PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO: UM ESTUDO DE CASO NO SETOR DE ARTIGOS ESPORTIVOS DE UMA INDÚSTRIA MANUFATUREIRA



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Transcrição:

PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO: UM ESTUDO DE CASO NO SETOR DE ARTIGOS ESPORTIVOS DE UMA INDÚSTRIA MANUFATUREIRA Renata Almendra Lopes (UFPB) renatalmendra@yahoo.com.br Jeane de Fátima Gomes de Lima (UFPB) jeanegl@yahoo.com.br Neste estudo procurou-se demonstrar sucintamente o processo de Planejamento, programação e controle da produção de uma organização manufatureira tomando como base estudos disponíveis na área. Para isso, foi realizado um estudo de caso de naatureza exploratória-descritiva, no qual desenvolveu-se uma pesquisa de campo, utilizando questionários, entrevistas e observação para a obtenção das informações. Os dados foram coletados junto aos funcionários e gerente do PCP da seção de artigos esportivos de uma indústria de manufatura localizada no estado da Paraíba. Nesse sentido, constatou-se que o PCP não se responsabiliza diretamente por todas as atividades envolvidas no processo de planejamento e controle da produção. Contudo, observa-se que o efetivo acompanhamento por parte do PCP de todas as decisões e processos que afetam a produção, pode estabelecer o perfeito funcionamento do sistema produtivo. Palavras-chaves: PCP, programação, gestão da produção

1. Introdução Durante muito tempo a prioridade dada à função produção era essencialmente a busca incessante pela redução dos custos e o aumento da eficiência. Contudo, as recentes mudanças econômicas, políticas e sociais, recaídas sobre os sistemas de produção, têm levado as organizações a repensar sua forma de organização de trabalho. A redução de custos, entretanto, passa a ser acompanhada por objetivos de desempenho antes deixado em segundo plano, nos quais cita-se a qualidade, rapidez, confiabilidade e flexibilidade. O planejamento e controle da produção (PCP), no entanto, está presente para responder, de forma mais rápida e precisa a essas mudanças, tanto internas como externas à organização, da mesma forma em que melhora o controle dos recursos envolvidos na produção e nos objetivos de desempenho organizacionais (qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade, custo). Assim sendo, a abordagem do planejamento e controle de produção é focada na otimização dos controles de fluxos de informações, materiais e pessoas. Destaca-se também a programação da produção como requisito essencial para que o processo de planejamento e controle de bens e serviços seja realizado conforme o previsto. Portanto, este processo envolve o planejamento, programação e controle da produção (PPCP). A complexidade dessas atividades resultou no desenvolvimento de ferramentas eficazes à gestão da produção. Entre as mais difundidas encontramos, o MRP ou ERP, JIT, Kanban, entre outros. Sabe-se que esses sistemas, quando bem aplicados, ampliam a capacidade operacional e conseqüentemente a produtividade organizacional. Deste modo, este estudo procura descrever a função de PPCP utilizado em uma indústria manufatureira de grande porte localizada no estado da Paraíba, destacando o planejamento, controle e programação de suas atividades. Antes de se levantar sucintamente os dados obtidos com a pesquisa, será apresentado o levantamento teórico sobre a teoria do planejamento, programação e controle da produção. 2. Levantamento teórico A grande importância da aplicação do estudo do planejamento e controle da produção pode ser observada em todos os sistemas produtivos (e.g. produção de bens ou serviços em instituições públicas e privadas com ou sem fins lucrativos). Antes de desenvolver aspectos relevantes sobre esse tema faz-se necessária sua conceitualização. O Planejamento e Controle consiste em uma "função de apoio de coordenação das várias atividades de acordo com os planos de produção, de modo que os programas preestabelecidos possam ser atendidos nos prazos e quantidades" (RUSSOMANO, 2000, p.49). Bonney (2000) acrescenta que a função de PPC e seus sistemas integrados