JOGOS DE IMPROVISO: AÇÕES TEATRAIS NA LUDICIDADE Tiago Aquino da Costa e Silva 1 (UNIBAN), Mérie Hellen Gomes de Araujo da Costa e Silva, Kaoê Giro Ferraz Gonçalves (FMU), Alipio Rodrigues Pines Junior (GIEL/USP) 2 RESUMO O presente artigo tem por objetivo verificar a improvisação das crianças a partir da vivência dos Jogos de Improviso, assumindo função de jogador-ator e jogadorobservador, despertando a espontaneidade e a criatividade. O princípio do jogo de improviso é a comunicação que surge a partir da criatividade e espontaneidade das ações entre os jogadores, que se encontram engajados na solução cênica de um problema de atuação (SOLER, 2006). Todas as pessoas são capazes de improvisar, aprendendo através da experimentação (SPOLIN, 2006). Investigou-se 81 crianças com idade média de 7 anos e 10 meses matriculados no Ensino Fundamental I do Green Book School, São Paulo. Foram 6 aulas práticas, sendo dois encontros semanais de 50 minutos. No Jogo Transformação dos Objetos, o primeiro objeto teve a participação de 12 crianças nas 18 cenas, e no terceiro finalizou-se com 42 crianças atuando em 53 improvisações. No jogo História Improvisada dividiu-se as crianças em 4 grupos, atribuindo um tema a cada um deles, com todas as crianças assumindo papel de jogador-ator, criando partes da história. As considerações finais são que a improvisação atinge os jogadores no seu desenvolvimento pessoal, coletivo e artístico, sendo possibilidade de contribuir para uma experiência de prazer e comunicação. Palavras-chave: Improvisação, Jogo Teatral, Criatividade INTRODUÇÃO O Teatro, através dos Jogos de Improviso, é uma das possibilidades inovadoras na qual utiliza, como forma de aprendizagem de suas técnicas, os Jogos Teatrais. Estes jogos possuem regras que oportunizam a criação de exercícios 1 pacoca@professorpacoca.com.br 2 alipio@usp.br
dramáticos com características de improvisação e atenção/concentração. Segundo Silva e Gonçalves (2010) a origem dos Jogos de Improviso é datada em 600 a.c., onde o grego Tespis inventou um diálogo incorporando Dionísio e respondendo a um coro que celebrava a fertilização, tornando assim o primeiro improvisador da história. Já na Comédia Dell arte - Itália, 1500 - os primeiros atores pagos de todos os tempos também improvisavam, sendo pela dança ou nas pantomimas. Já em meados de 1940, Viola Spolin criou o Theatre Games, onde suas técnicas de improviso influenciaram todos os grupos de teatro ao redor do mundo. Os Jogos de Improviso transcendem os limites do teatro para outras áreas da vivência humana, como os da Psicoterapia e da Educação (CHACRA, 2007). Para Spolin (2006) todas as pessoas são capazes de improvisar, aprendendo através da experiência e da vivência no jogo. O presente artigo tem por objetivo verificar a capacidade de improvisação das crianças a partir da vivência dos Jogos de Improviso, assumindo função de jogadorator e jogador-observador, despertando assim a espontaneidade e a criatividade. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A utilização dos Jogos Teatrais em contextos formais e não formais da educação, foi elaborada inicialmente por Viola Spolin ao longo de quase 30 anos de pesquisas junto a crianças, adolescentes, adultos e idosos nos Estados Unidos da América. Spolin almejava libertar a criança e o ator amador de comportamentos de palco mecânicos e rígidos, oportunizando a criação e a vivência de novas experiências teatrais (JAPIASSU, 1998). Nos jogos teatrais, o grupo de pessoas que joga pode ser dividido em grupos que se alternam nas funções de "atores" e de "público", isto é, as pessoas "jogam" para outros que os "observam", e vice-versa (JAPIASSU, 1998). Os jogos teatrais são explorados, na maioria das vezes, apenas como diversão e animação, sem o foco específico desses jogos, como improvisação, criatividade e expressão corporal/verbal. Entende-se como improvisação algo realizado sem preparação prévia, mas estruturado sobre regras, que colocam os jogadores para agir diante das mais variadas situações (LEÃO, 2004). O Jogo de Improviso enfoca no participante a criação, expressão corporal e improvisação, aproximando a arte do Teatro à uma prática recreativa. O princípio do
