UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS LUIZ FERNANDO FERNANDES

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Transcrição:

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS LUIZ FERNANDO FERNANDES PROPOSTA DE MELHORIA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ATRAVÉS DA ADOÇÃO DE PORTAL ELETRÔNICO DE COMPRAS EM UMA INDÚSTRIA DO RAMO METAL-MECÂNICO. JOINVILLE SC - BRASIL 2014

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS LUIZ FERNANDO FERNANDES PROPOSTA DE MELHORIA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ATRAVÉS DA ADOÇÃO DE PORTAL ELETRÔNICO DE COMPRAS EM UMA INDÚSTRIA DO RAMO METAL-MECÂNICO. Trabalho de Graduação apresentado à Universidade do Estado de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro de Produção e Sistemas. Orientador: Prof Dr. Fernando Natal de Pretto JOINVILLE SC - BRASIL 2014

LUIZ FERNANDO FERNANDES PROPOSTA DE MELHORIA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ATRAVÉS DA ADOÇÃO DE PORTAL ELETRÔNICO DE COMPRAS EM UMA INDÚSTRIA DO RAMO METAL-MECÂNICO. Trabalho de Graduação aprovado como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro do curso de Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade do Estado de Santa Catarina. Banca Examinadora: Orientador: Dr. Fernando Natal de Pretto Membro: Dr. Adalberto José Tavares Vieira Membro: Msc. Valdésio Benevenutti Joinville, 10/06/2014

AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por estar comigo em todos os momentos, e estar sempre iluminando meu caminho. Aos meus pais, Luiz Cesar Fernandes e Rosita Luz Fernandes, pelo exemplo que são para mim, por todo esforço, educação e dedicação para o meu crescimento. Sem vocês não seria ninguém. A minha irmã Bárbara Luz Fernandes e a minha namorada Bruna Louize Monteiro, por todo apoio e carinho incondicional em todas as ocasiões. Muito Obrigado! Aos meus amigos Raul Piva Burigo e João Paulo Bonsenhor, por terem sido minha família por diversas vezes durante esta jornada. A todos os grandes amigos que fiz, em especial, Bruno Schneider, Gabriel Casagrande Brascher, Diego Antonio Kuster, Marco Túlio de Camargo, Leonam Goudinho e Thiago Bonfanti Pimentel. Vocês são fundamentais. Muito Obrigado! A Udesc e a todos os meus professores, por todo conhecimento compartilhado para que eu pudesse alcançar este objetivo, em especial, meu orientador Fernando Natal de Pretto. Enfim, agradeço a todos que de alguma forma fizeram parte do meu crescimento durante o período da minha faculdade. Muito Obrigado!

A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original. Albert Einstein

RESUMO As empresas buscam cada vez mais, maneiras de alavancar sua lucratividade e seus resultados globais através da redução de desperdícios na cadeia produtiva. A estratégia da cadeia de suprimentos colaborativa propõe formas de buscar melhorias em diversas frentes para as empresas envolvidas no processo. Este estudo de caso tem o propósito de apresentar os benefícios que o portal eletrônico de compras pode trazer para as empresas em geral. Enfocando os processos da logística com o objetivo de estabelecer a adoção do portal eletrônico de compras na empresa Nova Motores e Geradores Elétricos Ltda, desenvolvendo um estudo de caso, onde é demonstrado o processo atual desta empresa e os pontos que precisam ser melhorados. Para isso foi feita uma pesquisa bibliográfica referente a compras e tecnologia de informação para consequentemente realizar o estudo de caso. Este trabalho tem o intuito de oferecer uma proposta de melhoria nos processos de logística direta, focando o setor de compras e suprimentos de materiais, e para que seja reintegrado com maior velocidade ao ciclo de negócios da empresa, tornando-a mais competitiva. Como resultado, são apresentadas as melhorias advindas para a empresa através de uma simulação de implantação do portal. Ao final é demonstrado o retorno do investimento bem como a economia possível com a adoção da proposta para o negócio. Palavras chaves: Portal de compras, e-procurement, Redução de custos, Cadeia de Suprimentos.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 O modelo de Suplly Chain Management... 18 Figura 2 Elementos Básicos da Logística.... 20 Figura 3 Evolução dos sistemas para e-procurement - novos negócios e oportunidades.... 29 Figura 4 O tempo e a qualidade na informação.... 30 Figura 5 e-commerce B2B tipo lado da compra.... 35 Figura 6 Nova Motores e Geradores Elétricos Matriz.... 41 Figura 7 Catálogo de produtos do grupo Nova.... 42 Figura 8 Explosão dos itens de um motor elétrico.... 45 Figura 9 Fluxograma proposta de adoção do portal eletrônico de compras à empresa Nova Motores.... 53

