Anais XVI Encontro Nacional dos Geógrafos Crise, práxis e autonomia: espaços de resistência e de esperanças Oficinas OFICINA DE TEATRO
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- Paula Ribeiro Domingos
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1 OFICINA DE TEATRO Coordenador: Leandro Pansonato Cazula Mestrando em Geografia Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas; Coordenador do Projeto Identidade Grupo de Teatro (Projeto de Extensão CPTL/UFMS); Seção Local AGB Três Lagoas/MS. Contatos: / / leandrocazula@gmail.com MATERIAIS E INFRA-ESTRUTURA NECESSÁRIOS Sala ou palco amplo e arejado; Aparelho para reprodução de músicas CD e/ou DVD. NÚMERO DE VAGAS Atividade para 30 (trinta) participantes. RESUMO A oficina de teatro propicia aos participantes uma experiência constante e atual de preparação das pessoas como atores, criadores, tendo os jogos teatrais como ponto de partida para esse conhecimento distinto à sociedade em que vivemos. Os jogos teatrais trazem às aulas a possibilidade de trabalho com importantes aspectos do aprendizado, como coordenação motora, ritmo, prontidão, disponibilidade, agilidade, criatividade e percepção. Desta maneira, estes jogos determinam regras, impõem limites e abrem inúmeras oportunidades de expressão pessoal, ou seja, um debate gradativo com os alunos sobre questões relevantes de suas vidas, relacionamentos e dificuldades. Os exercícios teatrais (ou dinâmicas de grupo) têm o intuito de facilitar e instigar: o reconhecimento (individual, grupal e espacial), entrosamento dos participantes, a disciplinaridade e responsabilidade com o trabalho realizado, a memória, a aprimoração do poder de concentração, a confiança mútua, a cumplicidade do jogo cênico e o aquecimento preparatório para cena. Os Jogos Teatrais é uma demonstração ao vivo do quanto o jogo, com toda a sua força mobilizadora e materializadora das energias humanas, pode ter uma extraordinária função pedagógica, traduzindo esse potencial da ludicidade num poderoso instrumento de aprendizagem. Ao conduzir os participantes a desenvolver habilidades de performance artística, estabelece uma forma de criação articulada com as subjetividades de cada um, em face dos mais variados exercícios propostos. Nesse envolvimento com os jogos teatrais, os participantes aprenderão regras 1
2 básicas para contar histórias, apreciação da literatura e construção de personagens. Os atuantes lidam com situações pouco familiares sem perder o sentido de grupo ou o foco. O formato do jogo demanda sempre um problema a ser enfrentado, habilidades a desenvolver. O corpo vai para o centro do palco. O material do teatro integra o espaço através de gestos e atitudes experienciados concretamente no jogo, sendo que a conquista gradativa de expressão física nasce da relação que deve ser estabelecida com a sensorialidade. INTRODUÇÃO A realização de uma Oficina de Teatro dentro de um evento, de caráter científico, que contará com a participação de acadêmicos, professores e demais pessoas interessadas trará ao âmbito do encontro uma rotina diferenciada das demais, na qual, a diversidade de jogos e oficinas teatrais a serem aplicadas, aos interessados, os motivará tanto no meio teatral como em seu dia-a-dia. A oficina de teatro propicia aos participantes uma experiência constante e atual de preparação das pessoas como atores, criadores, tendo os jogos teatrais como ponto de partida para esse conhecimento distinto à sociedade em que vivemos. Os jogos teatrais trazem às aulas a possibilidade de trabalho com importantes aspectos do aprendizado, como coordenação motora, ritmo, prontidão, disponibilidade, agilidade, criatividade e percepção. Desta maneira, estes jogos determinam regras, impõem limites e abrem inúmeras oportunidades de expressão pessoal, ou seja, um debate gradativo com os alunos sobre questões relevantes de suas vidas, relacionamentos e dificuldades. Com o desenvolvimento da oficina, as pessoas envolvidas entregam-se ao ramo das artes cênicas, entendendo-as como sendo uma ocupação que traz o conhecimento extra como gratificação. Os participantes realizam um ato de entrega e de submissão ao ofício de ser ator/atriz. Isso acontece quando a pessoa empresta braços, pernas, olhos e cordas vocais a sua personagem. Ser ator/atriz não se prende apenas ao ato de decorar textos; por alguns momentos, o artista despe-se de si próprio para assumir uma personagem e essa transformação exige dedicação, força de vontade, inteligência, competência e, acima de tudo e de qualquer coisa, um verdadeiro amor à arte de representar. Através da oficina de teatro teremos um caminho pelo qual poderemos conduzir os participantes para descobertas a respeito de si, do outro e do espaço que ele 2
