Primeira Reunião dos Cidadãos Estrangeiros da Cidade de Yao do Ano Fiscal de 2012 [Ata da



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Transcrição:

Primeira Reunião dos Cidadãos Estrangeiros da Cidade de Yao do Ano Fiscal de 2012 [Ata da Reunião] Data e Horário: Dia 19 de julho de 2012 (quinta-feira) das 19:00h às 21:00h Local: Sala da Comissão Nº 2 do 8º andar do Prédio Principal da Prefeitura Participantes: (Membros) (Departamentos e Seções Relacionados) Chairman Michiko Tomioka, Vice-Chairman Tsunehisa Okuno, Membro Toubai En, Membro Kune Park, Membro Michika Kozakura, Membro Junko Shimooka, Membro Yanhen Park Assistente da Chefia Kitano da Seção de Política de Direitos Humanos; Chefe Fukushima da Seção de Educação em Direitos Humanos; Diretor Shiiba do Centro Comunitário e de Direitos Humanos de Katsura; Chefe Morimoto de Segurança Comunitária; Chefe Hishii da Seção de Bem-Estar da Vida Cotidiana; Chefe Kishi da Seção de Bem-Estar de Terceira Idade; Chefe Nakano da Seção do Seguro de Tratamento e Assistência ao Idoso; Vice-Chefe Shiraishi do Departamento de Saúde e Bem-Estar, e Chefe da Seção de Bem-Estar dos Portadores de Deficiência; Vice-Chefe Nishida do Departamento de Saúde e Bem-Estar, e Chefe da Seção de Promoção à Saúde; Chefe Tsujimura da Seção de Política Infantil; Vice-Chefe Baba do Departamento de Meio Ambiente e Economia, e Chefe da Seção de Política Industrial; Vice-Chefe Yamauchi da Secretaria do Hospital Municipal e Chefe da Seção de Planejamento e Gestão; Chefe Nakao da Seção de Prevenção da Central do Corpo de Bombeiros; Assistente de Chefia Morimoto da Seção de Segurança do Corpo de Bombeiros; Chefe Isobe da Seção de Comando do Corpo de Bombeiros (Secretariado) (Seção Cultural e Internacional) Chefe da Seção Ootani, Assistente da Chefia Matsushima, Chefe de Setor Matsuzuki, Chefe de Setor Nishitani, Membro Superintendente Kinoshita 1. Abertura 2. Apresentação dos membros participantes Secretariado Alteração dos membros da Reunião dos Cidadãos Estrangeiros da Cidade de Yao Apresentação dos membros participantes de Departamentos e Seções relacionados. 3. Troca de Opiniões sobre o Sistema do Programa de Medidas e Promoção para a Internacionalização da Cidade de Yao [Bem-Estar] Chairman Nesta reunião, gostaria de pedir a opinião dos senhores sobre 4 grandes tópicos relacionados ao apoio à vida cotidiana que são: Bem-Estar, Saúde e Tratamento Médico, Trabalho e Prevenção de Desastres. 1

