A GESTÃO DO CREAS E AS MUDANÇAS COM A TIPIFICAÇÃO E O PROTOCOLO DE GESTÃO
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- Kátia Fialho Bonilha
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1 A GESTÃO DO CREAS E AS MUDANÇAS COM A TIPIFICAÇÃO E O PROTOCOLO DE GESTÃO
2 A Assistência Social como política de proteção social configura uma nova situação para o Brasil: garantir proteção a todos, que dela necessitem.
3 ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL ANTES DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 APÓS A CONSTITUIÇÃO DE 1988 Ações no campo do FAVOR, do CLIENTELISMO e do AUTORITARISMO Política pública, direito do cidadão e dever do Estado - Tripé da Seguridade Social Brasileira
4 No processo de reconfiguração da assistência social brasileira pós-constituinte de 88, a LOAS em 1993 e a Política Nacional de Assistência Social em 2004 (PNAS) preconizam o (re) desenho desta política com a implementação do Sistema Único de Assistência Social(SUAS).
5 O SUAS materializa princípios da LOAS Sistema descentralizado e participativo; Primazia da responsabilidade do Estado Organização e ampliação da oferta dos serviços socioassistenciais: criação dos (CRAS) e dos (CREAS)
6 Sistema Único de Assistência Social - SUAS O SUAS é um sistema público não-contributivo, descentralizado e participativo que tem por função a gestão e organização da oferta de serviços, programas, projetos e benefícios da política de assistência social em todo território nacional organizado por proteções sociais.
7 O SUAS apresenta 2 níveis de proteção: Proteção Social Básica Proteção Social Especial Alta Vulnerabilidade Pessoal e Social Caráter preventivo e de Inclusão Social Média Complexidade Alta Complexidade CRAS CREAS
8 Proteção Social Básica Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação e ou fragilização dos vínculos afetivos relacionais e de pertencimento social. Proteção Social Especial Destina-se a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social por ocorrência de negligência, abandono, ameaças, maus tratos, violações físicas e psíquicas, discriminações sociais e infringência aos direitos humanos e sociais. Proteção Social Especial de Média Complexidade Organiza a oferta de serviços, programas e projetos de caráter especializado às famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiar e comunitário não foram rompidos. Proteção Social Especial de Alta Complexidade Garante proteção integral moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário.
9 CREAS Deve articular os serviços de média complexidade e operar a referência e a contra-referênciacom a rede de serviços socioassistenciaisda proteção social básica e especial, com as demais políticas públicas e demais instituições que compõem o Sistema de Garantia de Direitose movimentos sociais, no intuito de estruturar uma rede efetiva de proteção social. Para tanto, é importante estabelecer mecanismos de articulaçãopermanente, como reuniões, encontros ou outras instâncias para discussão, acompanhamento e avaliação das ações, inclusive as intersetoriais.
10 QUANTO À ABRANGÊNCIA... O CREAS poderá ter abrangência local (municipal) ou regional, de acordo com: o porte, nível de gestão e demanda dos municípios. o grau de incidência e complexidade das situações de risco e violação de direitos. CREAS REGIONAL Nos casos em que: a demanda do município não justificar a implementação local. o município, devido ao seu porte ou nível de gestão, não tenha condições de gestão individual dos serviços em seu território.
11 para a Área da Assistência Social Parâmetros para implantação de CREAS PORTE POPULACIONAL Nº DE HABITANTES PARÂMETROS DE REFERÊNCIA Pequeno Porte I Até CREAS Regional ou 01 CREAS quando a demanda local justificar. Pequeno Porte II De a Implantação de pelo menos 01 CREAS. Médio Porte De a Implantação de pelo menos 01 CREAS. Grande Porte, Metrópoles e DF A partir de Implantação de 01 CREAS a cada habitantes
12 para a Área da Assistência Social Porte dos municípios e capacidade de atendimento PORTE Pequeno Porte I, II e Médio Porte Grande Porte, Metrópoles e DF CAPACIDADE DE ATENDIMENTO 50 casos (famílias e indivíduos) por mês 80 casos (famílias e indivíduos) por mês
13 para a Área da Assistência Social Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferências de Renda no âmbito do Sistema Único de Assistência Social Acorda procedimentos para a gestão integrada dos serviços, benefícios e transferências de renda para o acompanhamento das famílias do PBF, PETI e BPC no âmbito do SUAS. A gestão integrada é uma estratégia para qualificar e potencializar o impacto dos benefícios assistenciais, transferência de renda e dos serviços do SUAS.
14 para a Área da Assistência Social Público-Alvo Famílias beneficiárias de transferência de renda e famílias com beneficiários do BPC Serão priorizados no acompanhamento familiar: I - as famílias que vivenciam situações de risco social; II-as famílias do PBF que estão em descumprimento de condicionalidades, na repercussão: suspensão do benefício por dois meses, a fim de garantir a segurança de renda das famílias; III-demais famílias do PBF em situação de descumprimento de condicionalidades; IV-famílias com beneficiários do BPC que se encontrem em situação de maior vulnerabilidade.
