O SUAS-SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Documentos relacionados
CURSO: TECNICAS LEGISLATIVAS

CREAS - Institucional. O que é o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social)?

O Centro de Referência de Assistência Social CRAS como Unidade de Gestão Local do SUAS

ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL NO PROJETO VIVA A VIDA

Articulação Intersetorial no cuidado às pessoas em situação de rua Telma Maranho- SNAS/MDS

Atualizações das Leis Municipais Encontro Estadual dos Gestores e Técnicos da Assistência Social da Bahia

CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNÍCIPIO DE PALMEIRA-PR

CONSTRUÇÃO DO PROCESSO DE CONFERÊNCIAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 2015

CREAS Recursos Humanos

PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕES CNPJ: / CEP: GABINETE DO PREFEITO

SEMINÁRIO INTERMINISTERIAL SOBRE A NOVA LEI DE CERTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES BENEFICENTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Campo Grande-MS

PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU ESTADO DE SÃO PAULO Secretaria Municipal do Bem-Estar Social

Política Nacional de Assistência Social. Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social/GPSE/SAS

Conselho Nacional de Assistência Social CNAS

SUAS: vantagens e desafios de um sistema único de assistência social

ZILIOTTO CONSULTORIA SOCIAL LTDA. FEBRAEDA

O SUAS e rede privada na oferta de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais

DIALOGANDO COM O PLANO DE ENFRENTAMENTO AO CRACK E OUTRAS DROGAS. Departamento de Proteção Social Especial Juliana M.

PRÁTICAS PSICOLÓGICAS E POLÍTICAS PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL:ALGUMAS INTERROGAÇÕES

ACOMPANHAMENTO E APOIO TÉCNICO À GESTÃO DESCENTRALIZADA DO SUAS

A INFÂNCIA É O TEMPO DE MAIOR CRIATIVIDADE NA VIDA DE UM SER HUMANO (J. PIAGET)

. CARTA DE JOINVILLE/SC SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SUAS E AS DIRETRIZES NORTEADORAS AO TERAPEUTA OCUPACIONAL

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF)

CURSO DE GESTÃO PÚBLICA COM HABILITAÇÃO EM PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO D EPOLÍTICAS SOCIAIS MÓDULO BÁSICO: DISCIPLINAS E EMENTAS

Proteção Social Básica

CREAS e a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais: Serviços de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade

Operacionalização dos Planos pelo SUAS: - O Plano Crack: É Possível Vencer! ; - O Plano Nacional da Pessoa com Deficiência: Viver sem Limite.

A Inscrição dos Beneficiários do BPC no Cadastro Único. Encontro Regional do Congemas NORTE Natal, 23 e 24 de março de 2016

Coordenação-Geral de Regulação da Gestão do SUAS do Departamento de Gestão do SUAS

POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SUAS e legislações pertinentes. Profa. Ma. Izabel Scheidt Pires

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA DO SUAS

RESOLUÇÃO Nº 18, 5 DE JUNHO DE 2014.

Texto 03. Os serviços da Proteção Social Especial de Média Complexidade e o processo de construção de saída da rua

SAS P R E F E I T U R A M U N I C I PA L S E C R E T A R I A M U N I C I PA L D E P O L Í T I C A S E A Ç Õ E S S O C I A I S E C I D A D A N I A

Sistema Único de Assistência Social e suas Inter-relações

PAIF. Programa de Atenção Integral à Família - PAIF CRAS

Sistema Único de Assistência Social

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DEPARTAMENTO DE BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS

A Política Nacional de Assistência Social na Perspectiva do Sistema Único - SUAS

POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 11. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua

TIPIFICAÇÃO NACIONAL DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS

A necessária abordagem interdisciplinar: a importância da equipe de referência da Assistência Social

Desenvolvimento Social

PLANO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NOB/SUAS/2012. Vânia Guareski Souto Assistente Social - Especialista em Gestão Social de Políticas Públicas

CNAS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria Especial dos Direitos Humanos ( ) 2015)

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento,

INSTRUMENTOS DE GESTÃO DO SUAS

Serviços de Proteção Social Básica Dados sobre os serviços de Proteção Social Básica

QUESTÕES INICIAIS PARA A DISCUSSÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E DO SUAS

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS

A BUSCA ATIVA COMO INSTRUMENTO NA IDENTIFICAÇÃO DE FAMILIA E INDIVIDUO EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO DAS NECESSIDADES

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Secretaria Nacional de Assistência Social MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO IDOSO NO ÂMBITO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - S U A S

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

RESOLUÇÃO Nº 01, DE 09 DE JANEIRO DE 2012

TEXTO 3 O REORDENAMENTO DO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS - SCFV: AS MUDANÇAS NA GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

Questionário Rede Privada

O SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL- CRAS JARDIM PARAÍSO

PROJETO CONHECENDO ABRIGOS

Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferências de Renda no âmbito do Sistema Único de Assistência Social

