Ensino de Didática: Parceria entre Universidade e Escola Básica
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- Lavínia de Vieira
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1 Ensino de Didática: Parceria entre Universidade e Escola Básica Lúcia Helena Gazólis de Oliveira Professora do Colégio de Aplicação da UFRJ lhgazolis@gmail.com
2 Formação de professores na universidade Decreto-Lei de abril de 1939-Faculdade Nacional de Filosofia uma divisão de Pedagogia e uma de Didática Departamento de Educação Criação do Colégio de Aplicação: Campo de estágio de formação inicial para os licenciandos da UB Lei 5045-Reforma Universitária Extingue a FNFI Cria diferentes institutos Cria a Faculdade de Educação
3 Formação de professores na universidade Colégio de Aplicação: Escola modelo (melhores professores/melhores aulas), onde seriam aplicados os princípios do modelo da racionalidade técnica. Tentativa de romper com essa lógica.
4 Formação de professores na universidade CAp UFRJ atualmente: Órgão suplementar do CFCH que tem como finalidade o ensino, a pesquisa e a extensão na área de educação básica, constituindo-se em campo de estágio supervisionado para a formação de profissionais de educação e áreas afins (FE e institutos de origem).
5 Ensino de Didática: Parceria entre Universidade e Escola Básica De que escola básica estamos falando. Colégios de Aplicação: carreira que possibilita e exige uma atuação voltada para as necessidades da formação docente. Escolas das redes estadual e municipal: carreira que não destina tempo nem remuneração para dedicação à licenciatura.
6 Ensino de Didática: Parceria entre Universidade e Escola Básica Carreira no CAp Carga horária destinada à orientação da licenciatura Acesso à formação em diferentes níveis e modalidades Desenvolvimento de pesquisas Espaço profícuo para se pensar as práticas de ensino na EB, associadas a um olhar investigativo e articuladas com a fundamentação teórica. Contraditoriamente, luta para garantir que os licenciandos ocupem esse espaço devido principalmente a dificuldades de ordem econômica. Mito: CAp=laboratório, onde as situações de ensino e de aprendizagem são controladas, ou ainda, local que não enfrenta situações semelhantes às de outras escolas públicas.
7 Ensino de Didática: Parceria entre Universidade e Escola Básica Alguns pressupostos: A prática docente é um espaço de produção, de transformação e de mobilização de saberes que são próprios dos professores (Tardif,2002) Reafirmação da universidade (incluindo o CAp) como espaço de formação de professores. Desenvolvimento de reflexões sobre aspectos políticos, sociais, éticos e culturais implícitos na ação educativa. Formação teórico-prática (domínio de aspectos técnicos sem que se fique refém do tecnicismo).
8 Ensino de Didática: Parceria entre Universidade e Escola Básica Alguns pressupostos: Transformação da prática em conhecimento profissional docente. Prática a serviço da produção de conhecimento contextualizado, como forma de superação da própria prática, enquanto mera técnica, mas, ao contrário, como libertadora do profissional no sentido de que ele se torne autor do seu próprio fazer pedagógico e de sua reformulação, fundamentado pelas teorias que tiver escolhido para a sua atuação.
9 Ensino de Didática: Parceria entre Universidade e Escola Básica Professor da EB: Produtor de saberes. Tem a docência como base de sua identidade profissional. Domina o conhecimento de sua área. Tem conhecimento pedagógico abrangente que lhe permite perceber as relações existentes entre as atividades educacionais e a realidade social em que o processo educacional ocorre, sendo capaz de ensinar e de produzir conhecimentos.
10 Ensino de Didática: Parceria entre Universidade e Escola Básica Licenciando: Enriquece o trabalho escolar quando realiza ou estimula uma ponte entre a produção acadêmica de saberes e a produção de saberes gerada na própria prática educativa. Oportuniza ao professor regente refletir sobre seu próprio trabalho e exercitar a explicitação de suas concepções e ações. Contribui para a valorização do professor regente quando este percebe que seus saberes e sua prática pedagógica constituem fonte de experiências significativas para a formação de um novo professor.
11 Ensino de Didática: Parceria entre Universidade e Escola Básica Algumas oportunidades de vivência da docência no CAp: Situações de exercício profissional junto aos alunos da EB, com apoio e encorajamento a uma postura propositiva perante as questões que envolvem o processo de ensino-aprendizagem e os demais desafios que envolvem o cotidiano escolar. Vivência da dinâmica do funcionamento da escola (reuniões de planejamento por disciplinas e por séries, reuniões com responsáveis, conselhos de classe, eventos didático-pedagógicos, aulas externas, Seminário Interno, Jornada Acadêmica, Escola Aberta). Colaboração na seleção de conteúdos, estratégias e recursos para o desenvolvimento de atividades.
12 Ensino de Didática: Parceria entre Universidade e Escola Básica Algumas oportunidades de vivência da docência: Participação em projetos de ensino, pesquisa e/ou extensão. Elaboração de planos de aulas. Orientação de alunos ou grupo de alunos em apoio (planejamento conjunto com o professor da disciplina). Correção de exercícios, trabalhos e provas, a partir de critérios de avaliação discutidos com o professor da turma. Planejamento e produção de materiais didáticos.
13 Enquanto vamos construindo a Casa Comum Aproximações: Tentativa de minimizar a separação de tempos e de espaços: Aulas de prática de ensino que acontecem no CAp e orientações que os professores do CAp realizam nos institutos. Manifestação do CAp em relação ao interesse em participar da reformulação e atualização curricular dos Cursos de Licenciatura. Proposta de oferecimento de disciplina de Graduação: Prática como Componente Curricular (PCC).
14 Enquanto vamos construindo a Casa Comum Aproximações: Busca de subverter a lógica de que o CAp seria um campo para pesquisadores externos e para a aplicação de conhecimentos produzidos por outros profissionais. Os próprios professores do CAp atuando como pesquisadores. Iniciativa de discutir com a coordenação de estágio e com os professores de Prática de Ensino sobre parcerias possíveis no sentido de possibilitar que os licenciandos realizem o estágio de EB no CAp. Acolhimento: recepção, produção do caderno de estágio, apresentação do CAp, das normas de estágio, de projetos em desenvolvimento.
15 Enquanto vamos construindo a Casa Comum Aproximações: Orientação: Vivências do licenciando, relação entre teorias estudadas e o que é observado na escola; identificação de necessidades e interesses específicos do licenciando e abordagem no campo de estágio (leituras compartilhadas de textos). Tentativa de ver determinado tema por vários ângulos (Currículo integrado).
16 Enquanto vamos construindo a Casa Comum Distanciamentos: Diálogo estreito entre escola e universidade. Pouco tempo para o desenvolvimento do futuro profissional (menor descompasso de calendários poderia minimizar). Estágio tardio em EB (licenciandos apontam distanciamento entre o investimento teórico e o momento em que podem fazer relações com a sala de aula). Nós escrevemos muito pouco sobre temas que nos são caros e quando não escrevemos ficamos mais distante de reflexões elaboradas que poderiam fornecer elementos para enfrentamento dos nossos problemas.
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