Superior Tribunal de Justiça



Documentos relacionados
Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº DF ( ) : MINISTRA LAURITA VAZ

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº RS (2005/ ) RELATORA : MINISTRA LAURITA VAZ RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Supremo Tribunal Federal

Superior Tribunal de Justiça

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Primeira Câmara Criminal

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL N CLASSE 32 - VOLTA REDONDA - RIO DE JANEIRO

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

RELATÓRIO. Informações do MM. Juízo a quo, às fls. 55/56, comunicando a manutenção da decisão agravada.

Rafael Miranda Gabarra

Superior Tribunal de Justiça

RELATÓRIO. 3. Recorre também o Sindicato, pugnando pela aplicação do IPCA em vez da TR e requerendo a condenação da UFCG em honorários advocatícios.

Superior Tribunal de Justiça

VIGÉSIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº AGRAVANTE:

Supremo Tribunal Federal

COMISSÃO DO CONCURSO DECISÃO

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Transcrição:

AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.249.035 - MG (2009/0218298-0) RELATORA : MINISTRA LAURITA VAZ AGRAVANTE : C M DA S ADVOGADO : LÁSARO CÂNDIDO DA CUNHA E OUTRO(S) AGRAVADO : E A A ADVOGADO : MARILDA DE VASCONCELOS VIEIRA E OUTRO(S) AGRAVADO : N M DO N ADVOGADO : DEVAIR ROSA DE LIMA E OUTRO(S) AGRAVADO : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG EMENTA ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. VIOLAÇÃO AO ENUNCIADO 382 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. UNIÃO ESTÁVEL. RELAÇÃO ESTÁVEL. COMPROVAÇÃO. INCURSÃO NA SEARA PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N.º 07 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECONHECIMENTO. CONCUBINATO. IMPOSSIBILIDADE. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADO. DECLARAÇÃO DE POBREZA. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE IURIS TANTUM. 1. O acórdão hostilizado solucionou a quaestio juris de maneira clara e coerente, apresentando todas as razões que firmaram o seu convencimento. 2. Os verbetes ou enunciados dos tribunais não se equiparam às leis federais para fins de interposição de recurso especial. 3. A reforma do acórdão recorrido, de modo a se amparar a concessão do benefício pleiteado, é inviável de ser realizada na via estreita do recurso especial, pois demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, por força da Súmula n.º 07 do Superior Tribunal de Justiça. 4. O reconhecimento da união estável condição sine qua non para a concessão do benefício da pensão por morte pressupõe a inexistência de impedimentos para o casamento, o que ocorria no caso dos autos, o que afasta o reconhecimento da condição de beneficiária à concubina. 5. A demonstração do dissídio jurisprudencial não se contenta com meras transcrições de ementas, sendo absolutamente indispensável o cotejo analítico de sorte a demonstrar a devida similitude fática entre os julgados, não verificada na espécie. 6. Agravo regimental desprovido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a Sra. Ministra Relatora. Documento: 945889 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/03/2010 Página 1 de 11

Brasília (DF), 23 de fevereiro de 2010 (Data do Julgamento) MINISTRA LAURITA VAZ Relatora Documento: 945889 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/03/2010 Página 2 de 11

AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.249.035 - MG (2009/0218298-0) AGRAVANTE : C M DA S ADVOGADO : LÁSARO CÂNDIDO DA CUNHA E OUTRO(S) AGRAVADO : E A A ADVOGADO : MARILDA DE VASCONCELOS VIEIRA E OUTRO(S) AGRAVADO : N M DO N ADVOGADO : DEVAIR ROSA DE LIMA E OUTRO(S) AGRAVADO : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG RELATÓRIO A EXMA. SRA. MINISTRA LAURITA VAZ: Trata-se de agravo regimental interposto por C. M. da S., contra decisão de minha relatoria, ementada nos seguintes termos, litteris : "ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. VIOLAÇÃO AO ENUNCIADO 382 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. UNIÃO ESTÁVEL. RELAÇÃO ESTÁVEL. COMPROVAÇÃO. INCURSÃO NA SEARA PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N.º 07 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECONHECIMENTO. CONCUBINATO. IMPOSSIBILIDADE. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADO. DECLARAÇÃO DE POBREZA. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE IURIS TANTUM. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. DESNECESSIDADE DO REQUERENTE COMPROVAR SUA SITUAÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO CONHECIDO PARA DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL." (fl. 111) A Agravante alega que " demonstrou claramente tanto nas razões do recurso especial como no agravo de instrumento que o acórdão recorrido violou flagrantemente o art. 1º da Lei Federal 9.278/96, o art. 1.723 do Código Civil e art. 535 do CPC, além de contrariar a súmula 382 do STF." (fl 140) Sustenta que "Ao contrário da decisão agravada, não há necessidade de análise de provas para julgamento do recurso especial, uma vez que o Tribunal de origem apesar de reconhecer a existência dos elementos caracterizadores da união estável (união pública, contínua e duradoura, inclusive, com a existência de três filhos em comum), impôs outras exigências além das previstas na legislação federal e na Constituição da República." (fl. 140) Reitera, ainda, a existência de dissídio jurisprudencial. É o relatório. Documento: 945889 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/03/2010 Página 3 de 11

AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.249.035 - MG (2009/0218298-0) EMENTA ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. VIOLAÇÃO AO ENUNCIADO 382 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. UNIÃO ESTÁVEL. RELAÇÃO ESTÁVEL. COMPROVAÇÃO. INCURSÃO NA SEARA PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N.º 07 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECONHECIMENTO. CONCUBINATO. IMPOSSIBILIDADE. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADO. DECLARAÇÃO DE POBREZA. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE IURIS TANTUM. 1. O acórdão hostilizado solucionou a quaestio juris de maneira clara e coerente, apresentando todas as razões que firmaram o seu convencimento. 2. Os verbetes ou enunciados dos tribunais não se equiparam às leis federais para fins de interposição de recurso especial. 3. A reforma do acórdão recorrido, de modo a se amparar a concessão do benefício pleiteado, é inviável de ser realizada na via estreita do recurso especial, pois demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, por força da Súmula n.º 07 do Superior Tribunal de Justiça. 4. O reconhecimento da união estável condição sine qua non para a concessão do benefício da pensão por morte pressupõe a inexistência de impedimentos para o casamento, o que ocorria no caso dos autos, o que afasta o reconhecimento da condição de beneficiária à concubina. 5. A demonstração do dissídio jurisprudencial não se contenta com meras transcrições de ementas, sendo absolutamente indispensável o cotejo analítico de sorte a demonstrar a devida similitude fática entre os julgados, não verificada na espécie. 6. Agravo regimental desprovido. VOTO A EXMA. SRA. MINISTRA LAURITA VAZ (Relatora): Inicialmente, tenho que a alegada ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil não subsiste, porquanto o acórdão hostilizado solucionou a quaestio juris de maneira clara e coerente, apresentando todas as razões que firmaram o seu convencimento. Dessa forma, ainda que a ora Agravante entenda equivocada ou insubsistente a fundamentação que alicerça o acórdão atacado, isso não implica, necessariamente, que esta seja ausente. Há significativa distinção entre a decisão que peca pela inexistência de fundamentos e aquela que traz resultado desfavorável à pretensão do litigante. Tampouco merece prosperar a pretensa contrariedade ao enunciado 382 do Supremo Tribunal Federal, uma vez que, consoante o entendimento desta Corte, os verbetes ou enunciados dos tribunais não se equiparam às leis federais para fins de interposição de recurso especial. Documento: 945889 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/03/2010 Página 4 de 11