Resoluções sobre Financiamento das três edições da Conferência Nacional do Esporte

Prefeitura Municipal de Chácara Rua: Heitor Candido, 60 Centro Chácara Minas Gerais Telefax: (32) ;

Briefing para Produção de Material - Assessoria de Comunicação SEDESE - ASSCOM

De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) a Assistência Social, tem como um dos seus princípios:

Secretaria de Trabalho, Emprego e Promoção Social Piraí do Sul/PR: Órgão Gestor

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A

LEI COMPLEMENTAR N. 149 DE 24 DE FEVEREIRO DE 2011

Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

SEGURANÇA SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Rosimeire Ap. Mantovan Escola de Governo Novembro/15

REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE MUNICÍPIO DE LONDRINA PERGUNTAS E RESPOSTAS

CONTEXTO: Entendimento de que o crack é um problema grave e complexo, visto que não é só uma questão da saúde pública, mas da assistência social,

Faço saber que a Câmara Municipal de Queimados, APROVOU e eu SANCIONO a seguinte Lei:

APROXIMAÇÕES AO TRABALHO COM FAMÍLIAS NOS CENTROS DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL PONTA GROSSA PR. Área: SERVIÇO SOCIAL. Categoria: PESQUISA

RESOLUÇÃO N 124/2006. O Conselho Municipal de Assistência Social de Porto Alegre, no uso das atribuições que lhe confere a Lei Complementar n 352/95,

POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 11. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua

O trabalho social com famílias. no âmbito do Serviço de Proteção e. Atendimento Integral à Família - PAIF

AGENDA PROPOSITIVA DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa?

PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL NO CREAS DO MUNICÍPIO DE ÁLVARES MACHADO

IX Conferência Nacional de Assistência Social. Orientações para a realização das Conferências Municipais de Assistência Social

ção o do Trabalho Infantil Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais

Centro de Referência de Assistência Social. Paraná, agosto de 2012

Carta de recomendações para o enfrentamento às violências na primeira infância

Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social. Discutindo as diferenças entre Atendimento e Acompanhamento

PLANO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NOB/SUAS/2012. Profª Drª Darlene de Moraes Silveira

TEMA: Requisições do Sistema de Justiça ao Suas

X Conferência Nacional de Assistência Social INFORME CNAS Nº 01/2015. Conteúdos da X Conferência Nacional de Assistência Social

Expediente. Produção Técnica: Esta é uma publicação técnica da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania do Município de Parnaíba.

Art. 2 O Sistema Municipal de Assistência Social de Mangueirinha SUAS é regido pelos seguintes princípios:

Secretaria Nacional de Assistência Social

COMISSÃO DIRETORA PARECER Nº 522, DE 2014

TEXTO Realizar o planejamento das ações do Programa, definir as ações a serem executadas e as

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. SMCAIS Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social

Financiamento no Sistema Único de Assistência Social

- REGIMENTO INTERNO -

Serviço de Proteção Social Básica no Domicilio para pessoas com deficiência e idosas. Idoso Visitador

5ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

LOAS - LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

ORGÃO RESPONSAVEL: SECRETARIA DO TRABALHO E DA ASSISTENCIA SOCIAL PROGRAMA TEMATICO: ASSISTENCIA SOCIAL

Transcrição:

O SUAS-SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

HISTÓRICO DA POLÍTICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL

SEGURIDADE SOCIAL ASSISTÊNCIA SOCIAL SAÚDE PREVIDÊNCIA

ART. 194. A seguridade compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e a assistência social.

Marco Legal: Da Constituição Federal a PNAS 2004 1988: Constituição Federal define a Assistência Social como política da Seguridade Social Brasileira. Trânsito para o campo dos direitos sociais > universalização do acesso > responsabilidade estatal > superação do assistencialismo > ampliação do protagonismo dos usuários > participação da população > descentralização político-administrativa. 1993: LOAS - LEI nº 8.742 de 07/12/93 art.1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.

OS DIREITOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 Artigo 203: Afirma que este direito é amplo: a assistência social será prestada a quem dela necessitar Afirmam-se ainda direitos no âmbito da: - proteção à família, - proteção à maternidade; - proteção à infância e à adolescência; - proteção à velhice; - amparo à infância e à adolescência carente; - integração ao mercado de trabalho; - habilitação, reabilitação e integração das pessoas portadoras de deficiência; - garantia de 1 salário-mínimo às pessoas portadoras de deficiência e aos idosos sem meios de prover sua manutenção.

