FACULDADE CEARENSE FAC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO FRANCISCO RÔMULO PIMENTEL DE PAULA



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Transcrição:

FACULDADE CEARENSE FAC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO FRANCISCO RÔMULO PIMENTEL DE PAULA ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUE NO SUPERMERCADO WANDERBOX, SITUADO NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA/CE FORTALEZA 2013

FRANCISCO RÔMULO PIMENTEL DE PAULA ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUE NO SUPERMERCADO WANDERBOX, SITUADO NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA/CE Monografia como pré-requisito para obtenção do título de Bacharelado em Administração, outorgado pela Faculdade Cearense FAC, tendo sido aprovada pela banca examinadora composta pelos professores. Orientadora: Professora Rosangela Soares de Oliveira FORTALEZA 2013

FRANCISCO RÔMULO PIMENTEL DE PAULA ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUE NO SUPERMERCADO WANDERBOX, SITUADO NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA/CE Monografia como pré-requisito para obtenção do título de Bacharelado em Administração, outorgado pela Faculdade Cearense FAC, tendo sido aprovada pela banca examinadora composta pelos professores. Data de aprovação: 10/12/2013 Conceito:Satisfatório ROSANGELA SOARES DE OLIVEIRA, Ms. Orientadora FERNANDO LOPES DE SOUZA DA CUNHA, Ms Membro KELLY COELHO BRASIL, Ms Membro PHRYNÉ AZULAY BENAYON, Ms Membro

Aos meus Pais e meus irmãos, que me incentivaram muito para que eu atingisse esse objetivo.

AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por ter iluminado meus caminhos nessa jornada. Aos meus pais, que me apoiaram em todos os momentos dessa caminhada. A minha orientadora, Rosangela Soares de Oliveira, que foi fundamental nessa etapa da minha vida e que se prontificou em me orientar com toda atenção. A todos os meus professores, que colaboraram na minha aprendizagem ao longo desses anos. Aos colegas que estiveram presentes durante todo esse período. Ao Supermercado Wanderbox que permitiu que esse trabalho de pesquisa fosse realizado no mesmo.

Gerenciamento é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por cooperação. (Peter Drucker)

RESUMO A gestão de estoque é muito importante na administração dos recursos materiais de uma empresa, principalmente nas atividades varejistas, em especial os supermercados. Este trabalho de pesquisa teve como objetivo geral, a análise da gestão de estoque de um supermercado situado no município de Fortaleza CE, onde foi avaliado desde a sua administração até o planejamento e controle dos recursos materiais, visto que no setor varejista, em especial os supermercados é de suma importância o gerenciamento dos estoques. Chegou-se a conclusão, que a gestão de estoque no Supermercado Wanderbox não é eficiente, porque existem produtos que não estão cadastrados no sistema do supermercado, dificultando a tarefa do setor de compras, acarretando na administração, planejamento e controle de estoques inadequados no supermercado. Sendo assim, os custos de planejamento e controle de estoque tornam-se altos. Ficou constatado que a gestão de estoque é muito importante na empresa, mas há discrepâncias no gerenciamento do estoque, foi relatado que alguns produtos do estoque físico não estão no sistema informatizado do supermercado. O sistema de informação utilizado na empresa é o RMS, mas esse sistema não está abrangendo todos os setores do supermercado. O sistema de informação utilizado nessa empresa é o mais adequado, pois é utilizado pela maior parte da rede varejista, o que deve ser feito é tornar todos os setores do supermercado informatizados dentro do mesmo sistema utilizado na organização, fazendo com que haja uma uniformidade no gerenciamento dos estoques. Tomando essa decisão será possível fazer um planejamento e controle de estoque ideal, para diminuir os custos gerados no supermercado. É necessário também, que se busque utilizar um tipo de estoque, pois irá facilitar no planejamento e no controle de estoque. Palavras-chaves: Gestão de estoque. Logística. Varejista.

