Planos de Observação em Barragens Agrícolas. O Papel do LNEC



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Transcrição:

Planos de Observação em Barragens Agrícolas O Papel do LNEC

Sumário >Introdução >Observação de barragens de aterro Planeamento Inspecções visuais Sistemas de Observação Distribuição dos equipamentos Frequências das leituras >Papel do LNEC Recolha dos dados de observação Manutenção e exploração do arquivo informático

Introdução >Conceitos de risco Entidades governamentais - exigências regulamentares Serviços de protecção civil - sistemas e medidas de segurança (planeamento de emergência e gestão de crises) Donos de Obra - avaliação da exposição ao risco das obras e estabelecimento de prioridades de intervenção Apreciação da aceitabilidade do risco Avaliação de estratégias alternativas de mitigação Meio para comunicação ao público em geral e às autoridades

Introdução >Governação do risco Responsabilidade dos Governos (através de directivas, de regulamentos e de normas) Donos de Obra que exercem actividades geradoras de risco >Considerações abrangentes de âmbito social >O Estado deve intervir para regular o risco Necessidade de progresso económico, social e tecnológico Filosofia de risco zero ou de segurança garantida riscos controlados, mas não eliminados Evolução da Sociedade do aceitável para o tolerável

Minimização da probabilidade de ruptura > Boa prática de engenharia > Técnicas de observação e de inspecção periódicas > Trabalhos de reabilitação para correcção de deficiências identificadas > Permanente actualização do arquivo técnico da obra > Implementação de sistemas de gestão para assegurar a comunicação aos agentes competentes > Formação dos agentes associados à operação e à inspecção da barragem > Elaboração de relatórios (bases de dados para o melhoramento global da segurança de barragens) > Manutenção

Abordagem observacional >Selecção de indicadores chave de desempenho >Elaboração de um plano de observação >Avaliação das condições mais prováveis > Estabelecimento do campo de variação dos indicadores de desempenho >Definição dos critérios de alerta >Especificação de medidas de controlo, de mitigação e de redução de consequências (sistemas de aviso e alerta e de planos de emergência)

Abordagem observacional Planear Construir Observar Seguir Actualizar

Observação >Objectivo - controlo de segurança de barragens Conhecimento continuado do estado da barragem Detecção atempada de anomalias Intervenção eficaz > Actividades envolvidas Planeamento Inspecções visuais Exploração de um sistema de observação Compilação, análise e interpretação de toda a informação recolhida

Planeamento > Plano de Observação Grandezas a observar (importância da obra, verificação dos critérios de projecto e controlo da segurança estrutural) Fases de construção, de primeiro enchimento e de exploração > Plano de Primeiro Enchimento

Índice global de risco g Importância das obras Risco envolvido Complexidade estrutural da barragem g EFR E associado a factores exteriores ou ambientais (casualidade) F associado à fiabilidade estrutural (vulnerabilidade) R associado às condições de ocupação humanas e económicas (consequências)

Factores de apreciação das condições de risco (Quadro I das NOIB, 1993) ASSOCIADOS A FACTORES EXTERIORES OU AMBIENTAIS (E) Sismicidade (período de retorno de 1 000 anos) Escorregamento taludes (probabilidade) Cheias superiores à do projecto (probabilidade) αi 1 2 1 Mínima ou nula a <0,05g 2 Baixa 0,05 g < a <0,1 g 3 Média 0,1 g < a < 0,2 g 4 Forte 0,2 g < a < 0,4 g 5 6(a) a > 0,4 g --- ASSOCIADOS A FACTORES HUMANOS E ECONÓMICOS (R) ASSOCIADOS BARRAGEM - FIABILIDADE (F) Gestão da albufeira Acções agressivas (Clima, água, etc) Dimensionament o estrutur al Fundações Órgãos de descarga Manutenção Volume da albufeira (m3) Instalações a jusante 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Mínima ou nula Muito baixa (barragens de betão) Plurianual, anual ou sazonal Mínimas Adequado Muito boas Fiáveis Muito boa < 105 Zona não habitada sem valor económico Baixa --- --- Fracas --- Boas --- Boa 105-106 Áreas isoladas, agricultura --- Muito baixa (barragens de aterro) 106-107 Pequenos aglomerados populacionais, agricultura, indústria artesanal --- --- Grande --- --- Elevada Semanal Diária Bombagem --- Médias Fortes Aceitável --- Aceitáveis --- --- --- Satisfatória --- 107-109 Muito fortes --- Medíocres --- --- > 109 --- Inadequa do Medíocres a más Insuficientes não Operacionais Insatisfatórias --- Aglomerados populacio-nais médios, pequenas indústrias Grandes aglomerados populacionais, indústrias, instalações nucleares