O QUE É ASSISTÊNCIA SOCIAL? É UMA POLÍTICA NÃO CONTRIBUTIVA, QUE VISA GARANTIR O ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES BÁSICAS DOS SEGMENTOS POPULACIONAIS QUE VIVENCIAM SITUAÇÃO DE RISCO, POBREZA E/OU VULNERABILIDADE SOCIAL. É PORTANTO, DIREITO DO CIDADÃO E DEVER DO ESTADO, ASSIM COMO A EDUCAÇÃO, A SAÚDE, O TRABALHO. DEVE SER REALIZADA ATRAVÉS DE UM CONJUNTO DE AÇÕES, EXECUTADAS TANTO PELO PODER PÚBLICO COMO PELA SOCIEDADE CIVIL PARA GARANTIR QUE TODOS OS CIDADÃOS NÃO VIVAM ABAIXO DA LINHA DA POBREZA.

O QUE NÃO É ASSISTÊNCIA SOCIAL: REALIZAR ATIVIDADES COM OBJETIVO DE CONSEGUIR VOTOS OU EM TROCA DE QUALQUER OUTRO TIPO DE FAVOR; FAZER CARIDADE; TRABALHO EXECUTADO PARA ACALMAR SENTIMENTOS DE CULPA POR PARTE DE ALGUMAS PESSOAS MAIS PRIVILEGIADAS.

SEGURIDADE SOCIAL ASSISTÊNCIA SOCIAL SAÚDE PREVIDÊNCIA

LEI N 8742 07 de Dezembro 1993

A LOAS,, CONSTITUI-SE NUM INSTRUMENTO QUE TRANSFORMOU A ASSISTÊNCIA SOCIAL EM POLÍTICA PÚBLICA. SUA FUNÇÃO É DE ASSEGURAR E REGULAMENTAR O QUE ESTÁ PREVISTO NOS ARTIGOS 203 E 204 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E O CAMPO PRÓPRIO DA ASSISTÊNCIA NO ÂMBITO DA SEGURIDADE SOCIAL.

OS DIREITOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA LOAS - Direito à provisão de mínimos sociais para garantir o atendimento à necessidades básicas (art. 1) - Direito à benefícios e serviços de qualidade (art.. 4) - Direito à convivência familiar e comunitária (art.. 4) - Direito à igualdade no acesso ao atendimento (art. 4) - Direito à equivalência entre população urbana e rural (art. 4) - Direito à convivência familiar e comunitária (art 4)

OS DIREITOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA LOAS - Direito à informação sobre benefícios, serviços, programas e projetos e sobre os critérios para sua concessão (art. 4). - Direito à benefícios eventuais (art. 22). - Direito de acesso à serviços (art. 23). - Direito de acesso à programas de assistência social (art. 24). - Direito de acesso à projetos de enfrentamento à pobreza(art. 25).

POLÍTICA NACIONAL E O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

A Assistência Social como política de proteção social configura uma nova situação para o Brasil: garantir proteção a todos, que dela necessitem A construção da política pública de assistência social leva em conta três vertentes de proteção social:. as pessoas,. as suas circunstâncias e dentre elas seu núcleo de apoio primeiro, isto é, a família O exame da política de assistência social na realidade brasileira parte então da defesa de um certo modo de olhar e quantificar a realidade a partir de :

Uma visão social inovadora que traga consigo a dimensão ética em incluir os invisíveis ; Uma visão social de proteção, o que supõe conhecer os riscos e as vulnerabilidades sociais; Uma visão social capaz de captar as diferenças sociais; Uma visão social capaz de entender que a população tem necessidades, mas também possibilidades ou capacidades; Uma visão social capaz de identificar forças e não apenas fragilidades.

Objetivos da PNAS 2004 Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitar; Contribuir com a inclusão e a eqüidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços sócioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural; Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária.

Princípios da PNAS 2004 Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.

Diretrizes da PNAS 2004 Descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e comando único das ações em cada esfera de governo, respeitando-se as diferenças e características socioterritoriais locais; Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo; Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos.

Funções da Assistência Social Defesa social e institucional Proteção Social Vigilância socioassistencial

Funções da PNAS 2004 1 Proteção Social: com a garantia da segurança de Sobrevivência, da segurança de Convívio e da Segurança de Acolhida; 2 Defesa Social e Institucional: conjunto de direitos a serem assegurados na operação do SUAS a seus usuários. 3 Vigilância Social: refere-se à produção, sistematização de informações, indicadores e índices territorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social.os indicadores a serem construídos devem mensurar no território as situações de riscos sociais e violação de direitos;

EIXOS DA PNAS Assistência Social como política de direitos que opera por meio de serviços e benefícios; Caráter federalista; Operada por meio de um Sistema Único; Processo de Gestão com Sistemas de Participação Social Pactuação de Gestão entre os entes federativos: Cogemas, Congemas, CIBs,CITs

EIXOS PROTETIVOS DA PNAS Proteção ao Ciclo de Vida do Cidadão, isto é, a oferta de apoio às fragilidades dos diversos momentos da vida humana; Proteção do direito à dignidade humana, expresso pela conquista da equidade, isto é, o respeito à heterogeneidade e à diferença sem discriminação e apartações

EIXOS PROTETIVOS DA PNAS Proteção às fragilidades na convivência familiar como núcleo efetivo e de proteção básica de todo cidadão.

