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Transcrição:

Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 2ª Composição Adjunta da 27ª Junta de Recursos Número do Processo: 44232.059869/2014-16 Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL PETRÓPOLIS Benefício: 42/166.813.110-0 Espécie: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Recorrente: OTILIA MARIA ABRANCHES SOARES ZANETTI Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Assunto: INDEFERIMENTO Relator: Relatório Trata-se de recurso ordinário apresentado por O. M. A. S. C. contra decisão do INSS (Agência da Previdência Social Petrópolis/RJ) que indeferiu o seu pedido de aposentadoria por tempo de contribuição, NB 42/166.813.110-0. O pedido foi indeferido, pois a requerente não atingiu o tempo mínimo de contribuição exigido em lei para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição. Ocorre que, após o cômputo de todos os períodos de trabalho da requerente, foram apurados apenas 28 anos 05 meses e 29 dias de tempo de contribuição até a DER, tempo insuficiente à concessão da aposentadoria por tempo de contribuição integral, que exige a comprovação de 30 anos de contribuição, bem como à concessão da aposentadoria proporcional, que no presente caso necessita de 29 anos 04 meses e 14 dias de tempo de contribuição. Nesse sentido, cumpre informar que foram considerados todos os períodos de labor constantes na CTPS e no CNIS da requerente, sendo enquadrados como especiais os seguintes períodos de trabalho: - 01/07/1985 a 25/03/1987 Associação São Vicente de Paulo; - 01/08/1987 a 30/01/1988 Casa de Saúde e Maternidade São Lucas Ltda.; - 11/01/1988 a 30/09/1992 SMH Sociedade Médico Hospitalar Ltda.; - 21/03/1994 a 28/04/1995 - SMH Sociedade Médico Hospitalar Ltda.. Vemos, portanto, que foram enquadrados todos os períodos laborados na função de Enfermeira até 28/04/1995, até quando era possível enquadramento apenas pela atividade desenvolvida e quando ainda não era exigido pela lei a apresentação de Laudo Técnico. Assim, os demais períodos de labor indicados como especiais não foram enquadrados pelos seguintes motivos: - 11/05/1998 a 30/11/2000 Unimed Petrópolis Cooperativa de Trabalho Médico: o PPP apresentado indica apenas o agente nocivo Biológico, contudo, a partir de 06/03/1997, a legislação especial apenas contempla as exposições aos agentes biológicos de natureza infectocontagiosa (alta transmissibilidade), existentes nas unidades hospitalares de isolamento, no preparo de vacinas, contato com animais infectados, trabalhos de necropsia e anatomia patológica, trabalhos de exumação de corpos, manipulação de resíduos de animais deteriorados, trabalhos em galerias, fossas e tanques de esgoto, esvaziamento de biodigestores e na coleta e industrialização do lixo, desde que a atividade seja habitual e permanente e tais agentes sejam nocivos à saúde ou à integridade física. Dessa forma, como o período em tela não pode ser enquadrado apenas em razão da atividade desenvolvida, assim como a requerente não esteve submetida aos agentes acima elencados, não se enquadra no código 3.0.1 dos Decretos 2172/97 e 3048/99 e não