direcionam o planejamento e controle de forma que a empresa possa detectar efetivamente as exigências do seu processo produtivo. Sendo assim, pode-se constatar que cabe a esta função assegurar o cumprimento dos objetivos de desempenho organizacionais a partir da aplicação eficiente dos recursos de produção. O estudo do PCP pode ser considerado a partir da visão de diversos autores. Neste artigo serão utilizados os parâmetros definidos por Slack, Chambers e Johnston (2002) para definir suas funções. Tal autor compreende esse tema a partir da natureza de planejamento e controle, planejamento e controle da capacidade, planejamento e controle de estoque, planejamento e controle da cadeia de suprimentos, MRP, Just in time, planejamento e controle de projetos e 2

planejamento e controle da qualidade. Todos esses aspectos serão relatados no decorrer do estudo, descrevendo as particularidades de cada um. A princípio, deve ficar claro que a função do planejamento e controle é conciliar o fornecimento de produtos e serviços com a demanda. Assim, caberá ao PCP definir as quantidades de produtos a serem produzidos, manter o controle sobre os estoques, emitir ordens de produção programadas, movimentá-las e, finalmente, fazer seu acompanhamento na quantidade, tempo e qualidade exigida. Uma boa implementação do PCP requer o reconhecimento das características dos produtos e serviços a serem executados, tais como, a natureza da demanda e suprimento. As diferenças encontradas em cada uma delas fazem com que os responsáveis pelo PCP alterem a forma que devem planejar e controlar suas atividades. Isto ocorre porque quanto mais incerta for a demanda, seja ela dependente ou independente, mais difícil será a definição do planejamento e mais rigoroso deverá ser o seu controle. De forma geral a atividade executada pelo PCP envolve o carregamento, a programação, o monitoramento e o controle. A primeira delas, ou seja, o carregamento, consiste na definição do volume a ser produzido em cada centro de trabalho mediante disponibilidade de equipamentos, tempo e pessoal. Concluída essa etapa verifica-se, por meio do seqüênciamento, a ordem em que estas tarefas serão executadas. A escolha desta seqüência dar-se-á através das restrições físicas, do cumprimento de data prometida, do fifo (first in first) ou lifo (last in first out), dentre outros. A adoção de uma dessas formas de seqüênciamento dependerá da atividade desempenhada pela organização, neste caso, com ênfase dada nas empresas de manufatura e dos objetivos de desempenho que estas desejam atingir. O planejamento e controle da capacidade objetiva assegurar a compatibilidade entre a capacidade disponível em centros de trabalho específicos e a capacidade necessária para atender a produção planejada (FAVARETTO, 2001, p.39). Assim, entende-se que identificada a capacidade para atender à demanda futura no momento do planejamento, deverá ser tomada a decisão sobre a adoção de políticas alternativas de suprimento da demanda, caso se faça necessário. Entre as políticas alternativas de suprimento da demanda encontra-se: manutenção da capacidade; acompanhamento da demanda através do ajuste na capacidade e mudança na demanda existente, de modo a manter a capacidade instalada (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002). Quando do ajuste na capacidade instalada, o tomador de decisão precisa estar ciente entre a menor ou maior capacidade que precisa ser alcançada. Esta capacidade será identificada a partir de avaliações de acordo com a demanda futura, sazonalidades ou até mesmo flutuações previstas de ciclos mais curtos, como diários ou semanais. Nestas circunstâncias o uso da capacidade ociosa, a implantação de novas tecnologias, a adoção de técnicas efetivas de programação e controle, contratação de pessoal ou até mesmo a reorganização do arranjo físico são muitas vezes implantados objetivando o aumento da capacidade (MOREIRA, 1996). Outra forma de planejamento e controle é realizada através dos estoques. Viana (2002) define estoques com o conjunto de materiais acumulados para uso posterior, de modo que o atendimento a demanda seja realizado regularmente sem prejuízo as atividades organizacionais ou ao consumidor. Desta forma, é aceitável afirmar que a geração de 3

