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Data: 20 de julho de 2010.

Transcrição:

Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 2ª Câmara de Julgamento Número do Processo: 44232.331820/2015-87 Unidade de Origem: Benefício: 31/604.791.385-0 Espécie: Recorrente: Recorrido: Assunto: Relator: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ATENDIMENTO BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE SÃO GONÇALO PARAÍSO AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO MARIA DA CONCEICAO DE O VASCONCELOS INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS RESTABELECIMENTO Relatório As páginas citadas neste Relatório e Voto referem-se ao processo completo visualizado no programa Adobe Acrobat Reader. Trata-se de Recurso Especial interposto pelo MARIA DA CONCEICAO DE O VASCONCELOS contra os termos do Acórdão nº 6875/2015, proferido pela Décima Segunda Junta de Recursos/CRPS que negou provimento ao seu recurso, nos autos do pedido de Auxilio Doença. O benefício foi concedido em 20/01/14 e cessado (DCA) em 06/01/15 p. 35. Inconformada, apresentou recurso alegando que ainda não possui condições físicas para exercer suas funções laborais p. 03/04. A i. JR/CRPS, pela decisão nº 220/15, converteu o julgamento em diligência a fim de que fosse realizada nova perícia médica - p. 45/47. Em perícia médica presencial, em fase de recurso constatou-se pela capacidade laborativa do segurado, com a conclusão: Justificativa Segurada diz ser costureira empregada; diz que em dezembro 2013 sofreu queda da cadeira em usa residência com fratura de cotovelo e punho E; diz ter sido submetida a 2 procedimentos cirúrgicos no MSE; diz estar em tratamento fisioterápico; refere não poder trabalhar pois ainda sente muita dor no local, dormencia, como se seu braço estivesse atrofiando. Gozou o beneficio objeto de recurso entre jan/14 e jan/15 pelo cid S424. Após término do benefício objeto de recurso, a segurada realizou exames periciais em 07.05.2015 e 25.06.2015 não tendo sido reconhecido incapacidade laborativa para o cid Z03 pela história médica verifica-se tratar-se da mesma doença do benefício anterior (objeto de recurso). Traz comprovação de tratamento fisioterápico datada de 10.08.2015 clínica vitória. Traz dma dr Achylles oliveira crm 52185488 datada de 22.06.15 informando fratura cominutiva de cotovelo esquerdo foi operada apresenta rigidez de cotovelo limitação dos movimentos de punhos E sequela de paralisia radial esquerda cid T921 T922. Traz Rx punho e cotovelo E clinica radiologica feliciano sodre 27.01.14 osteossintese metalica radio distal e osteossintese e fixador externo no cotovelo dr ana paula caldas crm 52592246; Rx cotovelo e punho E clinica CMP (16.06.15) áreas de esclerose nas relações articulares; foco de calcificação adjacente ao epicondilo lateral; discretas lesões liticas osseas; placa e parafusos metalicos de fixação cirurgica no terço distal do radio dr hilbert armando fontes crm 52748137; Rx cotovelo E (05.03.15) sinais rarefação ossea fragmento osseo próximo condilo lateral espaços articulares preservados plano de partes moles sem particularidades ao metodo dr carla frança caetano crm 52849480; Rx antebraço E (05.03.15) sinais rarefação ossea osteossintese metalica com placas e parafusos terço distal radio pequenas lesões liticas na cortical da diafise ulnar espaços articulares preservados planos de partes moles sem

