CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO



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COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

Tribunal de Contas da União. Dados Materiais: Apenso: TC / Assunto: Representação. Colegiado: Plenário. Classe: Classe VII

Tribunal de Contas da União

Processo PGT/CCR /PP nº 10200/2009

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO PROCESSO n.º 211/

DECISÃO. Relatório. 2. A decisão impugnada tem o teor seguinte:

Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho por força do Regimento Interno TST. É o relatório. 1 CONHECIMENTO

Supremo Tribunal Federal

II - AÇÃO RESCISÓRIA

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO PROCURADORIA GERAL DO TRABALHO

Tribunal de Contas da União

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA-GERAL

CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Supremo Tribunal Federal

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO MACHADO CORDEIRO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO

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Supremo Tribunal Federal

Assunto: Denúncia formulada pelo Sr. José Fernandes Arend acerca de irregularidade ocorrida na Escola Técnica Federal de Santa Catarina.

CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 9ª REGIÃO

Transcrição:

CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Origem: PRT 9ª Região Interessado 1: Sigiloso Interessados 2: Município de Curitiba (Secretaria Municipal de Saúde) e Cotrans Locação de Veículos Ltda. Assunto: Meio Ambiente de Trabalho 01.01 Procurador oficiante: Alberto Emiliano de Oliveira Neto MEIO AMBIENTE DE TRABALHO Ausência de diligências suficientes que autorizem o encerramento das investigações. Pela não homologação da promoção de arquivamento. RELATÓRIO Trata-se de procedimento administrativo instaurado com gênese em denúncia sigilosa em face do município de Curitiba e da empresa Cotrans Locação de Veículos Ltda., noticiando supostas irregularidades no meio ambiente de trabalho (ausência de sala de descanso destinada a motoristas de ambulâncias). O ilustre Órgão ministerial oficiante promoveu o arquivamento do procedimento sob os seguintes fundamentos (fl. 08-v), verbis: 1

Respeitado entendimento contrário, não vislumbro lesão a direitos metaindividuais capaz de ser combatida mediante a propositura de ação civil pública. Deve-se destacar, primeiramente, que compete ao Ministério Público do Trabalho, dentre outras atribuições, promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção de interesses individuais indisponíveis, homogêneos, sociais, difusos e coletivos. Não há menção, contudo, a legitimidade para tutelar direitos meramente individuais em juízo, como é caso noticiado na presente representação. Especificamente representação faz menção a dois trabalhadores que não teriam acesso a sala de descanso. Igualmente, considerando-se as novas diretrizes fixadas pelo Planejamento Estratégico do Ministério Público do Trabalho, avalio o caso a partir do Precedente nº17 do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho, segundo o qual a atuação do Ministério Público deve ser orientada pela conveniência social. Já em tramitação perante esta CCR/MPT, o presente feito foi convertido em diligência, conforme despacho às fls. 13/15, lançado por esta Relatora, objetivando a remessa a esta Câmara da pasta espelho em que se encontrava a denúncia original a fim de viabilizar a análise revisional. Atendida a diligência supra, conforme pasta espelho anexada à contracapa do presente procedimento. certidão à fl. 25. Autos reencaminhados a esta Relatora, conforme É o relatório. 2

VOTO-FUNDAMENTAÇÃO Examinando o feito, o ilustre colega promotor do indeferimento em tela, embasa-no ao argumento de que a matéria, como posta, não imprime a necessária repercussão social a justificar a atuação do Ministério Público do Trabalho. Discordo, respeitosamente, de tal conclusão, uma vez que se constata, do exame dos presentes autos, que o digno Procurador neles oficiante procedeu ao encerramento sumário do feito, sem o devido aprofundamento investigatório apto a suportar o entendimento de que a repercussão social das lesões aqui denunciadas não se mostra significativamente suficiente a caracterizar conduta com consequências que reclamem a pronta atuação deste Parquet trabalhista. A ausência, nestes autos, de ação persecutória do Ministério Público do Trabalho, no que respeita à dimensão das lesões denunciadas faz incompleta a necessária instrução investigatória. Consta dos autos a informação que os trabalhadores, motoristas de ambulância da prefeitura de Curitiba, não possuem local adequado destinado a descanso, tendo que repousar no interior dos veículos. 3