LISTA DE QUADROS Quadro 1 Quadro de Informações sobre o setor de Compras.... 43 Quadro 2 Quadro de necessidade de compra... Erro! Indicador não definido. Quadro 3 Comparativo de custos... 61 Quadro 4 Simulação de aplicação do portal.... 63 Quadro 5 Ganhos obtidos em tempo com a utilização do portal.... 64

LISTA DE ABREVIATURAS SCM TI CE EDI B2B ERP PCP MRP Supply Chain Management Tecnologia de Informação Comércio Eletrônico Electronic Data Interchange Business to Business Enterprise Resource Planning Planejamento e Controle de Produção Material Requirement Planning

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 16 2.1 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS)... 16 2.1.1 Implementando o Conceito de SCM... 17 2.2 LOGÍSTICA... 19 2.2.1 Logística Uma Função Essencial na Empresa... 20 2.2.2 A Concepção Logística na Empresa... 21 2.2.3 Atividades Logísticas... 22 2.3 COMPRAS... 22 2.3.1 A Função Compras... 23 2.4. TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA LOGÍSTICA... 24 2.5 COMÉRCIO ELETRÔNICO... 25 2.5.1 Características do Comércio Eletrônico... 25 2.5.2 Oportunidades e Benefícios do Comércio Eletrônico... 26 2.5.3 Estratégias para os Negócios Digitais... 27 2.6 E-PROCUREMENT... 28 2.6.1 Eficiência do Processo do e-procurement... 29 2.6.2 EDI (Electronic Data Interchange)... 31 2.6.3 Business to Business (B2B)... 32 2.6.3.1 Características e Benefícios do B2B... 33 2.6.3.2 Tipos Básicos de Transações B2B... 34 2.7 LEILÕES... 35 2.7.1 Leilões Eletrônicos... 36 3 METODOLOGIA... 38 3.1 MÉTODO DE PESQUISA... 38 3.2 COLETA E PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE DE DADOS... 39 4 PROPOSTA DE ESTUDO... 40 4.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA... 40 4.2 LEVANTAMENTO DA SITUAÇÃO ATUAL... 43

4.2.1 Cotação e Fechamento de Venda... 43 4.2.2 Análise da Engenharia... 44 4.2.3 Geração da Programação pelo PCP... 44 4.2.4 Análise de Compras... 46 4.2.5 Elaboração e Envio do Pedido de Compra... 48 4.2.6 Recebimento do Pedido de Compra pelo Fornecedor... 48 4.2.7 Vencimento da Data de Entrega do Pedido de Compra... 49 4.3 DIFICULDADES ENCONTRADAS NO PROCESSO ATUAL... 49 4.3.1 Telefonia e Impressões Utilizadas em Alta Escala... 50 4.3.2 Cotação de Preços Realizada de Forma Inadequada... 50 4.3.3 Atraso nas Entregas Pelos Fornecedores... 51 4.3.4 Divergência nas Informações de Entrega e Estoques... 51 4.4. CENÁRIO PROPOSTO... 51 4.4.1 Fluxo da Informação no Portal... 53 4.4.1.1 PCP Gera Requisições de Compras... 55 4.4.1.2 Análise do Fornecedor... 55 4.4.1.3 Tempo de Análise no Portal... 56 4.4.1.4 Avaliação da Cotação pelo Comprador... 56 4.4.1.5 Envio do Pedido de Compra... 56 4.4.1.6 Recebimento da Confirmação do Pedido de Compra... 57 4.4.1.7 Vencimento do Prazo de Entrega... 57 4.4.1.8 Importação da Nota Fiscal... 57 4.4.1.9 Encerramento do Pedido de Compra... 57 4.5. ANÁLISE DOS RESULTADOS DO PROJETO... 58 4.5.1 Mudanças Conceituais... 58 4.5.2 Benefícios do Portal para a Empresa... 59 4.5.3 Benefícios do Portal aos Fornecedores... 60 4.5.4 Resultados Futuros Projetados... 60 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 66 REFERÊNCIAS... 68