Ilustrativamente: "PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CONTRARIEDADE AO ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ARGÜIÇÃO GENÉRICA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N.º 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. QUESTÃO RELATIVA À OFENSA AO ART. 3.º DA LEI N.º 6.226/75. MATÉRIA NÃO DEVOLVIDA. INOVAÇÃO EM SEDE DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INVIABILIDADE. VIOLAÇÃO AO ENUNCIADO 138 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. DESCABIMENTO. ART. 453 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. NÃO INCIDÊNCIA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. VÍNCULO ININTERRUPTO COM A ADMINISTRAÇÃO. LEIS ESTADUAIS N.os 4.819/58 E 200/74. REVOGAÇÃO. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. PRECEDENTES. 3. Os verbetes ou enunciados dos tribunais não se equiparam às leis federais para fins de interposição de recurso especial. 6. Agravo regimental desprovido." (AgRg no Ag 1.124.951/SP, 5.ª Turma, Rel.ª Min.ª LAURITA VAZ, DJe de 29/06/2009.) No mérito, inicialmente, tenho que se mostra necessário, a título de elucidação, destacar os seguintes trechos do acórdão recorrido, in verbis : " A sentença não merece reparos. Contudo, qualquer que seja a abordagem que se faça acerca da questão, seja do ângulo do direito civil, seja sob o prisma previdenciário, é necessário que haja prova robusta sobre a circunstância fática da alegada convivência, bem como da real condição de dependência do cônjuge supérstite. Como a apelante admite, o falecido manteve o casamento com N.M.N.B. até sua morte, embora tenham nascido do relacionamento havido entre aqueles três filhos, que tiveram sua paternidade reconhecida. Na espécie, embora tenha apresentado documentos e testemunhas que atestaram a convivência pública e notória do casal, há nos autos informações que desmentem a estabilidade do relacionamento do casal, como cartas de despedida e menções à condição de 'mulher livre' (fl. 34) da autora, ora apelante, além de notícia de que, ao ser assassinado, o de cujus achava-se em companhia de uma namorada (fl. 102) Em outras palavras, nem sequer o concubinato restou cabalmente comprovado, ante afirmativas da própria autora, ora apelante, de que, depois de 1990, mudou-se para outra cidade em razão de sua aprovação em concurso público para Delegada de Polícia, o que, por si só, afasta a existência de coabitação. Assim, mesmo que se tenha como existente o concubinato no período entre 1980 e 1986, conforme consta da sentença ora recorrida, e que se o tenha como equivalente à condição da união estável, carece a autora de prova de sua condição de dependente, que é presunção relativa que pode Documento: 945889 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/03/2010 Página 5 de 11

ser elidida por prova em sentido contrário. A apelante é Delegada de Polícia aposentada, embora tenha trazido aos autos notas de despesas e de depósitos bancários suportados pelo falecido, além de fotografias de comemorações festivas, não se beneficiou da pensão alimentícia que este prestava às filhas do casal, porque dela não necessitava. Não há prova, também, de que a apelante tenha contribuído para a formação do patrimônio do falecido. Assim, ausentes a prova acerca dos requisitos para o reconhecimento da união estável e da condição de dependência econômica da apelante, não tem ela direito à pensão por morte do servidor falecido, ex-segurado do IPSEMG." (fls. 41/42; sem grifos no original.) Como se pode perceber, a análise dos autos no sentido de se verificar se houve ou não a comprovação pela Autora, ora Recorrente, da dependência econômica e da existência da união estável, para reformar o acórdão recorrido, de modo a se amparar a concessão do benefício pleiteado, é inviável de ser realizada na via estreita do recurso especial, pois demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, por força da Súmula n.º 07 do Superior Tribunal de Justiça. Nesse sentido: "PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. MILITAR. PENSÃO. COMPANHEIRA. DIREITO. AUSÊNCIA DE DEPENDÊNCIA ECONÔMICA EM VIRTUDE DA CONSTITUIÇÃO DE NOVA UNIÃO ESTÁVEL. COMPROVAÇÃO. MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 7/STJ. TERMO INICIAL. DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. MITIGAÇÃO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC. NÃO-OCORRÊNCIA. FUNDAMENTOS SUFICIENTES A EMBASAR A DECISÃO. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E IMPROVIDO. 3. A apreciação da ausência de dependência econômica em virtude de constituição de nova união estável pela recorrida ensejaria o reexame de matéria fático-probatória, tendo em vista que não restou incontroversa nos autos a existência da nova união estável. Incidência da Súmula 7/STJ. 5. Recurso especial conhecido e improvido." (REsp 533.755/RS, 5.ª Turma, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, DJ de 04/12/2006.) "PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. ESPOSA LEGÍTIMA E COMPANHEIRA. RATEIO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL. 1. A companheira tem direito à pensão por morte do servidor público, civil ou militar, desde que comprovada a união estável, bem como a dependência econômica, sendo prescindível a designação prévia. 2. Se a decisão recorrida foi proclamada com fundamento em situação de fato, na qual foi afirmado que a recorrente não faz jus ao rateio da pensão por não comprovar o vínculo com o falecido servidor e a Documento: 945889 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/03/2010 Página 6 de 11

