Entidade: Sociedade de Proteção à Infância e Maternidade de Bom Jesus de Itabapoana - SPIM/RJ

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Gabriela Barreto Varejão
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1 Tribunal de Contas da União Número do documento: AC /99-1 Identidade do documento: Acórdão 376/ Primeira Câmara Ementa: Tomada de Contas Especial. Subvenção Social. MBES. Sociedade de Proteção à Infância e Maternidade de Bom Jesus de Itabapoana RJ. Prestação de contas incompleta. Responsável revel. Contas irregulares. Débito. Multa. Grupo/Classe/Colegiado: Grupo I - CLASSE II - 1ª Câmara Processo: / Natureza: Tomada de Contas Especial Entidade: Sociedade de Proteção à Infância e Maternidade de Bom Jesus de Itabapoana - SPIM/RJ Interessados: RESPONSÁVEL: Ayton Avelino dos Santos, ex-presidente Dados materiais: DOU de 29/10/1999 Sumário: Tomada de Contas Especial. Irregularidades na prestação de contas dos recursos repassados a título de subvenção social. Citação. Não-apresentação de alegações de defesa. Débito não recolhido. Contas irregulares, com condenação em débito e multa ao responsável. Relatório: Trata-se de Tomada de Contas Especial instaurada pela Secretaria de Controle Interno do extinto Ministério do Bem-Estar Social MBES, na forma do art. 84 do Decreto-lei 200/67 e art. 148 do Decreto /86, em decorrência de irregularidades na prestação de contas dos recursos repassados a título de subvenção social, em , à Sociedade de

Grupo/Classe/Colegiado: Grupo I - CLASSE II - 1ª Câmara Processo: 575.

2 Proteção à Infância e Maternidade de Bom Jesus de Itabapoana SPIM/RJ, objetivando a aquisição de muletas, próteses mecânicas, aparelhos auditivos, óculos, cadeiras de rodas, uniformes, livros, material escolar e pedagógico, cobertores e alimentos para atender aos assistidos pela instituição. Estando os autos instruídos, constando do certificado de auditoria (fl. 91) manifestação no sentido da irregularidade das contas, e o pronunciamento da autoridade ministerial a que se refere o art. 52 da Lei 8.443/92 (fl. 94), a Secex/RJ efetivou a citação do responsável, sr. Aylton Avelino dos Santos, ex-presidente da SPIM/RJ (fl. 105), pelo valor histórico de Cr$ ,00 (noventa e dois mil e duzentos e quarenta mil cruzeiros), com os acréscimos legais pertinentes, contados de Decorrido o prazo estipulado na citação, o responsável não recolheu o débito, tampouco apresentou alegações de defesa. A unidade técnica, em manifestações uniformes (fls. 109/11 e 127/verso), propôs o julgamento pela irregularidade e condenação em débito do responsável, com autorização para cobrança executiva. O Ministério Público manifestou-se de acordo (fls. 111-verso e 128). É o relatório. Voto: O responsável apresentou, em , prestação de contas incompleta, na qual se verificam as seguintes irregularidades: a) o relatório de atividades (fl. 56) e o demonstrativo contábil das origens das aplicações dos recursos (fl. 57) contêm apenas a assinatura do responsável, não estando visados pela autoridade pública competente (art. 66, 1º, do Decreto /86); b) não foram apresentados o extrato bancário da movimentação dos recursos e a respectiva conciliação bancária; e c) a nota fiscal 535, da Casa de Saúde Aurora Avelino (fl. 60), foi emitida após o prazo de trinta dias de aplicação, de forma genérica, sem discriminar o tipo de prestação de serviços e medicamentos fornecidos, no valor de 58% do total dos recursos recebidos. A Casa de Saúde Aurora Avelino pertence ao grupo Ferreira & Tannus Ltda. que, conforme relatório de auditoria do controle interno (fls.

91) manifestação no sentido da irregularidade das contas, e o pronunciamento da autoridade ministerial a que se refere o art. 52 da Lei 8.443/92 (fl.

3 96/9), até julho de 1992, chamava-se Portugal, Tannus e Cia. Ltda., fundada em 1977 pelo srs. Paulo Roberto Duarte, Deputado Federal que intermediou a liberação dos presentes recursos, Aylton Avelino dos Santos, responsável pelas presentes contas, e José Daruich Schuwartz Tannus, fundadores da Sociedade de Proteção à Infância e Maternidade de Bom Jesus de Itabapoana SPIM/RJ. É importante registrar que este Tribunal ao adotar a Decisão nº 381/94-TCU Plenário, de (TC ), determinou a instauração de tomada de contas especial dos responsáveis pela Sociedade de Proteção à Infância e Maternidade de Bom Jesus de Itabapoana SPIM/RJ, relativamente aos recursos repassados pelo extinto MBES, a título de subvenções sociais e contribuições à entidade em questão, no período, de 1990 a O relator da referida deliberação, Ministro Olavo Drummond, assinalou em seu voto o seguinte (fls. 98/9): "(...) A equipe de auditoria da SECEX/RJ constatou inúmeros fatos irregulares relacionados com o funcionamento da Sociedade de Proteção à Infância e Maternidade de Bom Jesus de Itabapoana que ensejaram a suposição que a mesma foi criada somente como fachada para beneficiar seus próprios sócios com recursos de origem pública. Merece destaque que o fato de que tal entidade foi beneficiada com recursos na ordem de US$ 1,424,254 repassados a título de subvenções e contribuições sociais, no período de 1990 a 1993, enquanto as atividades beneficentes efetivamente desenvolvidas não atingiram o montante de US$ 100,000, segundo cálculo efetuado pela equipe de inspeção nos gastos efetuados mensalmente pela creche. (...)" Nestes autos, o responsável não apresentou alegações de defesa nem recolheu o débito. Além do julgamento dessas contas pela irregularidade, com a condenação em débito, entendo que deve ser aplicada a multa prevista no art. 57 da Lei nº 8.443/92 ao responsável, no valor do débito atualizado, considerando a gravidade da conduta dos responsáveis, sobretudo em face de que os assistidos não poderiam prescindir dos bens a serem adquiridos, com a subvenção social em questão (aquisição de muletas, próteses mecânicas, aparelhos auditivos, óculos, cadeiras de rodas,