jogo de improviso é a comunicação que surge a partir da criatividade e espontaneidade das ações entre os jogadores, que se encontram engajados na solução cênica de um problema de atuação. Para Soler (2006), o jogo de regras propicia um estado de envolvimento e espontaneidade na resolução do problema, indispensáveis àqueles que jogam. A Improvisação permite a exploração e experimentação de um corpo que joga em ações improvisadas, resultando na participação lúdica dos os jogadores. Experienciar é penetrar no ambiente e envolver-se total e organicamente com ele. Isto significa envolvimento em todos os níveis: intelectual, físico e intuitivo (SPOLIN, 2006). Segundo Spolin (2006), a espontaneidade cria uma explosão que por um momento liberta os participantes de quadros de referência e fatos passados. A espontaneidade é um momento de liberdade pessoal quando estamos diante de situações problemas, e na exploração intuitiva, encontramos as respectivas e possíveis soluções. O resultado de uma ação em um Jogo Teatral é importante, pois define o que foi criado e observado através da expressão verbal e corporal, sempre realizado com alegria, animação e disposição. O mais importante na prática dos Jogos de Improviso é o desenvolvimento das potencialidades humanas, como a imaginação, os cinco sentidos, a criatividade, que quando não estimulados correm o risco de se atrofiarem (CHACRA, 2007). A superfície de improvisar, vivenciar e experienciar são fatores importantes aos indivíduos que jogam. SETE CATEGORIAS DO IMPROVISO JOGO Para Huizinga (1971) o jogo é anterior à própria cultura, ou seja, o ser humano está a gosto de se relacionar com o imprevisto, ou seja, o Jogar. O jogo é uma forma natural de grupo que propicia o envolvimento e a liberdade pessoal necessários. O jogador é livre para alcançar seu objetivo de maneira que escolher, desde que obedeça às regras, segundo Spolin (2006). O Jogo é uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas
absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana (HUIZINGA, 1971) As regras do Jogo Teatral incluem o Onde (local da ação), Quem (o personagem), O quê (a ação propriamente dita) e o objeto (foco), mais o acordo do grupo (KOUDELA, 2009). Por meio do desenvolvimento do jogo, o jogador desenvolve liberdade pessoal dentro do limite das regras estabelecidas e cria técnicas e habilidades necessárias para a resolução de um problema. O jogo apresenta um problema que deverá ser solucionado pelos jogadores. A energia para resolver o problema, sendo restringida pelas regras do jogo e estabelecida pela decisão coletiva, cria uma explosão espontaneidade e, como é comum nas explosões, tudo é destruído e desbloqueado (SPOLIN, 2006) APROVAÇÃO E DESAPROVAÇÃO O primeiro passo para jogar é a liberdade pessoal. Antes de jogar devemos estar livres. A liberdade pessoal leva a experimentar e adquirir autoconsciência e auto-expressão, propiciando vivências conscientizadoras e expressionistas. O orientador do jogo não pode julgar o bom ou o mau, pois não existe uma maneira absolutamente certa ou errada para solucionar um problema (SPOLIN, 2006). Os jogadores temem não serem aprovados pelos jogadores espectadores, porém a energia liberada os fazem mais confiantes e seguros. EXPRESSÃO DE GRUPO Um relacionamento de grupo saudável exige um número de indivíduos trabalhando interdependentemente para alcançar tais objetivos, com participação individual dos jogadores, seja atuando ou observando (SPOLIN, 2006). Para um jogador iniciante, trabalhar em grupo traz segurança, por um lado, e por outro lado, representa uma ameaça, pois é conflitante estar diante de jogadoresobservadores durante sua atuação (SPOLIN, 2006). Assim, o orientador deverá adotar estratégias e metodologias para pouca exposição do jogador iniciante, possibilitando o sucesso e possíveis soluções para os problemas do jogo. Viver e participar os Jogos de Improviso faz o jogador experimentar ações em conjunto, integrando e descobrindo as atitudes válidas do jogo.