dependência econômica, a matéria refoge do âmbito do recurso especial, ante o óbice da Súmula nº 7 desta Corte. 3. Agravo Regimental a que se nega provimento." (AgRg no REsp 628.937/RJ, 6.ª Turma, Rel. Min. PAULO MEDINA, DJ de 27/03/2006.) "PREVIDENCIÁRIO AGRAVO DE INSTRUMENTO - NEGATIVA DE PROVIMENTO - AGRAVO REGIMENTAL PENSÃO POR MORTE DEPENDÊNCIA ECONÔMICA LEI 8.213/91 MATÉRIA DE FATO - SÚMULA 07/STJ INCIDÊNCIA. 1 - Em se tratando de concessão do benefício previdenciário de pensão por morte, no caso de mãe em relação ao filho falecido, a decisão do Tribunal 'a quo' fundou-se em matéria de fato, consoante as provas coligidas aos autos. Não sendo argüida apenas infringência às normas infraconstitucionais, mas sim, questão fática documental, que depende de análise de provas, não há como este Tribunal examiná-las em sede de recurso especial pela incidência da Súmula 07/STJ. 2 - Agravo regimental conhecido, porém, desprovido." (AgRg no AG 443.653/SP, 5.ª Turma, Rel. Min. JORGE SCARTEZZINI, DJ de 19/12/2003.) Ainda que assim não fosse, este Superior Tribunal de Justiça firmou sua orientação no sentido de que o reconhecimento da união estável condição sine qua non para a concessão do benefício da pensão por morte pressupõe a inexistência de impedimentos para o casamento, o que ocorria no caso dos autos, o que afasta o reconhecimento da condição de beneficiária à concubina. Nesse sentido: "ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. ANÁLISE DE DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE NA VIA DO ESPECIAL. CONTRARIEDADE AO ART. 535, INCISO II, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ARGÜIÇÃO GENÉRICA. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N.º 284/STF. JULGAMENTO EXTRA PETITA. NÃO-CONFIGURADO. ADEQUAÇÃO DA SENTENÇA AO DIREITO POSTULADO. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. INOCORRÊNCIA. ART. 219 DA LEI N.º 8.112/90. IMPRESCRITÍVEL O DIREITO DE PLEITEAR A PENSÃO ESTATUTÁRIA. UNIÃO ESTÁVEL. RECONHECIMENTO. CONCUBINATO. IMPOSSIBILIDADE. 5. Este Superior Tribunal de Justiça firmou sua orientação no sentido de que o reconhecimento da união estável entre o de cujus e a beneficiária condição sine qua non para a concessão do benefício da pensão por morte pressupõe a inexistência de impedimentos para o casamento, o que afasta o reconhecimento da condição de beneficiária à concubina. Precedentes. 6. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, provido." (REsp 950.100/RS, 5.ª Turma, Rel.ª Min.ª LAURITA VAZ, DJe de 03/08/2009.) Documento: 945889 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/03/2010 Página 7 de 11