Membro Eu faço uma avaliação positiva sobre o fato de a cidade de Yao estar realizando medidas de apoio, embora seja em parte, aos estrangeiros impossibilitados de receber a pensão básica por invalidez ou aos idosos que estão excluídos do sistema de pensão. Os estrangeiros alvo do dado apoio estão com idade avançada, o que torna necessário portanto de uma política que atenda a esta situação. Atualmente, o problema do auxílio à subsistência tem se tornado um grande alvo da mídia, e estão sendo realizadas campanhas negativas pela internet, alegando a ocorrência de recebimento desonesto do auxílio por pessoas que não o necessitam, ou o pagamento de valores muito mais altos do que o valor real. Na realidade, ocorre uma situação em que o auxílio à subsistência está sendo pago pela previdência social aos idosos excluídos do sistema de pensão. Peço para que tomem medidas e ações para acabar com tais campanhas negativas e evitar o mal entendimento pelos cidadãos em geral. Membro Pela minha experiência dentro das atividades de apoio aos cidadãos estrangeiros, eu também conheço pessoas que não puderam ingressar na previdência social ou que não recebem a pensão básica por invalidez, pelas próprias barreiras do sistema nacional. E tais circunstâncias não são levadas em consideração quando ocorrem campanhas negativas sobre o grande número de beneficiários do auxílio à subsistência dentre os coreanos idosos residentes e da sociedade coreana do Japão. É necessário pensar em algum novo mecanismo ou um novo sistema para resolver o problema, inclusive em como lidar com esse atual mal entendido causado pela campanha negativa. Creio que boa parte do assunto está relacionado à política municipal. Chairman Os jovens coreanos residentes no Japão já podem ingressar na previdência socila, porém, os idosos foram excluídos desse sistema. Trabalharam arduamente até então e apesar do apoio que recebem da família, se encontram agora em uma situação precária de ter que depender do auxílio à subsistência. E nesta campanha negativa, os coreanos residentes no Japão estão sendo apontados como beneficiários ilegais. É realmente muito importante transmitir informações corretas à população. Membro O sistema da pensão voltado aos retornados da China, estrangeiros idosos, e aos portadores de deficiência é um pouco difícil de se compreender. Por isso, acho bom se tivesse explicações sobre o assunto em diversos idiomas. Chairman São muitos os estrangeiros, idosos, ou portadores de deficiência que ficam excluídos do sistema. Será que não há uma necessidade de criar um sistema para rede de segurança ou realizar melhorias para resolver o problema? Vice-Chairman O artigo 25 da Constituição assegura o direito de todos de manterem um padrão 2

mínimo de saúde e bem-estar cultural. Então, é extremamente importante que os cidadãos e o governo reflitam juntos para empreender esforços em atender tais pessoas que são excluídas do sistema. [Saúde e Tratamento Médico] Chairman Na sequência, iniciaremos a troca de opiniões sobre o segundo tema 2) Saúde e Tratamento Médico. Membro A cidade de Quioto oferece serviços de intérpretes médicos aos estrangeiros, trabalhando ativamente em conjunto com organizações sem fins lucrativos. A interpretação médica é uma área que necessita de treinamento especializado, e lá eles possuem um know how acumulado. Peço que levem em consideração este assunto de forma positiva, introduzindo informações de organizações mais avançadas no ramo. Membro Eu ouvi de uma pessoa que realiza apoio aos retornados da China, que os estrangeiros da primeira geração, quando chegam a uma idade avançada, só conseguem se comunicar em sua língua materna. Então, é necessário estabelecer um sistema de tratamento médico que esteja fortemente ligado com a segurança e tranquilidade no cotidiano da terceira idade, e também um sistema de apoio à sua vida cotidiana. Creio que futuramente irá aumentar o número de idosos que só conseguirão se comunicar em sua língua materna. Peço que leve em consideração o assunto o mais breve possível. Membro Dentre os retornados da China, alguns necessitam apresentar a ficha para tratamento médico, emitido pela prefeitura municipal, no guichê do hospital de acordo com a sua situação. E isso se torna muito trabalhoso. Os retornados da China também têm muita dificuldade no momento de chamar a ambulância. Pela pronúncia da língua japonesa ser difícil, eles não conseguem expressar corretamente o seu endereço. É difícil também transmitir o seu problema de saúde pelo telefone. Seria de grande ajuda se for possível falar em chinês quando for chamar a ambulância. Seção de Bem-Estar da Vida Cotidiana Se houver necessidade da ficha para tratamento médico, basta entrar em contato com a prefeitura municipal com antecedência, pois é possível atender ao assunto enviando posteriormente a ficha por correio. Membro É necessário realizar mais publicidade sobre os serviços de intérpretes oferecidos pelo governo e também sobre informações das consultas da vida cotidiana. Vice-Chairman Não há outras opiniões a cerca de tratamento médico, exceto do âmbito do 3

