DADOS DO AGENTE DE ATER



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Transcrição:

ANEXO 1 DADOS DA INSTITUIÇÃO Nome: Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata Endereço: Sitio Alfa - Violeira - Zona Rural - Caixa Postal 128 Cep.: 36.570-000 - Viçosa-MG Telefone: (31) 3892-2000 Executora de Chamada pública de Ater (X) Sim Qual? Chamada Pública nº13/2013, ATER Agroecologia, Lote 29 ( ) Não DADOS DO AGENTE DE ATER Nome: Breno de Mello Silva Sitio Alfa - Violeira - Zona Rural - Caixa Postal 128 Cep 36.570-000 - Viçosa-MG Telefone: (31) 3892-2000 E-mail: breno@ctazm.org.br; geninho@ctazm.org.br; cta@ctazm.org.br; DADOS QUE IDENTIFIQUEM A PRÁTICA Nome do Agricultor (a) (es) (as) ou organização da agricultura familiar: Sindicato de Trabalhadores/as Rurais (STR), Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais na Agricultura Familiar (SINTRAF), Universidade Federal de Viçosa (UFV), além de Associações de Agricultores Familiares, Cooperativas de Crédito Solidário, Associações de Escolas Família Agrícola, Grupos de Jovens Rurais, Associações de Mulheres Trabalhadoras Rurais, Cooperativas de Produção, Associações de Terapeutas Naturais e representantes de Pastorais de Igreja, de Comunidade Quilombola, entre outros. Essa experiência acontece principalmente em seis municípios: Araponga, Caparaó, Divino e Espera Feliz, Acaiaca e Pedra Dourada, mas com o Projeto ATER Agroecologia esses municípios serão ampliados. Comunidade: Telefone: E-mail: Georeferenciamento: CATEGORIA DA BOA PRÁTICA DE ATER Eixo II. Nova Ater, letra b. Metodologia de Ater

Boas Práticas de ATER na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária: Os Intercâmbios Agroecológicos na Zona da Mata de Minas Gerais como metodologia de construção coletiva do conhecimento Viçosa MG 2015

1. Introdução - Caracterização da situação antes da execução da prática. Com a expansão do modelo da revolução verde em escala global, a agricultura familiar/camponesa foi fortemente impactada, tanto nas questões socioculturais relacionadas aos territórios como no distanciamento da relação Homem - Natureza. Com isso, esses sujeitos sociais passaram a desenvolver estratégias para se reproduzir nos territórios. Assim, iniciou-se não apenas um processo de luta pela defesa dos territórios, como também a busca da gestão autônoma e ecológica destes territórios, sendo nesse mesmo período que se deu a fundação dos Sindicatos de Trabalhadores/as Rurais (STRs) e do CTA-ZM. O Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) tem como missão promover a agroecologia como ciência, prática e movimento, contribuindo para o fortalecimento das organizações, a equidade nas relações de gênero e gerações e a melhoria da condição de vida das famílias agricultoras, em todas as suas dimensões: econômica, social, ambiental, política e cultural. Na trajetória de fortalecimento e ampliação da agroecologia, este conjunto de sujeitos tem enfrentado uma série desafios instrumentais, técnicos, científicos e também desafios de natureza metodológica (Cardoso e Ferrari, 2006). Apesar da dificuldade inicial de superar o difusionismo, comum entre os técnicos extensionistas tradicionais, a preocupação com a construção coletiva do conhecimento sempre esteve presente nos trabalhos do CTA-ZM. Neste processo, ferramentas como o Diagnóstico Rápido (ou Rural) Participativo, e os referenciais teórico-metodológicos da Pesquisa-Ação foram de muita importância. Muitas foram as estratégias adotadas, e cada vez mais ficou evidente a necessidade de entrelaçar saberes populares e científicos nos processos de construção do conhecimento agroecológico e que esta construção encerra um grande desafio de natureza metodológica (CARDOSO e FERRARI, 2006). Para isso, as práticas de ATER empregadas pelo CTA-ZM antes de 2007 fundamentavam-se no que se conhece como programas de formação: Programa de formação de monitores (PFM), Programa de formação em gênero (PFG) e Programa de formação de agricultores (PFA). Enquanto prática de ATER, o objetivo do PFM era de formar agricultores e agricultoras para que se tornassem referência em suas respectivas comunidades enquanto multiplicadores das práticas de ATER. O PFG buscava uma

