquidez reflete a capacidade financeira da instituição em cumprir suas obrigações. No caso das instituições financeiras o objetivo é atender ao fluxo das despesas operacionais, possíveis resgates de depositantes, reservas compulsórias e atendimento à solicitações de empréstimos financiamentos. Os principais índices para mensurar a Solvência e Liquidez dos bancos são: Encaixe Voluntário = Disponibilidades Depósito a vista O encaixe voluntário demonstra a capacidade financeira imediata de um banco em cobrir saques contra depósitos à vista na data de encerramento do exercício social. Liquidez Imediata =Disponibilidades + Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Depósito a vista São as disponibilidades do banco e as suas aplicações financeiras negociáveis a qualquer momento (mercado aberto e depósitos interfinanceiros). Quando superior a 1, mostra que ao banco tem condições de cobrir seus depósitos a vista e parte dos depósitos a prazo. Índice Empréstimos/Depósitos = Operações de Crédito Depósitos Revela que para cada R$ 1,00 de capital emprestado pela instituição quanto foi captado sob a forma de depósito.

13 Capital de Giro Próprio = Patrimônio Líquido Ativo Permanente Indica os recursos próprios da instituição que se encontram financiando as operações ativas. Revela o nível de folga financeira financiada com Patrimônio Líquido. Participação de Empréstimos = Operações de crédito Ativo total Revela o ativo total do banco que se encontra aplicado em operações de empréstimos.

14 4.2 Capital e Risco Conforme Assaf Neto (2008) Capital e Risco visam identificar o volume de capital próprio da instituição ou o capital mínimo que deve em geral deve ser mantido pela instituição financeira. Seguem os Indicadores de análise de capital: Independência Financeira = Patrimônio Líquido Ativo Total Leverage = Ativo Patrimônio Líquido Relação Capital/Depositantes = Patrimônio Líquido Depósitos (Passivo) Imobilização do capital Próprio = Ativo Permanente Patrimônio Líquido Os itens citados, apesar de importantes, não avaliam o risco operacional dos bancos. Analisam o montante de capital próprio a ser mantido pelo banco para cobrir eventuais perdas que possam ocorrer independente do risco assumido em seus negócios. Taxa de Reinvestimento do Lucro (TRL) TRL = Lucro Líquido Dividendos Patrimônio Líquido Indica o Incremento de capital próprio do banco mediante a retenção de seus resultados. De outra forma, é o valor do resultado líquido reaplicado nas operações do banco. TRL = Leverage X retorno s/ Ativo Total X Índice de retenção de lucro Representa que quanto maior esta taxa, maior a capacidade da instituição em financiar operações em seus ativos por meio de recursos próprios gerados pelas operações.

15 4.3 Rentabilidade e Lucratividade Como todo negócio, os bancos têm como seu principal objetivo maximizar a riqueza de sues proprietários, através de uma adequada relação de risco e retorno. Até porque, nos bancos, os recursos captados e administrados são suas matérias primas (ASSAF NETO, 2008). Índices básicos de Rentabilidade Retorno Sobre o Patrimônio Líquido = Lucro Líquido Patrimônio Líquido Indica o ganho percentual auferido pelos proprietários como conseqüência da margem de lucro, da eficiência operacional, do Leverage e do planejamento de seus negócios. Retorno Sobre o Investimento Total = Lucro Líquido Ativo Total Revela os resultados operacionais de negócios acionados pelo banco. Margem Líquida = Lucro Líquido Receita de intermediação Financeira A Margem líquida é composta por vários resultados de gestão dos ativos e passivos do banco como taxas, prazos, receitas e despesas, permitindo avaliar a função básica de intermediação financeira de um banco. Índices de Rentabilidade e Spread Margem Financeira = Resultado Bruto da Intermediação Financeira Ativo Total Custo Médio Captação =Despesas Financeiras de Captação de Mercado Depósito a Prazo

16 Retorno Médio op. de Crédito = Receitas Financeiras de op. de Crédito Operações de Crédito Lucratividade dos Ativos = Receitas de Intermediação Financeira Ativo Total Juros Passivos = Despesa de Intermediação Financeira Passivo Total Índices de Eficiência IE Relaciona as despesas operacionais da instituição com sua receita de Intermediação Financeira. Quanto menor for, mais elevada é a produtividade. IE Operacional = Despesas Operacionais Receitas de intermediação Financeira Ressaltase que os índices apresentados neste tópico tiveram como fonte o modelo proposto por Assaf Neto (2008) e servirão de sustentação para descrição e análise dos resultados desta pesquisa.