PLATÉIA (JOGADORES OBSERVADORES) O papel da platéia é tornar-se parte concreta da atuação improvisada. A platéia é constituída pelos jogadores-observadores. A prática dos jogos evidenciam a importância do jogador-observador, pois as ações são intencionalmente dirigidas para o outro. O processo em que se engajam os sujeitos que "jogam", segundo Japiassu (1998), se desenvolve a partir da ação improvisada e os papéis de cada jogador não são estabelecidos desde o início, mas emergem a partir das interações que ocorrem durante o jogo. TÉCNICAS TEATRAIS A existência da comunicação é muito mais importante do que o método utilizado pelo orientador, pois extrapola os limites da vivência e convivência entre os jogadores. Quando o jogador-ator realmente sabe que há diversas maneiras de fazer e dizer algo, as técnicas aparecerão a partir do seu total, libertando o aluno para o padrão de comportamento fluente do jogo (SPOLIN, 2006). Os Jogos de Improviso permitem a exploração e a criação de novas técnicas teatrais, resultando na criatividade e improvisação. A TRANSPOSIÇÃO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM PARA A VIDA DIÁRIA Para Spolin (2006), as propostas de jogos devem ser colocadas para o jogador em ação dentro das possibilidades de cada indivíduo, realizado assim, de maneira que ele as observa e transporta para sua vida diária. Quando isto é aprendido no jogo, produz o reconhecimento e contato puro com o mundo exterior. O jogador que atua e o observador reverenciam vivências corporais, cognitivas e emocionais capazes de levar tais experiências para sua vida diária. FISCALIZAÇÃO É a maneira pela qual o material é apresentado ao jogador em um nível físico e não verbal, em oposição a uma abordagem intelectual e psicológica. A fiscalização faz-se necessária como fator de feedback do jogo construído para que as cenas posteriores apresentem um desenvolvimento (SPOLIN, 2006). JOGOS DE IMPROVISO ORIENTAÇÃO E VIVÊNCIA
A improvisação nasce do encontro de atuação nos jogadores. O material e a substância da improvisação de cena não são trabalhos de uma única pessoa, mas surgem da ação dos jogadores (SPOLIN, 2006). Para ajudar os jogadores a alcançar a solução focalizada para o problema, emprega-se a técnica de instrução, através da qual encoraja-se o jogador a conservar a atenção no Foco e elimina a orientação autoritária (SPOLIN, 2008). A instrução deverá ser dada pelo orientador do jogo, com o objetivo de fornecer auto-identidade e servir como guia para quem joga, mantendo viva a alma do jogo e dos jogadores, permitindo o envolvimento dos mesmos (SPOLIN, 2006). Por fim, a instrução do jogo é uma das facetas geradoras do processo dos Jogos Teatrais, guiando as trocas de energias entre os jogadores, instigando, provocando, estimulando novas ações possíveis ao jogo. A EVOLUÇÃO DO JOGO DE IMPROVISO NA CRIANÇA O jogo na criança reforça a passagem da representação em ato para a representação em pensamento. O simbolismo lúdico atua nas fases iniciais da vida como esquema sensório-motor e não como instrumento do pensamento. A transformação do jogo de sensório motor com movimentos involuntários e desorganizados em jogos de representação mostra-se passagem importante para a construção de um corpo sensível à improvisação e ao jogo. Ocorre a evolução do simbolismo, onde o jogar sozinho e sem regras até os 3 anos, dá espaço para ordenação de cenas e com regras a partir dos 5 anos. O símbolo vai perdendo o aspecto lúdico e se aproxima, assim, mais do real (KOUDELA, 2009). Na medida em que a inteligência da criança se desenvolve, o processo de representação é interiorizado. Ao guiar as crianças para a improvisação, imitando e representando ações, seu desenvolvimento intelectual é favorecido, orientando-as para a prática de uma fusão de jogos simbólicos e de regras. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Em um primeiro momento foi realizada uma coleta e análise de dados secundários, com o intuito de conhecer e debater sobre o assunto tratado (MARCONI; LAKATOS, 1996). Em seguida, foi realizada a pesquisa de campo, com
