PARTICIPANDO DA CONSTRUÇÃO DA AGENDA 21 DA UFFS, CAMPUS CERRO LARGO, RS

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Transcrição:

PARTICIPANDO DA CONSTRUÇÃO DA AGENDA 21 DA UFFS, CAMPUS CERRO LARGO, RS Cristiane Helena da Silva (UFFS) Carmine Zirmermann (UFFS) Janice Silvana Novakowski Kierepka (UFFS) Claudia Maiara Heck (UFFS) Tamini Wyzykowski (UFFS) Cristiano Rodeski Pires (UFFS) Roque Ismael da Costa Güllich (UFFS) INTRODUÇÃO O texto apresenta a proposta de trabalho de um grupo do Estágio Curricular Supervisionado II, do Curso de Ciências: Biologia, Física e Química Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Cerro Largo RS. A proposta de estágio incidiu num processo formativo em espaços não formais com intuito de possibilitar ao licenciando vivências que ampliam temáticas correlatas a docência em Ciências, qualificando assim, a formação. O estágio realizou-se própria UFFS, com intuito do grupo conhecer, planejar e divulgar algumas ações de sensibilização ambiental que constituirão a Agenda 21 Institucional. A Agenda 21 trata-se de um documento estabelecido em 1992 na Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida também por Rio-92. Os países participantes assumiram o compromisso e o desafio de internalizar, em suas políticas públicas, as noções de sustentabilidade e de desenvolvimento sustentável (NOVAIS; RIBAS; NOVAES, 2000). A agenda 21 busca um planejamento de um futuro sustentável com ações de curto, médio e longo prazo, que reintroduz a ideia de que comunidades e gerações futuras podem, devem planejar e estabelecer um elo de solidariedade entre todos. Como futuros professores de Ciências desenvolvemos atividades de sensibilização ambiental que integram a proposta da agenda 21 da UFFS. Propomos desenvolver nosso estágio dentro de uma perspectiva ambiental, levando os acadêmicos à reflexão sobre os 1

problemas que afetam a sua vida, a sua comunidade e consequentemente o planeta. METODOLOGIA Nosso estágio foi desenvolvido através de uma metodologia de investigação-ação, que consiste no planejamento das nossas ações e na tomada de decisões de um modo mais consciente, à medida que realizamos uma reflexão crítica dos fatos que cercam o meio em que estamos inseridos e desenvolvendo a nossa proposta de estágio. Acreditamos que refletir sobre nossas ações nos levará a uma melhoria de nossa prática, bem como da nossa própria formação docente, além de proporcionar um melhor êxito nos resultados das ações empreendidas, ao passo que se trata de uma reflexão formativa por ser direcionada sobre e para a prática empreendida. No decorrer do estágio participamos de reuniões com responsáveis pela proposta da Agenda 21 da UFFS, realizamos pesquisa bibliográfica sobre o tema e construímos o relatório, registrando nossas reflexões sobre as atividades desenvolvidas. Decidimos que seria viável realizar ações de sensibilização ambiental em nosso estágio, pois acreditamos que é necessário que os indivíduos tomem consciência /sejam sensibilizados de seu papel frente a questões relacionadas ao meio ambiente. Para promover as ações de sensibilização confeccionamos cartazes contendo informações para alertar a comunidade acadêmica quanto à importância de repensar nossos hábitos diários. Optamos também por trabalhar com a questão da separação dos resíduos sólidos, da redução do consumo de energia elétrica, da reutilização das folhas A4 e do uso consciente e moderado de materiais descartáveis. Além disso, criamos um blog com o objetivo de divulgar as ações desenvolvidas, pois na atualidade este é um importante instrumento para a socialização das atividades e sensibilização do público-alvo. Por fim, realizamos um seminário temático: Sensibilização Ambiental na Construção da Agenda 21 da UFFS no Campus Cerro Largo, a fim de apresentar a comunidade acadêmica as ações da Agenda 21 bem como seu papel no contexto da Universidade. O seminário visou promover um diálogo entre toda a comunidade acadêmica, buscando promover a sensibilização e mobilização de todos, quanto aos problemas socioambientais, à importância de preservar o meio ambiente e principalmente a mudança de hábitos diários que podem contribuir para a redução de impactos ambientais. 2

