ABRO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA. 1 O contrato de experiência deve ser anotado na CTPS do funcionário?
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- Raíssa Imperial Zagalo
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1 ABRO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA 1 O contrato de experiência deve ser anotado na CTPS do funcionário? R: O Contrato de Experiência está previsto no Parágrafo Único do artigo 445 CLT que prevê que: O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. Esse tipo de contrato deve ser anotado na CTPS do empregado, bem como deve ser feito um contrato particular estabelecendo a data de início e de término do contrato, a função e demais anotações pertinentes ao contrato, porém o contrato escrito não tem validade se não tiver anotado na CTPS do funcionário nas anotações gerais de que se trata de contrato de experiência, prevendo a data de início e fim do contrato. No caso de ocorrer a prorrogação essa também deve ser anotada na CTPS sob pena de ser considerado contrato por prazo indeterminado. O artigo 29 da CLT estabelece que: O patrão tem o prazo de 48 horas para providenciar a assinatura do contrato de trabalho na CTPS do funcionário e devolver o referido documento devidamente anotado. 2 - Qual é a duração da jornada de trabalho prevista em Lei? R: A legislação trabalhista estabelece, salvo os casos especiais, que a jornada normal de trabalho é de 8 (oito) horas diárias e de 44 (quarenta e quatro) horas semanais. 3 Qual é a duração do intervalo para descanso e alimentação? R: Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 hora e, salvo acordo escrito ou convenção coletiva em contrário, não poderá exceder de 2 horas. Não excedendo 6 horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 minutos quando a duração ultrapassar 4 horas. 4 - Qual é a duração da jornada de trabalho prevista em Lei para os técnicos em radiologia? R: O Artigo 14 da Lei 7.394/85 - Lei que regulamenta a profissão de Técnico em Radiologia diz: A jornada de trabalho dos profissionais abrangidos por esta lei será de 24 (vinte e quatro) horas semanais.
2 Mesmo em se tratando de Técnico em saúde Bucal, se ele trabalhar fazendo RX, que deve ser sob a supervisão de um dentista, tem direito a cumprir essa jornada de trabalho de 24 horas em razão da exposição à radiação ionizante. É VEDADA A CUMULAÇÃO DE TURNOS, SEJA NO MESMO ESTABELECIMENTO OU EM ESTABELECIMENTOS DIFERENTES. 5 Qual é o adicional e o percentual do adicional a ser pago ao técnico em radiologia? R: A lei 7.394/85 que regula a profissão de técnico em radiologia criou o adicional de remuneração de 40% (quarenta por cento), a título de risco de vida e insalubridade -(art. 16). A NR 15 do Ministério do Trabalho prevê que nos casos de radiação ionizante (RX), que é considerado o grau de exposição máximo, que os empregados devam receber o percentual de 40% de insalubridade, percentual esse que deve incidir sobre o salário mínimo nacional. Todos têm que usar EPIS Equipamento de Proteção individual, para se protegerem da ação dos agentes insalubres. Mesmo em se tratando de Técnico em saúde Bucal, se que trabalhar fazendo RX sob a supervisão de um dentista, terá direito a receber o referido adicional. 6 Como ficam os operadores de RX que já exerciam tal profissão com a entrada em vigor da Lei 7.394/85, que regulou a profissão de Técnico em radiologia? R: Mesmo com o surgimento da lei que regulou a profissão de Técnico em Radiologia que passou a exigir a formação profissional por intermédio de Escola Técnica de Radiologia (com duração mínima de 3 anos) ou possuir diploma de habilitação profissional expedido por Escola Técnica de Radiologia, registrado no órgão federal (art. 2, I e II), por meio do artigo 11 da mesma lei ficou assegurado todos os seus direitos aos profissionais até então denominados "operadores de raios X". Sendo assim todos os profissionais que já exerciam as atividades enquadradas pelo diploma legal em tela passaram a ser denominados "Técnicos em Radiologia" e a ser regidos pela Lei 7.394/85, podendo (e devendo) requerer seu registro no Conselho Regional de Técnicos em Radiologia para o exercício da profissão, independente de possuírem o curso de formação mencionado no art. 2 da citada lei. 7 - Operadoras de planos odontológicos exigem no contrato, que alguns procedimentos tenham radiografia final. Algumas dessas radiografias são apenas para fins de perícia como por exemplo remoção de dentes inclusos, a realização desse exame é permitido?
