0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 1 DESEMBARGADOR WILSON CARVALHO DIAS Órgão Julgador: 7ª Turma Recorrente: Recorrido: Origem: Prolator da Sentença: MARIA DAS GRAÇAS SALVADOR SOARES - Adv. Diogo Alves Zago Mascarenhas UNIMED PELOTAS SOCIEDADE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA - Adv. André Schild Branco de Araújo 3ª Vara do Trabalho de Pelotas JUÍZA ANA CAROLINA SCHILD CRESPO E M E N T A RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMANTE. DOENÇA DEGENERATIVA. AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL OU CONCAUSAL COM O TRABALHO. Caso em que a prova pericial médica atestou a ausência de nexo causal ou concausal entre a doença degenerativa que acomete a reclamante e as suas atividades laborais na reclamada, impondo-se o indeferimento das pretensões indenizatórias decorrentes de suposta doença ocupacional. Recurso desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos os autos. ACORDAM os Magistrados integrantes da 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 04ª Região: por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMANTE.
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 2 Intime-se. Porto Alegre, 26 de agosto de 2015 (quarta-feira). R E L A T Ó R I O Inconformada com a sentença de improcedência das fls. 603-606, a reclamante interpõe recurso ordinário, fls. 611-613. Pretende a reforma daquela em relação aos seguintes tópicos: indenizações por danos materiais (danos emergentes e lucros cessantes na forma de pensão vitalícia) e por dano moral decorrentes de doenças ocupacionais, indenização correspondente à garantia provisória no emprego, restabelecimento do plano de saúde e indenização por dano moral decorrente da sua supressão, e honorários asssistenciais. Sem contrarrazões, os autos são remetidos a este Tribunal para apreciação. É o relatório. V O T O DESEMBARGADOR WILSON CARVALHO DIAS (RELATOR): A reclamante insurge-se contra o não reconhecimento do nexo causal entre as doenças desenvolvidas e o trabalho na reclamada e o consequente indeferimento das pretensões decorrentes. Sustenta que a tendinose do supraespinhoso e a bursite subacromiodeltoídea decorreram de esforços repetitivos e excessivos desenvolvidos no trabalho ou ao menos atuaram como concausa ou causa de agravamento pelo trabalho. Invoca o laudo
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 3 pericial médico para defender que não foi excluída a hipótese da concausa ou de causa de agravamento da lesão. Alega que sofreu as lesões durante o período contratual, a partir de 2009/2010. Refere que possui baixa estatura e utilizava o músculo supraespinhoso nas tarefas de digitação e inserção de dados realizadas na bancada, que ficava na altura do seu peito, e na remoção de pacientes em maca, cadeiras de roda e colocação e remoção de leito. Diz que a reclamada, na defesa, não negou o desempenho destas atividades. Refere que a tendinose apareceu após longo tempo de contrato, uma vez que foi admitida em 1994, e o início das queixas data de 2009/2010. Aduz que diversos colegas tiveram lesões semelhantes nestas atividades, decorrentes de esforços repetitivos. Alega que a reclamada descumpriu a regra do art. 168 da CLT, por não ter juntado toda a documentação médica relativa à admissão, exames periódicos e "demissão", bem como relativa às condições de trabalho (PPRA, PCMSO, LTCAT, etc). Pretende, assim, a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos materiais decorrentes das despesas de tratamento, indenização por danos materiais correspondentes aos lucros cessantes na forma de pensão vitalícia, indenização correspondente ao período de garantia provisória no emprego, indenização por dano moral decorrente das doenças ocupacionais e também da supressão do plano de saúde, sustentando quanto a esta que ficou desamparada no momento em que mais precisava do benefício. O Juízo de origem acolheu as conclusões do laudo pericial médico, cotejando-as com a prova oral e afastando as impugnações da reclamante à perícia, para assentar a ausência de nexo causal entre as atividades da reclamante na reclamada e as patologias identificadas, indeferindo as pretensões indenizatórias decorrentes e a de restabelecimento do plano de
