^ Cipii[46:41,112 ft,,c ;



Documentos relacionados
Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO A. A. Poder Judiciário do da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D.

Nisnmgro' Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de

Florianópolis, 29 de fevereiro de 2012.

+t+ Ammg *ESTADO DA PARAÍBA. PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho

Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa

,4 ff4b. Hal. Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Des a Maria das Neves do Egito de A. D.

ACÓRDÃO. 1. O instrumento particular de assunção de dívida, assinado pelo devedor e por duas testemunhas,

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

MN* -- ESTADO DA PARAÍBA ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL N /001. .é41 kat 4,0' -44

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Primeira Câmara Criminal

U. 0, RtV') Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desa. Maria das Neves do Egito de A. D. Ferreira

Processo no /001

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Décima Sexta Câmara Cível

Wi4rsgrrriS.0. 9)a4ex judicid,da da Eetada da [Pcvtat'ea figifiand de jugiça

ACÓRDÃO. VISTOS, relatados e discutidos estes autos.

Processo no /001. ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº /SC CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR AGRAVANTE : FILIPI BUENO DA SILVA ADVOGADO : ELIANE EMÍLIA

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

sql Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D.

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des, Genésio Gomes Pereira Filho

ACÓRDÃO. O mero descumprimento contratual não é suficiente para caracterizar dano moral. (Precedentes do STJ)

Superior Tribunal de Justiça

Nº COMARCA DE CACHOEIRINHA

Superior Tribunal de Justiça

- A nossa legislação civil estabelece que os contratos de seguros

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA GAB. DES. ROMERO MARCELO DA FONSECA OLIVEIRA ACÓRDÃO

DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO - QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA - EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - ART. 557, DO CPC.

ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNALDE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa

ACÓRDÃO. ACORDAM os Desembargadores que integram a Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de

Superior Tribunal de Justiça

TERCEIRA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO Nº 10985/ CLASSE CNJ COMARCA DE POXORÉO

1, 91 I, L.; Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR JOSÉ RICARDO PORTO

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores VITO GUGLIELMI (Presidente) e PAULO ALCIDES. São Paulo, 12 de julho de 2012.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA

ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa

Superior Tribunal de Justiça

Apelante: R W Factoring Fomento Mercantil Ltda Apelado: Beauty Dental Clinic Ltda Apelado: Egberto Jose Hallais França Carneiro Junior

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR LUIZ SILVIO RAMALHO JÚNIOR

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº ( ) DE GOIATUBA

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO OITAVA CÂMARA CÍVEL

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa

Superior Tribunal de Justiça

EMENTA CIVIL - DANOS MORAIS - NEGATIVA NA CONCESSÃO DE PASSE LIVRE EM VIAGEM INTERESTADUAL - TRANSPORTE IRREGULAR - INDENIZAÇÃO DEVIDA.

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO DES. SAULO HENR1QUES DE SÁ E BENEVIDES

Processo no /001. ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Desembargador N[:alr.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

, n rt dão0h1c, C,1 d h me ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DO DES. JÚLIO PAULO NETO

: Município de Cascavel, Prosegur Brasil S.A. Transportadora de Valores e Segurança.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR

Superior Tribunal de Justiça

A C Ó R D Ã O. Vistos, relatados e discutidos os autos.

Superior Tribunal de Justiça

Processo no /001

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

esj-urâ ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO EXMO. DES. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS

Tribunal de Contas da União

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL CONTRATO

Superior Tribunal de Justiça

APELAÇÃO CÍVEL N ( ) COMARCA DE AURILÂNDIA APELANTE

Superior Tribunal de Justiça

D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 37ª Câmara de Direito Privado

Superior Tribunal de Justiça

RELATÓRIO. Informações do MM. Juízo a quo, às fls. 55/56, comunicando a manutenção da decisão agravada.

Contestação do trabalhador às folhas 85/89. Reconvenção do trabalhador às folhas 90/98.

Visros, relatados e discutidos os presentes autos acima. APELANTE : Banco do Brasil S/A - Adv. Francisco Ari de Oliveira

Superior Tribunal de Justiça

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO EXMO. DES. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS

ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Supremo Tribunal Federal

RELATÓRIO. Gabinete do Desembargador Alan Sebastião de Sena Conceição

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores ALVARO PASSOS (Presidente) e JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Gabinete da Desembargadora Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DA VICE-PRESIDÊNCIA

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

RECURSOS IMPROVIDOS.

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO. Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D.

