AULA 2/5 IMUNIDADES E SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL TURMA AGU/DPU PROF. EDUARDO SABBAG



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Transcrição:

AULA 2/5 IMUNIDADES E SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL TURMA AGU/DPU PROF. EDUARDO SABBAG CLASSIFICAÇÕES DO FATO GERADOR Os fatos geradores, em função do tempo de sua ocorrência, podem ser classificados em: 1. Simples ou Instantâneos (incide no período ): sua realização se dá num determinado momento de tempo, por meio de um ato/negócio/operação singular. Ele se inicia e se completa em um só instante/momento. 2. Periódicos ou Complexos ou Complexivos: sua realização se põe ao longo de um espaço de tempo; não ocorrem hoje ou amanhã, mas sim durante um longo período de tempo, ao término do qual se valorizam "n" fatos isolados que, somados, aperfeiçoam o fato gerador do tributo. São vários fatos jurídicos que somados em conjunto compõem um só fato gerador. Ocorre quase que exclusivamente com o IR. 3. Contínuos ou Continuados: sua realização se dá de forma duradoura e estável no tempo; a matéria tributável tende a permanecer, existindo hoje e amanhã. O fato gerador leva um período para se completar. No Brasil, este período é geralmente de um ano. Daí haver a necessidade de serem feitos cortes temporais para a sua identificação (todo dia 15 de janeiro, por exemplo). Ocorre normalmente com os impostos incidentes sobre o patrimônio: IPTU, ITR, IPVA. TESTE (CESPE/UNB, Analista Administrativo e Financeiro Formação 1 / Ciências Contábeis da SEGER/ES, em 01-02-2009) O fato gerador pode ser classificado como instantâneo, periódico ou continuado. Diz-se instantâneo quando a realização do fato gerador se dá em um momento do tempo em razão de um ato singular. O fato gerador periódico (ou complexivo) é aquele que se representa por situação que se mantém no tempo e que é mensurada em cortes temporais, como os tributos incidentes sobre o patrimônio. Por último, o fato gerador continuado se realiza ao longo de um espaço de tempo, como o imposto sobre a renda. INCORRETO TESTE (CESPE/UNB, Procurador do Estado do Espirito Santo, em 27-04-2008): A doutrina designa fato gerador continuado aquele cuja realização ocorre ao longo de um espaço de tempo, como no caso do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. INCORRETO TESTE (ESAF, Agente de Fazenda da Secretaria Municipal de Fazenda do Rio de Janeiro, em 24-10-2010) Em relação ao fato gerador da obrigação tributária, julgue os itens abaixo: Página 1

- fato gerador instantâneo é aquele que se realiza em um único ato ou contrato ou operação realizada que, uma vez realizada no mundo real, implica a realização de um fato gerador. Repete-se tantas vezes quantas essas situações materiais se repetirem no tempo. CORRETO - no fato gerador continuado, sua realização se dá de forma duradoura, podendo manter-se estável ao longo do tempo; nele, a matéria tributável tende a permanecer, existindo hoje e amanhã. CORRETO - fato gerador periódico é aquele cuja realização se põe ao longo de um espaço de tempo; não ocorre hoje ou amanhã, mas sim durante um longo período de tempo, ao término do qual se valorizam diversos fatos isolados que, somados, aperfeiçoam o fato gerador do tributo. CORRETO - PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA (art. 151, I, CF) - PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS (posição do CESPE, quanto aos tratados) (art. 151, III, CF) Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pelo CESPE/UNB, para o cargo de Titular de Serviços Notariais e de Registro no Distrito Federal (TJDFT), em 19-10-2008: A celebração de tratado internacional com cláusula que prevê exoneração tributária não é equivalente à instituição de isenção de tributo estadual pela União e, portanto, essa isenção de imposto estadual não viola a CF. IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS NOSSO CONCEITO (SABBAG, Eduardo de Moraes. Manual de Direito Tributário, 3. ed., 2011, p. 284: Imunidade tributária é a norma constitucional de desoneração de tributos, que, justificada no plexo de valores proclamados no texto da Constituição Federal, inibe a atribuição de competência impositiva e credita ao beneficiário o direito público subjetivo de não incomodação perante o ente tributante. Página 2