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 4 saúde. A sentença não comporta reforma. A reclamante trabalhou para a reclamada, UNIMED PELOTAS SOCIEDADE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA, de 06.01.1994 a 03.07.2013, na função de auxiliar de enfermagem, fls. 09, 83 e 132. Segundo constou no laudo pericial médico, fls. 547-561, a cuja inspeção compareceu apenas a reclamante, a qual descreveu as atividades que exercia (administrar medicamentos, verificar os sinais dos pacientes, atender pacientes, esterilizar material cirúrgico, fazer curativos, aplicar exames de eletrocardiograma, encaminhar pacientes aos exames de raio X transportando-os em cadeira de rodas, acessar cadastro de pacientes no computador, comunicar irregularidades, manter o local limpo e organizado), e narrou que, a partir de 2009/2010, passou a apresentar um quadro de dores no ombro direito, antes inexistentes, que teriam decorrido do trabalho desempenhado no computador que ficava em um bancada alta, dizendo ter buscado auxílio médico em 2012 e realizado exames, nos quais foram constatadas tendinose do supraespinhoso com ruptura parcial e bursite do ombro direito. A reclamante também disse que realizou 20 sessões de fisioterapia e que recebeu atestado médico para afastamento por 15 dias, sem que houvesse a emissão de CAT ou o encaminhamento para recebimento de benefício previdenciário, assim como que, no momento, consegue realizar atividades domésticas evitando serviços forçados com o membro superior direito. Na análise da descrição feita pela reclamante, o perito médico, fls. 555-556, aduziu que o seu tratamento realizado em 2012 representou adequada
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 5 resposta clínica, que o exame físico demonstrou a inexistência de sequelas funcionais e estéticas, que não identificou fatores, nas suas atividades, que pudessem dar suporte etiológico ao quadro da reclamante. O perito médico também referiu não ter constatado postura ergonomicamente inadequada, uma vez que "[...] os braços permaneciam abaixo do nível dos Ombros e Antebraços e Punhos ao nível e abaixo do nível dos respectivos Cotovelos", fl. 556, além de haver frequentes alternâncias nos movimentos, no envolvimento dos principais músculos e tendões nas suas tarefas ocupacionais. O perito médico examinou o resultado de ressonância magnética realizada pela reclamante em 2012 e teceu uma série de considerações sobre o quadro médico da reclamante até formular a conclusão de que as suas patologias são de origem degenerativa, sem relação de causalidade com o trabalho (Lei 8.213/91, art. 20, 1º, "a"), conforme trechos do laudo que ora transcrevo, porque elucidativos quanto à matéria e suficientes para afastar todas as alegações e impugnações da reclamante, fls. 556-558: A Reclamante apresentou SINAIS RADIOLÓGICOS DE TENDINOSE DO SUPRAESPINHOSO, com início de sintomatologia após quinze anos de seu ingresso na Reclamada, como descrito no Exame de Ressonância Magnética de 27/10/2012: - O tendão do supraespinhoso apresenta intensidade de sinal heterogênea, secundária a tendinose, observando-se ruptura parcial atingindo a superfície umeral do tendão, junto ao intervalo dos rotadores, medindo 0,6cm. - Manifestações leves de tendinopatia nas fibras craniais do
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 6 subescapular e do infraespinhoso, que não apresentam significativas rupturas. - A bursa subacromiodeltoidea apresenta aumento de liquido e espessamento parietal, secundário a bursite. - Acrômio curvo com presença de esporão subacromial. - Moderada osteoartrose acrômio-clavicular com irregularidades sub-condrais. - Labrum glenoideo com morfologia e contornos preservados sem sinais de rupturas. - Pequenas irregularidades subcondrais com osteíte reacional na tuberosidade maior do úmero, por sequela de impactos. - Ausência de derrame articular. - Demais aspectos sem particularidades. Por outro lado, o Reclamante é portador de um Acrômio curvo, tipo II, pela classificação de Bigliani. Este formato de Acrômio facilita o impacto do Tendão do Músculo Supra Espinhoso. Este tipo de acrômio é uma variante da normalidade, na qual existe uma provocação da compressão sobre músculos e tendão e em especial o Músculo Supraespinhoso, por falta de espaço. A tendinose, consequentemente, é resultado de lesão degenerativa, de desgaste ou somada ao tempo de vida da
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 7 Portadora (envelhecimento biológico do tendão). A diminuição da distância ente o tendão de um lado e, o acrômio de outro lado, levou ao quadro de tendinose, devido à anatomia do acrômio, tipo curvo, que é uma patologia de caráter congênito, causadora da lesão no seu Ombro. E, por se tratar de uma anormalidade anatômica no desenvolvimento das estruturas do Ombro, é a causa primária de fatores extrínsecos causadores da lesão do Tendão do Músculo Supraespinhoso. Salienta-se que a Síndrome do Impacto da reclamante, teve por causa a presença desta variação anatômica, que é de caráter congênito. Os tratamentos aos quais se submeteu, apresentaram êxito terapêutico satisfatório. Eis que, os sintomas manifestaram adequada remissão. Ademais, as suas lesões obedecem, inequivocamente, a um padrão característico constitucional e crônico/degenerativo, sem relação laboral, o que é evidenciado pelas lesões observadas nos Exames complementares, os quais acabam demonstrando através de suas imagens, tratar-se de patologia que não tem o trabalho como agente causal. [...] Na investigação de possíveis outras concausas, que não as laborais, para justificar a gênese do quadro, houve a seguinte