Plano de Observação (RSB e NOIB) >Inspecções visuais >Instalação e exploração de um sistema de observação >Análise do comportamento >Avaliação das condições de segurança da obra >Adaptação sempre que se justifique ou 20 anos após a sua aprovação

Inspecções visuais Tipos: rotina especialidade carácter excepcional Objectivos Detecção de sinais ou evidências de deteriorações ou de envelhecimento na barragem Detecção de ocorrência de eventuais anomalias no sistema de observação

Inspecções visuais Objectivo das inspecções de carácter excepcional Avaliar os efeitos de ocorrências excepcionais o o o o Grandes cheias Sismos importantes Esvaziamentos totais Abaixamentos significativos do nível da água A maior parte das deteriorações em barragens de aterro detectadas por inspecção visual Obras sem sistema de observação Informação do sistema de observação não convenientemente analisada

Barragem de Teton 3 h após a detecção da ressurgência

Barragem de Zeyzoun Brecha

Inspecções visuais > Principais aspectos a inspeccionar Fichas de inspecção visual de rotina e de especialidade Situação de referência (tempo seco) > Apresentação dos resultados Preenchimento da ficha de inspecção visual Reportagem fotográfica com os aspectos relevantes Desenhos e esquemas > Resultados de inspecções de carácter excepcional Descrição da ocorrência Indícios de deterioração detectados Avaliação sumária das condições de segurança Indicação de medidas correctivas e estudos

Responsáveis pelas inspecções visuais Inspecções visuais de rotina Agentes encarregados da exploração do sistema de observação Inspecções visuais de especialidade Responsáveis pela elaboração dos relatórios do comportamento da barragem Inspecções visuais de carácter excepcional Responsáveis pelas inspecções visuais de especialidade LNEC (barragens com intervenção sistemática)

Inspecções visuais regulamentares >Acompanhamento dos trabalhos de construção >Final da construção >Prévia ao primeiro enchimento >Em cada patamar de primeiro enchimento >Após o primeiro enchimento

Esquema de comunicação Autoridade e Responsável pelas inspecções visuais de especialidade Director Técnico da Obra (fase de construção) Técnico Responsável pela Exploração (fase de exploração) Comentário Avaliação sumária das ocorrências Agentes responsáveis pelas inspecções visuais Relatório mensal sucinto Relatório de pormenor

Deslocamentos Pressões intersticiais Altura da Tensões Caudal de barragem (m) totais infiltração Superficiais Internos Precipitação Piezómetros Piezómetros atmosférica Sismologia sem fluxo - caudal total se IG>10 ou R 3 caudal total se IG>10 ou R 3 - - se IG>9 com α1=5 - caudal total, se α1=5 Opcional se α1 =5, se IG>10 ou R>3 Opcional caudal parcial se R 3, se α1 4 se R 3 se α1 4 50 a 100 caudal parcial se α1 3 >100 caudal parcial <15, se IG>15 ou R>3-15 a 30, se IG>10 ou R 3, se IG>20 30 a 50 Grandezas a observar em barragens de aterro

Equipamentos de Observação >Fabricados por empresas especializadas >Executados em obra > Fiabilidade e disponibilidade de aparelhagem de leitura

GRANDEZA Níveis de água na albufeira EQUIPAMENTO Escalas limnimétricas Células de pressão intersticial Precipitação atmosférica Udómetros Deslocamentos superficiais Marcas superficiais e marcas referência Deslocamentos internos Tubos inclinométricos Baterias de assentamentos Extensómetros lineares Pressões intersticiais Piezómetros de tubo aberto Células de pressão intersticial Tensões totais Células de tensão total Caudais Bicas totalizadoras Medidores de caudais Equipamentos de observação mais utilizados de