ABSTRACT The inventory management is very important in the management of material resources of a company, especially in retail activities, in particular supermarkets. This research had as general objective, analysis of inventory management of a supermarket located in Fortaleza - CE, which has been reported since its administration to the planning and control of material resources, as in the retail sector, in particular supermarkets is of paramount importance to inventory management. The conclusion was reached that the inventory management in Supermarket Wanderbox is not efficient, because there are products that are not registered in the supermarket system, complicating the task of the purchasing department, resulting in administration, planning and control of inadequate inventories at the supermarket. Thus, the costs of planning and inventory control become very high. It was verified that the management of inventory is very important in business, but there are discrepancies in inventory management, it was reported that some products are not physical inventory in the computerized system of the supermarket. The information system used in the company is the RMS, but this system is not covering all sectors of the supermarket. The information system used in this company is the most suitable as it is used by most of the retailer, which must be done is to make all sectors of computerized supermarket within the same system used in the organization, so that there is uniformity in inventory management. Keywords: Inventory management. Logistics, Retailer.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Triângulo do planejamento em relação às principais atividades de logística... 20 Figura 2 Estágios em cadeia de suprimentos... 21 Figura 3 Modelo de integração de logística... 22 Figura 4 Sistema típico de gestão ampliada do relacionamento com os clientes... 26

LISTA DE TABELAS Variação mensal do volume de vendas no varejo Ceará (2006 2012)... 14

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 A gestão de estoque é importante para o supermercado?... 42 Gráfico 2 Qual a forma de planejamento de estoque é realizado na empresa?... 43 Gráfico 3 Que forma de controle de estoque é realizado na empresa?... 44 Gráfico 4 A empresa utiliza algum sistema de informação?... 44 Gráfico 5 O supermercado utiliza algum sistema de informação no gerenciamento das compras? Qual o objetivo do uso de sistema de informação para o supermercado?... 45 Gráfico 6 Acontecem discrepâncias no gerenciamento do estoque da empresa?. 46 Gráfico 7 O supermercado busca reduzir seus custos de estocagem de material através do gerenciamento do estoque?... 47 Gráfico 8 Qual o tipo de estoque que o supermercado adota?... 47 Gráfico 9 Qual a posição de custos com o estoque do supermercado?... 48 Gráfico 10 Qual a posição de custos no setor de compra do supermercado?... 48

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMA IBGE IPECE EDI ERP GIS SEBRAE American Marketing Association Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará Intercâmbio Eletrônico de Dados Planejamento de Recursos Materiais Sistemas de Informação Geográfica Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO... 18 2.1 Conceituando e contextualizando: Logística... 18 2.2 Gestão da cadeia de suprimentos... 21 2.3 Logística integrada... 22 2.4 Gestão de estoques... 23 2.4.1 Atividades primárias... 24 2.4.1.1 Compra/suprimentos... 25 2.4.1.2 Manutenção dos estoques... 25 2.4.1.3 Processamento dos pedidos... 26 2.4.1.4 Distribuição e transporte... 27 2.4.2 Atividades de suporte... 28 2.4.2.1 Planejamento do estoque... 28 2.4.2.2 Armazenagem e manuseio de materiais... 30 2.4.2.3 Gerenciamento de informação... 30 2.4.3 Embalagem... 31 2.4.3.1 Unitização... 32 2.4.3.2 Paletização... 33 2.4.3.3 Conteineirização... 33 2.4.3.4 Mariner Sling... 34 2.4.3.5 Big Bag... 34 3 METODOLOGIA... 35 3.1 Tipos de pesquisa... 35 3.2 Técnica de coleta de dados e análise de dados... 38 4 ESTUDO DE CASO... 39 4.1 História da empresa: como tudo começou... 39 5 RESULTADOS DA PESQUISA... 41 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 49 REFERÊNCIAS... 50 ANEXOS... 54