12 1 INTRODUÇÃO Com o mercado global exigindo cada vez mais, tudo indica que muito em breve todas as empresas terão de estar adaptadas ao cenário da informatização, buscando incluir em suas transações operacionais ferramentas e recursos tecnológicos voltados a reduzir custos, ou não irão sobreviver no mercado. Neste estudo de caso serão discutidos os assuntos pertinentes aos benefícios provenientes da evolução na era digital, mostrando a importância que essa nova ferramenta proporciona às organizações, auxiliando os gestores no processo de tomada de decisão. Para Kalakota e Robinson (2002) a chave para competir na economia digital é a inovação do modelo de negócio que explora o poder das redes de negócios. De setor em setor, tais redes estão destruindo o velho modelo de empresa convencional e transformando-as em empresas muito mais flexíveis. Baseando-se neste conceito, estudou-se a viabilidade da adoção de uma solução moderna e atual baseada em uma ferramenta eletrônica, que contribuirá para uma melhoria nos processos logísticos da empresa Nova Motores e Geradores Elétricos Ltda. A proposta é de adotar um portal eletrônico de compras, oferecendo uma solução informatizada para a política de preços das matérias primas e materiais necessários para a manufatura, controle das entradas e saídas de matérias primas, envio e controle eletrônico de pedidos de compra, notas fiscais eletrônicas e outros benefícios obtidos, procurando eficácia na relação entre comprador e fornecedor, com a finalidade de aprimorar e contribuir para uma melhoria significativa na manufatura, procurando somar na busca constante da redução dos custos, e aperfeiçoar a logística em um todo de uma forma com que reduza o tempo de produção e entrega do produto final ao cliente. Esta solução, nada mais é do que uma necessidade dos tempos atuais, pois o mundo dos negócios nos contempla com um grande número de empresas que utilizam este conceito e que estão conseguindo reduzir custos, e somar valores, mantendo seus clientes e buscando novos mercados. O Portal Eletrônico de Compras é uma ferramenta utilizada para o comércio via internet, que como no processo convencional, coexistem compradores e vendedores, que interagem entre si, buscando negociações, investimentos e resultados. É uma tecnologia que viabiliza negócios de forma otimizada, rápida, precisa e possibilita a

13 armazenagem de todas as informações transcorrentes das negociações. Oferece vantagens e oportunidades, tanto para os fornecedores como para os clientes. Há uma crescente manifestação de aceitação no mercado desta tecnologia, que facilita em muito o andamento logístico e comercial das organizações. Essa adoção procura obter uma nova ótica sobre a atual política de compras utilizada na empresa, onde o processo ainda está baseado no modelo tradicional e convencional, sendo que não existe uma manutenção preventiva sobre custos e preços, e sim um procedimento corretivo quando da existência de algum problema relacionado a esses preços de compra da matéria prima para confecção do produto. O objetivo geral do trabalho é o de propor uma melhoria consistente no processo de compras, que trará diversos benefícios em um novo ambiente de negócios, que requer primeiramente uma nova infra-estrutura logística e também projetar novos protocolos internos e externos para agilizar os processos, buscando um alto nível de excelência na prestação do serviço e uma redução ao mínimo dos custos. Adaptar-se à era digital é uma necessidade. Porém, digitalizar o negócio requer ações sistemáticas. O primeiro passo é analisar esse ambiente mutável, procurando por trás de sua atividade e problemas superficiais, os padrões, modelos e projetos emergentes de negócios nos quais serão construídas. Nos negócios, o objetivo é estabelecer uma posição dominante que seja altamente lucrativa (KALAKOTA; ROBINSON, 2002). Haja vista a situação atual, a ideia parte do princípio em implantar um sistema integrado com o fornecedor via internet, um portal para troca de informações. A proposta torna-se atraente em comparação ao problema atual, pois uma parte dos preços está desatualizada frente aos praticados no mercado hoje, situação que acaba sendo visualizada muitas vezes somente quando existe alguma intenção de alteração nos preços por parte do fornecedor ou quando o comprador busca uma redução nos custos, solicitando reavaliação de preço junto ao fornecedor. Como objetivos específicos o trabalho propõe algumas melhorias nos processos da empresa, visando uma melhora consistente do processo num todo. Tais objetivos são: Verificar a velocidade e qualidade de serviço aumentada pela redução de erros; Redução de tempo e de custos no setor de compras; Conhecer o atendimento da demanda com eficiência;

