Utilização de diretrizes clínicas e resultados na atenção básica b



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Transcrição:

Utilização de diretrizes clínicas e resultados na atenção básica b à hipertensão arterial Construindo Estratégias e Avaliando a Implementação de Diretrizes Clínicas no SUS Edital 37/2004 CNPq ENSP/FIOCRUZ Margareth C. Portela (coordenadora ) Sheyla Maria Lemos Lima Isabella Koster Claudia Caminha Escosteguy Vanja Maria Bessa Ferreira Cláudia Brito Maurício Teixeira Leite de Vasconcellos 1

OBJETIVO Identificar estratégias facilitadoras da implantação de diretrizes clínicas de hipertensão arterial (HA) em uma unidade de atenção básica, focalizando os efeitos do Programa Saúde da Família (PSF) e do Programa Remédio em Casa (PRC) na adesão dos profissionais e nos resultados assistenciais alcançados 2

Métodos Estudo observacional longitudinal, baseado em dados secundários, obtidos dos prontuários de pacientes de uma unidade de atenção básica da cidade do Rio de Janeiro População - conjunto de prontuários de pacientes com HA Critérios de inclusão registro explícito de um profissional, a qualquer momento, do diagnóstico ou suspeita de HA ou PA igual ou maior que 140 x 90 mmhg e ao menos uma consulta a partir de 2005 3

Métodos Universo 5499 hipertensos Amostra estratificada segundo matrícula ou não nos dois programas referidos, compondo quatro subgrupos com 150 pacientes com PSF e com PRC com PSF e sem PRC sem PSF e com PRC sem PSF e sem PRC ( 22 pacientes) Total de 472 pacientes 4

Métodos 5

Resultados Adesão Fatores de risco Sem diferenças significativas entre o grupo Com PSF e Sem PSF, exceto tabagismo Com PSF - 15,1% Sem PSF - 7,3% Conjunto de pacientes diabetes - 48,4% dislipidemia - 43,4% tabagismo - 14,1% história familiar de doença cardiovascular -4,2% 6

Resultados Adesão Lesões em órgãos-alvo Com diferenças significativas entre o grupo Com PSF e Sem PSF AVC - 13,4% vs. 5,4% angina de peito ou IAM prévio - 22,9% vs. 7,2% revascularização miocárdica - 3,0% vs. 0,8% Mais investigadas nos grupos Com PSF 7

Resultados Adesão Lesões em órgãos-alvo Conjunto de pacientes angina ou IAM prévio - 20,9% nefropatia - 13,2% AVC - 12,4% hipertrofia de ventrículo esquerdo -12,4% doença vascular arterial - 10,0% retinopatia hipertensiva - 7,1% insuficiência cardíaca - 7,0% revascularização miocárdica - 2,7% 8

Resultados Adesão Exames complementares Sem diferenças significativas entre o grupo Com PSF e Sem PSF, exceto ECG de repouso Com PSF - 28,5% Sem PSF - 10,4% Conjunto de pacientes Glicemia de jejum - 45,3% Colesterol total, LDL e HDL - 42,7% Creatinina - 33,3% ECG de repouso - 26,2% EAS - 14,8% Potássio - 4,6% 40,9% dos prontuários - registro exames solicitados, sem discriminação do tipo de exame 9

Resultados Adesão Mudança a de estilo de vida(mve) Sem diferenças significativas entre o grupo Com PSF e Sem PSF Conjunto de pacientes redução de peso - 26,9% dos 534 pacientes obesos controle do diabetes - 19,8% dos 746 pacientes diabéticos controle da dislipidemia - 9,35% diminuição do consumo de sal - 8,7% exercícios físicos de forma regular - 4,9% redução de ingestão de álcool - 1,7% aumento do consumo de potássio - 1,5% abandono do tabagismo - 0,9% 10

