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Transcrição:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 794.454 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :UNIMED PORTO ALEGRE - SOCIEDADE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA ADV.(A/S) : CARLOS SPINDLER DOS SANTOS E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :SHEILA WAGNER STERNBERG ADV.(A/S) : MAURÍCIO ESPÍNDOLA CARMONA E OUTRO(A/S) DECISÃO AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSUMIDOR PLANO DE SAÚDE. COBERTURA. NEGATIVA DE TRATAMENTO: AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão de inadmissão de recurso extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado da 3ª Turma Recursal do Rio Grande do Sul: RECURSO INOMINADO. PLANO DE SAÚDE. INDEVIDA NEGATIVA DE COBERTURA PARA REALIZAÇÃO DE EXAME PET-SCAN ONCOLÓGICO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. Afasta-se a alegação de incompetência do juizado especial cível, pois não há necessidade de realização de prova pericial. A ré afirmou reiteradamente nos autos que seu corpo clínico realizou auditoria médica quando da solicitação do exame ora litigado, mas nada juntou aos autos que evidenciasse, efetivamente, que tal auditoria fora realizada e concluíra que, no caso concreto, deveria ser negado à autora o pedido de cobertura do exame indicado pela sua

médica oncologista. Se nada foi juntado, e era prova de fácil realização, a perícia alegada se mostra somente como meio de protelar o julgamento. As exceções de cobertura são aquelas expressamente previstas na lei ou no contrato. O Anexo I da Resolução nº 262 da ANS, que institui o rol de procedimentos, serve tão só como referência para a cobertura mínima obrigatória, instituída em favor do consumidor e que, portanto, não pode ser interpretada em seu prejuízo. Sentença mantida pelos próprios fundamentos (grifos nossos). Os embargos de declaração opostos pela Agravante foram rejeitados. 2. A Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, incs. XXXVI, LIV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República. Argumenta que O acórdão ora atacado merece ser reformado, em razão da inobservância de que não houve injusta negativa de cobertura. E, independentemente disso, desconsiderou-se que a parte recorrida teria de cumprir com cláusulas contratuais expressas no contrato, da qual é beneficiária, em relação aos casos de cobertura para exames TC para PET dedicado oncológico (Tomografa por emissão de pósitrons associada com Tomografia Computadorizada) e PET dedicado oncológico. Acontece que, uma vez celebrado o contrato e tornando-se perfeito o ato jurídico praticado, descabe ao Poder Legislativo, por meio de lei superveniente, ou ao Poder Judiciário, por meio de decisão judicial, alterar o conteúdo de suas disposições. Atitude contrária implica flagrante ofensa à garantia prevista no artigo 6, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro que encontra guarida também no artigo 5º, XXXVI, da Carta Constitucional. 3. Na decisão agravada se adotou como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa 2

constitucional direta. Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso. Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário. 5. Razão de direito não assiste à Agravante. 6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional (RE 140.370, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269). 7. No julgamento do Agravo em Recurso Extraordinário n. 697.312- RG, Relator o Ministro Ayres Britto, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão referente à negativa de cobertura para tratamento por plano de saúde e assentou a natureza infraconstitucional dessa matéria e a incidência das Súmulas ns. 3

279, 454 e 636 do Supremo Tribunal: DIREITO DO CONSUMIDOR. EMPRESA OPERADORA DE PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA PARA TRATAMENTO DE BENEFICIÁRIO. DANOS MORAIS E MATERIAIS. MATÉRIA DE QUE NÃO ENSEJA A ABERTURA DA VIA EXTRAORDINÁRIA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o tema alusivo à responsabilidade por danos morais e materiais decorrentes de negativa de cobertura para tratamento de beneficiário, por parte de operadora de plano de saúde, não enseja a abertura da via extraordinária, dado que não prescinde do reexame da legislação infraconstitucional, de cláusulas contratuais e do conjunto fáticoprobatório dos autos (Súmulas 636, 454 e 279 do STF). Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta Suprema Corte, falta ao caso elemento de configuração da própria repercussão geral, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608 (DJe 23.11.2012, grifos nossos). Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos, que suscitarem a mesma questão constitucional, devem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o art. 327, 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e arts. 21, 1º, e 327, 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 14 de fevereiro de 2014. Ministra CÁRMEN LÚCIA 4

Relatora 5