A GRANDE NOVIDADE DA PNAS É A PREVISÃO DE CONSTRUÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE UM NOVO MODELO DE GESTÃO DA POLÍTICA: O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS), UMA DAS PRINCIPAIS DELIBERAÇÕES DA IV CONFERÊNCIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2003.

SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DECRETO PRESIDENCIAL N 5074 11 de Maio 2004

O QUE É O SUAS? O SUAS é um sistema constituído pelo conjunto de serviços,programas, projetos e benefícios no âmbito da assistência social prestados diretamente ou através de convênios com organizações sem fins lucrativos por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais da administração direta e indireta e da fundações mantidas pelo poder público. Seu modelo de gestão é descentralizado e participativo e constituí-se mediante regulação e organização em todo território nacional das ações socioassistenciais.

Sistema Único de Assistência Social SUAS- Reorganiza os serviços, programas, projetos e benefícios de acordo com as funções que desempenham, as pessoas que deles necessitam e sua complexidade. SUAS- Estabelece padrões de serviços considerando os seguintes aspectos: 1. Eixos de atuação; 2. Nomenclatura dos equipamentos; 3. Qualidade dos atendimentos; 4. Os indicadores de avaliação e resultados.

Organização da rede socioassistencial Os serviços socioassistenciais implicam na produção de ações continuadas e por tempo indeterminado voltados à proteção social da população usuária da rede de assistência social. PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA PSB PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PSE PSE de Média Complexidade PSE de Alta Complexidade

O SUAS PREVÊ A EXISTÊNCIA DE:

SERVIÇOS: ATIVIDADES CONTINUADAS, DEFINIDAS NO ART. 23 DA LOAS, QUE VISAM À MELHORIA DA POPULAÇÃO E CUJAS AÇÕES ESTEJAM VOLTADAS PARA AS NECESSIDADES BÁSICAS DA POPULAÇÃO, OBSERVANDO OS OBJETIVOS, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES ESTABELECIDAS NESSA LEI. A POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PREVÊ SEU ORDENAMENTO EM REDE, DE ACORDO COM OS NÍVEIS DE PROTEÇÃO SOCIAL: BÁSICA E ESPECIAL, DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE; PROGRAMAS: COMPREENDEM AÇÕES INTEGRADAS E COMPLEMENTARES, TRATADAS NO ART.24 DA LOAS, COM OBJETIVOS, TEMPO E ÁREA DE ABRANGÊNCIA, DEFINIDOS PARA QUALIFICAR, INCENTIVAR, POTENCIALIZAR E MELHORAR OS BENEFÍCIOS E OS SERVIÇOS ASSISTENCIAIS, NÃO SE CARACTERIZANDO COMO AÇÕES CONTINUADAS.

PROJETOS: DEFINIDOS NOS ARTS.25 E 26 DA LOAS, CARACTERIZAM-SE COMO INVESTIMENTOS ECONÔMICOS ECONÔMICO-SOCIAIS NOS GRUPOS POPULACIONAIS EM SITUAÇÃO DE POBREZA, BUSCANDO SUBSIDIAR TÉCNICA E FINANCEIRAMENTE INICIATIVAS QUE LHES GARANTAM MEIOS DE CAPACIDADE PRODUTIVA E DE GESTÃO PARA A MELHORIA DAS CONDIÇÕES GERAIS DE SUBSISTÊNCIA, ELEVAÇÃO DO PADRÃO DE QUALIDADE DE VIDA, PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E ORGANIZAÇÃO SOCIAL, ARTICULADAMENTE COM AS DEMAIS POLÍTICAS PÚBLICAS. DE ACORDO COM A PNAS/2004, ESSES PROJETOS INTEGRAM O NÍVEL DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA, PODENDO, CONTUDO, VOLTAREM-SE AINDA ÀS FAMÍLIAS E PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RISCO, PÚBLICO-ALVO DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL;

BENEFÍCIOS BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA: PREVISTO NA LOAS E NO ESTATUTO DO IDOSO, É PROVIDO PELO GOVERNO FEDERAL E CONSISTE NO REPASSE DE UM SALÁRIO MÍNIMO MENSAL AO IDOSO (PESSOA COM 65 ANOS OU MAIS) E À PESSOA COM DEFICIÊNCIA QUE COMPROVEM NÃO TER MEIOS PARA SUPRIR SUA SUBSISTÊNCIA OU DE TÊ-LA SUPRIDA POR SUA FAMÍLIA. ESSE BENEFÍCIO COMPÕE O NÍVEL DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA, SENDO SEU REPASSE EFETUADO DIRETAMENTE AO BENEFICIÁRIO;