pode, portanto, ser considerado especial; - 29/04/1995 a 31/05/2001 SMH Sociedade Médico Hospitalar Ltda.: o PPP apresentado é datado de 29/05/2013, portanto, extemporâneo ao período de trabalho. Dessa forma, deveria constar no processo um LTCAT individual ou coletivo ou uma demonstração ambiental referente ao período laborado, o que não foi cumprido. Nesse sentido, cumpre esclarecer que para as atividades exercidas a partir de 29.4.1995, além do formulário Informações sobre Atividades com Exposição a Agentes Agressivos, é obrigatória a entrega de laudo técnico de condições ambientais do trabalho LTCAT, expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho da empresa. - 01/06/2001 a 22/05/2013 - SMH Sociedade Médico Hospitalar Ltda.: o PPP apresentado indica apenas o agente nocivo Biológico, contudo, a partir de 06/03/1997, a legislação especial apenas contempla as exposições aos agentes biológicos de natureza infectocontagiosa (alta transmissibilidade), existentes nas unidades hospitalares de isolamento, no preparo de vacinas, contato com animais infectados, trabalhos de necropsia e anatomia patológica, trabalhos de exumação de corpos, manipulação de resíduos de animais deteriorados, trabalhos em galerias, fossas e tanques de esgoto, esvaziamento de biodigestores e na coleta e industrialização do lixo, desde que a atividade seja habitual e permanente e tais agentes sejam nocivos à saúde ou à integridade física. Dessa forma, como o período em tela não pode ser enquadrado apenas em razão da atividade desenvolvida, assim como a requerente não esteve submetida aos agentes acima elencados, não se enquadra no código 3.0.1 dos Decretos 2172/97 e 3048/99 e não pode, portanto, ser considerado especial. Inconformada, a requerente apresentou recurso ordinário alegando que se foi considerado como especial um determinado período de trabalho, devem assim serem considerados todos os períodos de labor indicados, visto que em todos foi exercida a mesma função de Enfermeira. Em suas contrarrazões, o INSS ratificou o ato recorrido. Inclusão em Pauta Incluído em Pauta no dia 01/09/2014 para sessão nº 0146/2014, de 08/09/2014. Voto EMENTA: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO APURADO INSUFICIENTE PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO PLEITEADO. INDEFERIMENTO DO RECURSO ORDINÁRIO. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: ART. 56, ART. 64, 1º E 2º, ART. 65, ART. 70, 1º, ART. 187 E ART. 188, TODOS DO DECRETO 3.048/99. RECURSO CONHECIDO E NEGADO O recurso apresenta os pressupostos de admissibilidade. Portanto, conheço do recurso. No caso em tela, o pedido foi indeferido em razão de o recorrente não ter atingido o tempo mínimo de contribuição exigido em lei para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição. Ocorre que, após o cômputo de todos os períodos de trabalho da requerente, foram apurados apenas 28 anos 05 meses e 29 dias de tempo de contribuição até a DER, tempo insuficiente à concessão da aposentadoria por tempo de contribuição integral, que exige a comprovação de 30 anos de contribuição, bem como à concessão da aposentadoria proporcional, que no presente caso necessita de 29 anos 04 meses e 14 dias de tempo de contribuição. Nesse sentido, cumpre informar que foram considerados todos os períodos de labor constantes na CTPS e no CNIS da requerente, sendo enquadrados como especiais os seguintes períodos de trabalho: - 01/07/1985 a 25/03/1987 Associação São Vicente de Paulo; - 01/08/1987 a 30/01/1988 Casa de Saúde e Maternidade São Lucas Ltda.; - 11/01/1988 a 30/09/1992 SMH Sociedade Médico Hospitalar Ltda.; - 21/03/1994 a 28/04/1995 - SMH Sociedade Médico Hospitalar Ltda.. Vemos, portanto, que foram enquadrados todos os períodos laborados na função de Enfermeira até 28/04/1995, até quando era possível enquadramento apenas pela atividade desenvolvida e quando ainda não era exigido pela lei a

quando era possível enquadramento apenas pela atividade desenvolvida e quando ainda não era exigido pela lei a apresentação de Laudo Técnico. Assim, os demais períodos de labor indicados como especiais não foram enquadrados pelos seguintes motivos: - 11/05/1998 a 30/11/2000 Unimed Petrópolis Cooperativa de Trabalho Médico: o PPP apresentado indica apenas o agente nocivo Biológico, contudo, a partir de 06/03/1997, a legislação especial apenas contempla as exposições aos agentes biológicos de natureza infectocontagiosa (alta transmissibilidade), existentes nas unidades hospitalares de isolamento, no preparo de vacinas, contato com animais infectados, trabalhos de necropsia e anatomia patológica, trabalhos de exumação de corpos, manipulação de resíduos de animais deteriorados, trabalhos em galerias, fossas e tanques de esgoto, esvaziamento de biodigestores e na coleta e industrialização do lixo, desde que a atividade seja habitual e permanente e tais agentes sejam nocivos à saúde ou à integridade física. Dessa forma, como o período em tela não pode ser enquadrado apenas em razão da atividade desenvolvida, assim como a requerente não esteve submetida aos agentes acima elencados, não se enquadra no código 3.0.1 dos Decretos 2172/97 e 3048/99 e não pode, portanto, ser considerado especial; - 29/04/1995 a 31/05/2001 SMH Sociedade Médico Hospitalar Ltda.: o PPP apresentado é datado de 29/05/2013, portanto, extemporâneo ao período de trabalho. Dessa forma, deveria constar no processo um LTCAT individual ou coletivo ou uma demonstração ambiental referente ao período laborado, o que não foi cumprido. Nesse sentido, cumpre esclarecer que para as atividades exercidas a partir de 29.4.1995, além do formulário Informações sobre Atividades com Exposição a Agentes Agressivos, é obrigatória a entrega de laudo técnico de condições ambientais do trabalho LTCAT, expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho da empresa. - 01/06/2001 a 22/05/2013 - SMH Sociedade Médico Hospitalar Ltda.: o PPP apresentado indica apenas o agente nocivo Biológico, contudo, a partir de 06/03/1997, a legislação especial apenas contempla as exposições aos agentes biológicos de natureza infectocontagiosa (alta transmissibilidade), existentes nas unidades hospitalares de isolamento, no preparo de vacinas, contato com animais infectados, trabalhos de necropsia e anatomia patológica, trabalhos de exumação de corpos, manipulação de resíduos de animais deteriorados, trabalhos em galerias, fossas e tanques de esgoto, esvaziamento de biodigestores e na coleta e industrialização do lixo, desde que a atividade seja habitual e permanente e tais agentes sejam nocivos à saúde ou à integridade física. Dessa forma, como o período em tela não pode ser enquadrado apenas em razão da atividade desenvolvida, assim como a requerente não esteve submetida aos agentes acima elencados, não se enquadra no código 3.0.1 dos Decretos 2172/97 e 3048/99 e não pode, portanto, ser considerado especial. Além disso, a segurada não anexou ao seu recurso qualquer documento/elemento novo que pudesse comprovar o caráter especial dos períodos de labor não enquadrados pelo INSS, limitando-se a requerer o enquadramento destes. Ao requerer o enquadramento de períodos especiais, deve o segurado comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos informados, o que não aconteceu no presente caso. Vejamos o que dispõe a legislação aplicável ao caso em tela: Arts. 64, 65 e 70 do Decreto 3.048/99: Art. 64. A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. 1º "A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado no caput." 2º O segurado deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. (Redação dada pelo Decreto nº 4.079, de 9/01/2002) Art.65 "Considera-se trabalho permanente, para efeito desta Subseção, aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. (alterado pelo decreto n.º 4.882, de 18 de novembro de