problema com o idioma? Membro Não há dúvida de que a presença do intérprete está ligada à segurança e o alívio dos pacientes que necessitam de tratamento médico. Por outro lado, gostaria que os médicos, enfermeiras ou todos da área médica refletissem em como oferecer tratamento médico mantendo uma comunicação com os cidadãos estrangeiros, não ficando somente dependentes do intérprete. O problema está no posicionamento dos encarregados de tratamento médico em relação às pessoas com as quais possuem dificuldades de manter uma comunicação. E em comparação a outras cidades, a cidade de Yao já possui um mecanismo para o serviço de intérpretes e de consulta, então, no momento é necessário aproveitar os serviços existentes para elaborar um mecanismo para atender sem problemas e prontamente o estrangeiro nos momentos de emergência. Vice-Chairman Foi apresentado que as ambulâncias estão munidas com uma Ficha de Observação de Doentes Estrangeiros, mas, do que se trata? Seção de Segurança A Ficha de Observação de Doentes é um material impresso colocado em todas as ambulâncias, e está escrito em 15 idiomas para que o paramédico possa chegar ao local de atendimento emergencial e se comunicar com as pessoas que não souberem falar o japonês. Mas, na realidade, quase não há oportunidades de usarmos este material pois mesmo que precário, muitos conseguem se comunicar em japonês, não havendo casos em que a pessoa não fale absolutamente nada do japonês. E por outro lado, mesmo usando esta ficha, não iremos compreender a resposta da outra pessoa. Quando a própria pessoa não souber falar o japonês, perguntamos a alguém que esteja por perto ou aos familiares. [Trabalho] Membro Ao estarmos realizando atividades de apoio à procura de trabalho, nos deparamos com casos em que no ato de um estrangeiro estar se candidatando a vagas para empregos oferecidos pelo Hello Work ou pelo Centro de Suporte ao Trabalho, algumas empresas negam o emprego quando descobrem que o candidato é estrangeiro. Como isso acontece nos guichês de atendimento do Centro de Suporte e do Hello Work, sei que não é um problema somente do governo municipal, mas, se talvez o encarregado da apresentação de trabalho pudesse dar mais um passo adiante, penso que a situação poderia mudar bastante. Por exemplo, o encarregado poderia explicar à empresa que para um determinado candidato que tenha problema do idioma, isso poderia ser resolvido de tal forma; ou que como o tal candidato tem experiência em determinada área, que ele seria de grande valia para a empresa; e assim muita coisa poderia mudar. Chairman Ouvi dizer que no caso da cidade de Yao, o Centro de Suporte ao Trabalho realiza 4

atividades de matching entre empresas que procuram trabalhadores e os candidatos que buscam emprego. Há algo realizado em especial voltado às pessoas com raízes no exterior? Seção de Política Industrial Realizamos atividades de suporte ao trabalho na comunidade regional em três locais. O Centro de Suporte ao Trabalho é chamado de Centro de Trabalho da Comunidade da Região Central, e os outros dois estabelecidos são o Centro de Trabalho da Comunidade da Região Katsura e o Centro de Trabalho da Comunidade da Região Yasunaka. O resultado da atuação do ano fiscal de 2010 é de que dentre 37 cidadãos estrangeiros que procuraram o serviço, 8 conseguiram alcançar o emprego. Em uma situação empregatícia muito rigorosa, sinto que este resultado positivo foi alcançado graças à atuação muito amigável dos encarregados no local. E para que mais pessoas consigam alcançar o emprego, irei conversar com o encarregado do Hello Work sobre os apontamentos feitos hoje e verificar in loco, se não há meios eficazes para resolver de mais casos de forma positiva. Membro Vou opinar sobre um ponto de vista diferente. É necessário tempo para mudarmos o modo de pensar dos administradores de empresas ou dos funcionários de nível gerencial. Por isso, acho que é necessário fazer uso de diversas estratégias. Há algum tempo, tive oportunidade de ouvir a conversa de mulheres coreanas residentes no Japão na casa de seus 40 ou 50 anos de idade. Nenhuma das mulheres trabalhava em empresas comuns por tempo integral. Senti na pele o rigor da época em que era muito difícil os coreanos trabalharem na sociedade usando seu nome real, e que esta dificuldade ainda continua hoje. Na reunião passada também foi abordada a dificuldade de fazer com que os alunos utilizem seus nomes reais no ambiente educacional. Mas, gostaria que os professores também acumulem práticas educativas sobre o assunto. Para isso, queria que procurassem entrevistar pessoas que atuam nas mais diversas áreas sem esconder a sua nacionalidade, e apresentar tais entrevistas em brochuras de esclarecimento da empresa, entre outros. E assim, que transmitissem mensagens positivas de que a força estrangeira é também positiva para a gestão da empresa, ou que os estrangeiros estão colaborando para a sociedade japonesa de alguma forma, entre outras abordagens. Acho que isso se tornará um elo de ligação com as pessoas da próxima geração do ambiente educacional. Um exemplo bem próximo é uma pessoa de nacionalidade estrangeira que trabalha como funcionário público na cidade de Yao. Pode ser que seja muito difícil fazer com que todos utilizem o seu nome real, mas se há pessoas que não escondem as suas raízes estrangeiras, seria bom transmitir informações sobre o seu trabalho e seu esforço. Membro Ouvi dizer sobre um jovem de descendência vietnamita que, ao se candidatar a um trabalho de tempo parcial usando seu nome vietnamita, lhe foi negado o emprego. E quando se candidatou novamente, usando o nome japonês, o jovem conseguiu se empregar. As crianças e jovens que possuem raízes no exterior ouvem muito dessas conversas desde pequenos, então, 5