BENEFÍCIOS EVENTUAIS: SÃO PREVISTOS NO ART. 22 DA LOAS E VISAM AO PAGAMENTO DE AUXÍLIO NATALIDADE OU MORTE, OU PARA ATENDER A NECESSIDADES ADVINDAS DE SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE TEMPORÁRIA, COM PRIORIDADE PARA A CRIANÇA, A FAMÍLIA, O IDOSO, A PESSOA COM DEFICIÊNCIA, A GESTANTE A NUTRIZ E NOS CASOS DE CALAMIDADE PÚBLICA. TRANSFERÊNCIA DE RENDA: PROGRAMAS QUE VISAM AO REPASSE DIRETO DE RECURSOS DOS FUNDOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL AOS BENEFICIÁRIOS, COMO FORMA DE ACESSO À RENDA, VISANDO AO COMBATE À FOME, À POBREZA E A OUTRAS FORMAS DE PRIVAÇÃO DE DIREITOS QUE LEVAM A SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL, CRIANDO POSSIBILIDADES PARA A EMANCIPAÇÃO, O EXERCÍCIO DA AUTONOMIA DAS FAMÍLIAS E DOS INDIVÍDUOS ATENDIDOS E O DESENVOLVIMENTO LOCAL (PNAS /2004).

OS SERVIÇOS DE PROTEÇÃO SOCIAL DEVEM PROVER UM CONJUNTO DE SEGURANÇAS

SEGURANÇA DE ACOLHIDA: PROVIDA POR MEIO DE OFERTA PÚBLICA DE ESPAÇOS E SERVIÇOS ADEQUADOS PARA A REALIZAÇÃO DE AÇÕES DE RECEPÇÃO, ESCUTA PROFISSIONAL QUALIFICADA, INFORMAÇÃO, REFERÊNCIA, CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS, AQUISIÇÕES MATERIAIS, SOCIAIS E EDUCATIVAS. SUPÕE A ABORDAGEM EM TERRITÓRIOS DE INCIDÊNCIA DE SITUAÇÕES DE RISCO, BEM COMO A OFERTA DE UMA REDE DE SERVIÇOS E DE LOCAIS DE PERMANÊNCIA DE INDIVÍDUOS E FAMÍLIAS DE CURTA, MÉDIA OU LONGA DURAÇÃO;

SEGURANÇA DE CONVÍVIO: REALIZA-SE POR MEIO DA OFERTA PÚBLICA DE SERVIÇOS CONTINUADOS E DE TRABALHO SOCIOEDUCATIVO QUE GARANTAM A CONSTRUÇÃO, A RESTAURAÇÃO E O FORTALECIMENTO DE LAÇOS DE PERTENCIMENTO E VÍNCULOS SOCIAIS DE NATUREZA GERACIONAL, INTERGERACIONAL, FAMILIAR, DE VIZINHAÇA, SOCIETÁRIOS. A DEFESA DO DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR, QUE DEVE SER APOIADA PARA QUE SE POSSA CONCRETIZAR, NÃO RESTRINGE O ESTÍMULO A SOCIABILIDADES GRUPAIS E COLETIVAS QUE AMPLIEM AS FORMAS DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL E O EXERCÍCIO DA CIDADANIA. AO CONTRÁRIO, A SEGURANÇA DE CONVÍVIO BUSCA ROMPER COM A POLARIDADE INDIVIDUAL/COLETIVO, FAZENDO COM QUE OS ATENDIMENTOS POSSAM TRANSITAR DO PESSOAL AO SOCIAL, ESTIMULANDO INDIVIDUOS E FAMÍLIAS A SE INSERIREM EM REDES SOCIAIS QUE FORTALEÇAM O RECONHECIMENTO DE PAUTAS COMUNS E A LUTA EM TORNO DE DIREITOS COLETIVOS.

A SEGURANÇA DE DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA: EXIGE AÇÕES PROFISSIONAIS QUE VISEM AO DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES E HABILIDADES, PARA QUE INDIVÍDUOS E GRUPOS POSSAM TER CONDIÇÕES DE EXERCITAR ESCOLHAS, CONQUISTAR MAIORES POSSIBILIDADES DE INDEPENDÊNCIA PESSOAL E SUPERAR VICISSITUDES E CONTIGÊNCIAS QUE IMPEDEM SEU PROTAGONISMO SOCIAL E POLÍTICO. O MAIS ADEQUADO SERIA REFERIR-SE A PROCESSOS DE AUTONOMIZAÇÃO, CONSIDERANDO A COMPLEXIDADE A PROCESSUALIDADE DAS DINÂMICAS QUE INTERFEREM NAS AQUISIÇÕES E CONQUISTAS DE GRAUS DE RESPONSABILIDADE E LIBERDADE DOS CIDADÃOS, QUE SÓ SE CONCRETIZAM SE APOIADAS NAS CERTEZAS DE PROVISÕES ESTATAIS, PROTEÇÃO SOCIAL PÚBLICA E DIREITOS ASSEGURADOS.