estoques, sejam eles materiais, informação ou pessoas (consumidores), está relacionado à impossibilidade de previsão exata da demanda. Na maioria dos casos o custo decorrido da permanência de estoques pode ser tão relevante como o custo envolvido em sua falta, por esta razão, faz-se necessário um efetivo processo de gestão. Para Bremer e Lenza (2000) o gerenciamento de materiais estabelece uma política de estoque para os itens envolvidos no processo de produção, além de mensurar a necessidade líquida desses itens em certo momento. A fim de minimizar os custos da manutenção dos materiais no almoxarifado faz-se necessário a análise criteriosa de quanto pedir, a data em que o pedido deverá ser realizado e a forma com que esses estoques serão controlados. Observa-se também durante a elaboração das políticas de estoque, a gestão da cadeia de suprimentos. Ela consiste na coordenação dos fluxos de materiais e informações entre fornecedores dos fornecedores e os clientes dos clientes. Quando essas unidades de produção estão ligadas com a finalidade de suprir a necessidade de bens e serviços de seus clientes finais, fala-se em rede de suprimentos. Por se tratar de uma rede, esta forma de gestão faz com que pequenas alterações na demanda final do produto e/ou serviço seja conseqüentemente corrigida nas etapas e cadeias anteriores. O planejamento e controle da cadeia de suprimentos considera aspectos importantes ao processo de produção. Assim, compras, distribuição física e gestão de materiais são estruturadas de forma que a cadeia de suprimentos por completo - desde fornecedor da matéria-prima bruta até o consumidor final - seja eficiente. A gestão na cadeia de suprimentos, também conhecida como Supply Chain Management, pode ser definida como um processo integrado através do qual as matérias-primas empregadas no processo produtivo são convertidas em produtos finais para em seguida ser entregue aos clientes, seja através da distribuição, venda a varejo ou ambos (BEAMON, 1999, p.2). Uma boa gestão nesta cadeia requer que as informações sejam compartilhadas entre as redes e que os processos decisórios sejam similares, a fim de evitar desalinhamentos entre processos e sistemas de planejamento e eliminar possíveis pontos de ineficiência. Outra forma de planejamento e controle difundido nos manuais é o MRP (material requirement planning). Ele consiste em um planejamento das necessidades de material surgido com a necessidade de se planejar o atendimento da demanda dependente tanto na produção de bens tangíveis como serviços. Conforme Cavalcanti e Moraes (1998, p.5) tal sistema é empregado para planejar a capacidade produtiva, isto é, para calcular os recursos humanos e fabris necessários à manufatura das partes componentes ao produto final. Atualmente, este sistema vem sendo freqüentemente substituído pelo MRP II (manufacturing resources planning) ou ERP (enterprise resource planning). Segundo Laurindo e Mesquita (2000, p.335) os ERP caminharam na direção de tornarem-se cada vez mais sistemas integrados de gestão empresarial (um produto focado em TI), afastando-se da proposta inicial dos MRP. Por meio dessa ferramenta se verificava a disponibilidade de material em estoque acompanhados da respectiva lista dos faltosos, considerando nesse caso todos os componentes dos produtos envolvidos na produção. Com seu aperfeiçoamento passou-se a considerar as instalações disponíveis, a mão de obra, os espaço disponível para estocagem, equipamentos, insumos antes não processados, dentre outros. A aplicação desses sistemas (MRP, MRP II, ERP) torna-se conveniente a medida em que se 4