Superior Tribunal de Justiça

Transcrição:

' 4 AC no 073.2010.004128-1/001 "; ^ Cipii[46:41,112 ft,,c ; Poder Judiciário do Estado da Par Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves di Eito de. D. Ferreira I ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL N 073.2010.004128-1/001- CABEDELO RELATORA: Desa Maria das Neves do Egito de A. D. Ferreira APELANTES: Ricardo Luiz Barreto da Fonseca e Walter Luiz Rocha da Fonseca Júnior ADVOGADO: Kaline Gomes Barreto APELADO: Sul América Vida e Previdência ADVOGADOS: Clávio de Melo Valença Filho APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DE VIDA. DOENÇA PREEXISTENTE. AUSÊNCIA DE EXAMES PRÉVIOS. MÁ-FÉ COMPROVADA. SEGURADO QUE SABIA SER PORTADOR DE DOENÇA NÃO DECLARADA QUANDO ASSINOU O CONTRATO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. DESPROVIMENTO. - É entendimento do Superior Tribunal de Justiça de que a doença preexistente só pode ser oposta pela seguradora, quando há a realização de exame prévio ou comprovada a má-fé do segurado. - Na hipótese em deslinde, uma vez que restou comprovada nos autos a má-fé do segurado, mostra-se indevido o pagamento de indenização pela seguradora. VISTOS, relatados e discutidos estes autos. ACORDA a Colenda Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, à unanimidade, negar provimento à apelação.

AC no 073.2010.004128-1/001 2 RICARDO LUIZ B. DA FONSECA e ALTER LUIZ ROCHA DA FONSECA JÚNIOR, ambos já qualificados, interpuseram apelação cível, inconformados com a sentença proferida pela Juíza de Direito da 4a Vara Mista da Comarca de Cabedelo que, nos autos da ação de cobrança de seguro de vida ajuizada contra SUL AMÉRICA SEGUROS DE VIDA E PREVIDÊNCIA S/A, julgou improcedente o pedido exordial e condenou os autores ao pagamento de custas e honorários, estes arbitrados em 10% sobre o valor da causa, observada a aplicação do art. 12 da Lei no 1.060/50. Os apelantes aduzem que a sentença merece ser reformada, pois constitui dever da apelada cercar-se dos cuidados necessários no momento de firmar o contrato de seguro, ou seja, exigir exames médicos para verificar a existência de alguma doença preexistente (fls. 122/130). Contrarrazões (fls. 132/136) pela manutenção da sentença. A Procuradoria de Justiça, no parecer de fls. 144/147, opinou pelo desprovimento do recurso. É o relatório. VOTO: Desa MARIA DAS NEVES DO EGITO DE A. D. FERREIRA Relatora Historiam os autos que no dia 07 de maio de 1996 foi entregue ao senhor Walter Luiz Rocha da Fonseca, pai dos recorrentes, uma apólice de seguro de vida, que tinha como beneficiários os apelantes. No dia 19 de fevereiro de 1997, o genitor dos autores faleceu por morte natural, tendo como causa a síndrome hepato renal e hemorragia digestiva alta. Contudo, ao ser solicitado o pagamento do seguro firmado, os apelantes foram informados que não teriam direito ao seu recebimento, pois, quando do preenchimento da apólice, o pai dos recorrentes teria afirmado gozar de perfeitas condições de saúde, quando, na verdade, era portador de doença preexistente. Pois bem, em situação como a narrada nos autos, faz-se necessária a comprovação se a parte segurada teria agido com má-fé quando da assinatura do contrato de seguro de vida, omitindo doença de que era conhecedor.

AC no 073.2010.004128-1/001 3 Como é cediço, a boa-fé sempre ptesumida, enquanto a má-fé deve ser provada. É entendimento do Superior Trib:).inal de Justiça que a doença preexistente só pode ser oposta pela seguradora quando há a realização de exame prévio ou comprovada a má-fé do segurado, In verbis. AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - DOENÇA PREEXISTENTE - MÁ-FÉ DO SEGURADO - OCORRÊNCIA - SÚMULA 83/S13 - REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 7/ST3 - DECISÃO AGRAVADA MANTIDA - IMPROVIMENTO. I. Esta Corte possui jurisprudência firmada no sentido de que a doença preexistente só pode ser oposta pela seguradora mediante a realização de prévio exame médico ou prova inequívoca da má-fé do segurado. II. A conclusão a que chegou o Acórdão recorrido decorreu da análise do conjunto fático-probatório, e o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame dos referidos suportes, obstando a admissibilidade do Especial à luz da Súmula 7/STJ. III. O Agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz de modificar a conclusão alvitrada, a qual se mantém por seus próprios fundamentos. IV - Agravo Regimental improvido. 1 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CARÁTER EXCLUSIVAMENTE INFRINGENTE. ACLARATÓRIOS RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGURO. EXAME PRÉVIO.NECESSIDADE. DOENÇA PRÉ-EXISTENTE. CONHECIMENTO PELO SEGURADO. MÁ-FÉ. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 7 DO ST3. 1. A doença preexistente pode ser oposta pela seguradora ao segurado quando houver prévio exame médico ou prova inequívoca da má-fé do segurado. Precedentes específicos. AgRg no Ag 1186345/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENET', TERCEIRA TURMA, julgado em 24/11/2009, D3e 02/12/2009.