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 8 constatação: - As atividades, da Demandante na Demandada, vistas sob os aspectos ergonômicos, demonstraram a inexistência de fatores tipicamente adversos, sem ocorrência de trabalhos com esforços ou sobrecargas estáticas e dinâmicas, aos Membros Superiores, particularmente às articulações dos Ombros. - Efetivamente a Autora apresenta lesões características processo de caráter crônico/degenerativo, haja visto a existência de Tendinose, a qual, necessariamente, implica em um longo tempo para sua instalação. - A condição atual da Reclamante é satisfatória, mostrando sintomatologia coerente, com Exame Físico Pericial Objetivo, compatível com uma boa funcionalidade articular. O nexo técnico causal ou concausal, relação entre as atividades e a patologia proposta pela reclamante, não restou estabelecido. Não há necessidade de acompanhamento Médico, assim como, de novos tratamentos. Assim, não é a Autora portadora de Doença Ocupacional ou que guarde qualquer relação com as condições laborais, na Empresa Reclamada. Pela inexistência de déficits funcionais, não há enquadramento para ser efetuada na Tabela referencial da SUSEP/DPVAT. A Reclamante é Apta para Trabalhos que não exijam
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 9 sobrecargas estáticas e/ou dinâmicas para o seu Ombro direito, como era o caso do seu trabalho na função de contrato com a Reclamada ou outra similar. Inexistem prejuízos as suas atividades pessoais, não necessitando desenvolver esforço compensatórios, complementares e adaptativos. Não existem danos estéticos a serem considerados. (grifei) A reclamante impugnou as conclusões do laudo pericial médico, juntando artigo sobre a patologia e precedente jurisprudencial, fls. 563-585. No seu depoimento, a reclamante disse, fl. 586: [...] que trabalhava na parte da enfermagem, e no seu dia a dia, verificava sinais vitais dos pacientes, aplicava medicação, puncionava veias, levava pacientes em macas ou de cadeiras de rodas para fazer exames; que as macas têm rodinhas; que também trocava fraldas e fazia higiene dos pacientes nos leitos; que nos últimos dois anos ficou na parte de triagem, controlando os sinais vitais dos pacientes ; que se algum paciente não estiver bem, a depoente, sozinha, colocava-o em uma cadeira de rodas para levá-lo para a sala de emergência; que sozinha não agarrava ninguém no colo; que nessa situação era ajudada por outro colega; que quando chegava algum paciente de carro, a depoente levava a cadeira de rodas para buscá-lo e era a depoente quem ajudava o paciente a sentá-lo na cadeira de roda; que geralmente os pacientes que vinham na ambulância iam direto para a
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 10 emergência sem passar pela depoente. (grifei) A preposta da reclamada disse, no depoimento, fls. 586-587: [...] que eventualmente, a reclamante buscava paciente com a cadeira de roda quando ele chegava de carro; que para estas atividades dão preferência aos homens; que a reclamante não segurava sozinha, no colo, pacientes para colocar no leito; que para esse serviço a preferência é dada para os homens; que normalmente isso é feito entre duas pessoas ou mais; que a reclamante também fazia esse serviço com auxílio de um colega; que a reclamante inseria dados do prontuário do computador, que ficava em uma bancada de aproximadamente um metro de altura; que havia bancos altos para sentar próximo a esta bancada; que não lembra de pessoas que tiveram o mesmo problema da reclamante; (grifei) Foi consignado na ata, após os depoimentos, fl. 587: "Pela ordem, as partes reconhecem que a altura da bancada era mais ou menos no peito da reclamante e que esta tem altura de 1,50 m, aproximadamente. A reclamante reconhece que havia um banco junto á bancada, mas argumenta que não havia tempo para sentar". O perito médico, diante do convencionado na audiência, foi intimado para complementar o laudo, no que procedeu, nos seguintes termos, fl. 592: Por ocasião da instrução pericial, houve solicitação para demonstração, em caráter simulatório da tarefa ora em questão. Porém, apesar da real desproporção entre a altura da bancada, em relação a estatura da Reclamante, o Músculo