formação em feminismo e o protagonismo da mulher na agricultura familiar. Os encontros de ambos os programas (PFG e PFM) aconteciam mensamente na sede do CTA. Tal fato distanciava os agricultores de sua realidade o que diminuiu o potencial de se colocar em prática o conjunto de propostas. Em contrapartida, o PFA acontecia nas comunidades e tinha como objetivo a formação de agricultores frente a problemas técnicos da época, tais como plantio morro abaixo, monocultura de café, uso intensivo de agrotóxicos etc. Cada encontro ocorria mensalmente, tinha um tema específico e era de abrangência regional, em que os agricultores de toda a região eram convidados a participar. A partir dessas experiências e da participação do CTA em Redes nacionais e internacionais, nos aproximamos da metodologia denominada Campesino a Campesino ou Camponês a Camponês (CAC), em ampla disseminação nos países da América Central. Com isso, podemos afirmar que a metodologia dos Intercâmbios Agroecológicos na Zona da Mata tem forte influência, do CAC, das metodologias de Diagnósticos Participativos, e da Educação Popular de Paulo Freire. apoia. - Aspectos gerais da prática: local da realização, época de realização e o que Essa metodologia está em curso na Zona da Mata de Minas Gerais há mais de seis anos, caracterizada como um processo horizontal de construção do conhecimento agroecológico. Para a construção da agroecologia, muitos desafios técnicos e metodológicos precisavam e precisam ser superados. Isto porque a agroecologia não é definida apenas por um conjunto de técnicas, mas também por um processo social, tendo como base a horizontalidade e a construção de novos saberes. Um dos desafios neste processo é como entrelaçar os saberes populares e científicos. Na Zona da Mata, este desafio tem sido enfrentado com os Intercâmbios Agroecológicos. A partir dessa prática de ATER, forma-se uma verdadeira rede de conhecimentos que vem contribuindo para ampliar a agroecologia nesta região de Minas Gerais. Os intercâmbios agroecológicos são realizados nas propriedades dos/as agricultores/as familiares nos municípios em que o CTA atua, não havendo uma periodicidade pré-definida, mas, de acordo com as realidades locais. Inicialmente foram seis municípios priorizados: Araponga, Caparaó, Divino e Espera Feliz, Acaiaca e Pedra

Dourada, mas com a ampliação do trabalho da entidade, especialmente com o Projeto ATER Agroecologia, novos municípios participarão. A estratégia é desenvolvida, basicamente, pela parceria entre Sindicato de Trabalhadores/as Rurais (STR) e Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais na Agricultura Familiar (SINTRAF), Universidade Federal de Viçosa (UFV), e CTA- ZM. No entanto, outros parceiros como Associações de Agricultores Familiares, Cooperativas de Crédito Solidário, Associações de Escolas Família Agrícola, Grupos de Jovens Rurais, Associações de Mulheres Trabalhadoras Rurais, Cooperativas de Produção, Associações de Terapeutas Naturais e representantes de Pastorais de Igreja, de Comunidade Quilombola, entre outros, também são sujeitos importantes de acordo com a realidade de cada município. Trata-se de estimular a troca de conhecimentos de camponês a camponês, reduzindo a centralidade no técnico, assumindo os agroecossistemas de cada família agricultora como território de produção de conhecimento. O técnico não deve, com isto, negar seus conhecimentos, mas sim se preocupar em tornar a interação entre conhecimento popular e conhecimento científico o mais inteligível e dialógico possível. Por isso, cabe a ele aprofundar constantemente seus conhecimentos, tanto na literatura científica quanto nos conhecimentos acumulados historicamente pelas famílias e comunidades agricultoras. 2. Objetivo da prática Os Intercâmbios Agroecológicos objetivam, a partir de um conjunto de dispositivos metodológicos, promover o processo de aprendizagem a partir da socialização do conhecimento entre agricultores, técnicos, estudantes e professores. Trata-se de uma análise conjunta do agroecossistema/unidade Familiar de Produção/Propriedade e normalmente trata-se de temas envolvendo a biodiversidade, os solos, a água, a comercialização, as organizações da agricultura familiar etc. A intenção é sensibilizar sobre estas temáticas gerais, e diagnosticar e mapear a realidade da comunidade local. É possível também, porém menos comum, o aprofundamento em determinado tema, já que, ao definirmos o tema e a data do próximo intercâmbio, de acordo com a