A SEGURANÇA DE BENEFÍCIOS MATERIAIS OU EM PECÚNIA: GARANTIA DE ACESSO À PROVISÃO ESTATAL, EM CARÁTER PROVISÓRIO, DE BENEFÍCIOS EVENTUAIS PARA INDIVÍDUOS E FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE RISCOS E VULNERABILIDADES CIRCUNSTANCIAIS, DE EMERGÊNCIA OU CALAMIDADE PÚBLICA (CADERNO SUAS, P. 37-38).

A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS GERENCIAIS E DE PROFISSIONALIZAÇÃO NO TRATO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL EXIGIRÁ UM NOVO PERFIL DE PROFISSIONAL E SUA QUALIFICAÇÃO DEVERÁ SE PERMANENTE (IMPORTANTE INSTRUMENTO: A NOB/RH). IMPORTA ROMPER COM A LÓGICA VOLUNTARISTA E DE SENSO COMUM QUE TEM ALOCADO RECURSOS HUMANOS NOS SERVIÇOS ASSISTENCIAIS.

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA O QUE É?

Proteção Social Básica A Proteção Social Básica tem caráter preventivo e processador de inclusão social. Destinatários: segmentos da população que vivem em condições de vulnerabilidade social, tais como: pobreza privação (ausência de renda, precária ou nulo acesso aos serviços públicos...) fragilização dos vínculos afetivos (discriminação etária, étnicas, de gênero ou por deficiência...) Objetivo: processar a inclusão de grupos em situação de vulnerabilidade social nas políticas públicas, no mundo do trabalho e na vida comunitária e societária, além de prevenir as situações de risco social.

Proteção Social Básica A proteção social básica inclui a oferta de: Programa de Atenção Integral à Família PAIF; Programa de inclusão produtiva e projetos de enfrentamento à pobreza; Centros de Convivência para Idosos; Serviços para crianças de 0 a 6 anos, que visem o fortalecimento dos vínculos familiares, o direito de brincar, ações de socialização e de sensibilização para a defesa dos direitos das crianças; Serviços sócio-educativos para crianças, adolescentes e jovens de 6 a 24 anos, visando sua proteção, socialização e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários; Centros de informação e de educação para o trabalho, voltados para jovens e adultos.

Proteção Social Básica Os programas, projetos e serviços devem ser executados de forma direta no Centro de Referência da Assistência Social CRAS (Casa das Famílias), e em outras unidades básicas e de assistência social (governamental e não governamental). CRAS

CADA CRAS DEVERÁ TER UM COORDENADOR. O COORDENADOR DEVE SER UM PROFISSIONAL COM FORMAÇÃO E PRÁTICA NA ÁREA SOCIAL. AS ATRIBUIÇÕES DA COORDENAÇÃO ARTICULAR O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO, EXECUÇÃO, MONITORAMENTO, REGISTRO E AVALIAÇÃO DAS AÇÕES, USUÁRIOS E SERVIÇOS; ARTICULAR COM A REDE DE SERVIÇOS SÓCIOASSISTENCIAIS E DAS DEMAIS POLÍTICAS SOCIAIS;

COORDENAR A EXECUAÇÃO DE AÇÕES DE FORMA A MANTER O DIÁLOGO E A PARTICIPAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E DAS FAMÍLIAS INSERIDAS NOS SERVIÇOS OFERTADOS NO CRAS; DEFINIR COM OS PROFISSIONAIS O FLUXO DE ENTRADA ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E DESLIGAMENTO DAS FAMÍLIAS; DEFINIR COM A EQUIPE TÉCNICA OS MEIOS E AS FERRAMENTAS DE TRABALHO COM OS USUÁRIOS; ACOMPANHAR E AVALIAR O ATENDIMENTO NA REDE SOCIAL;

REALIZAR REUNIÕES PERIÓDICAS COM OS PROFISSIONAIS, ESTAGIÁRIOS E REPRESENTANTES DA REDE PRESTADORA DE SERVIÇOS PARA A AVALIAÇÃO DOS CASOS, BEM COMO ARTICULAR SOBRE A COBERTURA DA DEMANDA EXISTENTE NO TERRITÓRIO ; MAPEAR, ARTICULAR E POTENCIALIZAR A REDE SOCIOASSISTENCIAL NO TERRITÓRIO DE ABRANGÊNCIA DO CRAS; ORIENTAR INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO TERRITÓRIO DE ABRANGÊNCIA, EM CUMPRIMENTO AS NORMATIVAS ESTABELECIDAS E LEGISLAÇÕES

PROMOVER A INTERSETORIALIDADE NO TERRITÓRIO, ATRAVÉS DE REUNIÕES PERIÓDICAS COM REPRESENTANTES DE OUTRAS POLÍTICAS PÚBLICAS; ELABORAR PLANOS DE AÇÃO; PARTICIPAR DE CONSELHOS, FÓRUNS E OUTROS ESPAÇOS DE CONTROLE SOCIAL; ALIMENTAR O SISTEMA DE INFORMAÇÃO LOCAL E DOS ORGÃOS DA POLÍTICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL; MONITORAR OS SERVIÇOS PRESTADOS ÀS FAMÍLIAS, COM AVALIAÇÃO DE RESULTADOS E IMPACTO

