Proteção Social Básica
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- Alice Escobar Pinhal
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1 Proteção Social Básica
2 Proteção Social Básica A Proteção Social Básica (PSB) atua na prevenção dos riscos por meio do desenvolvimento de potencialidades e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários por meio do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e da oferta do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e de programas, projetos e serviços, inclusive de outras políticas sociais organizados em rede local. Centro de Referência de Assistência Social - O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é uma unidade pública estatal descentralizada da Política de Assistência Social. O CRAS atua como a principal porta de entrada do SUAS, dada sua capilaridade nos territórios e é responsável pela organização e oferta de serviços da Proteção Social Básica nas áreas de vulnerabilidade e risco social. Além de ofertar serviços e ações de proteção básica, o CRAS possui a função de gestão territorial da rede de assistência social básica, promovendo a organização e a articulação das unidades a ele referenciadas e o gerenciamento dos processos nele envolvidos.
3 Proteção Social Básica O principal serviço ofertado pelo CRAS é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) cuja execução é obrigatória. Este consiste em um trabalho de caráter continuado que visa fortalecer a função protetiva das famílias, prevenindo a ruptura de vínculos, promovendo o acesso e usufruto de direitos e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida.
4 Serviços sociassistenciais da Proteção Social Básica Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família PAIF O serviço atua por meio de ações de caráter protetivo e proativo. Um dos objetivos é apoiar as famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares. Tem por princípios norteadores a universalidade e gratuidade e atendimento, cabendo exclusivamente à esfera estatal sua implementação.
5 Serviços sociassistenciais da Proteção Social Básica Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Este é o serviço realizado em grupos, organizado a partir de recursos, de modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. Organiza-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertencimento e de identidade, fortalecer vínculos familiares e incentivar a socialização e a convivência comunitária. Possui articulação com o PAIF, de modo a promover o atendimento das famílias dos usuários destes serviços, garantindo a matricialidade sociofamiliar da política de assistência social.
6 Serviços sociassistenciais da Proteção Social Básica Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas. A finalidade desse serviço é a prevenção de agravos que possam provocar o rompimento de vínculos familiares e sociais dos usuários. Visa a garantia de direitos, o desenvolvimento de mecanismos para inclusão social, a equiparação de oportunidades e a participação e desenvolvimento da autonomia das pessoas com deficiência e pessoas idosas, a partir de suas necessidades e potencialidades individuais e sociais, prevenindo situações de risco, a exclusão e o isolamento. O planejamento das ações deverá ser realizado pelos municípios e pelo Distrito Federal, de acordo com a territorialização e a identificação da demanda pelo serviço.
7 Benefícios Assistenciais Os Benefícios Assistenciais integram a política de assistência social e se configuram como direito do cidadão e dever do Estado. São prestados de forma articulada às seguranças afiançadas pela Política de Assistência Social, por meio da inclusão dos beneficiários e de suas famílias nos serviços socioassistenciais próprios e de outras políticas setoriais, ampliando a proteção social e promovendo a superação das situações de vulnerabilidade e risco social. Os Benefícios Assistenciais se dividem em duas modalidades direcionadas a públicos específicos: o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) e os Benefícios Eventuais.
8 BPC Benefício de Prestação Continuada (BPC) está previsto no art. 20 da Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e é a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência de qualquer idade e ao idoso, com idade de sessenta e cinco anos ou mais, sem condições de garantir sua sobrevivência, por si próprio ou com apoio familiar, com renda per capita mensal inferior a ¼ do salário mínimo. Para obter o benefício, o idoso ou a pessoa com deficiência deverá se dirigir ao Centro de Referência da Assistência Social, CRAS, de seu território ou a Secretaria Municipal de Assistência Social. O Benefício de Prestação Continuada integra a proteção social básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social SUAS, instituído pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em consonância com o estabelecido pela Política Nacional de Assistência Social PNAS. O BPC visa o enfrentamento da pobreza, a garantia da proteção social, o provimento de condições para atender contingências sociais e a universalização dos direitos sociais. Para maiores informações, acesse:
9 Benefícios Eventuais Caracterizam-se por seu caráter suplementar e provisório, prestados aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. Conforme resolução do CNAS nº 39/2010 que regulamenta as provisões da assistência social em sua relação com a política de saúde. Não compete a assistência social a oferta de órteses e próteses, fraldas descartáveis para pessoas com necessidade de uso, dietas de prescrição especial, dentre outros. A SEASDH regulamentou o beneficio eventual no âmbito do Estado por meio de resolução.
10 Programas socioassistenciais da Proteção Social Básica BPC na Escola O Programa BPC na Escola integra o Plano de Desenvolvimento da Educação PDE instituído pela Portaria Interministerial nº 18, de 24 de abril de 2007 que contempla, por meio do Ministério da Educação, Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Saúde e Secretaria Especial de Direitos Humanos, ações direcionadas aos beneficiários do BPC na faixa etária de 0 a 18 anos. Este programa visa contribuir para a elevação da qualidade de vida e dignidade das pessoas com deficiência beneficiárias do BPC, com o objetivo de ampliar o direito de acesso a educação inclusiva através da articulação intersetorial das três esferas de governo e a integração de políticas de educação, assistência social, saúde e direitos humanos.
11 De acordo com esse propósito, salientamos que o êxito do Programa BPC na Escola depende inteiramente da colaboração e da atuação conjunta entre os entes federados como estratégia fundamental para a superação das barreiras e promoção do acesso e permanência na escola de crianças, jovens e adolescentes com deficiência. Para participar do BPC na Escola, é necessário que os estados, o Distrito Federal e os municípios façam adesão ao Programa e constituam grupo gestor, local ou estadual, com representantes das áreas da educação, saúde, assistência social e direitos humanos. Além disso, é necessário designar equipes técnicas para aplicação de um questionário a fim de identificar as barreiras de acesso e permanência na escola. O grupo gestor no âmbito estadual é constituído por representação da Saúde, Educação, Direitos Humanos e Assistência Social a que cabe a coordenação.
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