demanda dos/as agricultores/as, damos o enfoque e fazemos coletivamente o aprofundamento. 3. Descrição da experiência Os Intercâmbios Agroecológicos constituem uma metodologia que articula diversos procedimentos técnicos para a análise de agroecossistemas, alguns presentes nos Diagnósticos Rápidos Participativos, como a Caminhada Transversal, e outros já consagrados na Educação Popular, como os Círculos de Cultura, propostos por Paulo Freire. Para a realização dos Intercâmbios ocorre um processo de mobilização da comunidade/agricultores/as, que antecede o evento e é realizado normalmente pelo STR ou SINTRAF do município. A mobilização pode ser feita por outras entidades, ou pessoas, caso o Sindicato não seja parceiro da ação ou não tenha condições de mobilizar. Toda a família participa dos intercâmbios: jovens, crianças e adultos. Com relação à participação das crianças, em alguns casos, faz-se um grupo somente de crianças, sob a orientação de um ou mais adultos. Com elas desenvolve-se as mesmas atividades dos adultos, ou outras atividades, como pinturas, jogos educativos, roda de cirandas, de histórias entre outras. Os temas abordados nos intercâmbios são definidos coletivamente, de acordo com as necessidades das famílias agricultoras e em geral relacionam-se ao manejo e conservação do solo, manejo das plantas espontâneas, adubos verdes, criação, alimentação e bem-estar animal, sistemas agroflorestais, compostagem, biofertilizantes e caldas naturais, homeopatia, sementes e variedades crioulas, proteção de nascentes e mananciais, turismo rural, comercialização e beneficiamento, segurança e soberania alimentar e nutricional, políticas públicas para o campo, gênero, cultura e cidadania, agrotóxicos, entre outros. Os Intercâmbios Agroecológicos iniciam com uma mística (oração, poesia, dinâmica de grupo etc), normalmente puxada pela comunidade/agricultores/as, e com a apresentação dos participantes e entidades presentes. Em seguida, a família agricultora conta a sua história de vida e da propriedade. É neste momento que diversos elementos do passado são resgatados, tais como cultivos, trabalho, festas, transportes,

concentração fundiária, entre outras. Esta etapa normalmente é muito emocionante e envolvente. Acrescenta-se ainda, que muitas vezes os próprios filhos não conhecem muitos aspectos da história familiar, sendo um momento de profundas reflexões. Após a história de vida e da propriedade da família agricultora todos realizam uma Caminhada pela propriedade (Figura 1). A intenção é permitir que o grupo conheça o agroecossistema daquela unidade familiar. Cada participante deve ter em mãos, ao final da caminhada, um elemento qualquer que lhe despertou interesse. Ao retornarem ao terreiro da casa, forma-se uma roda de conversas e cada participante apresenta o elemento, dizendo por que tal elemento lhe chamou a atenção. Este é um momento de socialização, sendo livre a manifestação para sugestões e comentários, havendo troca de experiências e vivências. Desta forma acontece a problematização, e muitas trocas de conhecimentos acontecem. Além disso, as dúvidas podem ser esclarecidas, como, por exemplo, a partir de perguntas do por que se manteve uma árvore no meio do cafezal, ou como manejam o solo entre outras. Figura 1 - Momento em uma caminhada pela propriedade familiar (Fonte: Fabrício Zanelli). Os técnicos presentes possuem o importante papel de incentivar ao máximo o diálogo entre o grupo. Geralmente, esperam pela resposta dos agricultores e, somente na sequência é que auxiliam nas respostas (Figura 2). Caso seja um tema que gere muitas dúvidas, recomendasse o aprofundamento da questão em um próximo Intercâmbio. Existem variações no desenvolvimento da experiência em cada município. Em

alguns casos tal aprofundamento ocorre por meio de oficinas durante os intercâmbios e/ou em outros momentos, visitas a outras propriedades com maior experiência na temática, e até cursos. No caso da realização nos intercâmbios, as oficinas são planejadas para ocorrerem em uma propriedade que já foi visitada. Desta forma, não é necessário repetir a história da família e, às vezes, também não se realiza a caminhada. Com isto mais tempo pode ser dedicado às oficinas. Figura 2- Socialização dos elementos trazidos com a Caminhada pela propriedade (Fonte: Fabrício Zanelli) Faz parte da metodologia, ao fim da socialização, a troca de mudas e sementes entre os/as participantes, e o lanche/merenda agroecológica (mesa da partilha). Para esses dois momentos, durante a mobilização, os/as participantes são estimulados a levarem para os intercâmbios sementes e mudas para troca, e também um alimento para ser partilhado. No momento da partilha cada agricultora ou agricultor apresenta/conta a história do alimento que trouxe. Os alimentos são um interessante ponto de reflexão, pois refletem a diversidade cultural, social e ambiental da região. Os alimentos mais comumente trazidos são feitos com produtos da propriedade ou da comunidade. É um momento importante em que se relaciona a produção agroecológica com a saúde e com