da Sociedade de Proteção à Infância e Maternidade de Bom Jesus de Itabapoana SPIM/RJ. É importante registrar que este Tribunal ao adotar a Decisão nº 381/94-TCU Plenário, de 8.6.94 (TC-575.

4 uniformes, livros, material escolar e pedagógico, cobertores e alimentos). Assim, com essas considerações, VOTO por que o Tribunal aprove o ACÓRDÃO que ora submeto a esta Primeira Câmara. Sala das Sessões, em 19 de outubro de Walton Alencar Rodrigues Ministro-Relator Assunto: II - Tomada de Contas Especial Relator: WALTON ALENCAR Representante do Ministério Público: PAULO SOARES BUGARIN Unidade técnica: SECEX-RJ Acórdão: VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Tomada de Contas Especial de responsabilidade do sr. Aylton Avelino dos Santos, ex-presidente da Sociedade de Proteção à Infância e Maternidade de Bom Jesus de Itabapoana SPIM/RJ, instaurada em decorrência de irregularidades na prestação de contas dos recursos repassados a título de subvenção social transferida em pelo extinto Ministério do Bem-Estar Social MBES, objetivando a aquisição de muletas, próteses mecânicas, aparelhos auditivos, óculos, cadeiras de rodas, uniformes, livros, material escolar e pedagógico, cobertores e alimentos para atender às necessidades dos assistidos pela instituição. Considerando que, regularmente citado, o responsável não apresentou alegações de defesa nem recolheu a importância impugnada; Considerando a proposta da Secex/RJ e do Ministério Público pela irregularidade das presentes contas com a condenação do responsável ao pagamento do débito atualizado e acrescido dos encargos legais cabíveis; e

Walton Alencar Rodrigues Ministro-Relator Assunto: II - Tomada de Contas Especial Relator: WALTON ALENCAR Representante do Ministério Público: PAULO SOARES BUGARIN Unidade técnica: SECEX-RJ Acórdão:

5 Considerando que quando o responsável for julgado em débito, poderá ainda o Tribunal aplicar-lhe multa de até cem por cento do valor atualizado da condenação (art. 57 da Lei nº 8.443/92). ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão da Primeira Câmara, com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 12, incisos I e II e 3º, 16, inciso III, alínea "b", 19, 23, inciso III, e 57 da Lei 8.443/92, em: 8.1. julgar as presentes contas irregulares e condenar o sr. Aylton Avelino dos Santos ao pagamento da quantia de Cr$ ,00 (noventa e dois milhões e duzentos e quarenta mil cruzeiros), fixando-lhe o prazo de quinze dias, a contar da notificação, para que comprove, perante o Tribunal (art. 165, inciso III, alínea "a", do Regimento Interno), o recolhimento do valor da dívida aos cofres do Tesouro Nacional, atualizada monetariamente e acrescida dos encargos legais pertinentes calculados a partir de até a data do efetivo recolhimento, na forma da legislação em vigor; 8.2. aplicar ao sr. Aylton Avelino dos Santos a multa prevista no art. 57 da Lei 8.443/92 c/c o art. 219 do Regimento Interno, no valor de R$ ,00 (quinze mil e trezentos e quarenta reais), fixando-lhe o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da notificação, para que efetue e comprove, perante o Tribunal (art. 165, inciso III, alínea "a", do Regimento Interno), o seu recolhimento aos cofres da União, atualizada monetariamente, a partir do dia seguinte ao término do prazo estabelecido até a data do efetivo recolhimento, na forma da legislação em vigor; e 8.3. autorizar, desde logo, a cobrança judicial das dívidas, caso não atendida a notificação, nos termos do art. 28, inciso II, da Lei 8.443/92. Quórum: Ministros presentes: Humberto Guimarães Souto (Presidente), Walton Alencar Rodrigues (Relator), Guilherme Palmeira e o Ministro-Substituto Benjamin Zymler. Sessão: T.C.U., Sala de Sessões, em 19 de outubro de 1999

1º, inciso I, 12, incisos I e II e 3º, 16, inciso III, alínea "b", 19, 23, inciso III, e 57 da Lei 8.443/92, em: 8.1. julgar as presentes contas irregulares e condenar o sr.

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