torna um instrumento de planejamento, auxilia na tomada de decisão através da projeção de demandas, fornece conhecimento detalhado sobre o custo embutido em cada produto e ainda reduz a influência dos sistemas informais, ou seja, conhecimentos importantes armazenados em indivíduos específicos (MARTINS; LAUGENI, 1999). Como foi observado, esses sistemas apresentam aspectos relativos às formas de planejamento citadas anteriormente. Contudo, a preferência para sua aplicação são as fábricas que tenham como estrutura produtos; principalmente aquelas cuja demanda são dependentes para emissão de ordem (RUSSOMANO, 2000). A técnica japonesa do Just-in-time (JIT), por sua vez, foi desenvolvida para combater todas as atividades que consomem recursos e que não agregam valor ao produto ou serviço. Em outras palavras, destaca-se que tal sistema visa administrar a manufatura de forma simples e eficiente, otimizando o uso dos recursos de capital, equipamento e mão-de-obra (ALVES, 2006, p.3). Por esta razão, a ênfase dada a esta técnica como apoio à função de planejamento e controle. Atualmente, o JIT é considerado uma filosofia gerencial que além de eliminar desperdícios, distribui e coloca o componente certo, no lugar certo e na hora certa, propiciando desta forma, estoques pequenos, custos mais baixos e melhor qualidade do que os sistemas convencionais de qualidade. Segundo Slack, Chambers e Johnston (2002), o Just-in-time requer alta performance em todos os objetivos de desempenho da produção. Para isso, faz-se necessário a ocorrência de um alto grau de qualidade, a fim de evitar distúrbios produtivos e propiciar a rapidez no fluxo de matérias, a confiabilidade de equipamentos e processos, bem como a flexibilidade no processo produtivo, resultando deste modo na redução de custos. Alves (2006) defende a existência de três idéias básicas que fundamenta o desenvolvimento do JIT. A primeira delas consiste na integração e otimização do processo de manufatura desde a concepção a elaboração do projeto de um novo produto. A segunda delas se refere ao processo de melhoria contínua, também conhecido como Kaizen. E finalmente, encontra-se a capacidade da organização em entender e responder às necessidades dos seus clientes, seja por meio dos padrões de qualidade dos produtos, dos prazos destinados a entrega, assim como o custo total do produto para o cliente. O JIT é composto de várias ferramentas, técnicas e elementos, entre elas, Programa Mestre (Master Plan), Kanban, tempos de preparação (Setuptime), layout apropriado, alta qualidade e fornecedores integrados com o seu processo produtivo. Sua implantação, no entanto, não está limitada às fronteiras organizacionais, haja vista que as diretrizes para alcançá-lo envolve todos os seus membros, fornecedores, clientes e processos de produção. Além das atividades anteriormente citadas pelo PCP, encontra-se também o planejamento e controle de projetos. O projeto é considerado "um empreendimento não repetitivo, (...) com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade" (VARGAS, 2002, p.8). De forma geral, os projetos se caracterizam por uma alta complexidade e incertezas. Com intuito de evitar que essas características ajam negativamente no que foi planejado, torna-se necessário: o entendimento do ambiente externo e interno em que se dará o projeto; o estabelecimento de objetivos, escopo e estratégias; planejamento; definição de aspectos técnicos e finalmente o seu controle. Muita atividades citadas anteriormente como funções de 5

planejamento e controle também serão utilizadas na elaboração e execução de um projeto de produção. Quanto mais complexa for uma atividade, maior deverá ser o tempo despendido na fase de planejamento. Normalmente, o planejamento de um projeto identifica as atividades que serão executadas, realiza a programação em termos de tempo e recursos, verifica a forma como estas se relacionam segundo o grau de dependência e observa as limitações de programação, para que finalmente se faça a preparação do programa. Menezes (2003) descreve as atividades de programação de um projeto de forma cíclica, contendo as seguintes etapas: rede de atividades; cálculo das datas do projeto; identificação das atividades do caminho crítico; montagem do gráfico de Gantt; histograma e nivelamento de recursos. Cleland e Ireland (2002) corroboram com essa linha de pensamento citando as seguintes técnicas de planejamento de um