TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR

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1 TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº AGRAVANTE: LARYSSA FERREIRA GOMES REP/P/S/MÃE LIDIJANE SOARES FERREIRA AGRAVADO: UNIÃO HOSPITALAR OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE LTDA. RELATORA: DESEMBARGADORA LEILA ALBUQUERQUE SESSÃO DE JULGAMENTO: 06 DE NOVEMBRO DE 2014 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE. Decisão monocrática da Relatora reformou parcialmente a sentença para reduzir o quantum indenizatório por danos morais decorrentes da falha dos serviços médicos prestados pela Ré à Autora. RECURSO DE AGRAVO INTERNO. (artigo 557 1º, Código de Processo Civil). A Autora recorre alegando não ser hipótese de julgamento monocrático, insurgindo-se quanto à redução da verba reparatória fixada pelo Juízo. Matéria mais do que corriqueira em nossos Tribunais a autorizar a aplicação do disposto no artigo 557 do Código de Processo Civil. Agravante que não traz qualquer fundamento novo a justificar a reforma da decisão, que reduziu o quantum debeatur em consonância com os parâmetros atuais deste Tribunal. RECURSO DESPROVIDO.

2 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Interno na Apelação Cível n em que é Agravante LARYSSA FERREIRA GOMES REP/P/S/MÃE LIDIJANE SOARES FERREIRA e Agravada UNIÃO HOSPITALAR OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE LTDA. ; ACORDAM os Desembargadores que compõem a Vigésima Quinta Câmara Cível/Consumidor do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Trata-se de recurso de Agravo Interno interposto da decisão monocrática de fls. 236/240, que reformou parcialmente a sentença para reduzir o quantum indenizatório decorrentes da falha dos serviços médicos prestados à Autora. A fls. 248/253, a Autora alega não ser hipótese de julgamento monocrático e, no mérito, insurge-se quanto à redução da verba reparatória. É o relatório. É a seguinte a decisão agravada: A Autora ajuizou esta Ação em face da operadora de plano de saúde alegando que não obteve atendimento médico pediátrico em situação de emergência, com o que pretendeu o recebimento de indenização por dano moral. E o Juízo a quo sentenciou: 2

3 A Ré recorre afirmando: contrário: No entanto, depoimento de ex-empregada é no sentido 3

4 Mas merece reparo a sentença no tocante ao montante indenizatório, fixado de forma elevada para os fatos e danos presentes no caso em tela e em desacordo com a jurisprudência deste Tribunal de Justiça em hipóteses similares: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. RELAÇÃO DE CONSUMO. NEGATIVA DE COBERTURA PELO PLANO DE SAÚDE DE DESPESAS RELATIVAS A EXAME DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E CIRURGIA NECESSÁRIOS EM DECORRÊNCIA DE ACIDENTE. FRATURA NO COTOVELO. PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA. RECUSA DO PLANO DE SAÚDE SOB ALEGAÇÃO DE PENDÊNCIA DE PRAZO DE CARÊNCIA. CONDUTA ABUSIVA DA RÉ. ALEGAÇÃO DA DEMANDADA DE AUSÊNCIA DE NEGATIVA DE COBERTURA. COMPROVAÇÃO DO CUSTEIO DO EXAME PELA CONSUMIDORA. SENTENÇA QUE JULGOU PROCEDENTES OS PEDIDOS, CONDENANDO A RÉ AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS NO VALOR 4

5 DE R$ 5.000,00 (CINCO MIL REAIS). APELAÇÃO DA RÉ PELA REFORMA TOTAL DO JULGADO. PREVALÊNCIA DA PROTEÇÃO À SAÚDE E AO CONSUMIDOR. VERBETES 75 E 209 DA SÚMULA DO TJERJ. ENUNCIADO JURÍDICO N.º 116, DO AVISO N.º 55/2012, DO TJRJ. DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL QUE EXTRAPOLA A ESFERA DO MERO ABORRECIMENTO, ATINGINDO A DIGNIDADE HUMANA. VERBA INDENIZATÓRIA QUE SE AFIGURA DENTRO DOS CRITÉRIOS DE RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO APELO DA RÉ NA FORMA DO ART. 557 DO CPC. (Apelação Cível nº Desembargador Peterson Barroso Simão - Julgamento: 15/01/ Vigésima Quarta Câmara Cível Consumidor) Ante o exposto, com base no artigo 557, 1º-A, do Código de Processo Civil, dá-se parcial provimento ao recurso para fixar o quantum debeatur em R$ 5.000,00, mantidos os demais termos da sentença. Para obter a reforma alega a Autora não ser hipótese de julgamento monocrático e que: Em que pese a alegação da Agravante, verifica-se ser perfeitamente possível a aplicação do disposto no artigo 557, caput, do Código de Processo Civil ao caso em tela, como se vê do seguinte comentário de Theotônio Negrão: Um recurso pode ser manifestamente improcedente ou inadmissível mesmo sem estar em confronto com súmula ou jurisprudência 5

6 dominante. Na verdade, tem-se aí três hipóteses distintas para o relator apreciar o pleito recursal monocraticamente. Pode ser caracterizado como manifestamente improcedente o recurso em que a parte inconformada evidentemente não tem razão acerca de teses que são de fácil compreensão jurídica e que não envolvem maior complexidade argumentativa (STJ-2ª T., REsp , Min. Mauro Campbell, j , DJ ). As demais questões por ela suscitadas também foram levadas em consideração na fixação do quantum indenizatório, reduzido ao que vem sendo aplicado atualmente em nosso Tribunal considerando as circunstância do caso concreto. Logo, nega-se provimento ao recurso. Rio de Janeiro, 06 de novembro de Desembargadora Leila Albuquerque Relatora 6