3 ocupa no grupo e na sociedade, bem como desenvolver sua capacidade de expressão e criação. O teatro é compromisso, fala sobre a vida, sobre o homem, toca a sensibilidade e faz pensar. Quer discutir com as pessoas as perguntas que fazem parte do seu cotidiano (O que fazer? Como? Por quê? Para quê?). Baliza de performance renovadora, os Jogos Teatrais proporciona um sistema pedagógico dos mais ricos que se mostra indispensável experimentar em qualquer lugar num país com as particularidades do Brasil. OBJETIVOS - Propiciar aos participantes do projeto uma vivência prática do Teatro como uma linguagem e um canal de expressão artística e de comunicação; - Explorar as potencialidades individuais e estimular uma maior introdução do indivíduo, na sociedade e no projeto, enquanto ser único, mas inserido num grupo; - Proporcionar aos participantes uma experimentação de seus potenciais criativos, críticos e expressivos com a utilização dos jogos teatrais, com propósito de utilizá-los nas apresentações a serem feitas durante o projeto, de modo que sirva, também, para o seu cotidiano; - Despertar a sua consciência corporal, vocal, assim como a consciência para seus próprios problemas, abordando-os de uma forma lúdica, e propondo soluções às situações de conflito colocadas que permitam novas percepções de caminhos a seguir nas construções cênicas. METODOLOGIA A Oficina de Teatro poderá ser realizada nas dependências de um teatro, anfiteatro ou em um espaço amplo, sendo necessário até três horas de encontro diário. Poderão participar da oficina qualquer pessoa interessada, sem nenhuma restrição e/ou distinção, sendo que, a quantidade máxima de vagas, será de 30 (trinta) participantes. Tendo em vista, que, este número de pessoas, é o máximo para a realização das atividades dos jogos teatrais. O coordenador será responsável pela integração do grupo. É de extrema importância para o desenvolvimento da noção de como trabalhar em grupo, mais ainda se tratando de um grupo de teatro. Tendo paulatinamente a descoberta 3
4 das potencialidades criativas pessoais, diante do exercício de sua expressividade nas etapas do processo. O coordenador tendo como base à bibliografia adotada e o uso dos jogos teatrais extraídos, aprimorará técnicas ao grupo para que o mesmo tome consciência das capacidades, conteúdos expressivos e criativos, despertando, assim, nos atores, a compreensão do processo artístico, que se resumem nesse início de processo na consciência corporal e vocal. É necessário lidar com a questão da fase de transformação corporal e vocal com a qual cada um se vê diretamente ligado nas práticas diárias do seu cotidiano. Os exercícios de consciência corporal e vocal, dinamizados pelos jogos teatrais, visam o autoconhecimento e a possibilidade de oferecer dados essenciais para a desenvoltura do ator/atriz para a criação de personagens cenográficos. Com o apoio dos exercícios e atividades propostas por BOAL (1979 e 2000), PEIXOTO (1972), NOVELLY (1996), KOUDELA (1984), BENTLEY (1981), MAGALDI (1965) e VIEIRA (1977) que enfatizam que o jogo teatral é a principal ferramenta utilizada durante todo o processo teatral, sejam na integração do grupo, nas aprendizagens cênicas, vocal, corporal, e nos ensaios, decorrente do processo de criação coletiva do qual se originou. O participante desenvolve liberdade pessoal dentro do limite de regras estabelecidas e cria técnicas e habilidades pessoais necessárias para o jogo. Ao passo em que se interiorizam essas habilidades e essa liberdade ou espontaneidade, ele se transforma em um jogador criativo. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS - Jogos Teatrais; - de Interpretação; - de Voz; - de Expressão Corporal; - Oficina de Expressão Corporal em Linguagem Coreográfica; - Oficina: Atores no Palco; - Pantomima; - Dinâmicas de Integração; - Relaxamentos para Concentração; - Exercícios Físicos; - Exercícios de Memorização; 4
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Teatro. 2. ed. Rio de Janeiro: Agir, BENTLEY, Eric. A experiência viva do teatro. Rio de Janeiro: Zahar, BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras práticas políticas. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, exercícios e jogos. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, Jogos para atores e não atores. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira BRECHT, Bertolt. Estudos sobre teatro. Coletado por Siegfried Unseld. Trad. Fiama Pais Brandão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, CHAUI, Marilena. Cultura e democracia. 4. ed. Revista e Ampliada. São Paulo: Cortez Editora, COELHO NETO, José Teixeira. Em cena o sentido semiologia do teatro. São Paulo: Duas Cidades, HOWAED, David; MABLEY, Edward. Teoria e prática do roteiro. Tradução de Beth Vieira. São Paulo: Globo, KOUDELA, Ingrid Dormiem. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, MAGALDI, Sábato. Iniciação ao teatro. São Paulo, O texto no teatro. São Paulo: Perspectiva / Edusp, NOVELLY, Maria C. Jogos teatrais para grupos e salas de aula / Maria C. Novelly, tradução de Fabiano Antonio de Oliveira. Campinas, SP: Papirus, PRADO, Décio de Almeida. Teatro em progresso: crítica teatral ( ). São Paulo: Livraria Martins Editora, ROCHA FILHO, Rubem. A personagem dramática. Rio de Janeiro: INACEN, SODRÉ, Nelson Werneck. Síntese de história da cultura brasileira. 10ª ed. São Paulo: Difel, VIEIRA, Cesar. Em busca de um teatro popular. São Paulo: Grupo Educacional Equipe,
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