vivem sentindo que não podem usar seus nomes reais ou que se encontram em situações de precisar usar o nome japonês. Eu acho que essa imagem positiva que saiu na opinião à pouco apresentada, é extremamente importante para criar o sentimento de amor e respeito próprio das crianças e dos jovens, e assim elevar a sua identidade própria. Desejo que transmitam mensagens positivas às crianças e jovens para que usem seus nomes reais, informando-os que há personalidades ativas e conceituadas trabalhando com seus nomes reais. Vice-Chairman O fato de um indivíduo saber se comunicar em japonês e ter uma certa experiência de trabalho, mas ser negado o emprego somente por ser estrangeiro, é um assunto muito sério e muito grave que deve ser tratado como problema dos direitos humanos e de discriminação racial. É uma perda muito grande por parte da empresa também em não observar o caráter da pessoa ou a sua capacidade profissional. Eu acho que a proposta para a resolução e melhoria da situação que foi apresentada agora, de transmitir informações e apresentar casos de pessoas que atuam em suas diversas áreas usando os seus nomes reais, é uma medida relativamente fácil de ser colocada em prática. [Prevenção de Desastres] Membro O governo da cidade realiza chamadas aos cidadãos estrangeiros para que estes participem de treinamentos para prevenção de desastres, mas, não há participantes estrangeiros para tais atividades. Sinto uma grande preocupação em o que fazer para que os estrangeiros tenham mais consciência sobre prevenção de desastres dentro da comunidade e como criar um mecanismo para que todos possam se movimentar quando ocorrer algo. Não adianta tão somente elaborar materiais em diversos idiomas e fornecer essas informações aos estrangeiros. Desde a ocorrência do Grande Terremoto de Hanshin Awaji, é sempre focado o assunto dos desafios que devem ser superados, tal como os preparativos sobre o que se deve fazer quando realmente começar a vida dentro de abrigos de refúgio. Membro O mapa de prevenção de desastres está em versão multilingue? O mapa está sendo distribuído em todas as casas? Seção de Segurança Comunitária Em 2006, distribuímos em todas as casas um grande mapa em versão multilingue, de toda a área da cidade de Yao, com frente e verso sobre medidas a tomar no caso de um terremoto e no caso de danos por vento forte e inundações. Desde então, o mapa está disponibilizado no guichê da prefeitura municipal. Membro Está em progresso o estudo sobre a criação de indicações em diversos idiomas para quando começar a vida dentro de abrigos de refúgio? 6