13 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como tema, a Análise da Gestão de Estoque no Supermercado Wanderbox, situado no município de Fortaleza CE. Esta pesquisa teve como intuito entender como os processos de gestão de estoques na logística de uma empresa, torna-se importante conhecer os fatores que influenciam nesses processos. A gestão de estoques está em constante desenvolvimento, cabendo às empresas investirem nessa área que é de total importância. O fluxo de informações no setor varejista no Ceará é muito grande. Com isso, a evolução dos sistemas de informação, vem beneficiando o aumento da produtividade e a gestão de estoques neste setor. De acordo com Tadeu (2010), ainda que o estoque sempre representasse um ponto significativo dentro da administração de toda empresa ou organização, somente no início da segunda metade do século XX que o foco foi devidamente dado a essa área. As organizações do século XXI evoluíram muito em relação às do século XX, as empresas estão investindo cada vez mais em tecnologia e na qualidade de seus produtos e serviços devido a uma maior exigência dos clientes. Segundo Ballou (2012, p.18), A concepção logística de agrupar conjuntamente as atividades relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para administrá-las de forma coletiva é uma evolução natural do pensamento administrativo. [...]. A gestão estratégica da logística é muito importante na gestão estratégica dos estoques. Conforme Oliveira (2013, p.102): A gestão estratégica da logística, principalmente com foco na gestão estratégica de estoques, seja no controle de seus níveis como na inteligência de sua reposição em face de sua demanda incrementa os lucros de qualquer organização. De acordo com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), as atividades comerciais cearenses no período de 2006 a 2011 cresceram 41,5%. Isso mostra o quanto cresceu o comércio no estado do Ceará, isso se deve devido a maior preocupação em tornar eficiente a gestão estratégica.

14 Na tabela a seguir é demonstrada a variação mensal do volume de vendas no varejo no Ceará no período de 2006 a 2012 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Tabela 1. Variação mensal do volume de vendas no varejo Ceará (2006 2012) Fonte: IBGE 2012 Conforme Bezerra, Barbosa e Santos (2010, p.77), a economia cearense desde sua origem é predominantemente voltada para o setor de serviços, com destaque para o comércio, sobretudo o Varejista. [...]. O setor varejista no estado do Ceará vem se modernizando para poder atender a crescente demanda de consumidores. Torna-se necessário o correto gerenciamento dos estoques no setor varejista, principalmente nos supermercados, para que não gerem prejuízos aos seus administradores. Segundo a Agência Brasil (2013), o movimento dos consumidores nas lojas em outubro de 2013 avançou 1,7% se comparado a setembro do mesmo ano. Ainda de acordo com a Agência Brasil em comparação com outubro do ano passado houve uma expansão de 2,8% da atividade varejista.

15 Partindo da necessidade em haver um controle mais eficiente de estoque dentro de uma empresa, o questionamento que se faz é será que a gestão de estoque aplicada no Supermercado Wanderbox é eficiente? Conforme Mattar (2011, p.1), o varejo consiste nas atividades de negócios envolvidas na venda de qualquer produto ou prestação de qualquer serviço a consumidores finais, para utilização ou consumo pessoal, familiar ou residencial. O varejo é uma atividade muito antiga no comércio, segundo Mattar (2011), com a ocorrência da produção de excedentes e a comunicação entre diversos grupos, iniciou-se o processo de escambo, onde os excedentes de produção de um grupo eram trocados pelos excedentes de outro grupo, caracterizando-se como o primórdio do comércio. A modernização do comércio, o surgimento da moeda e o advento da Internet que facilitaram o processo da atividade varejista. O comércio varejista exibe uma ampla concorrência para os que ingressam nela. Sobretudo nos supermercados o acirramento é grande, pois os grandes supermercados levam vantagem em relação aos de médio e pequeno porte. Para concorrer com os grandes supermercados, os pequenos e médios, se unem em redes para comprarem mercadorias juntos, a melhores preços não deixando que haja o risco de faltar produtos para o cliente final. Fleury, Wanke e Figueiredo (2012, p.316), diz que: No entanto, planejar um sistema baseado no consumidor está tornando-se cada vez mais difícil, principalmente para as empresas que atuam no setor varejista. Com o acirramento da concorrência e o aparecimento de uma nova forma de comércio pela Internet (e-commerce), os consumidores tornaram-se mais numerosos e de difícil compreensão. Tendo em vista o acirramento no comércio varejista e o comércio pela Internet. Para Camarotto (2009), os varejistas mais competitivos se adiantam às mudanças e oferecem meios para que o consumidor consiga o que deseja e precisa conforme seus anseios, por exemplo, clientes que buscam rapidez e praticidade estão adquirindo muitos produtos e serviços pela Internet, sem necessidade de visita a estabelecimentos comerciais.