Resultados Adesão Terapia medicamentosa Algumas inconsistências com as recomendações das diretrizes clínicas Leve Recomendado o não uso de medicamentos, a monoterapia ou, no máximo, a associação de um segundo fármaco 27,7% pacientes- associação de pelo menos três medicamentos Moderada e Grave Recomendada a associação de pelo menos dois fármacos obrigatoriamente 25,0% dos pacientes com HA moderada e 13,8% dos pacientes com HA grave - não usaram medicamentos ou usaram monoterapia As diferenças de uso de esquemas terapêuticos encontradas nas três classes têm significância estatística 11

Resultados - Assistenciais Comparando-se os pacientes quanto à classificação da PA na 1ª e última consulta: Migração para os níveis menos elevados 12

Pacientes segundo níveis n de PA na primeira e última consulta Tipo 1ª consulta Última consulta Leve 41,7% 57,1% Moderada 33,3% 16,3% Grave 21,0% 12,3% Sem informação 4,0% 14,3% 13

Resultados - Assistenciais As médias das PAS e PAD no seguimento dos pacientes, para os diferentes esquemas terapêuticos, mantiveram-se dentro do padrão da hipertensão leve (PAS=140-159; PAD=90-99) Sem uso de medicamentos: PAS=137,7 e PAD=85,2 Monoterapia: PAS=141,7 e PAD=87,1 Associação de dois medicamentos : PAS=144,4 e PAD=88,3 Associação de pelo menos três medicamentos: PAS=152,6 e PAD=91,7 14

Resultados Assistenciais Fatores associados à variação de PAS e PAD no seguimento PAS Associações positivas PAS na 1ª consulta por HA Obesidade Uso de medicamento (especificamente, hidralazina) PAD Associações positivas PAD na 1ª consulta por HA Obesidade Uso de medicamento (especificamente, hidralazina) Tempo desde a primeira consulta Associações negativas Consulta com nutricionista Uso de hidroclorodiazida Programa Remédio em Casa (α=0,10) Classificação do paciente como hipertenso grave Cobertura pelo PSF Associações negativas Consulta com nutricionista Uso de hidroclorodiazida Programa Remédio em Casa (α=0,10) Idade superior a 70 anos 15

Discussão Considerando-se o registro nos prontuários : parece haver baixíssima adesão às diretrizes clínicas - profissionais PSF ou não PSF a classificação do risco parece não ser realizada substantivo registro de prescrições medicamentosas, ainda que, às vezes, com alguma incongruência em relação à classe de hipertensão adesão a terapia medicamentosa possivelmente está associada à garantia de oferta dos medicamentos preconizados, seja na farmácia da unidade de atenção básica, seja através do PRC 16

Discussão A unidade de atenção básica destinou praticamente a mesma média de consultas/ano para os pacientes com hipertensão grave, moderada e leve Média de consultas (sem diferenças significativas entre categorias de gravidade) Hipertensos graves e moderados 5,3 Hipertensos leve 5,4 17

Discussão Esperava-se um efeito positivo das estratégias PSF e PRC na adesão às diretrizes clínicas e resultados O PSF sem um expressivo resultado na adesão às diretrizes clínicas parece ter afetado os resultados desfavoravelmente Tendência de um efeito positivo do PRC nos resultados assistenciais e um desempenho levemente favorável do PSF na adesão 18

Classificação de Risco na Hipertensão Arterial Classificação da PA Normal/limítrofe (130-139 / 85-89) Risco A Ausência de fatores de risco e lesões em órgãos-alvo Classificação do Risco Risco B Presença de fatores de risco (sem DM) e sem lesão em órgãosalvo Risco C Presença de lesão em órgãos-alvo, doença cardiovascular e/ou Diabetes Mellitus MEV MEV MEV* Estágio 1 Leve (140-159 / 90-99) MEV (até 12 meses) MEV** (até 6 meses) TM Estágio 2 - Moderado (160-179/100-109) Estágio 3 - Grave ( 180/ 110) TM TM TM TM TM TM 19