o intuito de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema [...] ou de uma hipótese, que se queira comprovar [...] (MARCONI; LAKATOS, 1996, p. 75). O trabalho foi realizado com a vivência dos Jogos de Improviso nas aulas de Educação Física para um grupo 81 crianças, sendo 38 do gênero masculino e 43 do feminino, com média de 7 anos e 10 meses. Os jogadores são alunos do Green Book School, sediado no bairro do Brooklin em São Paulo, e matriculados no Ensino Fundamental I (1º. ao 5º. Ano). Foram elaboradas 6 aulas práticas de Jogos de Improviso, sendo dois encontros semanais de 50 minutos. A organização das aulas visou adequação dos jogos de improviso às crianças, oferecendo uma situação problema e na expectativa de possíveis soluções dadas pelos alunos. Serão descritos abaixo, dois Jogos de Improviso com objetivo de estimular a criatividade a partir da improvisação. Jogo 01 Transformação de objetos Duração do Jogo: 50 minutos Objetivo: Tornar visível o invisível, percebendo a verdadeira natureza dos objetos. Foco: Em usar movimento e energia física com o corpo todo para criar mudança/ transformação no objeto do espaço. Descrição: Um grupo de dez ou mais jogadores em pé no círculo. O primeiro jogador, focalizando a substância do espaço entre as palmas das mãos e movendoa, permitindo que o objeto assuma forma e depois passe para o próximo jogador. O segundo jogador manipula e joga com esse objeto, permitindo ou não uma nova forma e depois passe para o próximo jogador. Os objetos devem ser passados no círculo de um a um, entre os jogadores. Dica observada: Movimento com o corpo todo promove a energia física necessária para a transformação. Instrução utilizada: Mantenha o objeto no espaço! Não planeje a modificação! Deixe seu corpo te responder! Intensifique! Jogo 02 História improvisada Duração do Jogo: 50 minutos Objetivo: Improvisar histórias através da comunicação verbal. Foco: Em utilizar a comunicação verbal em cena improvisada.
Descrição: Todo grupo formará um círculo. É escolhido um tema para o enredo e a letra para o início da história. Cada jogador dará seqüência na história obedecendo a ordem as letras no alfabeto. Por exemplo - Letra escolhida: M Tema: Praia 1º Jogador: - Meu Deus, que sol está na praia! / 2º Jogador: - Não acredito, esqueci o bloqueador solar / 3º Jogador: - Opa, eu acho que eu trouxe! Dica observada: Instigar os jogadores a verbalizar e identificar fatores como personganes, local e época da história. Instrução utilizada: Não esqueçam o tema! Expressem com sentimento! Como instrumento de coleta de dados foi usado a observação das crianças em jogo e as suas criações. A análise dos dados foi através da descrição dos momentos observados. DISCUSSÃO DOS DADOS Ao iniciar o primeiro jogo Transformação de Objetos, o orientador no início do jogo ofereceu instruções necessárias para a sua prática, durante os dez minutos iniciais. As primeiras 12 crianças a participarem do jogo foram alunos do 4º. e 5º ano, sendo assim os alunos mais velhos do grupo, sendo mais extrovertidos e bem comunicativos. Foram criadas 38 pequenas pequenas cenas, com a participação de 21 crianças. Exemplos de cenas improvisadas: um sorvete, um pente para cabelo, uma raquete de tênis, entre outros. De acordo com Koudela (2009), a espontaneidade equivale à liberdade de uma ação e estabelecimento de contato com o ambiente. Já nas segundas ações, houve a participação de mais alunos. A liberação para a criação individual sem a preocupação com resultados estéticos, deu a motivação à participação dos demais alunos. Foi percebida maior interação do jogador que atua com os jogadores-observadores, criando uma confiança e segurança na cena improvisada. Foram criadas 48 pequenas cenas com a participação de 45 crianças. Exemplos de cenas improvisadas: um bebê, um anel gigante, um espelho, um caroço de uva, um monstro branco, entre outros. Os jogadores-observadores assumem papel importante na formação da