projeto: gráfico de barras, técnicas de redes (e.g. PERT, CPM); técnicas de softwares; planejamento do ciclo de vida do projeto. Além de adequadas na fase de planejar estas ferramentas auxiliam no seu controle, uma vez que possibilita a comparação entre o desempenho da organização com seu respectivo projeto de produção de forma que, eventuais mudanças sejam realizadas. Um conceito que não deve ser negligenciado durante a elaboração de um projeto e após sua implantação é a qualidade. Esta função existe para garantir que produtos e serviços estejam de acordo com o que é aceitável e esperado pelos consumidores. Tal afirmativa baseia-se nos princípios de Deming ao defini-la como um aspecto prioritário à satisfação das necessidades dos clientes (CARVALHO; PALADINI, 2005). Alguns autores como Martins e Laugeni (1999) a compreendem não apenas como a qualidade percebida pelo usuário, mas também, a partir da confiabilidade, conformidade, durabilidade, assistência técnica, estética e das demais características complementares dos produtos oferecidos. Durante esta etapa de planejamento e controle determina-se como as características de qualidade são definidas e medidas, estabelecendo, deste modo os padrões aceitáveis de qualidade exigidos. Há também controles para a verificação se os padrões estabelecidos estão sendo alcançados, pois a descoberta de possíveis falhas induz a implantação de melhorias. Um bom gerenciamento da qualidade, neste sentido, depende do envolvimento do pessoal e dos instrumentos adotados capazes de verificar se a produção está conforme os padrões préestabelecidos. Anderson (2003) apresenta o controle estatístico de processos (CEP) e suas cartas de controle, bem como a técnica de amostragem de aprovação como ferramentas auxiliares no controle da produção. No entanto, outros métodos, tais quais, ciclo PDCA, Check list, histograma, diagrama de Pareto e diagrama de Ishikawa são rotineiramente encontrados nos demais estudos sobre o tema. Barreto e Lopes (2006) acrescentam que o melhor gerenciamento da qualidade requer a divisão e subdividivisão do processo, uma vez que processos subdivididos facilitam a localização do problema bem como, a decisão sobre a melhor forma de solucioná-lo. Assim, é possível compreender que um bom planejamento e controle da produção nos termos de capacidade, estoque, cadeia de suprimentos e projetos podem levar a organização a atingir mais consistentemente um alto nível de qualidade nos produtos oferecidos. 3. Metodologia Considerado o objetivo maior da pesquisa como o estudo do processo de planejamento, programação e controle da produção, realizou-se uma pesquisa de natureza exploratória- 6

descritiva de abordagem qualitativa. Exploratório porque seu objetivo, não consistiu em uma exploração exaustiva de um fato, mas pelo contrário, proporcionou uma visão geral sobre o tema. O caráter descritivo do estudo, por sua vez, está presente à medida que se buscou o conhecimento sobre uma realidade específica a partir da descrição das características de seu processo dentro da população pesquisada, sem que houvesse, desse modo, interferências para modificá-las (GIL, 1991; RUDIO, 1999). Os dados da pesquisa foram obtidos a partir de observação, questionários e entrevistas realizadas com os funcionários e gerente do PCP da empresa objeto de estudo. Os questionários distribuídos constavam de questões abertas, elaboradas com base na referência teórica sobre o tema. Para esse estudo optou-se pela aceitação de missing, contudo, a quantidade encontrada nos instrumentos de coletas de dados não foi significativa, não inviabilizando assim, os resultados. A análise e tratamento dos dados foi apoiada qualitativamente e apresentados através de linguagem discurssiva. Quanto ao tratamento, aplicou-se o método de análise de conteúdo. Neste sentido, foi realizada leitura comparativa das citações dos sujeitos de pesquisa, bem como, sua ordenação, classificação e categorização. Os resultados obtidos com os questionários e entrevistas foram avaliados paralelamente às anotações realizadas durante a fase de observação. A pesquisa de campo realizada compreendeu o total de empregados do setor de artigos esportivos de uma indústria manufatureira de grande porte localizada no estado da Paraíba, sendo assim uma pesquisa obtida a partir de um censo. A pesquisa limitou-se ao setor de PCP que, na referida empresa é composto por 10 (dez) empregados. O presente artigo também fez uso da pesquisa bibliográfica como suporte à pesquisa de campo, uma vez que foi dada ênfase aos registros já publicados, como por exemplo, livros, artigos científicos, teses e dissertações. 