PRINCÍPIO FEDERATIVO E IMUNIDADE: Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pelo CESPE/UNB, para o cargo de Analista de Controle Externo do TCE/AC (Especialidade: Direito), em 26-04-2009: O princípio da imunidade recíproca é decorrência lógica do princípio federativo e visa assegurar a autonomia dos entes políticos. [IMUNIDADE = CF] versus [ISENÇÃO = LEI] CESPE, para o cargo de Auditor Fiscal do Tesouro Municipal Vitória/ES, em 06-05-2007 Art. 184, 5º, CF: - CESPE/UNB, para o cargo de Juiz de Direito Substituto do Piauí (TJ/PI), em 21-10-2007 No RE 168.110/1ª T., rel. Min. Moreira Alves, j. 04-04-2000: o STF disse que o artigo é de imunidade, e não de isenção Art. 150, VI, CF: IMUNIDADE PARA IMPOSTOS (OS OUTROS TRIBUTOS VÃO INCIDIR NORMALMENTE?) Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pelo CESPE/UNB, para o cargo de Consultor do Executivo Área Fazendária (Administração), em 08-02-2008: O município de Vitória ES pretende instituir taxa que vise remunerar os serviços de limpeza e coleta de lixo na cidade, como logradouros públicos, estradas, praças, parques, praias etc. A taxa pode, em tese, ser cobrada da União, já que não há, na espécie, imunidade recíproca. E caiu também em: Prova para Juiz Federal da 5ª Região, em 05-08-2007 (CESPE) IMUNIDADE RECÍPROCA ART. 150, 2º, CF 1. Analista do Seguro Social com Formação em Direito, em 16-03-2008 (CESPE) Página 3

CONDIÇÃO É que a entidade autárquica ou fundacional, para fruir a imunidade, deve cumprir a finalidade essencial ou alguma que dela decorra. CAIU EM... - Juiz de Direito/PI, em 21-10- 2007 (CESPE) EMPRESAS PÚBLICAS E SOC. EC. MISTA: pagam! - CORREIOS Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pelo CESPE/UNB, para a Titularidade de Serviços Notariais e de Registro do Estado do Acre, em 05-11-2006: A ECT, tendo em vista sua condição de empresa pública federal, com natureza de direito privado e que explora atividade econômica, não se beneficia da imunidade recíproca prevista na Constituição Federal. PONDERAÇÃO: Note o item considerado CORRETO, em prova realizada pelo CESPE/UNB, para a Titularidade de Serviços Notariais e de Registro do Estado do Acre, em 05-11-2006: Ainda que se entenda possível conceder à ECT o benefício da imunidade recíproca, há que se realizar ponderação quanto à espécie de patrimônio, renda e serviços protegidos por essa imunidade tributária recíproca, ante o fato de essa pessoa jurídica executar, também, serviços que, inequivocamente, não são públicos nem se inserem na categoria de serviços postais. - INFRAERO - CAERD ( CESPE, para o cargo de Juiz de Direito/PI, em 21-10-2007). ART. 150, 3º, CF A assertiva foi considerada CORRETA, em prova realizada pelo Cespe/UnB, para o cargo de Procurador Federal (AGU), em 2007: Caso um cidadão firme contrato de promessa de compra e venda de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia municipal, nesse caso, tal cidadão será considerado contribuinte do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) incidente sobre o referido imóvel. Página 4

ALÍNEA B - IMUNIDADE RELIGIOSA Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pelo CESPE/UNB, para o cargo de Delegado de Polícia Substituto do Rio Grande do Norte, em 26-04-2009: Em relação ao Sistema Tributário Nacional e à jurisprudência do STF, os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso não estão abrangidos pela imunidade tributária prevista na CF, uma vez que as normas que tratam de renúncia fiscal devem ser interpretadas restritivamente. Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pelo CESPE/UNB, para o cargo de Analista de Controle Externo do TCE/TO (Especialidade: Direito), em 08-02-2008: A imunidade constitucional conferida aos templos abrange apenas os imóveis de propriedade da igreja católica. Note o item considerado INCORRETO, em prova realizada pelo CESPE/UNB, para o cargo de Defensor Público do Estado do Ceará (DPG/CE), em 26-01-2008: O aluguel de salas localizadas em templo religioso é legal, mas as receitas das locações devem ser tributadas pelo imposto de renda. IMUNIDADE - ALÍNEA C IMÓVEIS ALUGADOS A TERCEIROS...IMUNIDADE IPTU 1. CESPE, para o cargo de Procurador do Estado/CE, em 15-02-2004. 2. CESPE, para o cargo de Juiz de Direito/TO, em 24-06-2007; A assistência social e as entidades fechadas de previdência social privada Depois de muita hesitação doutrinária e jurisprudencial, o STF, partindo de uma interpretação magnânima e ampliativa (RE n. 115.970, em 1988) e, felizmente, chegando a um posicionamento mais restritivo (RE n. 136.332, em 1992), entendeu que deve subsistir a benesse, desde que, no cenário de ausência de contraprestação dos beneficiários, mantenha-se o caráter de universalidade e generalidade da assistência social. 1. CESPE, para o cargo de Procurador Municipal Natal//RN, em 17-08-2008. 2. CESPE, para o cargo de Procurador do Estado/CE, em 15-02-2004. Página 5

QUE LEI É ESTA? LEI COMPLEMENTAR. (PARTE FINAL DA ALÍNEA C ) 1. CESPE, para o cargo de Procurador do Estado/CE, em 15-02-2004 (ITEM INCORRETO...FALOU EM LEI ORDINÁRIA) IMUNIDADE - ALÍNEA D IPTU INCIDE, SIM! CAIU EM... - CESPE, para o cargo de Juiz de Direito/PA, em 24-02-2002. LISTA TELEFÔNICA: IMUNE - CESPE, para o cargo de Procurador do Ministério Público junto ao TCM/GO, em 10-06-2007 HÁ INCIDÊNCIA SOBRE INSUMOS DIVERSOS DO PAPEL 1. CESPE, para o cargo de Procurador do Ministério Público junto ao TCM/GO, em 10-06-2007. 2. CESPE, para o cargo de Analista do Seguro Social com For mação em Direito, em 16-03-2008. SÚMULA 657, STF EMENTA IMPORTANTE PUBLICAÇÃO HOJE!) CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EXTRAIA-SE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, EM INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA E INTEGRATIVA, A MAIOR CONCRETUDE POSSÍVEL. IMUNIDADE LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E O PAPEL DESTINADO A SUA IMPRESSÃO ARTIGO 150, INCISO VI, ALÍNEA D, DA CARTA DA REPÚBLICA INTELIGÊNCIA. A imunidade tributária relativa a livros, jornais e periódicos é ampla, total, apanhando produto, maquinário e insumos. A referência, no preceito, a papel é exemplificativa e não exaustiva. (RE 202.149, Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 26/04/2011, DJe-195 DIVULG 10-10-2011 PUBLIC 11-10-2011 EMENT VOL- 02605-01 PP-00101) Página 6

SISTEMA TRIBUTARIO NACIONAL 1. (Delegado PF/ 1997) Os impostos extraordinários, instituídos pela União na iminência ou no caso de guerra externa, poderão ensejar casos de bitributação. 2. (Delegado PF/ 1997) Todas as contribuições sociais, exceto as de seguridade social, são de competência exclusiva da União. 3. (Advogado da Petrobrás 2003) Por caracterizar serviço público essencial e indivisível, o sistema de iluminação pública deve ser financiado com recursos provenientes da cobrança de imposto, não cabendo ao Municípios a instituição de contribuição específica para tal fim. 4. (Procurador Federal da AGU) Como a Constituição da República determina que ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado a qualquer entidade, seria incorreto afirmar que tem caráter tributário a contribuição anual que a OAB cobra de seus inscritos com base na referida lei, pois não se trata de prestação pecuniária compulsória, à medida que ela somente pode ser cobrada de pessoas que espontaneamente decidiram filiar-se à OAB. 5. (Fiscal de Tributos Estaduais de Alagoas) A respeito do poder de tributar das entidades federativas, é correto afirmar que a União tem competência para instituir e cobrar contribuições parafiscais, inclusive sobre os vencimentos dos servidores públicos estaduais, para custeio, em benefício destes, do sistema de previdência e assistência social. 6. (JUIZ-SE/2004) A contribuição de melhoria somente pode ser cobrada em virtude de valorização imobiliária decorrente de obra pública. A contribuição deve ser cobrada dos proprietários dos bens imóveis valorizados e está sujeita a dois limites: geral e individual. Aquele impõe que o valor cobrado de todos os proprietários da região beneficiada não seja superior ao valor da despesa realizada com a obra. Este, por sua vez, determina que o valor cobrado de cada proprietário individualmente não seja superior ao total da despesa realizada com a obra pública dividida pelo número de proprietários da região beneficiada por ela. 7. (JUIZ-SE/2004) Os empréstimos compulsórios poderão ser instituídos apenas pela União, por meio de lei complementar, para atender despesas extraordinárias decorrentes de calamidade.pública, guerra externa e investimento público de caráter urgente e relevante, observado, em todos os casos, o princípio da anterioridade tributária. 8. (JUIZ-PA/2002) A respeito do sistema tributário nacional, a União pode excepcionalmente instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, concedendo incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as regiões do país. 9. (JUIZ-PA/2002) Os preços públicos constituem a receita derivada das entidades públicas, na medida em que são compulsórios, cobrados em virtude da prestação de serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas diretamente pelo Estado, ou indiretamente por concessionários e permissionários de serviços públicos. Página 7

10. (TRF 5ª Região-2006) Relativamente ao fragmento de texto abaixo e a aspectos associados ao tema por ele abordado, julgue o item a seguir. Apesar da proibição constitucional de vinculação da receita de imposto a órgão, fundo ou despesa, Geraldo Ataliba manteve sua classificação dos impostos em dois grupos: os vinculados e os não-vinculados. Para aquele jurista, as contribuições especiais corresponderiam aos impostos vinculados e os tributos denominados constitucionalmente de impostos seriam os impostos não-vinculados. Consoante o CTN, a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes, para qualificá-la, tanto a denominação e demais características formais adotadas pela lei quanto a destinação legal do produto da sua arrecadação. Todavia, com o advento da Constituição de 1988, os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais assumiram o status de espécies tributárias. Algumas dessas exações, todavia, têm fato gerador idêntico ao dos impostos, o que torna inaplicável a citada regra do CTN. 11. (Auditor Fiscal do Tesouro Municipal Município de Vitória/ES 2007) A taxa instituída para limpeza de logradouros públicos é inconstitucional, pois tal serviço é executado em benefício da população em geral, sem possibilidade de individualização de cada usuário. 12. (Auditor Fiscal do Tesouro Municipal Município de Vitória/ES 2007) Tem respaldo constitucional a cobrança da taxa de incêndio, desde que seja cobrada com vistas a se cobrirem despesas com manutenção dos serviços de prevenção e de extinção de incêndios prestados a cada cidadão. 13. (Defensoria Pública Sergipe 2005) A taxa cobrada em virtude do exercício do poder de polícia pode ser instituída tendo em vista um potencial serviço público a ser prestado de forma divisível ao contribuinte. 14. (Fiscal da Receita Estadual Acre 2006) Os estados podem instituir taxas, porém não lhes é permitido instituir contribuições de intervenção no domínio econômico. 15. (Fiscal da Receita Estadual Acre 2006) Aos estados é permitida a instituição de contribuições de melhoria. 16. (OAB/2006/Seccionais Nordeste - Adaptada) A União poderá instituir novas fontes de arrecadação destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social e, de acordo com entendimento jurisprudencial já sedimentado, novas contribuições sociais não poderão ter fato gerador ou base de cálculo próprio dos impostos já discriminados na Constituição da República. 17. (OAB/2006/Seccionais Nordeste - Adaptada) Na iminência ou no caso de guerra externa, a União é competente para, mediante lei complementar, instituir impostos extraordinários. 18. (MAGISTRATURA/TOCANTINS-2007) As taxas, que não poderão ter base de cálculo própria dos impostos, podem ser instituídas em razão da utilização efetiva ou potencial do poder de polícia. Página 8

19. (TRF 5ª Região-2007) O Supremo Tribunal Federal (STF) já pacificou entendimento jurisprudencial no sentido de que não se admite a criação de contribuição para o financiamento da seguridade social que tenha a mesma base de cálculo de imposto já existente. 20. (Auditor do Estado Espírito Santo 2004) A União, no exercício da competência residual, poderá valer-se de materialidades que tenham sido indicadas e autorizadas pelo texto constitucional para impostos de competência das demais pessoas políticas de direito público interno. 21. (Auditor do Estado Espírito Santo 2004) A Constituição Federal apresenta os critérios formais e materiais para a instituição dos empréstimos compulsórios, adstringindo-se os critérios materiais a dois pressupostos indeclináveis que autorizam o uso da supracitada faculdade impositiva: despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência e investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional. 22. (DPU MARÇO 2010) Segundo o STF, são específicos e divisíveis os serviços públicos municipais de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outros serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em geral e de forma indivisível, a exemplo dos serviços de conservação e limpeza de bens públicos, como praças, calçadas, ruas e bueiros. GABARITOS: 1. C 2. C 3. E 4. E 5. E 6. E 7. E 8. C 9. E 10. C 11. C 12. C 13. E 14. C 15. C 16. E 17. E 18. E 19. E 20. E 21. C 22. C Página 9