particularidades ao metodo dr carla frança; Rx braço E (05.03.15) espessamento cortical terço medico da diafise umeral em correspondencia a imagens liticas arrendondadas vistas na incidencia em perfil podendo corresponder a calo osseo e canis de fixação metalica com parafusos retirados previamente espaços e relações articulares preservados ausencia de lesões osseas focais planos de partes moles sem particularidades ao metido dr carla frança; TC cotovelo E clinica ultra rad (07.03.15) esclerose medular e irregularidade cortical do epicondilo lateral associado a aparente solução de continuidade com articulação radio umeral; alt. morfoestruturais e esclerose do epicondilo medial; esclerose e cistos subcondrais associado a redução espaço articular e irregularidade da superficie articular das articulações radio-umeral e ulna umeral notadamnente da ultima; calcificação junto a capsula da artic radio umeral, formação espontaneamente densa junto a cabeça um,eral podendo representar calcificação intra-articular, osteossintese metalica da metafise radial proximal dr alfonsso o crm 52675636. Diz ser hipertensa em uso atenolol e losartana e diz fazer uso de puran T4; refere também uso de frontal 2mg a noite. Lúcida e orientada visão corrigida usando tipóia em MSE retirada espontaneamente acianótica anictérica corada marcha e postura atipicas estado geral preservado PA = 130x80 Pulmoes limpos rcr 2t BNF sem sopros MMSS= cicatrizes bem constituidas em braço e cotovelo e face volar do punho esquerdo. Não há sinais flogísticos articulares arco de movimento de punho preservado, força de garra preservada. Limitação da extensão do cotovelo, arco entre 90 e 110 graus, aproximadamente. De acordo com dados elencados acima não temos elementos para mudança de decisão. Segurada DESTRA costureira com sequela de fraturas em membro superior esquerdo - não dominante, mão esquerda funcional, apresenta anquilose do cotovelo, que porém não incapacita para a atividade declarada p. 52/53. grifamos A 12ª JR/CRPS, através do Acórdão nº 6875/2015, negou provimento ao recurso da interessada sob o argumento de não constatação da incapacidade para o trabalho p. 59/61. A interessada postula a reforma da decisão da JRPS alegando sua incapacidade para o trabalho p. 67. É o relatório. Inclusão em Pauta Incluído em Pauta no dia 29/12/2015 para sessão nº 0016/2016, de 07/01/2016. Voto EMENTA: AUXÍLIO DOENÇA PREVIDENCIÁRIO. NÃO COMPROVADA A CONTINUIDADE DA INCAPACIDADE LABORATIVA. NÃO APRESENTADO NOVOS ELEMENTOS. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 78 DO DECRETO Nº 3.048/99. RECURSO CONHECIDO E NEGADO AO SEGURADO O recurso é tempestivo. Conforme relatado, trata-se de Recurso Especial interposto pelo MARIA DA CONCEICAO DE O VASCONCELOS contra os termos do Acórdão nº 6875/2015, proferido pela Décima Segunda Junta de Recursos/CRPS que negou provimento ao seu recurso, nos autos do pedido de Auxilio Doença. A controvérsia dos autos gira em torno da incapacidade laborativa e para as atividades habituais para o restabelecimento do Benefício por Incapacidade. A matéria encontra-se regida pelo art. 59 da Lei nº 8.213/1991, a seguir reproduzido: Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Parágrafo único. Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. Isto significa que o auxílio-doença cessa quando da recuperação da capacidade para o trabalho, ou conversão do

benefício em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente. Nesses termos, dispõe o Regulamento da Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999: Art. 78. O auxílio-doença cessa pela recuperação da capacidade para o trabalho, pela transformação em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de qualquer natureza, neste caso se resultar seqüela que implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (...). - grifo nosso Conforme visto, ficou comprovado mediante análise pericial, em fase recursal, a capacidade para o trabalho p. 52/53. Em perícia médica presencial, em fase de recurso constatou-se pela capacidade laborativa do segurado, com a conclusão: Justificativa Segurada diz ser costureira empregada; diz que em dezembro 2013 sofreu queda da cadeira em usa residência com fratura de cotovelo e punho E; diz ter sido submetida a 2 procedimentos cirúrgicos no MSE; diz estar em tratamento fisioterápico; refere não poder trabalhar pois ainda sente muita dor no local, dormencia, como se seu braço estivesse atrofiando. Gozou o beneficio objeto de recurso entre jan/14 e jan/15 pelo cid S424. Após término do benefício objeto de recurso, a segurada realizou exames periciais em 07.05.2015 e 25.06.2015 não tendo sido reconhecido incapacidade laborativa para o cid Z03 pela história médica verifica-se tratar-se da mesma doença do benefício anterior (objeto de recurso). Traz comprovação de tratamento fisioterápico datada de 10.08.2015 clínica vitória. Traz dma dr Achylles oliveira crm 52185488 datada de 22.06.15 informando fratura cominutiva de cotovelo esquerdo foi operada apresenta rigidez de cotovelo limitação dos movimentos de punhos E sequela de paralisia radial esquerda cid T921 T922. Traz Rx punho e cotovelo E clinica radiologica feliciano sodre 27.01.14 osteossintese metalica radio distal e osteossintese e fixador externo no cotovelo dr ana paula caldas crm 52592246; Rx cotovelo e punho E clinica CMP (16.06.15) áreas de esclerose nas relações articulares; foco de calcificação adjacente ao epicondilo lateral; discretas lesões liticas osseas; placa e parafusos metalicos de fixação cirurgica no terço distal do radio dr hilbert armando fontes crm 52748137; Rx cotovelo E (05.03.15) sinais rarefação ossea fragmento osseo próximo condilo lateral espaços articulares preservados plano de partes moles sem particularidades ao metodo dr carla frança caetano crm 52849480; Rx antebraço E (05.03.15) sinais rarefação ossea osteossintese metalica com placas e parafusos terço distal radio pequenas lesões liticas na cortical da diafise ulnar espaços articulares preservados planos de partes moles sem particularidades ao metodo dr carla frança; Rx braço E (05.03.15) espessamento cortical terço medico da diafise umeral em correspondencia a imagens liticas arrendondadas vistas na incidencia em perfil podendo corresponder a calo osseo e canis de fixação metalica com parafusos retirados previamente espaços e relações articulares preservados ausencia de lesões osseas focais planos de partes moles sem particularidades ao metido dr carla frança; TC cotovelo E clinica ultra rad (07.03.15) esclerose medular e irregularidade cortical do epicondilo lateral associado a aparente solução de continuidade com articulação radio umeral; alt. morfoestruturais e esclerose do epicondilo medial; esclerose e cistos subcondrais associado a redução espaço articular e irregularidade da superficie articular das articulações radio-umeral e ulna umeral notadamnente da ultima; calcificação junto a capsula da artic radio umeral, formação espontaneamente densa junto a cabeça um,eral podendo representar calcificação intra-articular, osteossintese metalica da metafise radial proximal dr alfonsso o crm 52675636. Diz ser hipertensa em uso atenolol e losartana e diz fazer uso de puran T4; refere também uso de frontal 2mg a noite. Lúcida e orientada visão corrigida usando tipóia em MSE retirada espontaneamente acianótica anictérica corada marcha e postura atipicas estado geral preservado PA = 130x80 Pulmoes limpos rcr 2t BNF sem sopros MMSS= cicatrizes bem constituidas em braço e cotovelo e face volar do punho esquerdo. Não há sinais flogísticos articulares arco de movimento de punho preservado, força de garra preservada. Limitação da extensão do cotovelo, arco entre 90 e 110 graus, aproximadamente. De acordo com dados elencados acima não temos elementos para mudança de decisão. Segurada DESTRA costureira com sequela de fraturas em membro superior esquerdo - não dominante, mão esquerda funcional, apresenta anquilose do cotovelo, que porém não incapacita para a atividade declarada p. 52/53. A competência para afirmar sobre a existência de incapacidade laborativa é do médico perito, consoante o disposto no artigo 170 do Regulamento da Previdência Social de 1999: Art. 170. Compete privativamente aos servidores de que trata o art. 2º da Lei nº 10.876, de 2 de junho de 2004, a realização de exames médico-periciais para a concessão e manutenção de benefícios e outras atividades médicopericiais inerentes ao regime de que trata este Regulamento, sem prejuízo do disposto no mencionado artigo. Parágrafo único. Os servidores de que trata o caput poderão solicitar ao médico assistente do beneficiário que forneça informações sobre antecedentes médicos a estes relativas, na forma a ser disciplinada pelo INSS, para fins do disposto nos 2º do art. 43 e 1º do art. 71 ou para subsidiar emissão de laudo médico pericial conclusivo.

