RECURSO Nº ACÓRDÃO Nº

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1 PUBLICAÇÃO DA DECISÃO DO ACÓRDÃO No D.O. 24 / 06 / 2016 Fls.: 04 SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL Rubrica: ID: Sessão de 10 de maio de 2016 PRIMEIRA CÂMARA RECURSO Nº ACÓRDÃO Nº INSCRIÇÃO ESTADUAL Nº AUTO DE INFRAÇÃO Nº RECORRENTE - BRASIL SIGN PLÁSTICOS LTDA ME RECORRIDA RELATOR JUNTA DE REVISÃO FISCAL CONSELHEIRO LUIZ CHOR Participaram do julgamento os Conselheiros Luiz Chor, Paulo Eduardo de Nazareth Mesquita, Antonio Silva Duarte e Marcos dos Santos Ferreira. ICMS DOCUMENTO FISCAL INIDÔNEO OBRIGATORIEDADE DE EMISSÃO DE NF-e. O credenciamento na inspetoria para emissão de nota fiscal eletrônica consiste em ato permissionário e não traduz exigência obrigatória de sua consecução a partir do dia , haja vista a necessidade de prazo razoável para implementação das ferramentas necessárias à emissão, razão pela qual a obrigatoriedade é postergada de acordo com o tipo de contribuinte por meio do Protocolo nº 42/2009. A mudança de sua atividade econômica, ocorrida em , afasta a aplicabilidade da Cláusula Primeira do Protocolo nº 42/2009 e, por conseguinte, a obrigatoriedade de emissão de NF-e a partir de 1º/04/2010, eis que esta norma está direcionada apenas aos CNAE s indicados no Anexo Único do Protocolo. Na condição de comerciante varejista, a Recorrente se enquadra na disposição da Cláusula Segunda do aludido Protocolo, de modo que sua obrigação de emitir notas fiscais eletrônicas teve início em 1º/12/2010. Excluídas as operações acobertadas pelos documentos fiscais emitidos anteriormente a essa data. Recurso parcialmente provido. Decisão unânime.

2 PRIMEIRA CÂMARA Acórdão nº fls. 2/5 RELATÓRIO De acordo com o relato do Auto de Infração, a empresa foi autuada por ter emitido nota fiscal modelo 1 após ter se credenciado para emissão de NF-e em Foram citados como infringidos os art. 2º, inciso. I; art. 3º, inciso I e art. 47, inciso I, da Lei nº 2.657/96; em complemento art. 24, Livro VI, do RICMS/00; e aplicada penalidade prevista no art. 59, inciso IX, alínea a, da Lei nº 2.657/96, com redação da Lei nº 3.525/00 Às fls. 190/194, impugnação do contribuinte sustentando que a obrigatoriedade de emissão da nota fiscal eletrônica teve início em 1º/04/2010, por ter o CNAE de nº na condição de atacadista. Às fls. 250/263, decisão de primeira instância que julgou procedente o Auto de Infração, nos termos da ementa transcrita a seguir: 9. Documento Fiscal 9.6 Inidôneo Segundo o Protocolo nº 42/2009, a obrigatoriedade a emissão da NF-e se deu em 1º/04/2010 Impugnante não logrou êxito em comprovar seu descredenciamento no sistema de emissão do documento fiscal eletrônico, uma vez que não houve a respectiva publicação em Portaria expedida por esta Secretaria, o que a obrigaria a impugnante a emitir tais documentos desde a data definida no protocolo. Auto de Infração Procedente em Parte. Em cumprimento ao art. 251 do CTE 1, o processo foi remetido ao Conselho dos Contribuintes para apreciação do respectivo recurso de ofício. 1 Art Poderá a autoridade julgadora acolher a defesa do sujeito passivo, no todo ou em parte, sendo, todavia, obrigatório o recurso de ofício a uma das Câmaras do, por livre distribuição.

3 PRIMEIRA CÂMARA Acórdão nº fls. 3/5 À fl. 268, despacho da Representação da Fazenda opinando pela manutenção da decisão de primeira instância. Às fls. 269/270, recurso de ofício desprovido. Às fls. 01/12 do Anexo I, recurso voluntário do contribuinte reiterando os mesmos fundamentos da impugnação. Às. fls. 283/286, parecer da Representação da Fazenda opinando pelo provimento parcial do recurso voluntário. É o relatório. VOTO DO RELATOR Trata-se de litígio tributário instaurado em face da emissão de documentos fiscais considerados inidôneos por se tratarem de notas fiscais modelo 1 emitidas aparentemente em período no qual a obrigatoriedade da emissão eletrônica já estava vigente. Como bem apontado pela Representação da Fazenda, o credenciamento na inspetoria para emissão de nota fiscal eletrônica consiste em ato permissionário e não traduz exigência obrigatória de sua consecução a partir do dia , haja vista a necessidade de prazo razoável para implementação das ferramentas necessárias à emissão, razão pela qual a obrigatoriedade é postergada de acordo com o tipo de contribuinte por meio do Protocolo nº 42/2009. Além disso, não se pode negligenciar a mudança do CNAE da Recorrente, que passou de atacadista para varejista sob o CNAE nº /99. A mudança de sua atividade econômica, ocorrida em , afasta a aplicabilidade da Cláusula Primeira do Protocolo nº 42/2009 e, por conseguinte, a obrigatoriedade de emissão de NF-e a partir de 1º/04/2010, eis

4 PRIMEIRA CÂMARA Acórdão nº fls. 4/5 que esta norma está direcionada apenas aos CNAE s indicados no Anexo Único do Protocolo. Na condição de comerciante varejista, a Recorrente se enquadra na disposição da Cláusula Segunda do aludido Protocolo, de modo que sua obrigação de emitir notas fiscais eletrônicas teve início em 1º/12/2010. Cláusula segunda Ficam obrigados a emitir Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, a partir de 1º de dezembro de 2010, os contribuintes que, independentemente da atividade econômica exercida, realizem operações destinadas a: (...) Parágrafo único. Caso o contribuinte não se enquadre em outra hipótese de obrigatoriedade de emissão da NF-e, a obrigatoriedade de seu uso em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1A, ficará restrita às operações dirigidas aos destinatários previstos nesta cláusula. Importante observar também que o inciso II, do parágrafo único da Cláusula Segunda do referido Protocolo não se plica a Recorrente, eis que as notas constantes nos autos não se referem aos CFOP s elencados no dispositivo regulamentar. Por fim, em atenção à retroatividade benigna esculpida no art. 106, inciso II, alínea c, do CTN, a penalidade cominada deverá ser adequada às alterações trazidas pela Lei nº 6.357/12. Isto posto, dou parcial provimento ao recurso, para exclusão dos valores relativos aos períodos anteriores à 01/12/2010. É como voto.

5 PRIMEIRA CÂMARA Acórdão nº fls. 5/5 A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos em que é Recorrente a BRASIL SIGN PLÁSTICOS LTDA ME e Recorrida a JUNTA DE REVISÃO FISCAL. Acorda a PRIMEIRA CÂMARA do do Estado do Rio de Janeiro, à unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do Conselheiro Relator. PRIMEIRA CÂMARA do do Estado do Rio de Janeiro, em 10 de maio de LUIZ CHOR RELATOR MARCOS DOS SANTOS FERREIRA PRESIDENTE LMBC