3 R: A norma que regula esse assunto é a Resolução 102/2010 do Conselho Federal de Odontologia, que proíbe o uso indiscriminado do RX, que prevê: Art. 1º. Fica vedado o uso indiscriminado de Raio X com finalidade, exclusivamente, administrativa em substituição à perícia/auditoria e aos serviços odontológicos. 8 - Quando devo usar um dosímetro pessoal? R: Quando, em função de seu trabalho, estiver continuamente nuamente exposto à radiação ionizante. O dosímetro deve ser utilizado durante toda jornada de trabalho e não apenas quando entrar na sala de exames. Isto vale em especial para serviços com mais de uma sala de exames. 9 Os técnicos em saúde bucal podem radiografar? A Lei 11889/2008 que regulamenta a função dos Técnicos em Saúde Bucal não é clara nesse aspecto, pois deixa brechas quanto a esses profissionais estarem autorizados a fazer RX, pois prevê em seu artigo 5º, inciso VII que o TSB pode realizar fotografias e tomadas de uso odontológicos exclusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas, porém sempre com a supervisão de um dentista. Juridicamente falando ainda não existe um julgamento pacífico a respeito, porém a maioria dos julgados têm sido no sentido de que os TSB'S não podem radiografar já que existe uma profissão especifica para isso, no caso os técnicos em radiologia. Apesar dessas ocorrências no âmbito jurídico o CRO e o CFO emitiram pareceres que estão em anexo, com orientações diferentes do que os juízes vêm entendendo, mas ressaltamos,que no âmbito jurídico na maioria dos casos o entendimento é que apenas o Técnico em Radiologia pode radiografar. 10 Quem é o órgão competente para fiscalizar as Clínicas de Radiologia Odontológica? R: Os órgãos competentes para fiscalizar Clínicas de Radiologia Odontológica e Consultórios Odontológicos são o Conselho Regional e Conselho Federal de Odontologia. 11 O que devo fazer se o Conselho Regional de Técnicos em Radiologia for em minha clínica para fiscalizar? R: Se em sua clínica tiver técnicos em radiologia trabalhando você deverá permitir que o fiscal do CONTER fiscalize sua clínica, porém se você não tem um técnico de radiologia trabalhando, não deve permitir a fiscalização por parte do Conselho Regional de Técnicos em Radiologia. Resista, mesmo que estejam com força policial, explique pacificamente para o policial que o órgão competente para fiscalizar Clínicas de Radiologia Odontológica e Consultórios Odontológicos são: o
4 Conselho Regional e o Conselho Federal de Odontologia, a não ser que exista ordem judicial autorizando ao fiscalização. 12 Ao fazer uma radiografia em minha clínica, preciso emitir laudo? Conforme prevê o artigo 18, inciso VI do Código de Ética Odontológico: Art. 18: Constitui infração ética: VI - deixar de emitir laudo dos exames por imagens realizados em clínicas de radiologia 13 Por quanto tempo devo guardar a documentação de um paciente? Esta é uma constante dúvida na área odontológica. Alguns dizem 2 anos, outros 5, outros 10, Legalmente falando, deve observar que no Código Civil Brasileiro, o prazo prescricional para ajuizamento das ações é de três anos para os profissionais liberais (que é o caso da Odontologia), porém, o referido dispositivo legal abre exceção para possíveis leis complementares, como é o caso do Código de Defesa do Consumidor, que delimita um prazo de cinco anos, iniciada a contagem a partir do conhecimento do dano, ou seja quando o paciente percebe o problema. Assim, em virtude disso, o procedimento mais seguro frente à documentação é a guarda do prontuário odontológico ao longo de toda a vida do profissional, haja vista a variedade de de interpretação jurídica do assunto O que é de PCMSO? R: O PCMSO ou Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional é um programa que deve ser elaborado em implantado em todas as empresas que possuam funcionários registrados. A obrigatoriedade da implantação do PCMSO é dada pela Norma Regulamentadora - NR 07, em seu item 7.1.1, vejamos: "7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores". O objetivo do PCMSO é se estabelecer um sistema de detecção precoce de doenças relacionadas ao trabalho.
5 Como parte integrante do PCMSO, são realizados os seguintes exames médicos ocupacionais: Pré-Admissionais, Periódicos, Retorno ao Trabalho, Mudança de Função, Demissionais No auxílio do diagnóstico, o médico coordenador do PCMSO pode lançar mão de uma série de recursos, entre eles a elaboração de exames complementares. Dentre os mais comuns podemos citar os laboratoriais, audiométricos, radiológicos, entre outros Qual a diferença entre o PPRA (programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho)? Embora ambos os documentos estejam ligados às condições de segurança no ambiente de trabalho, cada um se presta à finalidade diferente. O PPRA é um Programa, com a finalidade de reconhecer e reduzir e/ou eliminar os riscos existentes no ambiente de trabalho, servindo de base para a elaboração do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). O PPRA precisa ser revisto e renovado anualmente O que significa LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho)? O LTCAT é um Laudo, elaborado com o intuito de se documentar os agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho e concluir se estes podem gerar insalubridade para os trabalhadores eventualmente expostos. Somente será renovado caso sejam introduzidas modificações no ambiente de trabalho As empresas podem ser multadas caso não possuam o LTCAT? O parágrafo 3º do Art. 58 d Lei 8213/91 com o texto dado pela Lei 9528/97 diz que: A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo, estará sujeito à penalidade prevista no Art. 133 desta Lei, que foi republicada na MP de e convertida na Lei 9528 de Este documento deve estar disponível na empresa para análise dos Auditores Fiscais da Previdência Social, Médicos e Peritos do INSS, Fiscais no Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho, devendo ser realizadas as alterações necessárias no mesmo, sempre que as condições de nocividade se alterarem, guardando-se as descrições anteriormente existentes no referido Laudo,
6 juntamente com as novas alterações introduzidas, datando-se adequadamente os documentos, quando tais modificações ocorrerem Qual é o prazo de validade do LTCAT? O LTCAT tem validade indefinida, atemporal, ficando atualizado permanentemente, enquanto o layout da empresa não sofrer alterações. O presente material visa orientar os profissionais de saúde da área da Radiologia Odontológica a estarem atualizados alizados quanto aos procedimentos para prevenção de doenças no trabalho e para esclarecer as dúvidas quanto aos documentos e procedimentos necessários exigidos pelos órgãos fiscalizadores.
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