16 Para Peter Drucker apud Harrison (2005, p.169): O surgimento explosivo da Internet como um dos principais, ou talvez o principal, canais de distribuição mundial para bens, serviços e, surpreendentemente trabalhos gerenciais e profissionais está alterando profundamente as economias, os mercados e as estruturas dos segmentos: produtos e serviços e seu fluxo; segmentação de clientes, valores dos consumidores e comportamento do consumidor; mercado de trabalho e mãode-obra. A Internet facilitou os trabalhos gerenciais e profissionais influenciando na economia facilitando para os pequenos e médios supermercados. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE 2013, p.1), a vantagem da formação de uma rede envolvendo os pequenos e médios supermercados são o aumento do poder de negociação, preços mais baixos, eliminação de intermediários, condições de pagamento, menor custo de estoque e de frete e acesso a grandes fornecedores. Segundo Almeida e Pinheiro (2013, p.82): No Ceará, já existem formadas 28 centrais de negócios, ou seja, as associações entre os supermercados locais para a formação de uma rede que faça frente às grandes lojas nacionais e internacionais de supermercados, onde se destacam a Super Rede e a Uniforça. De acordo com Daud e Rabelo (2007, p.23), o varejista encontra a sua maneira de competir ao calibrar com precisão qual o feixe de serviços que irá apoiar a venda dos produtos e quais produtos apoiarão a venda dos serviços. Esse trabalho de pesquisa visa verificar o modo que o Supermercado Wanderbox controla seus estoques, se o mesmo está de acordo com as metas estabelecidas pelo setor varejista e se está utilizando o método adequado de gestão de estoque.

17 Esse estudo tem como objetivo geral: Analisar a gestão de estoque no Supermercado Wanderbox situado no município de Fortaleza-CE desde a sua administração, planejamento e controle dos recursos materiais, visto que no setor varejista em especial os supermercados é de suma importância o gerenciamento dos estoques. Para apoiar o objetivo geral, foram identificados três objetivos específicos: Conceituar e contextualizar a logística, verificar a gestão de estoque no Supermercado Wanderbox situado no município de Fortaleza CE; Averiguar o tipo de estoque no Supermercado Wanderbox; Analisar o planejamento e o controle de estoque do Supermercado Wanderbox. Este trabalho de pesquisa está divido em 5 (cinco) capítulos. O capítulo 1 aborda a introdução que apresenta o assunto do estudo, contendo a problemática com a respectiva justificativa. Mostra o objetivo geral e os objetivos específicos desse estudo. O capítulo 2 descreve o referencial teórico, conceitua e contextualiza a logística e como ela se aplica ao setor varejista no segmento de supermercados, discorre sobre a logística integrada mostrando a sua importância, cadeia de suprimentos e a gestão de estoques. O capítulo 3 aborda a metodologia utilizada nesse trabalho de pesquisa. O capítulo 4 refere-se ao estudo de caso, mostrando a história da empresa estudada e o capítulo 5 refere-se aos resultados da pesquisa. E por fim são apresentadas as considerações finais, a bibliografia e o anexo.