a segurança alimentar na agricultura familiar. Após a merenda, ou mesmo antes, são dados os informes e encaminhamentos. Neste momento é definida a família/propriedade onde irá ocorrer o próximo Intercâmbio, bem como o dia e a temática, caso existam propostas neste sentido. O encontro é encerrado também com uma mística (quase sempre de mãos dadas), que pode ser como no início: uma oração, poesia, dinâmica ou etc. (Figura 3). Figura 3- Momento da mística de encerramento gerando motivação e união e mesa da partilha ao centro. (Fonte: Fabrício Zanelli) Síntese dos passos dos Intercâmbios Agroecológicos da Zona da Mata Mineira: 1. Mobilização 2. Mística de abertura 3. Apresentação dos participantes 4. História da família/comunidade 5. Caminhada pela propriedade e ou oficinas

6. Socialização das observações feitas durante a caminhada 7. Informes e Encaminhamentos 8. Trocas de sementes e mudas 9. Merenda agroecológica 10. Mística de encerramento 3.1. Caracterização considerando os elementos apresentados no item 7 (Critério de Avaliação) referenciados nos objetivos da PNATER, apresentando o processo e os resultados alcançados. Segue abaixo a caracterização da experiência metodológica dos intercâmbios a partir dos princípios da Pnater: I - desenvolvimento rural sustentável, compatível com a utilização adequada dos recursos naturais e com a preservação do meio ambiente; A experiência metodológica dos Intercâmbios Agroecológicos, como o próprio nome já demonstra, está focada nos princípios da Agroecologia (PNAPO) e do desenvolvimento rural sustentável, entendendo a transição agroecológica como parte do processo. II - adoção de metodologia participativa, com enfoque multidisciplinar, interdisciplinar e intercultural, buscando a construção da cidadania e a democratização da gestão da política pública; A referida metodologia está embasada em metodologias participativas e com enfoques multidisciplinares já consagrados, como a Travessia ou Caminhada Transversal dos Diagnósticos Rápidos (ou rurais) Participativos, nos Círculos de Cultura da Educação Popular de Paulo Freire, e na metodologia Campesino a Campesino (CAC). Além disso, a metodologia está baseada nos princípios da Agroecologia. III - adoção dos princípios da agricultura de base ecológica como enfoque preferencial para o desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis;

Os princípios da agricultura de base ecológica e da agroecologia já estão presentes não só nos intercâmbios mas também na missão do CTA-ZM: promover a agroecologia como ciência, prática e movimento, contribuindo para o fortalecimento das organizações, a equidade nas relações de gênero e gerações e a melhoria da condição de vida das famílias agricultoras, em todas as suas dimensões: econômica, social, ambiental, política e cultural. VI - equidade nas relações de gênero, geração, raça e etnia; Em todos os intercâmbios, assim como nos diversos trabalhos do CTA-ZM, a equidade nas relações de gênero e geração é priorizada. Nos intercâmbios toda a família participa: jovens, crianças e adultos. Com relação à participação das crianças, em alguns casos, faz-se um grupo somente de crianças, sob a orientação de um ou mais adultos. Com elas desenvolve-se as mesmas atividades dos adultos, ou outras atividades, como pinturas, jogos educativos, roda de cirandas, de histórias entre outras. Como variação do uso da metodologia, os intercâmbios também podem ser realizados com grupos de mulheres. V - contribuição para a segurança e soberania alimentar e nutricional. Essa temática da segurança e soberania alimentar e nutricional, também está presente nos princípios da agroecologia já adotados por nós. Ainda, os momentos da troca de sementes e da mesa da partilha que compõe a metodologia dos Intercâmbios Agroecológicos, além de promover a discussão em torno da segurança e da soberania alimentar, também estão sendo replicadas por agricultores/as e suas organizações em outros espaços. 4. Resultados e depoimentos Os relatórios dos últimos cinco anos mostram a realização de, em média, 25 intercâmbios agroecológicos por ano na Zona da Mata de Minas Gerais, aos quais compareceu um número médio de 15 a 25 participantes, entre homens, mulheres e jovens. Quando ocorrem os intercâmbios ampliados (maior número de famílias são convidadas pelas lideranças da comunidade para participar do intercâmbio) o número de participantes chega a aproximadamente 150 pessoas. Considerando os 25 intercâmbios