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 11 supraespinhoso entra em atividade em movimentos de elevação a partir do nível do Ombro. No caso específico da Autora, mesmo nas condições acima citadas, tal movimento não ocorria. (grifei) Assim, diversamente do que alega a reclamante, as tarefas desempenhadas junto ao computador que ficava na bancada situada a uma altura de 1,5 metro do chão não geravam movimentos ou posturas viciosas do ponto de vista ergonômico. Ainda que a reclamante impugne a conclusão pericial, não produziu prova em sentido contrário a qual, mesmo se produzida, não prevaleceria sobre a prova pericial considerando que o próprio perito médico fez simulação destas posturas na inspeção pericial. Além disso, ainda que a reclamante refira, no recurso, que a remoção de pacientes também teria sido causadora das patologias, na inspeção pericial, a reclamante narrou que as queixas de dores no ombro decorreram do trabalho no computador - "Responsabilizando os acessos ao computador que realizava, na busca de informações aos pacientes, já que estes ficavam dispostos em uma bancada alta [...]", fl. 552 - embora em momento anterior, na descrição das atividades também tivesse arrolado o transporte de pacientes em cadeira de rodas. De qualquer modo, o Juízo de origem afastou tais impugnações quanto às atividades alegadamente realizadas com excessivo esforço físico, a partir do que a própria reclamante referiu no depoimento, nos seguintes termos aos quais me reporto, fl. 605: Outrossim, no que se refere às atividades mencionadas na impugnação, a própria autora em seu depoimento pessoal confessa que as macas de remoção de pacientes têm
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 12 rodinhas, bem como não pegava ninguém sozinha no colo e que geralmente os pacientes transportados na ambulância iam direto para a emergência, sem passar por ela. E no que se refere à altura da bancada, o perito médico esclareceu no laudo complementar que mesmo considerando a proporção entre a altura do móvel e da autora, não aconteceria de o músculo supra espinhoso entrar em atividade em movimentos de elevação a partir do nível do ombro. Ademais, todas as outras atividades foram devidamente analisada no laudo médico, tendo o perito concluído ser a enfermidade resultante de lesão degenerativa de desgaste, somada ao tempo de vida e obedecendo um padrão característico constitucional e crônico e degenerativo, sem relação com o trabalho desenvolvido. (grifei) Demais disso, como transcrevi, o perito médico referiu que não havia esforço físico excessivo nas tarefas da reclamante, bem como que não havia repetição de movimentos, mas "Frequentes alternâncias nos movimentos, no envolvimento dos principais músculos e tendões em suas tarefas ocupacionais", fl. 556. O perito médico também afastou a possibilidade de ocorrência de concausas no desencadeamento ou agravamento da patologia, principalmente pela ausência fatores adversos sob o ponto de vista ergonômico nas atividades da reclamante, ressaltando, ainda, o caráter degenerativo da patologia, com o que me reporto à íntegra da transcrição antes procedida. Quanto à alegação da recorrente de que a reclamada não juntou os documentos médicos e aqueles relativos às condições de trabalho, reportome aos fundamentos da sentença, na qual são refutadas as referidas alegações e repetida a devida localização dos documentos nos autos, fl.
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 13 605: Manifesta que a reclamada não trouxe aos autos os exames médicos admissional, periódicos e demissional (que atesta inaptidão), bem como os documentos referentes às condições de trabalho (PPRA, PCMSO, LTCAT, entre outros), restando infringida a regra do artigo 168 da CLT. Não tem razão as demandante. De pronto deve ser salientado que os documentos referidos foram juntados, consoante já destacado ao início desta fundamentação, beirando a insistência da autora nesse aspecto, equivocada e sem justificativa, a litigância de má-fé. Restam, novamente, identificadas as folhas dos autos referentes aos mencionados documentos: atestados médicos da época da admissão (fls. 147-148), periódicos (fls.134-143) e demissional (fl. 99 - atestando aptidão para o trabalho), bem como os documentos relativos ao PPRA (fls. 54-82 e 476-537) e ao PCMSO (fls. 271-308) da empresa. (grifei) Dessa forma, acompanho a conclusão pericial e a constante da sentença, considerando, também, ser questão de ordem eminentemente médica. Caracterizado, assim, que a reclamante padece de doenças degenerativas (Lei 8.213/91, art. 20, 1º, "a"), mantenho a conclusão do Juízo de origem quanto à inexistência de nexo causal ou concausal das patologias com o trabalho prestado à ré, o que afasta o direito às indenizações postuladas, inclusive aquela relativa à garantia provisória no emprego e ao
0000235-25.2014.5.04.0103 RO Fl. 14 restabelecimento do plano de saúde. Mantida a improcedência da ação, indevida, também, a condenação da reclamada ao pagamento dos honorários assistenciais. Provimento negado. PARTICIPARAM DO JULGAMENTO: DESEMBARGADOR WILSON CARVALHO DIAS (RELATOR) DESEMBARGADOR EMÍLIO PAPALÉO ZIN JUIZ CONVOCADO MANUEL CID JARDON