RESULTADOS Atualmente a questão ambiental vem sendo muito discutida pela necessidade do desenvolvimento sustentável. Nesse sentindo, a educação assume um novo papel no que se refere à conservação e preservação do meio ambiente, formando cidadãos críticos em relação à problemática ambiental. A UFFS preocupada com a questão da adoção de medidas político ambientais, defendidas na proposta da Agenda 21 global. Existia na instituição uma inquietação com relação à definição e implementação de proposta referente a Educação Ambiental (EA), prova disso é a elaboração de Plano de Gestão e Logística Sustentável (PGLS) da UFFS 2013, que trata-se de um documento elaborado em conjunto pelos cinco Campi da Universidade que objetiva reunir em único plano as ações sustentáveis adotadas por cada Campus da instituição. À medida que estas ações são executadas, as mesmas vão constituindo a Agenda 21 institucional (UFFS, 2013). Cabe destacar que para as ações que constituem o PGLS e consequentemente a Agenda 21 da UFFS sejam alcançadas, é preciso realizar uma mobilização de toda a comunidade acadêmica para discussão dos temas ambientais de forma participativa. Nesse sentido, acreditamos que nossa proposta de estágio veio a contribuir com ações empreendidas buscaram promover a sensibilização ambiental no espaço acadêmico. Acreditamos que a universidade é um espaço institucionalizado no qual além da produção de conhecimentos científicos deve ser trabalhado também o respeito à natureza, aos seres humanos e aos conceitos do desenvolvimento sustentável como questões centrais. No art.2º da Lei 9.795 de abril de 1999 é ressaltado que a Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (BRASIL, 1999, p.1). Então, em nível formal, a EA deverá ser trabalhada em toda vida acadêmica e não pretende se configurar numa disciplina, mas deverá ser abordada de forma multidisciplinar e integrada, perpassando as propostas curriculares institucionais e dos cursos. Os professores também devem ser preparados para abordar esse tema. Ao pensarmos sobre o nosso papel como futuros professores de Ciências concordamos com Jacobi (2003, p.190) que ressalta a forma de produção/construção do conhecimento que vise à EA: 3

a produção de conhecimento deve necessariamente contemplar as inter-relações do meio natural com o social, incluindo a análise dos determinantes do processo, o papel dos diversos atores envolvidos e as formas de organização social que aumentam o poder das ações alternativas de um novo desenvolvimento, numa perspectiva que priorize novo perfil de desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidade socioambiental. Neste sentido, é relevante a discussão a respeito da EA na formação inicial de professores de Ciências e demais áreas, no intuito de formar professores habilitados a trabalhar criticamente essa questão do ponto de vista social, econômico, cultural, ético e valorativo. No caso da UFFS, Campus Cerro Largo, o Programa de Educação Tutorial (PETCiências) terá papel fundamental na construção da continuidade da proposta de estágio por nós desenvolvida, fazendo como que uma proposta integradora de ações e sensibilização seja amplamente aperfeiçoada na vida do Campus. A EA assume um papel na busca de um desenvolvimento integrado entre o homem e o meio ambiente, tendo em vista à construção de um futuro que garanta uma qualidade de vida para todas as gerações. Cabe destacar que as problemáticas ambientais são causadas pelas nossas próprias ações, que revertem em perda da qualidade de vida. Assim, evidencia-se a importância da EA para minimizar essa situação. Para que isso seja possível é necessário o envolvimento de toda a sociedade, desenvolvendo um novo modo de vida, em que haja diminuição do consumo e economia de recursos naturais. Entretanto é necessário que a EA seja vista como um processo de permanente aprendizagem que valoriza as diversas formas de conhecimento e forma cidadãos com consciência local e planetária (JACOBI, 2003, p. 198). CONCLUSÃO O Estágio Curricular Supervisionado II teve o intuito de contextualizar propostas de educação não formais possibilitando atividades diferenciadas, que neste caso foi a sensibilização ambiental a fim de colaborar na implantação da Agenda 21 da UFFS, Campus Cerro Largo-RS. Foi de grande valor formativo o estágio que realizamos e consideramos importante a abordagem da EA em nossa proposta por tratar-se de um tema transversal ao ensino de Ciências, que tem relação com nosso cotidiano e também com nossa futura profissão. Consideramos imprescindível para qualificar nossa formação desenvolver atividades 4

diferenciadas, ampliando assim, as possibilidades de leitura da realidade. Percebemos que a sociedade está em constante transformação e desse modo há a necessidade de haver professores bem preparados para problematizar o ensino de Ciências. Acreditamos que cabe ao professor contextualizar e sensibilizar os alunos quanto à realidade que o cerca, pois temos a crença de que o indivíduo cuida daquilo que conhece, diante disso, destacamos a importância da sensibilização ambiental em todos os contextos. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei nº 9.795/1999 - Lei de Educação Ambiental. Brasília: Senado Federal, 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 15 de nov. 2012. JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, n. 118, p.189-205, março/2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cp/n118/16834.pdf. 08/ 01/ 2013>. Acesso em: 08 de jan. 2013. NOVAIS, W.; RIBAS, O.; NOVAES, P. da C. Agenda 21 Brasileira. Bases para a discussão. Brasília: MMA/PNUD, 2000. UFFS. Plano de Gestão de Logística Sustentável da UFFS 2013. Chapecó-SC: UFFS, 2013. Disponível em: <http://www.uffs.edu.br/index.php?site=proadhyperlink >. Acesso em: 26 de fev. 2013. 5