4. Análise dos dados A indústria de manufatura pesquisada trabalha com o PPCP, ou seja, planejamento programação e controle da produção, embora a nomenclatura ultilizada pelo grupo mantenhase em PCP. Cabe a este setor a elaboração do planejamento mestre da produção, planejamento e controle de acordo com capacidade instalada, planejamento e controle de estoques, emissão de ordens de fabricação, bem como a elaboração da programação e fazer rodar o MRP. A figura abaixo foi adaptada a partir do modelo proposto por Russomano (2000) e representa a configuração da função PCP na citada organização. 7

Figura 1 Representação básica do PCP dentro do processo de produção Como foi observado durante a pesquisa, o PCP é um setor independente que recebe informações provenientes do setor de vendas, Engenharia do produto e Engenharia industrial. Inicialmente, o PCP recebe informações do setor de vendas sobre o volume de produtos necessários para atender à demanda com uma antecedência de 2 (dois) meses. Caberá também a este setor receber as informações vindas da Engenharia Industrial e Engenharia do produto, visto que ambas trabalham em parceria no desenvolvimento de novos produtos. Neste grupo encontram-se os responsáveis pela elaboração de projetos bem como, a função de staff exercida pelo controle de qualidade. A partir dessas informações é elaborado o planejamento mestre de produção, a fim de alocar a quantidade diária produzida para que a demanda seja atendida no prazo estabelecido, considerando o volume e a capacidade instalada do sistema produtivo. Assim, o programa mestre de produção será "a base para que se possa elaborar a programação detalhada das necessidades de materiais e de capacidade e as ordens diárias de produção" (CAVALCANTI; MORAES, 1998, p.4). O percurso de uma ordem de produção se inicia no PCP e termina quando o produto acabado (PA) ao dar entrada no armazém de produtos acabados. Após ser emitida pelo PCP a ordem de fabricação (OF) é enviada ao almoxarifado ou Gerência de materiais, como tambem é conhecida. Este setor fica responsável pela compra, armazenamento e didtribuição das matérias-primas às seções de trabalho mediante o recebimento de uma ordem de fabricação. Recebida a OF, o Almoxarifado faz a explosão do produto em suas matérias-primas e componentes utilizando o MRP. Relatórios são processados para verificar a necessidade de matéria-prima, fazendo com que sejam compradas somente o que é necessário ao processo produtivo. De posse da matéria-prima em almoxarifado, o PCP emite as ordens para cada seção de trabalho autorizando assim, o início da produção. As seções de trabalho - corte, costura e montagem - são programadas para que possam receber as respectivas ordens. Nesse sentido, Russomano (2000, p.222) reforça que essas ordens "determinam e autorizam a produção de uma quantidade de peças dentro de determinado prazo". Por outro lado, identificada a necessidade de compra de matéria-prima, pela indisponibilidade no almoxarifado ou não conformidade dos materiais, o PCP emite uma solicitação de compra (SC), a partir da qual o almoxarifado ficará responsável pela sua aquisisão, recebimento, envio para inspeção no controle de qualidade e finalmente, o armazenamento ou devolução das peças compradas. Após ser recebida dos fornecedores as matérias-primas são encaminhadas ao controle de qualidade onde serão analisadas. Verificada a conformidade, os materiais recebidos são encaminhados para o almoxarifado para posteriormente, serem utilizados ou armazenados. Uma vez disponível, as matérias-primas são imediatamete