realizados por ano, sendo alguns de natureza ampliada, em torno de 650 participam desses encontros anualmente (ZANELLI, 2015). Uma das mais importantes mudanças relatadas é a conscientização. Muitos participantes relatam a importância dos Intercâmbios, não apenas para conscientizar sobre os impactos causados pela agricultura convencional (como degradação dos solos, contaminações causadas por agrotóxicos, vulnerabilidade à propagação de pragas e doenças), como também a conscientização sobre a importância das práticas agroecológicas (como a alimentação diversificada para a segurança alimentar e nutricional, a conservação dos solos e as interações alelopáticas entre as plantas, o controle natural das pragas e doenças, o cuidado com os dejetos humanos e a saúde da família, as relações de gênero etc). Em consequência da conscientização, os agricultores também relatam um conjunto de práticas adotadas como consequência da participação nos Intercâmbios, especialmente em relação à diversificação dos agroecossistemas. Atualmente as lavouras agroecológicas de café estão consorciadas com mandioca, bananeiras, árvores frutíferas e outras árvores responsáveis pelo sombreamento e contribuindo com a atração de insetos polinizadores, e a ciclagem de nutrientes. Não apenas as lavouras estão diversificadas, mas também os quintais, pomares e hortas seguem se diversificando e trazendo excelentes frutos conforme relatou uma agricultora: A primeira vez que eu consegui colher as verduras lá de casa e consegui saí da horta com uma bacia com beterraba, cenoura, cebolinha... uma cabeça de repolho, couve, meu tio tava até lá em casa fazendo uma varanda eu falei assim: é tio, é maravilhoso plantar, mas melhor ainda é você poder colher e ver uma diversidade dessa numa bacia assim. Tendo em vista o aumento da produção diversificada, os intercâmbios agroecológicos representaram espaços importantes para os agricultores apresentarem suas práticas produtivas, consórcios entre as hortaliças, e o uso de caldas, biofertilizantes e de microrganismos eficientes. Portanto, os intercâmbios são a oportunidade de um agricultor, com toda a sua experiência, apresentar aos demais os resultados de seus trabalhos, com potencial de se tornar uma fonte de motivação para aqueles que o estão visitando. Ao mesmo tempo, a visita de outros agricultores também motiva a família que está recebendo a ampliar e aperfeiçoar suas práticas, além de incorporar novos conhecimentos. E como afirmou um agricultor: Quanto mais

agroecológica é a propriedade, digamos assim, mais prazer sente a pessoa em compartilhar isso. A gente ganha muito conhecimento com essa área né?. No município de Divino-MG, os intercâmbios desdobraram-se em mutirões de criação animal e de poda dos sistemas agroflorestais. Nos mutirões, um grupo de agricultores maneja um sistema em conjunto, sendo este também um momento de troca de conhecimentos das práticas de manejo dos sistemas agroflorestais, de outras áreas do agroecossistema e até mesmo da criação animal. Os mutirões, com iniciativa e condução dos próprios agricultores, destacam-se por sua maior autonomia, reduzindo assim a dependência de técnicos para estarem articulando o movimento nas comunidades. Além das mudanças no manejo agroecológico nas propriedades, os intercâmbios agroecológicos também são um espaço de discussões mais amplas, como o acesso às políticas públicas, a exemplo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Programa Nacional do Crédito Fundiário e do Programa Nacional de Habitação Rural. Em relação ao PAA e PNAE, em alguns municípios algumas das dificuldades na produção de hortaliças foram superadas a partir das discussões nos intercâmbios. Assim, os diferentes momentos dos Intercâmbios Agroecológicos tem sido estimuladores do diálogo e de trocas de conhecimentos, expressando o seu forte potencial educativo. Não cabe ao técnico ou do pesquisador o papel de transferir o conhecimento mas sim de buscar o desenvolvimento de mecanismos que estimulem os participantes a se expressarem, a exporem suas experiências, em um processo onde a transferência do conhecimento dá lugar ao diálogo, que requer uma aproximação dinâmica na direção do objeto (FREIRE, 1983). 5. Potencialidades e limites O potencial educativo destas experiências é impressionante. A cada encontro os participantes voltam para casa com cartilhas, sementes e mudas; e, além disso, cheios de aprendizados novos, construídos ali durante a caminhada pelo cafezal do vizinho, pela horta, pela cozinha da casa entre outros espaços. Informações e conhecimentos renovados e aprofundados durante os momentos de socialização são apreendidos mais facilmente diante de ambientes de sociabilidade, onde a família agricultora dialoga com outras famílias agricultoras e se veem na experiência uma das outras e exatamente por