18 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo foi abordada a conceituação e a contextualização da logística e como ela se aplica nas empresas, tendo um enfoque no setor varejista no segmento de supermercados, discorre sobre a logística integrada mostrando a sua importância e a cadeia de suprimentos. Também explicitará a definição de gestão de estoques e sua importância como parte de um planejamento nas empresas e como se aplica numa rotina de um supermercado. 2.1 Conceituando e contextualizando: Logística De acordo com Bowersox e Closs (2009), logística é o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o intuito de atender as necessidades dos clientes. Para Ballou (2012, p.24): A logística empresarial trata de todas atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável. Para Almeida e Schlüter (2012), a logística não se refere somente aos aspectos físicos do sistema (veículos, armazéns, redes de transporte etc.). Os aspectos intangíveis tais como os informacionais e gerenciais, envolvendo processamento de dados, teleinformática, processos de controle gerenciais e serviços diversos, constituem-se em parte integrante de importância para o cumprimento da função logística. Segundo Alt e Martins (2006, p.326), A logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor. A logística tem tido um papel muito importante no planejamento da maioria das empresas, sendo necessária que as empresas estejam acompanhando o desenvolvimento da mesma no que tange uma modernização mais rápida.

19 Para Ching (2007, p.18): A logística moderna passa a ser maior preocupação dentro das empresas. Ela deve abranger toda a movimentação de materiais, interna e externa à empresa, incluindo chegada de matéria-prima, estoques, produção e distribuição até o momento em que o produto é colocado nas prateleiras à disposição do consumidor final. Tendo em vista essa importância da logística no planejamento da empresa, se faz necessário que haja uma gestão da logística para que chegue aos objetivos traçados pela empresa Supermercado Wanderbox. De acordo com Christopher (2007, p.3): Logística é o processo de gerenciamento estratégico da compra, do transporte e da armazenagem de matérias-primas, partes e produtos acabados (além dos fluxos de informações relacionados) por parte da organização e de seus canais de marketing, de tal modo que a lucratividade atual e a futura sejam maximizadas mediante a entrega de encomendas com o menor custo associado. O gerenciamento estratégico da compra é importante devido a globalização da logística. Segundo Barat (2007, p.9), O grande desafio na logística globalizada é conseguir operar progressivamente nas funções empresariais que agregam valor adicional significativo aos produtos. Para Bowersox, Cooper e Closs (2006), a decisão de se engajar em operações globalizadas para alcançar crescimento de mercado e desfrutar de eficiência operacional segue um caminho natural de ampliação de negócios. A globalização é um processo que influencia muito a logística atualmente, seja nas transações comerciais, como também no fluxo de capitais. Para Fleury (2012), as implicações desse elemento para a logística são várias e importantes, aumentam o número de clientes e os pontos de vendas, crescem o número de fornecedores e os locais de fornecimento, aumentam as distâncias a serem percorridas e a complexidade operacional, abrangendo legislação, cultura e modais de transporte. Conforme Alt e Martins (2006, p.350), algumas características do modelo atual afetaram de modo permanente a forma de operar as empresas, quer de bens de consumo, bens de produção, quer de serviços. Os clientes estão cada vez mais exigentes com relação aos produtos e serviços. Dessa forma, é preciso que haja investimentos nos sistemas de informação, com o intuito de ter uma comunicação eficiente com o fornecedor para

20 agilizar na reposição de estoques, negociando os preços de transportes das mercadorias, para não influenciar muito no preço final para o cliente final. A figura a seguir mostra o triângulo do planejamento em relação às principais atividades de logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: Figura 1. Triângulo do planejamento em relação às principais atividades de logística Fonte: Ballou (2004, p.45) De acordo com Ballou (2004), a função do gerenciamento pode ser vista como o desempenho das tarefas de planejar, organizar e controlar para concretizar os objetivos da empresa, já o planejamento lida com decisões sobre os objetivos da empresa. A estratégia de estoque é importante para a previsão e decisões a serem tomadas sobre o estoque, programação das compras e suprimentos que acarreta no planejamento a ser realizado. O planejamento das principais atividades logísticas é muito importante para o gerenciamento da cadeia de suprimentos tanto na estratégia de estoque como na estratégia de transporte, na estratégia de localização e nos objetivos do serviço ao cliente.