14 Relatar as melhorias obtidas com a implantação da ferramenta Conferir a ferramenta, pois a mesma contempla diversos gráficos que servem de apontadores de qualidade, procurando uma melhoria constante no processo e redução nos custos diretos e indiretos. O sucesso de uma empresa depende de sua capacidade de inovar e de integrar novas tecnologias em ofertas e serviços. Essas melhorias são objetivos de estudo nesta análise de adoção do portal eletrônico de compras. O processo de adaptação das estratégias organizacionais ao seu ambiente interno e externo tem sido motivo de preocupação constante às organizações. A aceitação do novo cenário mundial competitivo e a adequação a ele são fatores cruciais para as organizações alcançarem seus objetivos. Baseado nestes conceitos, e para que a adequação às mudanças não seja o único e principal fator para o sucesso de uma organização é essencial que se escolham ações e estratégias, para atender às exigências do mercado globalizado. Vale ressaltar que a organização atualmente enfrenta dificuldades de efeito grave nos processos atualmente desenvolvidos, todos esses processos encarecem o custo nos mais diversos ramos, como: Telefonia utilizada em alta escala; Cotação dos preços realizada de forma inadequada; Atraso nas entregas pelos fornecedores; Divergência nas informações de entrega; Atraso na entrega do produto final ao cliente; Custos elevados em diversos setores; Dentre outros problemas detalhados no desenvolvimento do trabalho; Os administradores precisam se concentrar nas novas tendências que estabelecem as estratégias lucrativas de negócios no futuro. A mensagem para o mercado é clara: para ter sucesso as empresas têm que reduzir o tempo de processamento de procura, seleção, entrada de pedido e cumprimento do pedido. A segmentação do trabalho está estruturada de forma a demonstrar claramente todo o processo desde a análise realizada até os resultados obtidos com o estudo.

15 No segundo capítulo, apresenta-se a fundamentação teórica sobre assuntos pertinentes à logística e a tecnologia da informação como auxílio nos processos modernos para habilitação na nova era tecnológica, bem como para seus benefícios. O terceiro capítulo traz metodologia, descrevendo os materiais e métodos utilizados para a coleta e análise de dados. O quarto capítulo apresenta a empresa num todo, explorando seu perfil de negócio, histórico, dentre outras particularidades da empresa, destacando o processo atual do cotidiano da Nova, demonstrando as dificuldades encontradas. Ainda evidencia a proposta apresentada, demonstrando os benefícios, e particularidades que essa mesma proposta oferece, explicando-se passo a passo todas as atividades correlacionadas à implantação do Portal Eletrônico de Compras. O quinto capítulo busca os resultados obtidos com o estudo realizado, tendo a finalidade de demonstrar este resultado de forma clara e de fácil entendimento sobre as vantagens que o projeto oferece. Por fim, busca-se uma vasta compreensão sobre a adoção deste projeto para a empresa, trazendo muitos benefícios e reduzindo custos, além de dinamizar a empresa e elevá-la com essa tecnologia.

16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo serão abordados os referenciais bibliográficos baseados no tema estudado, onde foram levantadas informações pertinentes ao estudo. Serão abordados os assuntos principais que orientam atividades da Logística, cadeia de suprimentos, setor de compras, comércio eletrônico, e-commerce, pautados e apresentados sistematicamente com a demonstração dos conceitos relevantes da logística nas organizações, face ao crescente ambiente de competitividade, bem como o processo de adoção do portal eletrônico de compras. 2.1 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS) Segundo Novaes (2007, p. 41) Supply Chain é a integração dos processos industriais e comerciais, partindo do consumidor final e indo até os fornecedores iniciais, gerando produtos, serviços e informações que agreguem valor para o cliente. Para Martins e Alt (2006, p. 377): O gerenciamento da cadeia de suprimentos, ou supply chain management, (SCM), nada mais é do que administrar o sistema de logística integrada da empresa, ou seja, o uso de tecnologias avançadas, entre elas gerenciamento de informações e pesquisa operacional, para planejar e controlar uma complexa rede de fatores visando produzir e distribuir produtos e serviços para satisfazer o cliente. Na visão de Cavanha (2001), SCM (Supply Chain Management) é todo esforço envolvido nos processos e atividades empresariais que criam valor na forma de produtos e serviços para o consumidor final, sendo também uma forma integrada de planejar e controlar o fluxo das mercadorias. Em outras palavras, a expressão Supply Chain (cadeia de abastecimento) engloba todos os esforços empenhados na elaboração e na distribuição de um produto ou serviço, desde o primeiro fornecedor até o consumidor final. Como resultado, as empresas melhoram a eficiência e a qualidade de toda a cadeia de suprimentos, maximizando os lucros com níveis ideais de satisfação do cliente.