encaminhadas à seção de corte e costura - que constituem a primeira sessão de trabalho da presente indústria - juntamente com a OF emitida pelo PCP. Observou-se a presença de um estoque de produtos semi-acabado entre as seções de trabalho. Esses estoques, chamados como supermercados, garantem o abastecimento de toda a cadeia produtiva, uma vez que abastecem o processo subseqüente, com os itens necessários, e que armazenam a produção do processo precedente (ANDRADE, 2002, p.30-31). O estoque de cabedais, uma das partes que formam calçados, por exemplo, são armazenadas neste supermercado para produtos semi-acabados, uma vez que sua montagem dar-se-á em dia posterior à expedição da primeira OF. 8

Diante da expedição de uma ordem de montagem (OM) os produtos semi-acabados vindo da sessão de corte e costura ou do estoque de produtos semi-acabados seguem para a seção de montagem. Com o término dos processos desenvolvidos na seção de montagem, os produtos acabados são disponibilizados em um armazém preparado para recebê-los. Posteriormente, esses produtos são enviados à seção de expedição onde, finalmente, são distribuídos para a cadeia lojista, alcançando, assim o consumidor final. A função de PCP da citada organização, entretanto, dedica-se ao controle sobre os materiais em processo. Com este fim, utiliza os programas Baan e PsCom, os sistemas de apontamento, código de barras, ordens de fabricação e montagem, assim como, planilhas de programação. Esses instrumentos de apoio são periodicamente atualizados pelo programador de tal forma que o sistema produtivo possa ser diariamente controlado. Conforme demonstrado anteriormente, as atividades que foram ou que são executadas pelo PCP visam direcionar e controlar a produção para que o planejamento mestre seja cumprido. Segundo as informações obtidas na pesquisa de campo percebeu-se que o PCP estabelece um planejamento que possibilita um fluxo contínuo com menor setup possível, mantendo todos os setores produtivos abastecidos, a partir da quantidade de produtos que o setor de vendas planeja comercializar. 5. Considerações finais A presente pesquisa visou demonstrar suscintamente o processo de Planejamento, programação e controle da produção de uma indústria manufatureira, a partir do referencial teórico adotado para a pesquisa. Pelo que foi observado, a organização estudada apresenta um processo de planejamento, programação e controle coerente com uma organização que tem a manufatura como principal atividade. Tal setor se limita a elaborar o planejamento mestre da produção, planejar e controlar a capacidade, planejar e controlar estoques, emitir ordens de fabricação, elaborar a programação e a manusear o MRP e os demais instrumentos de planejamento e controle. O fato do PPCP não ficar diretamente responsável pelo planejamento e controle da cadeia de suprimentos, de projetos e da qualidade não quer dizer que ele não seja eficiente. É compreensível que uma organização de grande porte necessite subdividir suas atividades a fim de não sobrecarregar outra de igual importância. O PPCP, no entanto, deve estar ciente de todas as decisões e processos por elas desempenhadas, uma vez que é de sua responsabilidade o perfeito funcionamento do processo de produção. Referências ALVES, João Murta. O Sistema Just In Time Reduz os Custos do Processo Produtivo. Disponível em: <http://libdigi.unicamp.br/document/?view=32>. Acesso em: 06 jul. 2006. ANDERSON, David R.; et al. Estatística aplicada à Administração e Economia. Pioneira Thomson Learning: São Paulo, 2003. ANDRADE, G. J. P. O. de. Metodologia para a análise de viabilidade e implementação do Sistema kanban interno em malharias pertencentes a uma cadeia Produtiva têxtil. Dissertação (Mestrado em Engenharia de produção) Programa de pós-graduação em engenharia de produção. UFSC, 2002. BARRETO, J. M.; LOPES, L. F. D.. Análise de falhas no processo logístico devido a falta de um controle de qualidade. Disponível em: <http://www.producaoonline.ufsc.br/v05n02/artigos/pdf/183_2005.pdf>. Acesso em: 07 jul. 2006. 9

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