15 para a Área da Assistência Social ANTES DO PROTOCOLO Benefício Eventual Projovem Adolescente Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI Atendimento especializado às famílias em situação de Violência - PAEFI Benefício de Prestação Continuada - BPC Atenação Integral a Família - PAIF Programa Bolsa Família
16 para a Área da Assistência Social Benefício Eventual Depois do Protocolo Projovem Adolescente Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI Atendimento especializado às famílias em situação de Violência - PAEFI Benefício de Prestação Continuada - BPC Atenação Integral a Família - PAIF Programa Bolsa Família Protocolo de Gestão Integrada: a centralidade não é a transferência de renda, benefício assistencial ou serviço socioassistencial. É a consolidação de uma rede de proteção socioassistencial para as famílias nos territórios.
17 para a Área da Assistência Social Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais RESOLUÇÃO No. 109, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2009 Publicada no Diário Oficial da União - Seção 1, No. 225, 25/11/2009,pg.82à90. Histórico: Deliberação da VI Conferência Nacional de Assistência Social (2006); Contratação de consultoria(2008); Seminários Internos(2008); Debates com gestores(2008); Seminários Internos e Consolidação dos Resultados(2009); Pactuação na CIT(2009); Aprovação no CNAS(2009); Adesão/Implantação(2010).
18 Matriz Padronizada para Fichas de Serviços Socioassistenciais Nome do Serviço:Termos utilizados para denominar o serviço de modo a evidenciar sua principal função e os seus usuários. Descrição: Conteúdo da oferta substantiva do serviço. Usuários:Relação e detalhamento dos destinatários a quem se destinam as atenções. As situações identificadas em cada serviço constam de uma lista de vulnerabilidades e riscos contida nesse documento. Objetivos: Propósitos do serviço e os resultados que dele se esperam. Provisões:As ofertas do trabalho institucional, organizadas em quatro dimensões: ambiente físico, recursos materiais, recursos humanos e trabalho social essencial ao serviço. Organizados conforme cada serviço as provisões garantem determinadas aquisições aos cidadãos.
19 Matriz Padronizada para Fichas de Serviços Socioassistenciais Aquisições dos Usuários Trata dos compromissos a serem cumpridos pelos gestores em todos os níveis, para que os serviços prestados no âmbito do SUAS produzam seguranças sociais aos seus usuários, conforme suas necessidades e a situação de vulnerabilidade e risco em que se encontram. Podem resultar em medidas da resolutividade e efetividade dos serviços, a serem aferidas pelos níveis de participação e satisfação dos usuários e pelas mudanças efetivas e duradouras em sua condição de vida, na perspectiva do fortalecimento de sua autonomia e cidadania. As aquisições específicas de cada serviço estão organizadas segundo as seguranças sociais que devem garantir.
20 Matriz Padronizada para Fichas de Serviços Socioassistenciais Condições e Formas de Acesso: Procedência dos (as) usuários (as) e formas de encaminhamento. Unidade: Equipamento recomendado para a realização do serviço socioassistencial Período de Funcionamento: Horários e dias da semana abertos ao funcionamento para o público. Abrangência: Referência territorializada da procedência dos usuários e do alcance do serviço.
21 Matriz Padronizada para Fichas de Serviços Socioassistenciais Articulação em Rede: Sinaliza a completude da atenção hierarquizada em serviços de vigilância social, defesa de direitos e proteção básica e especial de assistência social e dos serviços de outras políticas públicas e de organizações privadas. Indica a conexão de cada serviço com outros serviços, programas, projetos e organizações dos Poderes Executivo e Judiciário e organizações não governamentais. Impacto Social esperado: Trata dos resultados e dos impactos esperados de cada serviço e do conjunto dos serviços conectados em rede socioassistencial. Projeta expectativas que vão além das aquisições dos sujeitos que utilizam os serviços e avançam na direção de mudanças positivas em relação a indicadores de vulnerabilidades e de riscos sociais. Regulamentações: Remissão a leis, decretos, normas técnicas e planos nacionais que regulam benefícios e serviços socioassistenciais e atenções a segmentos específicos que demandam a proteção social de assistência social.
22 Quadro síntese dos serviços por nível de complexidade PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA 1. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família PAIF; 2. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; 3. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas.
23 Quadro síntese dos serviços por nível de complexidade PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL Média Complexidade 1. Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias Indivíduos PAEFI; 2. Serviço Especializado de Abordagem Social; 3. Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC); 4. Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos(as) e suas Famílias; 5. Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua. Alta Complexidade 6. Serviço de Acolhimento Institucional 7. Serviço de Acolhimento em República 8. Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora 9. Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de emergências
24 CREAS antes da TIPIFICAÇÃO CREAS após a TIPIFICAÇÃO Serviço de Enfrentamento Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Serviço de Proteção Social Especial a indivíduos e Famílias. Serviço de Proteção Social aos Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas. Após a Resolução Nº 109 de 11/11/2009 Tipificação Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos PAEFI Serviço Especializado de Abordagem Social Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade(PSC)
25 OUTROS SERVIÇOS DE MÉDIA COMPLEXIDADE Portaria 440/2005: Habilitação e Reabilitação de Pessoas com Deficiência. Atendimento de Reabilitação na Comunidade. Atendimento Domiciliar a Pessoas Idosas e Pessoas com Deficiência. Atendimento em Centro - dia Após a Resolução Nº 109 de 11/11/2009 Tipificação Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos (as) e suas Famílias. Serviço Especializado para pessoas em Situação de Rua.
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