Seção de Segurança Comunitária Com a ocorrência do Grande Terremoto do Leste Japonês, no ano passado, atualmente estamos revisando o nosso plano regional de prevenção de desastres. Estamos realizando reuniões de promoção do planejamento sob o ponto de vista das pessoas que necessitam de assistência em casos de desastres, que são os estrangeiros, portadores de deficiência, pessoas idosas, crianças pequenas e mulheres. E dentro desse encontro, já recebemos propostas sobre a necessidade de indicações nos abrigos de refúgio. No caso dos estrangeiros que vivem na cidade de Yao, estes compreendem mais ou menos os ideogramas japoneses hiraganá ou o alfabeto romano; então, foi proposta a necessidade de indicações nestes dois tipos de caracteres. E sobre a divisão concreta de tarefas no caso de uso dos voluntários ou do Centro de Intercâmbio Internacional, estamos no momento realizando ouvidoria das organizações relacionadas. Sentimos que o grande desafio no cotidiano, é de como os moradores japoneses da região irão manter uma comunicação com os moradores estrangeiros. Mas, não se limitando a estrangeiros, as demais pessoas que necessitam de assistência em casos de desastres também necessitam manter um relacionamento dentro da comunidade. Vamos realizar atividades nesse sentido, de reconhecimento destas necessidades, no processo de elaboração dos mapas de prevenção de desastres de acordo com a zona escolar. Iremos também começar a elaborar um manual de administração dos abrigos de refúgio. Membro As escolas se tornam abrigos de refúgio em muitos casos, então, os manuais elaborados poderiam ser distribuídos em todas as escolas, para que as pessoas possam se movimentar tendo em vista o atendimento no momento de uma emergência. Chairman Os senhores conversam com os colegas chineses sobre o que fazer ou quais medidas tomar quando acontecer algum desastre? Membro Vejo noticiários sobre a participação dos japoneses nos treinamentos para prevenção de desastres, e no caso dos chineses, não sei se é um comportamento continental dos mesmos, mas sinto que eles não pensam muito a respeito de prevenção de desastres. Eu particularmente tenho preparado sempre em casa alimentos e água para emergência, mas acho que sou uma minoria. Já perguntei às pessoas ao meu redor e a maioria da família não tem nada preparado. Na China, os chineses têm na cabeça que se acontecer algum desastre, o Exército de Libertação Popular virá socorrer e portanto não é necessário fazer nada por conta própria. Em relação à prevenção de desastres, ensinar bem as crianças no cotidiano, principalmente nas escolas, fará com que na hora do inesperado as crianças possam agir de forma apropriada. E para tais casos inesperados, seria bom preparar informações em versão multilingue para serem passadas aos estrangeiros em ondas de rádio exclusivo para a prevenção de desastres. É importante porque não há garantia de ajuda imediata pelos serviços de intérpretes. 7

Membro Eu preparo em casa alimentos não perecíveis para emergência. Dentre os retornados da China, me parece que falta um pouco da consciência sobre prevenção de desastres. E já ouvi falar e pessoas à minha volta que não irá preparar porque não se sabe quando vai acontecer algum desastre ou que mesmo preparando os mantimentos, se tornarão lixo caso não seja usado. Eu acho muito bom passar informações sobre ordens de refúgio em língua chinesa quando ocorrer um terremoto. Ouço dizer que nas casas dos retornados da China o maior problema é o idioma, então seria bom que haja transmissão de informações em chinês ou materiais traduzidos em chinês. Vice-Chairman Há exemplos da transmissão multilingue de informações por rádios comunitárias, que ajudaram até mesmo pessoas que tinham dificuldades no japonês a tomarem medidas necessárias, quando ocorreu o Grande Terremoto do Leste Japonês. É um ponto de vista muito importante para pensarmos no futuro. [Resumo da Discussão de Hoje] Vice-Chairman Em meio a onda das campanhas negativas que vêm acontecendo, o governo deve realizar medidas para tratar do assunto junto com os cidadãos. Sobre Saúde e Tratamento Médico, foi verificado que o problema da comunicação é o mais importante. Principalmente no caso da ambulância, o atendimento após a chamada da ambulância está sendo melhorado, porém, houve opiniões de que há pessoas que sentem problemas na comunicação por não conseguirem passar as informações mesmo para chamar a ambulância. E em relação ao tratamento médico, tivemos opiniões de que o problema está no posicionamento das pessoas que trabalham na área médica em relação às pessoas com dificuldades de se expressarem em japonês. Em relação ao tema Trabalho, é um grande problema se há exemplos de estrangeiros sendo rejeitados do trabalho somente pelo fato destes serem estrangeiros, e não pela sua capacidade profissional ou sua experiência de trabalho. Chairman Depois de ouvir as opiniões dos membros presentes, sinto mais uma vez que não é somente um problema dos estrangeiros, mas sim, é um problema no posicionamento dos majoritários japoneses perante os estrangeiros. Como a maioria dos japoneses que cercam a minoria estrangeira irão se mudar? O que se deve fazer para que haja tal mudança? É importante observar que se trata de um problema da sociedade majoritária japonesa. 4. Encerramento 8