21 2.2 Gestão da cadeia de suprimentos De acordo com Bowersox e Cooper e Closs (2006), a gestão da cadeia de suprimentos (às vezes conhecida por cadeia de valor ou cadeia de demanda) envolve empresas que cooperam para alavancar posicionamento estratégico e para melhorar a eficiência das operações. Francischini e Gurgel (2004) definem cadeia de suprimento como integração dos processos que formam um determinado negócio, desde os fornecedores originais até o usuário final, proporcionando produtos, serviços e informações que acrescentam valor para o cliente. Ballou (2004), explica que a cadeia de suprimentos compreende todas as atividades relacionadas com o fluxo e transformação de mercadorias desde o estágio de matéria-prima até o usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação. De acordo com Slack et.al. (2008), a gestão da cadeia de suprimentos é a gestão dos relacionamentos e fluxos entre os processos e as operações. Para Chopra e Meindl (2011, p.4), o termo cadeia de suprimentos traz à lembrança imagens de produto ou estoque movendo-se de fornecedores para fabricantes, distribuidores, comerciantes e para clientes ao longo de uma cadeia. A figura a seguir mostra os estágios em cadeia de suprimentos: Figura 2. Estágios em cadeia de suprimentos Fornecedor Fabricante Distribuidor Varejista Cliente Fonte: Chopra e Meindl (2011) adaptado pelo autor De acordo com Klose e Ikemori (2013), o segmento de varejo precisa lidar com a logística e a sua gestão pode dependendo da eficiência, contribuir para elevar o grau de competitividade ou arranhar e comprometer a imagem de uma empresa. Seja para receber produtos, distribuí-los entre as filiais ou então entregar um produto ao consumidor, ter uma cadeia de suprimentos que funcione com perfeição é essencial para qualquer empresa. Na administração do varejo para gestão da cadeia de suprimentos funcione é necessário que se tenha uma logística integrada.

22 2.3 Logística integrada De acordo com Bowersox e Closs (2009), Logística Integrada são as informações recebidas de clientes que passam pela empresa na forma de atividades de vendas, previsões e pedidos. Conforme Ayres (2009, p.221), o emprego da Logística de uma forma integrada, como uma nova estratégia capaz de criar, dentro das empresas, uma sincronização entre todos os seus departamentos é ainda recente no Brasil. Na figura seguir é demonstrado à integração logística, segundo Bowersox e Closs: Figura 3. Modelo integração de logística Fonte: Bowersox e Closs (2009, p.44) A figura mostra todo o percurso pela qual passa o pedido do cliente, cabendo a empresa filtrar as informações importantes para distribuir a outros setores, que faz o planejamento das compras de materiais junto aos fornecedores. Esse processo é facilitado pela Internet que gera mais rapidez ao fluxo de informações tanto do cliente em relação à empresa, como do fluxo de materiais da organização em relação aos fornecedores. Segundo Fleury (2003, p.1): O conceito de logística integrada parte do princípio de que o sistema logístico deve ser entendido como um instrumento operacional de marketing. Um dos modelos mais utilizados para o estabelecimento de uma estratégia de marketing, é do marketing mix, popularmente denominado de modelo dos 4 Ps. Segundo este modelo a estratégia de marketing deve ser estabelecida a partir de políticas de produto, preço, promoção e praça, ou seja, canais de distribuição.

23 Ainda de acordo com Fleury, Wanke e Figueiredo (2012), baseado no moderno conceito de logística integrada está o entendimento de que a logística deve ser vista como uma ferramenta de marketing, uma ferramenta gerencial, capaz de agregar valor através dos serviços prestados. É necessário que a logística integrada seja vista como uma ferramenta de marketing com o objetivo de agregar o valor através dos serviços prestados para que haja uma correta gestão de estoques. 2.4 Gestão de estoques Primeiramente é necessário entender a definição de estoque nas empresas. Segundo Alt e Martins (2006, p.168), os estoques têm a função de funcionar como reguladores do fluxo de negócios. De acordo com Bowersox e Closs (2009, p.41), as necessidades de estoque de uma empresa dependem da estrutura da rede e do nível desejado de serviço ao cliente. Para Pozo (2004), a razão para manter estoques tem relação com a dificuldade de se conhecer a demanda futura, tornando necessário manter um nível de estoque para assegurar o atendimento às demandas, bem como minimizar os custos de produção, movimentação e estoques. É muito importante saber sobre custos para se determinar um volume de estoque que seja suficiente para atender a demanda. Saber como investir para que se possa ter rápida rotatividade dos produtos para que não fiquem parados. Para que se evite que esses produtos passem da validade, ocasionando prejuízos. De acordo com Alt e Martins (2006), a gestão de estoques compõe uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados. Para Paoleschi (2012, p.40 41): Uma empresa deve cuidar da gestão de estoques como o principal fundamento de todo o seu planejamento tanto estratégico como operacional, porque um controle correto dos estoques elimina desperdícios de tempo, de custo, de espaço e vai atender o cliente no momento em que ele deseja.