17 Cavanha (2001), explica que, este fluxo deve receber atributos de qualidade, tempo, informação e atendimento, suficientes para que mantenha a menor perda de carga possível ao longo de seu trajeto físico, de informação ou financeiro, sem desperdício, agregando valor ao longo do processo, com o mínimo risco de falta e excesso. O Supply Chain Management tem contribuído de forma efetiva para que as empresas interessadas na obtenção de vantagens competitivas criassem uma visão atualizada dos processos administrativos tradicionais, tornando toda a cadeia produtiva de forma estratégica e integrada. 2.1.1 Implementando o Conceito de SCM Segundo Fleury, Wanke e Figueiredo (2008), grandes benefícios pode ser obtidos com a utilização do SCM, mas poucas empresas o tem implementado devido a novidade do conceito que é pouco divulgado entre os profissionais e ainda a dificuldade e complexidade de implementação do conceito. Descreve também que SCM requer mudanças radicais, tanto no nível de procedimentos interno quanto no externo no que diz respeito aos parceiros da cadeia de suprimentos. Os componentes da cadeia de suprimentos devem ser preparados para juntos maximizarem seu desempenho e se adaptar a mudanças externas e em outros componentes, onde é necessária uma grande integração entre fornecedor e cliente. (MARTINS; ALT, 2006) Segundo a perspectiva de Ballou (2006), materiais e informações fluem tanto para baixo quanto para cima na cadeia de suprimentos. O gerenciamento da cadeia de suprimentos integra as atividades logísticas de transportes, distribuição, armazenagem, produção e suprimentos com o objetivo de conquistar uma vantagem competitiva sustentável. Para Fleury, Wanke e Figueiredo (2008), alguns processos são considerados chave para o sucesso de implementação do SCM, como: Relacionamento com o cliente; Serviço ao cliente; Administração da demanda; Atendimento de pedidos;

18 Administração do fluxo de produção; Compras/ suprimentos; Desenvolvimento de novos produtos. Esses processos têm como objetivos principais desenvolver equipes focadas nos clientes estratégicos, fornecer um ponto único de contato entre todos os clientes para atender de forma eficiente suas requisições atualizando dados para equilibrar a oferta com a demanda, atender pedidos sem erro dentro do prazo estipulado gerenciando relações de parceria com fornecedores para garantir respostas rápidas e buscar o mais cedo possível o envolvimento dos fornecedores no desenvolvimento de novos produtos. A Figura 1 apresenta um modelo esquemático do conceito de SCM com base no gerenciamento de processos. Figura 1 - O modelo de Suplly Chain Management Fonte: Fleury, Wanke e Figueiredo (2008, p. 47) Os autores enfatizam ainda que a cadeia de suprimentos necessita de um canal de informação que conecte todos os participantes. A maioria das grandes empresas possui a tecnologia para fazer a integração só que é utilizada de forma incorreta. O ideal seria que quando o consumidor faz a compra, as informações sejam compartilhadas com todos os participantes da cadeia, ou seja, transportadoras, fabricantes, fornecedores de componentes e de matéria prima. Para Novaes (2007), na implementação do SCM são necessários altos investimentos em informática, já que em muitos casos as empresas possuem sistemas