AÇÕES DESENVOLVIDAS NO CRAS ENTREVISTA FAMILIAR; VISITAS DOMICILIARES; PALESTRAS VOLTADAS À COMUNIDADE OU À FAMÍLIA; OFICINAS DE CONVIVÊNCIA DE TRABALHO SOCIOEDUCATIVOS; CAMPANHAS SOCIOEDUCATIVAS; ENCAMINHAMENTO E ACOMPANHAMENTO DAS FAMÍLIAS, SEUS MEMBROS E INDIVÍDUOS; REUNIÕES E AÇÕES COMUNITÁRIAS;

ARTICULAÇÃO E FORTALECIMENTO DE GRUPOS SOCIAIS LOCAIS; ATIVIDADE LÚDICA NOS DOMICÍLIOS COM FAMÍLIAS EM QUE HAJA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA; PRODUÇÃO DE MATERIAL PARA CAPACITAÇÃO E INSERÇÃO PRODUTIVA, PARA OFICINAS LÚDICAS E PARA CAMPANHAS SOCIOEDUCATIVAS, TAIS COMO BRINQUEDOS, VÍDEOS, MATERIAIS PEDAGÓGICOS E OUTROS; DESLOCAMENTO DA EQUIPE PARA ATENDIMENTO DE FAMÍLIAS EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS, INDÍGENAS, EM CALHAS DE RIOS E EM ZONAS RURAIS.

Os serviços de proteção devem ser organizados em rede e ter a família como eixo matricial de sua intervenção. Os CRAS devem se localizar em áreas de vulnerabilidade de social em território de 5.000 famílias e tem capacidade de atendimento de até 1.000 famílias/ano O CRAS atua com famílias e indivíduos em seu contexto comunitário, visando a orientação e convívio sócio-familiar e comunitário.

PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL O QUE É?

Proteção Social Especial A Proteção Social Especial tem caráter compensatório (reparar o dano), mas igualmente reabilitador de possibilidades psico-sociais com vistas a reinserção social. Por isso, exigem atenção mais personalizada e processos protetivos de longa duração. Destinatários: indivíduos que se encontram em situação de alta vulnerabilidade pessoal e social, decorrentes de: ocorrência de abandono vítimas de maus tratos físicos e/ou psíquicos abuso e exploração sexual usuários de drogas adolescentes em conflito com a lei moradores de rua...

Proteção Social Especial A Proteção Social é classificada em dois tipos: Proteção Social Especial de Média Complexidade Destinatários: Famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiar e comunitário não foram rompidos. Proteção Social Especial de Alta Complexidade Destinatários: Famílias e indivíduos que se encontram sem referência (abandono, morador de rua...) e/ou em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e comunitário.

PSE de Média Complexidade Serviço de orientação e apoio sócio-familiar; Plantão Social; Abordagem de rua; Cuidado no domicílio; Serviço de habilitação e reabilitação na comunidade das pessoas com deficiência; Medidas sócio-educativas em meio-aberto (PSC Prestação de Serviços à Comunidade e LA Liberdade Assistida). Centro de Referência Especializado da Assistência Social, visando à orientação e o convívio sócio-familiar e comunitário; dirigido às situações de violação de direitos.

Propõe uma unidade de referência estatal local de assistência social para o atendimento especializado, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS. No CREAS são organizados serviços de média complexidade como: o Serviço de Enfrentamento à Violência, Abuso e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes; o Serviço de Orientação e Apoio Especializado a Famílias com crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social; e o Serviço de Orientação e Acompanhamento a Adolescentes em Cumprimento de Medida Sócio-Educativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade. No atendimento de Alta complexidade são promovidos serviços de atenção específica realizados em instituições de longa permanência como o Atendimento Integral Institucional ou outros como serviços ofertados em Casa-lar, República, Família Acolhedora, Casa de passagem, Albergue. Também por meio do atendimento de alta complexidade são realizadas serviços que atendem às medidas Socioeducativas Restritivas e Privativas de Liberdade (Semiliberdade e Internação Estrita).

PSE de Alta Complexidade Atendimento Integral Institucional; Casa Lar; República; Casa de Passagem; Albergue; Família Substituta; Família Acolhedora; Medidas sócio-educativas restritivas e privativas de liberdade (semi-liberdade, internação provisória e sentenciada); Trabalho protegido.