2003 - dou de 19/11/2003); Art.70. (...) 1º A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço. (Incluído pelo Decreto nº 4.827 - de 3 de setembro de 2003) Outrossim, os artigos 56, 187 e 188 do Decreto 3.048/99 estipulam o tempo de contribuição necessário à concessão da aposentadoria por tempo de contribuição. Vejamos: Art. 56. A aposentadoria por tempo de contribuição será devidao segurado após trinta e cinco anos de contribuição, se h omem, ou trinta anos, se mulher, observado o disposto no art. 199A. Art.187. É assegurada a concessão de aposentadoria, a qualquer tempo, nas condições previstas na legislação anterior à Emenda Constitucional nº 20, de 1998, ao segurado do Regime Geral de Previdência Social que, até 16 de dezembro de 1998, tenha cumprido os requisitos para obtê-la. Art. 188. O segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até 16.12.1998, cumprida a carência exigida, terá direito a aposentadoria, com valores proporcionais ao tempo de contribuição, quando, cumulativamente: (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 09.06.2003) I contar cinqüenta e três anos de idade ou mais, se homem, e quarenta e oito anos ou mais de idade, se mulher; e II contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e b) um período adicional de contribuição equivalente a, no mínimo, quarenta por cento do tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior. Em relação à obrigatoriedade de apresentação de laudo técnico e de suas características, dispõem os parágrafos 1º, 2º e 3º do art. 58 da Lei 8.213/91 que: 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista. 2º Do laudo técnico referido no parágrafo anterior deverão constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento respectivo. 3º A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado c om referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à penalidade prevista no art. 133 desta Lei. Dessa forma, como a requerente não trouxe aos autos documentos hábeis a comprovar o caráter especial de todos os períodos de trabalho indicados como tal, inclusive deixando de juntar os respectivos laudos técnicos dos PPP s apresentados, foram apurados apenas 28 anos 05 meses e 29 dias de tempo de contribuição até a DER, tempo insuficiente à concessão da aposentadoria por tempo de contribuição, seja integral ou proporcional. Deve, portanto, ser mantida a decisão recorrida por todos os seus termos.

Conclusão: CONHEÇO DO RECURSO ORDINÁRIO, POR SER TEMPESTIVO, PARA NO MÉRITO NEGAR-LHE PROVIMENTO. Relator(a) Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). GELZA ZODJA GOMES LEIROS FERREIRA Conselheiro(a) Suplente Representante do Governo Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). ARYANE KALISSA BAUMGARTNER FERNANDES DE BARROS Conselheiro(a) Suplente Representante dos Trabalhadores Presidente concorda com voto do relator(a). ALESSANDRA DE ARAUJO Presidente Decisório Nº Acórdão: 2773 / 2014 Vistos e relatados os presentes autos, em sessão realizada hoje, ACORDAM os membros da 2ª Composição Adjunta da 27ª Junta de Recursos do CRPS, em CONHECER DO RECURSO E NEGAR-LHE PROVIMENTO, POR UNANIMIDADE, de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua fundamentação. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros GELZA ZODJA GOMES LEIROS FERREIRA e ARYANE KALISSA BAUMGARTNER FERNANDES DE BARROS. Relator(a) ALESSANDRA DE ARAUJO Presidente