19 autônomos que não conversam entre si e que são utilizados nas atividades rotineiras de operação e de controle. É a tecnologia da informação que possibilitará a integração dos dados e o compartilhamento mais eficiente de informação entre os parceiros da cadeia de valor. Pelo que foi visto anteriormente, fica evidente que a implementação do conceito de SCM exige mudanças significativas tanto nos procedimentos internos quanto nos externos, principalmente no que diz respeito ao relacionamento com clientes e fornecedores. 2.2 LOGÍSTICA O conceito de logística já vinha sendo utilizado desde a década de 40 pelos militares norte-americanos na segunda guerra mundial, conforme Ching (2009). Os generais necessitavam ter uma equipe que deslocasse os suprimentos na hora certa para o campo de batalha seguindo uma determinada estratégia militar, complementa Novaes (2007). Segundo Bowersox e Closs (2001, p. 19), a logística tem como objetivo tornar disponíveis produtos e serviços no local onde serão necessários, no momento em que são desejados. Já Christopher (2008, p. 03) propõe que: Logística é o processo de gerenciamento estratégico da compra, do transporte e da armazenagem de matérias-primas, partes e produtos acabados, além dos fluxos de informação relacionados. Ballou (2006), define a Logística como o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo de mercadorias, serviços e informações desde o ponto de origem até o ponto de consumo com objetivo de satisfazer o cliente. Citando Novaes (2007, p, 31) sobre a Logística: No inicio era confundida com o transporte e armazenagem de produtos. Hoje, é o ponto nevrálgico da cadeia produtiva integrada, atuando em estreita consonância com o moderno Gerenciamento da Cadeia de Suprimento (Supply Chain Management). Na Figura 2 é apresentado um quadro resumido contendo os principais elementos conceituais da Logística.

20 Figura 2 Elementos Básicos da Logística. Fonte: Novaes (2007, p. 36) Atualmente, o tema Logística é um assunto tão importante que as empresas criaram áreas específicas para seu tratamento. Desenvolveu-se através do tempo, e é na atualidade, um aspecto básico na constante luta para que uma organização se torne uma empresa de primeiro mundo. 2.2.1 Logística Uma Função Essencial na Empresa Para Ballou (2007), a logística é um assunto vital, ela estuda como a administração pode melhorar o nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, planejando, organizando e controlando as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. É de inteira responsabilidade dos empresários proverem os serviços logísticos necessários se adaptando às exigências do mercado que muda constantemente, assim a logística representa uma nova visão empresarial.

21 Quando o ambiente competitivo, segundo Ching (2009), exige das organizações uma maior agilidade e uma procura constante por redução de custos, assim como produtividade e qualidade, a logística assume um papel fundamental nas diversas atividades da empresa, que busca atingir seus objetivos. Já Christopher (2008, p. 11) argumenta que, o gerenciamento logístico tem um potencial para ajudar a organização a obter vantagem de custo e de valor. Adiante veremos como trazer essa função essencial para a empresa, como conceber e preparar a organização para tal mudança. 2.2.2 A Concepção Logística na Empresa Para Gomes e Ribeiro (2004), o empresário ao inserir a logística em seus negócios deve ter em mente outras três etapas como: Suprimentos com o objetivo de adquirir materiais na quantidade correta, com qualidade e ao menor custo; Administração de produção que define o quanto produzir, o que e para quem; Distribuição que envolve todo o processo de embalagem, movimentação e transporte. Segundo Ching (2009), com a logística as empresas passam a contar com uma ferramenta precisa, que possa medir o desempenho de um bom planejamento no que se refere à distribuição de suas mercadorias, tanto externa, consumidores e fornecedores, quanto interna, fluxo de materiais e armazenamento físico, permitindo a possibilidade de redução de custos e aumentando a competitividade perante aos concorrentes. Ballou (2007), enfatiza que a concepção logística de agrupar conjuntamente as atividades relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para administrá-los de forma coletiva, é uma evolução natural do pensamento administrativo. As atividades de transporte, estoque e comunicações iniciaram-se antes mesmo da existência de um comércio ativo entre regiões vizinhas. Hoje, as empresas devem realizar essas mesmas atividades como parte essencial de seus negócios, a fim de atender seus clientes com os bens e serviços que eles desejam.

22 2.2.3 Atividades Logísticas Para Ballou (2007, p. 26) o transporte, a manutenção de estoques e o processamento de pedidos são os principais elementos que contribuem na disponibilidade e a condição física de bens e serviços. Ching (2009, p. 25) define tais atividades chaves em: Transportes: refere-se aos métodos de movimentar os produtos aos clientes: via rodoviário, ferroviário, aeroviário, dutoviário e marítimo. Ballou (2007, p.24) complementa ainda que para a maioria das firmas, o transporte é a atividade logística mais importante, simplesmente porque ela absorve, em média, de um a dois terços do custo logístico; Manutenção e gestão de estoques: resumidamente Ching (2009, p. 26) diz que dependendo do setor em que a empresa atua e da sazonalidade temporal, é necessário um nível mínimo de estoque que aja como amortecedor entre oferta e demanda. De uma forma mais abrangente Ballou (2007, p. 25) salienta que: enquanto o transporte adiciona valor de lugar ao produto, o estoque agrega valor de tempo ; Processamento de pedidos: sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. É através da administração adequada dessas atividades que a logística empresarial vai atender ao objetivo de proporcionar ao cliente produtos e serviços que satisfaçam suas necessidades. 2.3 COMPRAS Para Viana (2009, p. 26) a atividade de compras tem por finalidade suprir as necessidades da empresa mediante a aquisição de materiais e serviços emanados das solicitações dos usuários, objetivando identificar no mercado as melhores condições comerciais e técnicas. Já para Dias (1993), a função de compras tem por finalidade suprir as necessidades de materiais no momento certo e na quantidade correta, complementa ainda que compras é uma função indispensável na área de matérias entre as demais que compõem o processo de suprimentos.