isto, reconhecem sua capacidade de experimentar, de praticar, de viver a agroecologia. É possível afirmar que os Intercâmbios Agroecológicos tem se constituído como uma importante estratégia educativa, contribuindo com a transformação dos agroecossistemas, das famílias agricultoras, das paisagens, das relações entre as comunidades e suas organizações, entre outros. É preciso ouvir, sentir, ver e conhecer como as famílias agricultoras produzem conhecimento ao manejarem seus agroecossistemas. É preciso reconhecer que o conhecimento popular, ao ser entrelaçado ao conhecimento técnico, mediante metodologias que estimulem o diálogo, permite construir a agroecologia com maior consistência e pujança. Em relação aos limites, observamos que quando há a necessidade de aprofundamento em determinados temas os intercâmbios podem não ser a melhor estratégia, tanto pelo número grande de pessoas que costumam participar como pelo interesse no aprofundamento de determinados temas. No entanto, é nos intercâmbios que a necessidade de aprofundamento aparece, e também é nele que pensamos conjuntamente qual o melhor formato para o aprofundamento, que pode ser um intercâmbio em outra propriedade com mais experiência no tema ou outro formato como oficinas e cursos por exemplo. 6. Replicabilidade A experiência da Zona da Mata tem inspirado outras experiências. Grupos de agricultores de várias regiões do Brasil visitam a região em busca de aprendizados. Em outros estados do Brasil (Sergipe, por exemplo) foi iniciada a experiência dos intercâmbios a partir da experiência na Zona da Mata. Encorajamos, assim, a todos os técnicos e pesquisadores a incorporarem os Intercâmbios Agroecológicos como metodologia de trabalho no fortalecimento da Agroecologia, assim como a incorporação pelas organizações e famílias de agricultores, como já acontece em alguns municípios como é o caso já citado de Divino-MG. 7. Depoimentos: - Agricultor (a) familiar, representante da experiência apresentada (já apresentado nos resultados).

8. Autores e Colaboradores Autores: Eugênio Martins de Sá Resende (Eng. Agrônomo. Técnico do Projeto ATER Agroecologia do CTA-ZM.) Breno de Mello Silva (Eng. Agrônomo. Coordenador Executivo do CTA-ZM. e Coordenador do Projeto ATER Agroecologia do CTA-ZM.) Rafael Mauri (Eng. Agrônomo. Mestre em Fisiologia Vegetal pela UFV. Bolsista do Projeto ECOAr Núcleo de Educação do Campo e Agroecologia da UFV. Chamada 81/2013 CNPq/MDA/MEC/MAPA/MPA/MCTI) Fabrício Vassalli Zanelli (Geógrafo. Mestre em Educação pela UFV. Bolsista do Projeto Comboio de Agroecologia do Sudeste. Chamada 81/2013 CNPq/MDA) Colaboradores: Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM), Sindicatos de Trabalhadores Rurais (STRs), Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais na Agricultura Familiar (SINTRAF), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Associações de Agricultores Familiares, Cooperativas de Crédito Solidário, Associações de Escolas Famílias Agrícolas, Grupos de Jovens Rurais, Associações de Mulheres Trabalhadoras Rurais, Cooperativas de Produção, Associações de Terapeutas Naturais e representantes de Pastorais de Igreja, de Comunidade Quilombola, entre outros. 9. Referências Bibliográficas CARDOSO I. M., FERRARI E.A. Construindo o conhecimento agroecológico: trajetória de interação entre ONG, universidade e organizações de agricultores. Revista Agriculturas, v.3 nº 4. Dezembro de 2006, p.28-32 (disponível: http://agriculturas.leisa.info) FREIRE, Paulo. Extensão ou Comunicação? 8ª Edição. Rio de Janeiro, Editora Paz e Terra, 1983. ZANELLI, F.V.; CARDOSO, I.M.; SILVA, L.H.; MIRANDA, É.L.; SILVA, B.M.; COSTA, L.S.F. Intercâmbios agroecológicos: processos educativos impulsionando a agroecologia. Livro MDA (no prelo).

ZANELLI, F.V. Educação do campo e territorialização de saberes: contribuições dos intercâmbios agroecológicos. Dissertação (Mestrado em Educação). Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2015. 146p.