criatividade e postura do jogador que atua, pois com a experimentação, a desinibição e a inquietação desaparecem quando o jogador-ator não vê os mesmos como juízes, mas sim como pessoas compartilhando experiências (SPOLIN, 2006). Finalmente, as últimas propostas, propiciaram o desafio de novas pequenas cenas, sem a repetição das já improvisadas. Porém as crianças aceitaram o desafio e criou-se a oportunidade de demonstrar do que são capazes de apresentar. Foram criadas 53 cenas com a participação de 42 crianças. Exemplos de cenas improvisadas: uma espada, uma lâmpada, um lápis, uma cola bastão, entre outros. Foi percebido que a improvisação transmite segurança e satisfação aos jogadores que atuam e aos que observam. A transformação do óbvio ao mundo do Improviso permite a liberdade de atuação em novos horizontes, antes inatingíveis. No segundo jogo História Improvisada estabeleceu-se a criação de 4 grupos de 20 alunos de diferentes idades, escolhidos de forma aleatória. Foi dado um tema para cada grupo ( Na praia ao grupo I, No parque de diversões ao II, No céu ao grupo III, e Na sala de aula ao IV grupo), e a partir daí era preciso criar uma história improvisada, seguindo as regras estabelecidas, durante 10 minutos. Em todos os grupos, o jogo de improviso foi iniciado pelos alunos do 4º e 5º ano. Cada jogador precisava continuar a história, sempre acrescentando alguma parte à ela, sendo novos personagens, ambientes ou acontecimentos. Durante a prática dos Jogos, todas as crianças dos grupos se relacionaram como jogadores-atores e observadores. A possibilidade de criar e remontar os fatos possibilitou o surgimento de dragões, bruxas, fadas, futebol, entre outros temas. As crianças que somente foram observadoras no primeiro jogo, tomaram posse da ação, caracterizando o protagonismo. A liberdade pessoal para fazer o Jogo de Improviso acontecer, leva as crianças a novas experimentações, criações e recriações, assumindo papel de identidade pessoal e protagonista (CHACRA, 2007). CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode-se dizer, portanto, que a improvisação atinge os jogadores de três modos: no seu desenvolvimento pessoal, coletivo e artístico. Esses três processos interagem durante a ação teatral improvisada, podendo ter ênfase maior para um dos três processos. Assim, os Jogos de Improviso são desencadeadores de processos
psicológicos, sociológicos e artísticos, operacionalizando seus objetivos de acordo com o procedimento metodológico do jogo. Possibilitar as propostas de Jogos de Improviso é um caminho de construção e reconstrução dos momentos vividos, transpondo elementos do óbvio e o comum. A atuação dos jogadores redimensiona a qualidade do seu trabalho e prefigura a invenção como estímulos, em seu processo criativo. A apropriação da improvisação tem por objetivo contribuir para uma experiência de prazer e comunicação, por meio da qual as crianças exploram a dimensão da realidade. O Jogo de Improviso é uma varinha mágica e, como tal, desperta o intuitivo, produzindo uma transformação intrínseca não apenas no jogador como também no professor / educador / recreador. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHACRA, S. Natureza e sentido da improvisação teatral. São Paulo: Perspectiva, 2007. LEÃO, R.M. Jogando com Viola, improvisando com Stanislavski. Diálogos possíveis, São Paulo, v., n., p.111 123, xx xx 2004. JAPIASSU, R.O.V. Jogos teatrais na escola pública. Revista da Faculdade de Educação, São Paulo, v.24, n.2, p., Jul/Dez 1998 MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1996. SILVA, T.A.C: GONÇALVES, K.G.F. Manual de Lazer e Recreação: o mundo lúdico ao alcance de todos. São Paulo: Phorte Editora, 2010. SOLER, M. A prática teatral contribuindo para a quebra de estereótipos e preconceitos em sala de aula. Revista de Educação Educere et Educare, v.1, n.2, p.103-117, Jul./Dez. 2006 SPOLIN, Viola. O Jogo teatral no livro do diretor. São Paulo: Perspectiva, 2008.. Jogos Teatrais na sala de aula: um manual para o professor. São Paulo: Perspectiva, 2008..Improvisação para o Teatro. São Paulo: Perspectivas, 2006. REVERBEL, Olga. Um caminho do Teatro na escola. São Paulo: Scipione, 1997. HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: USP, 1971.