AC no 073.2010.004128-1/001 4 2. Embargos laratórios recebidos como agravo regimental, ao çu se nega provimento. 2 Na hipótese em deslinde,' observa-se, às fls. 65/71, a existência de documentos que demonstram que o segurado, pai do recorrente, sabia que possuía doença preexistente, ou seja, restou comprovada a má-fé dele quando da contratação do seguro de vida. Nesse sentido, faz-se necessário observar o que' fora constatado pela Seguradora recorrida, em "relatório de averiguação", às fls. 65 dos autos, nos termos a seguir transcritos: DR. LUIZ GONZAGA DA SILVA SANTOS ESTIVEMOS EM SEU CONSULTÓRIO, ONDE EM CONVERSA COM O MESMO, ESTE NOS CONFIRMOU QUE ATENDEU O SEGURADO EM 1995, E QUE APÓS SOLICITAR ALGUNS EXAMES, FOI DIAGNÓSTICADO A DIABETE MELLIT1JS (CID No 250.7/0), ABSCESSO DO FÍGADO HEPATITE (CID No 573.3/9) E HIPERTENSÃO PORTAL (CID No 572.3/1), SOLICITAMOS DECLARAÇÃO, ONDE FOMOS ATENDIDOS PRONTAMENTE (SEGUE EM ANEXO DECLARAÇÃO). CENTRO INTEGRADO DE DIAGNÓSTICO DR. ROBERTO NEY DOS LABORATÓRIOS CONSULTADOS, ESTE FOI O ÚNICO EM QUE PUDEMOS ENCONTRAR ALGUNS EXAMES FEITOS PELO SEGURADO, ONDE EM CONVERSA COM A SRa ANGLEA, QUE APÓS FAZER O LEVANTAMENTO EM SEUS REGISTROS, NOS FORNECEU 03 EXMAES REALIZADOS EM 29/08/95, 11/0196 E 29/01/97, ONDE TODOS CONFIRMAM O DIAGNÓSTICO DO DR. LUIZ GONZAGA, HIPERTENSÃO PORTAL (CID No 572.3/1 E 573.3/9), (ANEXO 2a VIA DOS EXAMES). Como visto, antes da assinatura do contrato de seguro de vida, o segurado era sabedor que sofria de doença hepática, tendo, inclusive, realizado consultas e exames, conforme documentos encartados aos autos. Nesse sentido, não constitui demasia reproduzir parte do parecer do membro do Parquet 2 EDcl no Ag 1162957/DF, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/05/2011, DJe 24/05/2011.

AC no 073.2010.004128-1/001 5 De fato, verifica-se das provas doüme tais acostadas às fls. 68 e 69/70, que o segurado padecia doença hepática e vinha realizando exames e tratamentos desde 1995, antes mesmo da assinatura do contrato em 07/05/1996, pelo que se pode concluir que tinha ciência inequívoca da doença que o acometia, antes de aderir à apólice de seguro de vida. Com efeito, lícito é que a apelada invoque o disposto nos artigos 765 e 766 do Código Civil de 2002 para se eximir da obrigação pactuada, porquanto restou demonstrada a má-fé do seguro, na medida em que tinha conhecimento de que era portador de doença hepática e omitiu este fato na declaração de saúde firmada. (fls. 146) Diante do exposto, sem maiores delongas, em consonância com o parecer Ministerial, nego provimento à apelação, mantendo incólume a sentença vergastada. É como voto. Presidiu a Sessão ESTA RELATORA, que participou do julgamento com a Excelentíssima Desembargadora MARIA DE FÁTIMA MORAES BEZERRA CAVALCANTI (Revisora) e o Excelentíssimo Desembargador MARCOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE. Presente à Sessão o Excelentíssimo Doutor FRANCISCO SAGRES MACEDO VIEIRA, Procurador de Justiça. Sala de Sessões da Segunda Câmar. Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em João Pessoa/PB 6 de dezembro de 2011. Desa MARIA DAS NE DO EGITO DE A. D. FERREIRA ft latora