Distribuição dos equipamentos > Avaliação de riscos Características da obra Sintomas susceptíveis de se reflectirem nos valores das grandezas >Caracterização do comportamento normal da obra Valores e evolução das acções (peso próprio, água da albufeira e percolação) > Nível da água na albufeira > Medidores de caudais, piezómetros e marcas superficiais (inclinómetros)

Definição das grandezas e dos equipamentos

Papel do LNEC >Rever os planos de observação e de primeiro enchimento >Controlar a execução dos referidos planos >Constituição de um arquivo informático dos dados dos sistemas de observação > Conhecimento actualizado do comportamento das barragens. >Acompanhar o comportamento das barragens ao longo da sua vida e elaborar pareceres > Analisar os relatórios após o primeiro período de exploração. >f) Efectuar inspecções e elaborar pareceres após ocorrências excepcionais

FASES Projecto ACTIVIDADES A DESENVOLVER PELO LNEC Revisão do Plano de Observação Análise dos elementos do Projecto considerados relevantes; Visita ao local da obra; Reunião com o responsável pelo Plano de Observação Elaboração de relatório Construção Controlo da execução do Plano de Observação: Acompanhamento da instalação do sistema de observação Realização da campanha de medição de referência; Revisão das adaptações e actualizações do Plano de Observação Constituição e exploração de um arquivo informático dos dados de observação Visitas de inspecção de especialidade Após o saneamento da fundação Durante a execução dos aterros experimentais No início, a meio e no final da construção (periodicidade mínima trimestral) com a execução de ensaios de controlo e de caracterização mecânica e hidráulica Análise do comportamento da barragem Revisão do Plano de Primeiro Enchimento Análise do relatório do final da construção Reunião com o responsável pelo Plano de Primeiro Enchimento Elaboração de relatório

FASES ACTIVIDADES A DESENVOLVER PELO LNEC Primeiro Inspecção prévia ao primeiro enchimento enchimento Controlo da execução do Plano de Primeiro Enchimento Inspecções visuais de especialidade no início e final de cada um dos patamares de enchimento e no final do primeiro enchimento Manutenção e exploração do arquivo informático dos dados de observação Campanhas de leitura no final dos patamares e no final do primeiro enchimento Elaboração de pareceres no final de cada patamar de enchimento Análise do comportamento da barragem no final do primeiro enchimento 1ª fase de Manutenção e exploração do arquivo informático dos dados de observação e exploração conhecimento actualizado do comportamento da barragem Inspecções visuais de especialidade com uma frequência anual (art. 40º) Campanhas anuais de leitura dos equipamentos de observação Análise do comportamento da barragem no final do primeiro período de exploração Restante Manutenção e exploração do arquivo informático dos dados de observação e período de conhecimento actualizado do comportamento da barragem exploração Inspecções visuais de especialidade com uma frequência quinquenal (art. 40º) Campanhas quinquenais de leitura dos equipamentos de observação Elaboração de pareceres com a análise dos relatórios do comportamento Em qualquer Realização de inspecções visuais de especialidade e de campanhas de observação e fase elaboração de pareceres após ocorrências excepcionais ou circunstâncias anómalas Revisão do Plano de Enchimento, após esvaziamento prolongado da albufeira Elaboração de pareceres durante o enchimento após esvaziamento prolongado

Recolha de dados de observação papel do LNEC >Inspecções visuais e campanhas de leitura do sistema de observação > Papel do LNEC - formação dos agentes responsáveis pelas inspecções visuais de rotina Realização de uma inspecção visual - pontos a inspeccionar, comportamentos anómalos, ocorrências possíveis Desenvolvimento de fichas de inspecção visuais específicas para a obra em apreciação Preenchimento - relato e referenciação de indícios de deficiente ou anormal comportamento

Recolha de dados de observação papel do LNEC >Campanhas de leitura do sistema de observação (disponibilidade de dispositivos de leitura, custos, especialização e frequência) >Associação dos Donos de Obra Instalação de equipamentos de observação semelhantes Constituição de equipas de observadores Partilha de custos associados >Papel do LNEC Apoio na selecção dos equipamentos Formação das equipas de observação (procedimentos, validação dos dados, cálculos, registo e envio)

