Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Referência: 2380.0070/201-0 Assunto: Restrição de acesso: Ementa: Órgão ou entidade recorrido (a): Recorrente: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Não há restrição de acesso. Laudos de periculosidade e insalubridade dentro do escopo da LAI Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF GOIANO) perda de objeto. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano IF GOIANO. W.A. Senhor Ouvidor-Geral da União, 1. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação pública, com base na Lei nº 12.527/2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado: Relatório Data Teor Pedido 31/03/201 Peço a gentileza de fornecer a cópia dos laudos de periculosidade e insalubridade do Câmpus Rio Verde do IF Goiano referentes aos anos de 2005, 2006 e 2007 respectivamente, somente no que diz respeito ao setor de vigilância ressaltando que, conforme o parecer da Excelentíssima Procuradora do IF Goiano, Dra. F.L., os requerimentos feitos ao IF Goiano devem ser prontamente atendidos. Resposta Inicial 15/0/201 Seguem, anexos, em formato pdf, (i) cópia do MEMORANDO Nº 061/201, de 1 de abril, encaminhado pela Coordenadora-Geral de Recursos Humanos do Câmpus Rio Verde, Y.C.P.M., e (ii) cópia parcial do documento "Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho" do CEFET/Rio Verde, referente ao ano de 2007, no qual consta a avaliação do setor de Vigilância do câmpus. Observe que, segundo informado no referido memorando, não foram 21
localizados os laudos técnicos referentes aos anos de 2005 e 2006 Recurso à Autoridade Superior Resposta do Recurso à Autoridade Superior Recurso à Autoridade Máxima 15/0/201 Não se aplica. 23/0/201 EXTRATO DA RESPOSTA: 1 Foi anexado o laudo de periculosidade e insalubridade do ano de 2007. 2 Não foram encontrados os laudos dos anos de 2005 e 2006. RECURSO Documento público não desaparece de repartição pública como num passe de mágica. Desta feita, procurem os laudos na Coordenação Geral de Recursos Humanos (CGRH) que certamente encontrarão. Em seguida, retornem com as informações solicitadas. Não respondido. Primeiro ressaltar que é a terceira vez que não há justificativa para ausência de resposta ao recurso de primeira instância seja qual for o motivo. Quanto ao recurso de segunda instância aqui presente, tenho a informar novamente que documento público não pode desaparecer de repartição pública como num passe de mágica e agora ressaltando que, mesmo que tenha desaparecido por razões desconhecidas a serem explicadas, não pode ter desaparecido também do computador do RH pelo qual foram impressos os laudos solicitados que não seja por motivo suspeito e/ou comprometedor pela qual intencionam que supostamente não se tenha o interesse que a parte interessada obtenha conhecimento e posse das informações solicitadas. Resposta do Recurso à Autoridade Máxima 28/0/201 Considerando: (1) o encaminhamento ao solicitante, via e- SIC, do Memorando nº 061/201, de 1 de abril de 201, por intermédio do qual a Coordenadora-Geral de Recursos Humanos do campus Rio Verde, Y.C.P.M., disponibilizou cópia parcial do documento Laudo Técnico das Condições de Trabalho do CFET/Rio Verde, referente ao ano de 2007, no qual consta a avaliação do setor de Vigilância do campus; (2) a informação, presente no referido memorando, de que não foram localizados os laudos técnicos referentes aos anos de 2005 e 2006, igualmente solicitados via pedido de acesso à informação protocolado sob o nº 2380.0070/201-0; e (3) o disposto no art. 11, 1º, III, da Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação) e no art. 15, 1º, III, do Decreto nº 7.72/2012, que regulamenta, nos termos dos quais não sendo possível conceder o acesso imediato à informação disponível, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, no 22