24 Para se gerenciar os estoques é preciso saber como se planejar para não haver excesso de estoque ou então não ficar com estoque insuficiente para poder atender a demanda. Segundo Slack et al. (2008, p.296), o gerenciamento de estoques é a atividade de planejar e controlar acúmulos de recursos transformados, conforme eles se movem pelas cadeias de suprimentos, operações e processos. Siqueira (2009), diz que para tomar decisões sobre a gestão dos estoques, os gestores utilizam modelos que servem para representar seu funcionamento real, isto é, como se dá o seu uso e como ocorre seu abastecimento. De acordo com Bowersox e Closs (2009, p.226), para os varejistas, o gerenciamento de estoque é fundamentalmente uma questão de compra e venda. Segundo Tadeu (2010, p.10), gerenciar os estoques, portanto, é uma tarefa muito maior e mais complexa do que o controle de materiais dentro de uma organização. Por ser uma tarefa muito complexa de controle de materiais, o gerenciamento de estoques divide-se em dois tipos de atividades: as atividades primárias e as atividades de suporte. 2.4.1 Atividades Primárias Para Tadeu (2010), as atividades primárias são aquelas diretamente responsáveis pela efetiva execução dos interesses do gerenciamento de estoques. Ballou (2012), complementa ainda que as atividades primárias contribuem com a maior parcela do custo total da logística e são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística. As atividades primárias são: compras, manutenção dos estoques, processamento de pedidos, distribuição e transportes. 2.4.1.1 Compras/Suprimentos Tadeu (2010), afirma que as atividades de compra são importantes no sentido de garantir a disponibilidade dos materiais essenciais no momento, quantidade, local e condições corretos para seu uso com planejamento de

25 desembolso de caixa sustentável e ponderado pela estratégia de estoque desenvolvida pela organização. De acordo com Paoleschi (2012, p.93), A importância de compras / suprimentos nas organizações diz respeito ao volume de recursos gastos nas aquisições anuais e sob responsabilidade desse setor. O setor de compras e suprimentos é um setor bastante estratégico para uma boa logística da empresa. Esse setor tem que estar em sintonia com os outros setores para que possa funcionar bem. Conforme Bowersox, Cooper e Closs (2006), uma estratégia efetiva de compras para apoiar conceitos de gestão da cadeia de suprimentos exige uma relação muito mais próxima entre compradores e vendedores do que é o praticado tradicionalmente. Os responsáveis pelo setor de compras precisam estar atentos para que ocorra a manutenção dos estoques. 2.4.1.2 Manutenção dos Estoques Para não haver risco de faltar produtos nas prateleiras é necessário que se mantenha um melhor planejamento voltado para o estoque de segurança e o estoque mínimo. Ballou (2012, p.24), afirma que o uso extensivo de estoques resulta no fato de que, em média, eles são responsáveis por aproximadamente um a dois terços dos custos logísticos, o que torna a manutenção de estoques uma atividade-chave da logística. Enquanto que Paoleschi (2012), fala que o estoque mínimo é garantia de equilíbrio do processo produtivo, mas como seu custo é permanente, deve haver um cálculo muito criterioso para não gerar prejuízo financeiro. Para um equilíbrio do processo produtivo é importante que ocorra um correto processamento de pedidos. 2.4.1.3 Processamento de Pedidos Ballou (2012, p.25), explica que a sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes.