O FUTURO DOS HOSPITAIS E OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO



Documentos relacionados
ACREDITAÇÃO DOS HOSPITAIS PADRÕES DE QUALIDADE E ENFERMAGEM

EMPREENDEDORISMO E ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA 120 HORAS S. JORGE

A Gestão dos Recursos Humanos em Saúde:Situação e Perspectivas (*)

JOVENS TÉCNICOS PARA O AMBIENTE

Monitorização da Qualidade em Serviços de Saúde

QUADROS SUPERIORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DIRIGENTES E QUADROS SUPERIORES DE EMPRESA

Identificação da empresa

Identificação da empresa

Seleção das recomendações de Integração e Continuidade de Cuidados

LEGISLAÇÃO E DOCUMENTOS NORMATIVOS ESPECÍFICOS DE ACORDO COM A NATUREZA JURÍDICA DAS ENTIDADES ESTABELECIMENTOS E SERVIÇOS INTEGRADOS

Gerência de Contratualização dos Serviços do SUS. Objetivos

A Saúde dos Portugueses que caminhos?

Processo Clínico. O próximo passo

Empreendedorismo e Organização da Empresa. Público-Alvo

O ciclo de estratégia, planeamento, orçamento e controlo

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

Agência Nacional de Saúde Suplementar A agência reguladora dos planos de saúde do Brasil

Governança e Recursos Naturais Incentivos para o Uso Sustentável. Dr. Christoph Trusen

PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO

2 Conceitos da qualidade em saúde

Bona: Chamada para a Ação

José Mendes Ribeiro Ciclo de Conferências ÁGORA: Ciência e Sociedade - 7ª Conferência Desafios e sustentabilidade do sistema de saúde

Manual da Qualidade. Rodrigo Barata Mediação de Seguros. Revisão n. 01 Data de Publicação: Elaborado por: RodrigoBarata Estado:

Foco nos contratos e formalização. Para realização de contrato é preciso existir previamente uma regulação.

Ações e Experiências de Operadoras na Gestão de suas Redes Assistenciais. Flávio Bitter

A REFORMA DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

Folha de informação rubricada sob nº. do processo nº. (a) P. CoBi nº.: 010/2004 Termo de Responsabilidade Internação Involuntária.

SISTEMA DE APOIO AO FINANCIAMENTO E PARTILHA DE RISCO DA INOVAÇÃO (SAFPRI)

Estudo sobre práticas de compra de serviços de telecomunicações pela Administração Pública Central

Contratualização em Medicina

Implantação da Regulação Ambulatorial Informatizada

As necessidades dos utilizadores

Plano Nacional de Saúde Visão, modelo conceptual e estratégia de elaboração

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

hospi tais um novo modelo de gestão hospitalar Adalberto Campos Fernandes PORTUGAL TEM EMENDA? Augusto Brázio

CÓDIGO DE ÉTICA DA HABITÁGUA

business case construção

FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO

Ainda Mais Próximo dos Clientes. Empresas. 10 de Novembro de 2010

Contabilidade e Controlo de Gestão. 5. Elaboração do orçamento anual e sua articulação. Contabilidade e Controlo de Gestão. Gestão Turística -3º ano

MESTRADO EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS PROGRAMA DAS DISCIPLINAS

Serviços de Acção Social do IPVC. Normas de funcionamento da Bolsa de Colaboradores

Formação Profissional dos Assistentes Técnicos no Centro Hospitalar do Porto, e.p.e. Oferta/Procura e Feed-back

Princípios de Bom Governo

Pós Graduação em Direito Privado e Empreendedorismo

Os Serviços Partilhados do SUCH

Projecto co-financiado pelo FSE

Identificação da Empresa. Missão. Visão

Cristina Pereira Auditora Interna

Apresentação do curso Objetivos gerais Objetivos específicos

1.º MÉRITO DO PROJECTO

O Consentimento Informado é um elemento necessário ao atual exercício da medicina, como um direito do paciente e um dever moral e legal do médico.

Empreendedor: Estas variáveis identificadas serão utilizadas na Ficha 7_3 Análise Interna

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE UDM DIRECÇÃO ACADÉMICA CURRÍCULO DA ÁREA DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE EMPRESAS AFAGE

Capacidade diagnóstica da cápsula endoscópica pode melhorar «extraordinariamente»

Curso: Fast Track MBA GALILEU

NOVO REGIME JURÍDICO DA REABILITAÇÃO URBANA. Decreto-Lei n.º 309/2007, de 23 de Outubro Workshop IHRU 12 Abril 2010

MINUTA DE PORTARIA v

Programa Nacional de Controle da Dengue - PNCD PLANO DE CONTINGÊNCIA AREA DA ASSISTÊNCIA

Olhares sobre a Agenda Regulatória da ANS

Programas de Acção. Page 34

Figura 1: Processo de implementação da Rede Social. 04

PROTOCOLO ENERGIA POSITIVA CONTRA A OBESIDADE

ÍNDICES DE REAJUSTE DOS PLANOS DE SAÚDE NO BRASIL

A gestão de operações encarrega-se do estudo dos mecanismos de decisão relativamente à função operações.

Porquê Economia Social?

Licenciatura em Administração Pública (LAP)

Modelos de Gestão Hospitalar da administração direta dos hospitais públicos (SPA) aos SA, EPE e PPP. Artur Vaz

EDITAL Nº5/2015 MEDIDA II - INCENTIVO À PARTICIPAÇÃO INDIVIDUAL EM FORMAÇÃO CONCURSO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS

Curso de Formação Contínua Execução dos Contratos Administrativos regulados no CCP

Sistema de Informação da Empresa

Licenciatura em Gestão de Marketing (LMK)

Avaliação nos hospitais faz aumentar oferta de formação pós-graduada na área da saúde

NOTAS CURRICULARES. João Manuel Alves da Silveira Ribeiro Nascido a 19 de novembro de 1951, na freguesia de Cedofeita, concelho do Porto.

Programa do Medicamento Hospitalar. Projectos Estratégicos:

AS TIC E A SAÚDE NO PORTUGAL DE HOJE

EQUIPAS DE TRABALHO EM LARES E CASAS DE REPOUSO

CURSO GESTÃO DA MOBILIDADE E DESLOCAÇÕES

CONCEITOS DE MARKETING

0612- Noções Básicas de Gestão Técnica de Recursos Humanos

Guia Básico de Processos Corporativos do Sistema Indústria. 1ª Versão

Módulo I Análise de Necessidades de Formação Versão Curta

Código: CHCB.PI.FMED.01 Edição: 1 Revisão: 0 Páginas:1 de Objectivo. 2. Aplicação

Licenciatura em Gestão

PrimeGlobal PGBR. Uma excelente alternativa em serviços de auditoria, consultoria e Impostos. Diferença PrimeGlobal

O SUCH Antes e depois da criação do SNS

Subprograma Ação Climática Programa LIFE Sessão Divulgação Convocatória 2014

TERRITÓRIO E POLÍTICAS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E

Inovações em Serviços de Saúde e as Fundações Estatais como Estratégia para Modelos Empreendedores de Gestão Hospitalar Pública

INCLUSÃO SOCIAL NOS TRANSPORTES PÚBLICOS DA UE

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE RECEPÇÃO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE DE USO CIRÚRGICO EM CENTRO DE MATERIAIS

Transcrição:

O FUTURO DOS HOSPITAIS E OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Manuel Delgado Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares COIMBRA 04JAN28 by AC

S U M Á R I O I. O CONTEXTO! Mercado da Saúde! Envolvente Externa! Uma Nova Visão Estratégica para os Hospitais! Novos Modelos de Administração! De Modelos Burocráticos para Modelos Contratuais II. III. PRINCIPAIS TIPOS DE INFORMAÇÃO! Ambito! Natureza! Conteudo! Destinatarios NOTAS FINAIS

O MERCADO DA SAÚDE OS CIDADÃOS A OFERTA DE CUIDADOS OS FINANCIADORES AS ENTIDADES REGULADORAS Prestadores de 1ª Linha Estado Estado Prestadores de 2ª Linha Subsistemas O.N.G. Seguradoras Associações Profissionais Doentes Associações de Doentes Disposições Transnacionais

A ENVOLVENTE EXTERNA OS PROFISSIONAIS OS CIDADÃOS OS REGULADORES C.S.P. OS HOSPITAIS CUIDADOS CONTINUADOS OS FINANCIADORES OS PRESTADORES PRIVADOS OS FORNECEDORES

UMA NOVA VISÃO ESTRATEGICA PARA OS HOSPITAIS (1) O desenvolvimento do ambulatório e a diminuição do internamento. O Hospital ABERTO ABERTO.

UMA NOVA VISÃO ESTRATEGICA PARA OS HOSPITAIS (2) Um sistema de prestação integrado, centrado no cliente. Factores criticos de sucesso:! Qualidade! Preço! Proximidade! Pontualidade! Disponibilidade! Rapidez! Inovação

MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO A importância crescente dos gestores na administração estratégica e na administração intermédia: o business. O papel nuclear das Direcções Técnicas a Gestão Clinica. A descentralização das responsabilidades ao nível técnico e ao nível económico. O rigor da informação como suporte incontornável da avaliação do desempenho clinico. A desfuncionalização dos prestadores, com remuneração variável e incentivos.

EVOLUÇÃO DOS MECANISMOS DE FINANCIAMENTO Sistemas de Saúde fortemente hierarquizados ou integrados Separação Comprador-Prestador Modelo de Comando e Controlo Modelo Contratual / /Negociado Alocação Burocrática dos Recursos Alocação de Recursos orientados pelo Mercado

PRINCIPAIS TIPOS DE INFORMAÇÃO E DESTINATARIOS (1) AMBITO Externo Interno NATUREZA Estrutura Processo Resultados

PRINCIPAIS TIPOS DE INFORMAÇÃO E DESTINATARIOS (2) CONTEUDO Clinico Logistico / Administrativo De gestão DESTINATARIOS Utilizador / Doente Entidades contratantes Entidades reguladoras Financiadores

A INFORMAÇÃO PARA OS UTILIZADORES/DOENTES ( EX- ANTE ) Serviços disponiveis e respectivo desempenho Acessibilidade e tempos de espera Formas de marcação Niveis de satisfação! ( NO PROCESSO ) Referenciação Prescrição (exames, consultas, receituário) Consentimento informado Resultados Monitorização à distância! ( EX- POST ) Follow-up Inquéritos de satisfação

A INFORMAÇÃO PARA AS ENTIDADES REGULADORAS CLASSIFICAÇÃO DE DOENTES ( Complexidade e Severidade ) MOVIMENTO ASSISTENCIAL INDICADORES DE RENTABILIDADE / EFICIÊNCIA INDICADORES DE QUALIDADE INDICADORES DE ACESSIBILIDADE INDICADORES DE SATISFAÇÃO

A INFORMAÇÃO DE USO INTERNO (1) ( CLINICA ) Registos clinicos e respectiva circulação Exames complementares Produtos farmaceuticos ( Prescrição, Distribuição e Administração ) Monitorização clinica Circulação de imagem

A INFORMAÇÃO DE USO INTERNO (2)! ( LOGISTICA ) Aprovisionamento Gestão dos Recursos Humanos Hotelaria Gestão de Doentes Instalações e Equipamentos Gestão Económico-Financeira

A INFORMAÇÃO DE USO INTERNO (3)! ( DE GESTÃO ) Resultados clinicos ( outputs e outcomes ) A explicitação do trabalho médico Indicadores de gestão ( Planeamento, Execução e Controlo ) Ranking / Rating de hospitais

NOTAS FINAIS Os Sistemas de Informação tornam-se mais sofisticados em função de um mercado em que os diferentes actores assumem um papel cada vez mais activo, dinamico e inteligente. O Modelo Contratual exige novas competências em matéria de informação que identifiquem necessidades, prioridades e preferencia dos consumidores. As escolhas dos cidadãos exigem um sistema de informação mais aberto ao escrutinio público.