Ainda, dispõe o artigo 2º, da Lei nº 10.876/2004: Art. 2 o Compete privativamente aos ocupantes do cargo de Perito Médico da Previdência Social e, supletivamente, aos ocupantes do cargo de Supervisor Médico-Pericial da carreira de que trata a Lei n o 9.620, de 2 de abril de 1998, no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e do Ministério da Previdência Social - MPS, o exercício das atividades médico-periciais inerentes ao Regime Geral da Previdência Social de que tratam as Leis n os 8.212, de 24 de julho de 1991, e 8.213, de 24 de julho de 1991, à Lei n o 8.742, de 7 de dezembro de 1993 Lei Orgânica da Assistência Social, e à aplicação da Lei n o 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e, em especial: I - emissão de parecer conclusivo quanto à capacidade laboral para fins previdenciários; II - inspeção de ambientes de trabalho para fins previdenciários; III - caracterização da invalidez para benefícios previdenciários e assistenciais; e IV - execução das demais atividades definidas em regulamento. Assim, não está comprovada a incapacidade laborativa para justificar o restabelecimento do benefício a partir de 06/01/15. Sob esse enfoque, assiste razão ao INSS. Conclusão: Pelo exposto, VOTO no sentido de, preliminarmente, CONHECER DO RECURSO da INTERESSADA para, no mérito, NEGAR PROVIMENTO. Relator(a) Declaração de Voto Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). ALEXANDRA ALVARES DE ALCANTARA Conselheiro(a) Suplente Representante das Empresas Declaração de Voto Presidente concorda com voto do relator(a). LIVIA VALERIA LINO GOMES Presidente Decisório Nº Acórdão: 317 / 2016 Vistos e relatados os presentes autos, em sessão realizada hoje, ACORDAM os membros da 2ª Câmara de

Julgamento do CRPS, em CONHECER DO RECURSO E NEGAR PROVIMENTO AO RECORRENTE, POR UNANIMIDADE, de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua fundamentação. Participou, ainda, do presente julgamento, o(a) Conselheiro(a) ALEXANDRA ALVARES DE ALCANTARA. Relator(a) LIVIA VALERIA LINO GOMES Presidente