Manutenção e exploração do arquivo informático - gestbarragens >Desenvolvimento de um sistema de informação integrado para apoio das atividades relacionadas com o controlo de segurança das barragens Visualização de dados Produção de relatórios em texto ou em forma gráfica >Sistema modular, baseado na Web vários utilizadores com diferentes privilégios de acesso >Sistema acessível em intranet ou internet, com mecanismos de autenticação para controlo de acesso dos utilizadores

Módulos principais gestbarragens GB Inspeções visuais GB Observações GB Modelos GB Ensaios e Análises GB Documental Aplicações WEB GB-SIG

Arquitectura do sistema aplicacional arcims WebBrowser e.g., IE, FireFox, Mozzila BD-SIGgestBarragens SQL Server BDReportingServices Servidor Web (IIS) gestbarragens-web Plataforma.Net Oracle BDgestBarragens

Integração com sistemas de recolha automática de dados (RAD) Obra :gestbarragens «rad» rad-1 :TerminalRAD tcp-ip pc-obra :PC «rad» :gb-integrarad rad-2 :TerminalRAD :servidorgestbarragens :BD-RAD «rad» rad-k :TerminalRAD

Integração com Terminais de Dados Portáteis (PDT) Na Obra :gestbarragens tcp-ip «pdt» pdt-1 :Terminal-Móvel :gb-pdt :servidorgestbarragens «pdt» pdt-i :Terminal-Móvel tcp-ip :gb-pdt

Sincronização Organização 2 Organização 1 i- 1 : gestbarragens Sincronização Sincronização i- N : gestbarragens Organização Principal (LNEC) :PC i-central : gestbarragens :PC :PC

Conceitos principais > Obra: Paradela > Elemento: Barragem, albufeira, central > Subelemento: Maciço de montante, núcleo, filtro, galeria > Tipo de instrumento: Extensómetro, piezómetro > Instrumento: um instrumento específico (piezómetro n.º xxx, medidor de caudal n.º yyy ) > Campanha: Conjunto de medições de diferentes instrumentos efectuadas durante um curto período de tempo que podem ser analisadas em conjunto

Conceitos principais > Leituras: leituras dos instrumentos (por exemplo, as resistências elétricas em células de tensão total) > Resultados: grandezas físicas relacionadas com o comportamento da barragem (por exemplo, tensões em células de tensão total) > As leitura e os resultados arquivados no sistema são associados com uma obra específica e uma campanha de observação específica

Autenticação de utilizadores >Níveis hierárquicos de acesso ao sistema Instância o Administração (por ex.: criação de um utilizador e definição do seu nível de acesso) Em cada módulo, para cada obra, existe o Gestor de dados pode configurar toda a obra (elementos, instrumentos, adicionar, alterar ou remover campanhas, etc.) o Técnico pode apenas criar campanhas, inserir leituras e consultar os resultados correspondentes o Utilizador registado do LNEC e Autoridade pode consultar e descarregar relatórios Cada dono de obra pode apenas consultar informação relacionada com as suas obras

Alguns dados estatísticos > Número de obras: 128 (barragens de betão, alvenaria, terra e enrocamento) > Número de campanhas de observação (em 2011/9/26): 65252 > Número de tipos de instrumentos RMD:31 (Recolha manual) RAD:25 (Recolha automática) > Campanha de observação mais antiga: 12 Fevereiro de 1943 (barragem de Santa Luzia)

Interface de boas vindas

Interface do módulo GB-Observações

Considerações finais > As barragens são infra-estruturas fundamentais, mas com consequências catastróficas em caso de ruptura > O controlo de segurança de barragens inclui o conhecimento adequado e continuado do estado da barragem, a detecção oportuna de eventuais anomalias e uma intervenção eficaz > A observação visa os dois primeiros objectivos > Abordaram-se os aspectos fundamentais referentes ao cumprimento do RSB e das NOIB, distinguindo-se, designadamente, as actividades a cargo do Dono de Obra e do LNEC > Indicaram-se caminhos possíveis para, com economia e partilha de recursos, ser garantida, com eficiência, a segurança das barragens, activos de fundamental importância para o desenvolvimento do país > Caberá aos Donos de Obra a organização de modo a usufruir dos apoios aqui indicados