17 Solvência e Liquidez Encaixa Voluntário = Disponibilidades / Depósitos a Vista Liquidez Imediata = Disponibilidades + Aplicações Interfinanceiras de Liquidez / Depósitos Índice Empréstimos/Depósitos = Operações de Crédito / Depósitos Capital de Giro Próprio = Patrimônio Líquido Ativo Permanente Participação dos Empréstimos = Operações de Crédito / Ativo Total Capital de Risco Independência Financeira = Patrimônio Líquido / Ativo Total Leverage = Ativo / Patrimônio Líquido Relação Capital/Depositantes = Patrimônio Líquido / Depósitos (Passivo) Imobilização do Capital Próprio = Ativo Permanente / Patrimônio Líquido Taxa de Reinvestimento do Lucro = Lucro Líquido Dividendos / Patrimônio Líquido Rentabilidade e Lucratividade Retorno Sobre o Patrimônio Líquido = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido Retorno Sobre o Investimento Total = Lucro Líquido / Ativo Total Margem Líquida = Lucro Líquido / Receita de Intermediação Financeira Margem Financeira = Resultado Bruto da Intermediação Financeira / Ativo Total Custo Médio Captação = Despesas Financeiras de Captação de Mercado / Depósito a Prazo Retorno Médio op. de Crédito = Receitas Financeiras de op. de Crédito Lucratividade dos Ativos = Receitas de Intermediação Financeira / Ativo Total Juros Passivos = Despesa de Intermediação Financeira / Passivo Total Quadro 4: Índices de Indicadores Financeiros Fonte: Autor

18 5.0 Análise Vertical e Horizontal A análise vertical e horizontal prestase fundamentalmente ao estudo de tendências. A análise vertical baseiase em valores percentuais das demonstrações financeiras. Para isso se calcula o percentual de cada conta em ralação a um valor base. Por exemplo, na análise vertical do balanço calculase o percentual de cada conta em ralação ao total do ativo. Na analise vertical das demonstrações de resultado calculase o percentual de cada conta em relação aos resultados. A análise horizontal baseiase na evolução de cada conta em uma serie de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou a uma demonstração financeira básica (geralmente a mais antiga da série). É recomendável que estes dois tipos de analise sejam usados conjuntamente. Deve tirar conclusões exclusivamente da análise horizontal, pois determinado item, mesmo apresentando variação de 2.000%, por exemplo, pode continuar sendo irrelevante dentro da demonstração financeira. 6.0 Economic Value Added EVA O EVA, ou Economic Value Added (Valor Econômico Agregado), um conceito desenvolvido pela consultoria Stern Stewart & Co. no início da década de 80 que se baseia na idéia de lucro econômico (lucro residual). Este conceito afirma que lucro só existe após a remuneração do capital empregado pelo seu custo de oportunidade. O EVA uma medida de desempenho que considera todos os custos de operação, inclusive os de oportunidade. De uma maneira simples, ele resultado operacional depois de impostos da empresa, menos o encargo pelo uso do capital fornecido por terceiros e por acionistas; mede o quanto foi gerado em excesso ao retorno mínimo requerido pelos fornecedores de capital da empresa (terceiros e acionistas).

19 O EVA é determinado através da relação: EVA = Lucro operacional líquido depois dos impostos (Custo médio ponderado de capital) * (Patrimônio Líquido + Exigível à Longo Prazo) EVA = NOPAT WACC * Capital Investido Se o valor obtido for positivo a empresa está agregando valor ao capital investido, caso negativo a empresa esta destruindo o capital. 7.0 Market Value Added É a diferença entre o valor de mercado do patrimônio líquido da empresa e a quantia de capital próprio que foi fornecida pelos acionistas. É obtido através da relação: MVA = (ações em circulação)*(preço da ação) Patrimônio Líquido total

20 Capítulo 2 Análise Financeira e Econômica 1.0 Instituições Financeiras As demonstrações financeiras das instituições financeiras públicas e privadas usadas para obter seu desempenho econômicofinanceiro, foram um total de 10 instituições, sendo elas discriminadas a seguir. Instituições financeiras públicas: Banco da Amazônia S.A. Banco do Nordeste do Brasil S.A. Banco do Brasil S.A. Caixa Econômica Federal S.A. Banco de Brasília S.A. Instituições financeiras privadas: HSBC Bank Brasil S.A. Banco Santander (Brasil) S.A. Itaú Unibanco Holding S.A. Banco Bradesco S.A. Banco Citibank S.A. A base de dados para a análise da estrutura financeira e econômica das empresas foi obtida na Comissão de Valores Monetários (CMV), tendo como principal característica sua demonstração contábil padronizada para melhor entendimento e explicação dos resultados. No apêndice 1 são apresentados as demonstrações de resultados e o balanço patrimonial do consolidado das empresas para os últimos 3 anos. Também é apresentado os dados referentes a analise horizontal e vertical. Para facilitar a análise e comparação entre as diversas instituições financeiras públicas e privadas, tanto o balanço patrimonial quanto a demonstração de resultados foram padronizados de acordo com os critérios apresentados por MATARAZZO (1998) e ASSAF NETO (2008).

21 2.0 Análise dos Dados da Lei de NewcombBenford Conforme os gráficos 1 e 2, são observados que há pequenas diferenças entre a curva da Lei de NewcombBenford e a curva das instituições financeiras Privadas e as Públicas. Contudo essas discrepâncias são averiguadas com maiores detalhes quando é observado as variações de cada instituição financeira isoladamente, conforme apêndice 1. Gráfico 1: Comparativo entre a Lei de Benford e a curva das Inst. Fin. Públicas Fonte: Dados da pesquisa Gráfico 2: Comparativo entre a Lei de Benford e a curva das Inst. Fin. Privadas Fonte: Dados da pesquisa