Para compreender o SUAS

Antes do SUAS Desresponsabilização do Estado na oferta de serviços e no atendimento à situação de violação de direitos Insuficiente regulação no campo da assistência social e, sobretudo, no campo de gestão governamental e não governamental e imprecisão conceitual Com o SUAS Dever do Estado na oferta dos serviços de referência local ou regional para a recomposição dos direitos violados Norma Operacional, portarias, resoluções, guias e manuais, entre outros: instrumentos que estabelecem o marco regulatório inicial do SUAS.Ex: NOB/SUAS, NOB RH Serviços, programas e projetos planejados e executados de forma fragmentada, segmentada e focalizada no indivíduo Inexistência de uma referência para o atendimento às famílias ou aos usuários da Assistência social Enfoque na relação convenial entre gestores implicando burocracia, demora e atraso no repasse de recursos, falta de autonomia na gestão por parte dos municípios e estados Organização dos serviços continuados e por níveis de proteção social (básica e especial), com foco prioritário de atenção à família A PNAS/2004 estabelece duas referências para o atendimento das famílias e indivíduos: CRAS e CREAS, universalizando o acesso ao direito Nova lógica de financiamento, estabelecendo pisos de proteção social; repasse fundo a fundo automático e regular e critérios técnicos de partilha

Antes do SUAS Com o SUAS Desarticulação dos serviços com os benefícios socioassistenciais e com políticas setoriais Esvaziamento de legitimidade das instâncias de articulação, pactuação e deliberação Indefinição de atribuições/competências dos três níveis de governo quanto à gestão da política e seu financiamento; Articulação dos serviços e benefícios (público prioritário no atendimento são os beneficiários dos benefícios de transferência de renda: PBF e BPC Fortalecimento das instâncias no processo decisório e no reordenamento da rede socioassistencial Normatização pactuada entre os gestores Co-financiamento de programas e serviços decididos no âmbito do governo federal especificamente para ações prédefinidas e sem autonomia para os municípios Respeito a autonomia dos municípios na organização dos serviços conforme a necessidade local e dos territórios Ausência de processos continuados de capacitação e de política de RH. Eixo da PNAS/2004 e matéria de NOB/RH

É nesta perspectiva que se efetiva a interface entre o SUAS, novo modelo de gestão da política de assistência social, com a política de segurança alimentar e a política de transferência de renda, constituindose, então, uma Política de Proteção Social no Brasil de forma integrada a partir do território, garantindo sustentabilidade e compromisso com um novo pacto de democracia e civilidade.

NORMA OPERACIONAL BÁSICA RESOLUÇÃO N 27 de 24 Fevereiro de 2005 do Conselho Nacional de Assistência Social

A NOB,, É UM CONJUNTO DE DEFINIÇÕES, CONCEITOS E PROCEDIMENTOS, QUE VAI REGULAR O FUNCIONAMENTO DO SUAS E TAMBÉM VAI DEFINIR COMO O SISTEMA VAI SER FINANCIADO, GERIDO E QUAL PAPEL DOS QUE COMPÕEM O SUAS ESTADO, MUNICÍPIO E UNIÃO.

DESAFIOS DA CONSTRUÇÃO DE UM NOVO TEMPO PARA A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Desafios do SUAS Construção da unidade da política social, por meio de um esforço permanente de articulação, visando o acesso da população ao conjunto das políticas públicas. Construção de uma relação qualificada entre estados e municípios, fortalecendo o sistema descentralizado e participativo. regionalização : não existe a prática de pactos cooperativos; conflitos de competências.

Desafios Instituir sistema continuado de planificação, monitoramento e avaliação de resultados de forma a promover transparência e acompanhamento desses resultados pela sociedade.

Desafios Consolidação dos Conselhos e dos mecanismos de participação e controle social: Participação efetiva da sociedade e respeito a sua autonomia alimentando nova cultura política e protagonismo social. Organização e representação dos usuários. Estabelecimento de um programa permanente de capacitação de conselheiros. Instalar os espaços de defesa dos direitos socioassistenciais.

Desafios Apropriação de novos conceitos: FAMÍLIA: - novas configurações, - superar o caráter normatizador de comportamentos, desorganizando valores e a exigência que a família exerça o papel substitutivo em relação ao sistema de direitos sociais RELAÇÃO PÚBLICO E PRIVADO: papel do Estado, sistema público TERRITÓRIO E TERITORIALZAÇÃO SEGURANÇAS E PROTEÇÃO REDE SOCIASSISTENCIAL TRABALHO SOCIOEDUCATIVO...etc...

Gestão do Trabalho Avanço: NOB RH Desafios: sua efetivação Concursos públicos Plano de cargos, carreiras e salários Educação continuada e permanente Estruturar área responsável pela gestão do trabalho Superar a precarização de vínculos trabalhistas Neiri/07

Número de profissionais municipais envolvidos em: Assistência Social (2005), Saúde (2002) e Educação*(2007) 1.200.000 1.000.000 Assistência social Saúde Educação 800.000 600.000 400.000 200.000 - Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste BRASIL Fonte: Munic 2005 / MAS 2002 / Edudata-MEC 2007 *Os dados da área de educação computam apenas as funções docentes.

Está em questão uma mudança de cultura na área da assistência social, que definitivamente assuma a perspectiva de direitos, a articulação da política social com a política econômica e a viabilização de recursos orçamentários para a implementação das mudanças necessárias.