23 Compras envolve a aquisição de matérias-primas, componentes e suprimentos para o conjunto da organização, (BALLOU, 2006). O autor salienta ainda algumas atividades associadas a compras: Selecionar e qualificar fornecedores; Avaliar desempenho de fornecedores; Negociar contratos; Comprar matérias e insumos com menores preços, obedecendo a padrões de qualidade e quantidade; Pesquisar bens e serviços; Programar as compras; Procurar estabelecer uma negociação justa e honesta. Prever mudanças de preços, serviços e, às vezes, da demanda. 2.3.1 A Função Compras Dias (1993, p. 259) relata que a função compras é um segmento essencial do Departamento de Materiais ou Suprimentos. Acrescenta ainda que um dos parâmetros importante para o bom funcionamento de compras e para alcançar os objetivos é a previsão das necessidades de suprimentos. Martins e Alt (2006, p.82) ainda comentam que: Esses objetivos devem estar alinhados aos objetivos estratégicos da empresa como um todo, visando o melhor atendimento ao cliente externo e interno. Essa preocupação tem tornado a função compras extremamente dinâmica, utilizando-se de tecnologias cada vez mais sofisticadas e atuais como o EDI, a Internet, cartões de crédito e leilões. A evolução da função compras nas organizações mostra que é fundamental a atenção a ser dada a este setor. Atualmente as empresas se preocupam muito com o processo de compras, pois este sendo executado com sucesso pode ser motivo de redução de custos para a empresa. Neste sentido cabe aos responsáveis por tal processo estarem atentos a preço, prazo, volume e qualidade para se beneficiarem da execução eficaz deste processo (DIAS, 1993).

24 Martins e Alt (2006, p. 82) afirmam que hoje a função compras é vista como parte do processo de logística das empresas, ou seja, como parte integrante da cadeia de suprimentos (supply chain). Muitas empresas passaram a usar a denominação gerenciamento da cadeia de suprimentos ou simplesmente gerenciamento de suprimentos. 2.4. TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA LOGÍSTICA Pode-se conceituar tecnologia de informação (TI), segundo Moura et al (2003), como recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação. Para Gomes e Ribeiro (2004, p. 155) a TI é o elo entre todas as atividades e permitem, com as gerencias e equipes, uma interação entre as atividades logísticas. Segundo Fleury, Wanke e Figueiredo (2008, p. 285): O avanço da Tecnologia da Informação nos últimos anos vem permitindo as empresas executar operações que antes eram inimagináveis. Atualmente existem várias empresas que utilizam a TI para obter reduções de custos e vantagens competitivas. Conforme sugere Bowersox e Closs (2001), para as empresas manterem-se competitivas, o papel da infraestrutura de informação deve ser ampliado. Assim, deverão incluir o planejamento, o controle gerencial, a análise de decisão e da integração com a tecnologia da informação visando rapidez e minimizar custos. Um dos fatores mais relevantes ao desenvolvimento dos processos administrativos é a aplicação de tecnologia de informação, proporcionando um grande aumento de eficiência. Tais sistemas abrangem todas as ferramentas que a tecnologia disponibiliza para o controle e gerenciamento do fluxo de informação de uma organização (BALLOU, 2007). Fleury, Wanke e Figueiredo (2008), descrevem que o fluxo de informações tem grande importância nas operações logísticas, pois o gerenciamento eletrônico e a transferência de informações proporcionam uma oportunidade de reduzir custos permitindo o aperfeiçoamento do serviço baseando-se principalmente na melhoria da oferta de informações ao cliente. A tecnologia de informação quando utilizada de maneira adequada, torna-se um diferencial muito importante para as empresas que buscam excelência no atendimento