prazo de até vinte dias, comunicar que não possui a informação. Entendemos que o acesso às informações desejadas pelo Sr. W.A. foi concedido, ainda que parcialmente, e as razões para a disponibilização apenas parcial das informações demandadas foi adequadamente justificado na resposta inserida no e-sic que foi corretamente classificadas como acesso parcialmente concedido/parte da informação inexiste de modo que não houve qualquer afronta à legislação aplicável ao acesso a informações públicas. Consideramos, portanto, que o pedido de informações tenha sido devidamente atendido, ainda que parcialmente, de modo que decidimos pelo indeferimento do recurso em 2ª instância interposto pelo Sr. W.A. Recurso à CGU 07/05/201 O teor do recurso à CGU encontra-se em anexo. Solicitação de Esclarecimentos Adicionais 01/07/201 A CGU encaminhou Solicitação de Esclarecimentos Adicionais, solicitando, à recorrida, o que segue: informar se os laudos técnicos referentes aos anos de 2005 e 2006 não estão armazenados em meio eletrônico em alguma estação de trabalho ou servidor do IF GOIANO. Caso afirmativo, apresentar tais laudos ao cidadão solicitante. Caso negativo, informar a esta CGU a não existência desses documentos tanto em meio físico, quanto em meio eletrônico. Esclarecimentos Adicionais 08/07/201 Fazemos referência ao pedido de acesso à informação registrado sob nº 2380.0070/201-0, com respeito ao qual foi interposto recurso à Controladoria-Geral da União (CGU), nos termos do art. 23 do Decreto nº 7.72/2012. A este respeito, informamos que foram encontradas, a partir de busca aos arquivos eletrônicos da Coordenação-Geral de Recursos Humanos (CGRH) do câmpus Rio Verde do IF Goiano, cópias dos laudos periciais de insalubridade e periculosidade referentes aos exercícios de 2005 e 2006, anexos a esta mensagem, encaminhados na data de hoje ao SIC IF Goiano pela servidora V.P.S., chefe do setor. Informamos, ademais, que cópia da presente mensagem segue para a Ouvidoria-Geral da União da CGU (ogu.instrucao@cgu.gov.br), conforme solicitado, para fins de confirmação da entrega e avaliação pela CGU de eventual perda do objeto do recurso. 2. Quanto ao cumprimento do art. 21, do Decreto nº 7.72/2012, observa-se que o recurso oposto pelo cidadão em 1ª instância não foi respondido pelo órgão/entidade. 23
É o relatório. Análise 3. Registre-se que o recurso foi apresentado perante a CGU de forma tempestiva e recebido na esteira do disposto no caput e 1º, do art. 16, da Lei nº 12.527/2011, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23, do Decreto nº 7.72/2012, in verbis: Lei nº 12.527/2011 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: [...] 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7.72/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso.. Feitas as considerações acima, impende destacar que, a despeito de as informações iniciais prestadas pela recorrida estarem incompletas, a informação solicitada foi devidamente disponibilizada ao recorrente durante a instrução desse recurso, conforme e-mail enviado ao cidadão pela recorrida, no dia 08 de julho do corrente ano, cujo comprovante se encontra nestes autos. 5. Previamente ao recurso à CGU, a recorrida havia disponibilizado os laudos periciais de insalubridade e periculosidade referentes ao exercício de 2007. E, posteriormente, apresentou os laudos dos exercícios de 2005 e 2006. Assim, o cidadão obteve acesso aos laudos de periculosidade e de insalubridade, do campus Rio Verde, do IF GOIANO, que dizem respeito ao setor de vigilância, tal como solicitado no pedido original. Conclusão 2
6. De todo o exposto, resta prejudicado o recurso pela perda do seu objeto, uma vez que a recorrida efetivamente disponibilizou as informações solicitadas pelo cidadão durante a instrução deste recurso. GABRIEL CALEFFI ESTIVALET Analista de Finanças e Controle D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n. 1.567 da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pela perda de objeto do recurso interposto, nos termos do art. 23 do referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº 2380.0070/201-0, direcionado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano IF GOIANO. JOSÉ EDUARDO ROMÃO Ouvidor-Geral da União 25
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 281 de 11/07/201 Referência: PROCESSO nº 2380.0070/201-0 Assunto: Parecer sobre acesso à informação. Signatário(s): JOSE EDUARDO ELIAS ROMAO Ouvidor Assinado Digitalmente em 11/07/201 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: a5a738_8d16b5827a6d012
Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União ANEXO Referência: 2380.0070/201-0 Relatório Data Teor Recurso à CGU 07/05/201 À presença com as cordiais saudações de praxe. Tenho ciência que, em caso de irregularidade praticada por agente público a CGU interrompe o prazo de resposta para obter informações adicionais em função da Lei do Processo Administrativo Disciplinar, sendo o caso, informando ao interessado um novo prazo de resposta. Os fatos: 1 Inicialmente esclarecer que é a terceira vez consecutiva que o o Câmpus Rio Verde do IF Goiano não responde a recurso de primeira instância. (ver o anexo 1). Ressalte-se que já houve prévia recomendação da própria Procuradoria do IF Goiano que, em parecer firmou que documentos protocolados ao IF Goiano devem ser prontamente respondidos (ver anexos 2 e 3) de nada adianta, responde quando quer. Por sua vez o Reitor do IF Goiano toma conhecimento que o recurso de primeira instância não é respondido e deixa por isso mesmo. Desta feita, não é a primeira, a segunda, a terceira, a quarta vez, a quinta que não respondem a ato de ofício na forma a Lei. Enquanto tiverem a certeza da impunidade não mudarão a conduta para a má sorte do cidadão contribuinte. 2 - Com relação aos laudos solicitados, novamente volto a ressaltar que documento público não desaparece concomitantemente de uma repartição pública e do computador que imprimiu os laudos de periculosidade de 2005 e 2006 solicitados na inicial e nem tão pouco a resposta parcial oferecida pelo Reitor do IF Goiano atende a minha solicitação de informação. Ultrapassado esta preliminar de entendimento, tenho a informar que, no laudo de periculosidade do ano de 2007, oferecido como resposta parcial à solicitação, no mesmo consta: VIGILÂNCIA EM PORTARIA E VIGILÂNCIA ARMADA. No laudo do ano de 2005 ou salvo engano o de 2006, ambos também objetos da solicitação, para a mesma arma do Câmpus Rio Verde do IF Goiano, o laudo firmou: VIGILÂNCIA DESARMADA NÃO HÁ RISCO. Este foi o laudo que desapareceu da repartição pública e do computador que o imprimiu. Neste prisma, a incongruência dos laudos com relação a arma autoriza a deduzir que, em 21
um ano a arma esteve no setor de vigilância na clandestinidade e, no ano de 2007 a mesma arma do CEFET já apareceu no setor de vigilância. O atual Reitor do IF Goiano sabe disso porque era o diretor geral do Câmpus Rio Verde à época dos fatos. O problema é que, se a arma do CEFET existe ela deve estar em algum lugar. Na realidade a arma do CEFET era uma arma EMPRESTADA A MAIS DE UMA DÉCADA, CEDIDA PARA USO, USADA E MUNICIADA POR DEBAIXO DO PANO, NA ABSOLUTA CLANDESTINIDADE E RETIRADA DE USO EM SETEMBRO DE 2009 APÓS DENÚNCIA QUE NÃO VIROU EM NADA GRAÇAS A UM DELEGADO FEDERAL DE NOME MANOEL VIEIRA DA PAZ FILHO E UMA PROCURADORA DA REPÚBLICA DE NOME SABRINA MENEGÁRIO que abafaram este fato desaparecendo com esse assunto durante o trâmite do IP 29 e Inquérito Civil Público 1.18.003.002316/2008-81 (art. 1 da lei 10.826). O número da arma é 981320 e seu proprietário nunca foi o CEFET e sim um particular. Justamente o laudo 2005 ou 2006 que prova a verdade acima exposta é o laudo que não foi encontrado. Entendo que tais fatos não podem permanecer sem explicação devendo-se ir à fundo nesta questão porque, seja qual for o destino da arma, o ato administrativo seja ele qual for deve estar documentado em algum local do Câmpus Rio Verde e, caso a arma tenha sido devolvida ao legitimo proprietário, fica assim comprovado o porte ilegal durante mais de uma década e a omissão do Delegado Federal que não apurou a situação da mesma tendo o número de registro juntado aos autos do Inquérito Policial 29 e ICP supra citado. Percebam no rodapé do ANEXO que o atual Reitor do IF Goiano na época em que era o Diretor Geral do Câmpus Rio Verde (2008), recebeu o documento que eu protocolei pedindo explicações sobre a arma do CEFET que, para esse documento NUNCA houve resposta, mais uma prova que respondem documento de ofício quando querem. Vejam ainda nos ANEXOS 5 E 6 a prova que a arma do CEFET pertencia a terceiro cujo extrato foi concedido pela Polícia Civil de Rio Verde GO. Por fim, vejam no ANEXO 7 que o CEFET mentiu para o Ministério Público Federal no ofício 15/2008 quando firmou em documento público que NÃO OMITIRIA A EXISTÊNCIA DE UMA ARMA DE SUA PROPRIEDADE, sendo que a mesma pertencia a terceiro. O desaparecimento dos laudos de 2005 e 2006 deixa no ar a sensação que, em tese não querem que as provas dos fatos acima expostos venham à tona. Waldir Augusto. Matrícula 152696. 22