" PREVIDENCIÁRIO. CONCUBINATO ADULTERINO. RELAÇÃO CONCORRENTE COM O CASAMENTO. EMBARAÇO À CONSTITUIÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL APLICAÇÃO. IMPEDIMENTO. 1. A jurisprudência desta Corte prestigia o entendimento de que a existência de impedimento para o matrimônio, por parte de um dos componentes do casal, embaraça a constituição da união estável. 2. Agravo regimental improvido." (AgRg no REsp 1.016.574/SC, 5.ª Turma, Rel. Min. JORGE MUSSI, DJe de 30/03/2009.) "PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL. RELACIONAMENTO SIMULTÂNEO A CASAMENTO LEGÍTIMO. UNIÃO ESTÁVEL. INOCORRÊNCIA. 2. 'Não há como ser conferido status de união estável a relação concubinária concomitante a casamento válido' (REsp 931.155/RS, 3ª Turma, Min. Nancy Andrighi, DJ de 20.08.2007). 3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental a que se nega provimento." (EDcl no Ag 830.525/RS, 4.ª Turma, Rel. Min. CARLOS FERNANDO MATHIAS (Juiz Federal Convocado do TRF da 1.ª Região), DJe de 06/10/2008.) Na linha desse entendimento, ante a existência, na espécie, de impedimentos para casar, conforme reconhecido no acórdão a quo, é impossível estender ao concubinato havido entre a ora Agravante e o de cujus a configuração jurídica de união estável. Portanto, igualmente descabido equiparar as figuras da concubina e da companheira. Relativamente ao alegado dissenso pretoriano, cabe salientar que constitui entendimento já consagrado neste Tribunal o fato de que a demonstração do dissídio jurisprudencial não se contenta com meras transcrições de ementas, sendo absolutamente indispensável o cotejo analítico de sorte a demonstrar a devida similitude fática entre os julgados, não verificada na espécie. A propósito: "PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. FUNDAMENTOS INATACADOS. ACÓRDÃO RECORRIDO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADA. 1. 'É inadmissível o Recurso Extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles' (Súmula 283/STF). 2. Não enseja conhecimento do recurso especial interposto com base na alínea "c", do permissivo constitucional, a mera transcrição de ementas, sem que o recorrente tenha procedido ao cotejo analítico. 3. Recurso especial não conhecido." (REsp 324.177/SP, 2.ª Turma, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJ de 25/10/2004.) Documento: 945889 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/03/2010 Página 8 de 11

Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. MINISTRA LAURITA VAZ Relatora Documento: 945889 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/03/2010 Página 9 de 11

CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUINTA TURMA AgRg no Número Registro: 2009/0218298-0 Ag 1249035 / MG Números Origem: 10024056809320 10024056809320003 10024056809320005 EM MESA JULGADO: 23/02/2010 SEGREDO DE JUSTIÇA Relatora Exma. Sra. Ministra LAURITA VAZ Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. ALCIDES MARTINS Secretário Bel. LAURO ROCHA REIS AUTUAÇÃO AGRAVANTE : C M DA S ADVOGADO : LÁSARO CÂNDIDO DA CUNHA E OUTRO(S) AGRAVADO : E A A ADVOGADO : MARILDA DE VASCONCELOS VIEIRA E OUTRO(S) AGRAVADO : N M DO N ADVOGADO : DEVAIR ROSA DE LIMA E OUTRO(S) AGRAVADO : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG ASSUNTO: DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Benefícios em Espécie - Pensão por Morte (Art. 74/9) AGRAVO REGIMENTAL AGRAVANTE : C M DA S ADVOGADO : LÁSARO CÂNDIDO DA CUNHA E OUTRO(S) AGRAVADO : E A A ADVOGADO : MARILDA DE VASCONCELOS VIEIRA E OUTRO(S) AGRAVADO : N M DO N ADVOGADO : DEVAIR ROSA DE LIMA E OUTRO(S) AGRAVADO : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG CERTIDÃO Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental." Documento: 945889 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/03/2010 Página 10 de 11

Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a Sra. Ministra Relatora. Brasília, 23 de fevereiro de 2010 LAURO ROCHA REIS Secretário Documento: 945889 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/03/2010 Página 11 de 11