Considerando as normas derivadas dos arts. 69 e 71 da Consolidação das Leis do Trabalho, afora eventual existência de Convenções Coletivas ou Acordos Coletivos de Trabalho e as cautelas previstas na NR nº32 do Ministério do Trabalho e Emprego, a qual normatiza as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral, dentre estes os motoristas de ambulância, entendo que a usufruição de intervalo intrajornada no interior de ambulâncias revela-se inadequada, haja vista os riscos a que expostos os obreiros e a não efetividade das regras legais acerca de intervalos intrajornada. Ora, recentemente o Colendo Tribunal Superior do Trabalho posicionou-se no sentido de que as atividades desenvolvidas por motoristas de ambulância fazem jus a percepção de adicional de insalubridade, já que desempenhadas em ambiente exposto a doenças infectocontagiosas. Nesse sentido, o seguinte julgado: REEXAME NECESSÁRIO E RECURSO ORDINÁRIO EM AÇÃO RESCISÓRIA. (..) II - VIOLAÇÃO LITERAL DE LEI. ARTIGO 195, 2º, DA CLT. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PROVA PERICIAL. SÚMULA Nº 410 DO TST. INCIDÊNCIA. Conquanto o art. 195, 2º, da CLT estabeleça que a caracterização da insalubridade demanda a realização de perícia, a obrigatoriedade da prova técnica não é absoluta, podendo ser dispensada desde que presentes outros elementos que demonstrem a efetiva exposição. O Anexo 14 da Norma Regulamentar nº 15 da Portaria nº 4

3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego dispõe acerca das atividades insalubres por exposição a agentes biológicos, dentre elas, consta o -trabalho ou operações, em contato permanente com [...] pacientes, em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterelizados-. No caso em exame, o Réu laborava como motorista de ambulância, atividade que, embora não esteja literalmente descrita no citado Anexo 14 da NR-15, sugere forte plausibilidade da exposição do trabalhador aos agentes biológicos, de modo que se poderia cogitar a dispensa da prova técnica e do apego a outros elementos de convicção dos autos. (grifos nossos) O Regional, na decisão rescindenda, soberano no exame das provas, decidiu pela desnecessidade da perícia, de tal sorte que, para se concluir em sentido diverso, como pretende o Município Recorrente, indispensável o reexame de fatos e provas do processo matriz, procedimento defeso em ação rescisória com fundamento no inciso V do art. 485 do CPC, consoante exegese da Súmula nº 410 do TST. Reexame necessário e recurso ordinário não providos. (RXOF e ROAR - 83700-90.2007.5.22.0000, Relator Ministro: Emmanoel Pereira, Data de Julgamento: 13/03/2012, Subseção II Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: 16/03/2012) destacados apenas os trechos atinentes à matéria versada nos presentes autos. Com efeito, muito embora a denúncia sigilosa relate como atingidos apenas 02 trabalhadores, in casu, a irregularidade apontada diz respeito ao meio ambiente de trabalho, matéria e meta de prioridade no atendimento pelo MPT, que pode estar atingindo a outros trabalhadores do mesmo setor. Assim, não vejo, pois, como concordar com o arquivamento proposto pelo digno colega Oficiante, fazendo-se necessária 5

a colheita de outros elementos de informação acerca da atual situação com que opera a denunciada, para que se possa concluir pelo cabimento ou não do encerramento da tarefa persecutória ao encargo do MPT. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto pela NÃO- HOMOLOGAÇÃO da proposta de arquivamento às fls. 08-v, determinando o retorno dos autos à origem para regular processamento. Deixo, no entanto, de aplicar o inciso II, do 4º, do art. 10 da Resolução CSMPT nº69/07, devendo a designação atender às práticas da Regional. Brasília, 23 de março de 2012. VERA REGINA DELLA POZZA REIS Subprocuradora-Geral do Trabalho Coordenadora da CCR/MPT Relatora ffpam 6