Departamento da Rede SocioassistencialPrivada do
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- Filipe Sintra Marinho
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1 Departamento da Rede SocioassistencialPrivada do SUAS
2 Dados Gerais: Pesquisa das Entidades de Assistência Social Privadas sem Fins Lucrativos PEAS realizada em 2006,pormeiodeparceriaentreoMDSeoIBGE. Objeto da pesquisa: entidades que prestam serviços de assistência social de caráter privado, sem fins lucrativos. Universo da pesquisa: entidades. 2
3 51,8% das entidades de assistência social se concentram na Região Sudeste, seguida das regiões Sul (22,6%), Nordeste (14,8%), Centro Oeste(7,4%) e Norte(3,4%). 69,9% das entidades atuam na esfera municipal = Este dado demonstra a assertividade da dimensão do território como componente estruturante da rede socioassistencial. 3
4 Tipos predominantes(autodefinição das entidades): Abrigos(2.826 entidades); Centro de atendimento à pessoa com deficiência (2.078 entidades); Centro de atendimento à criança e ao adolescente (1.630 entidades); Centro de atendimento às famílias (1.084 entidades).
5 ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E OS NOVOS PARÂMETROS NORMATIVOS 1. Decreto n.º 6.308/2007 (Dispõe sobre entidades e organizações de assistência social) 2. Resolução n.º 109/2009 (aprova a tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais) 3. Lei n.º /2009 (Dispõe sobre a certificação das entidades beneficentes de assistência social, regula os procedimentos de isenção de contribuições para a seguridade social) 4. Resolução n.º 16/2010 (define os parâmetros nacionais para a inscrição das entidades e organizações de assistência social) 5. Decreto n.º 7.237/2010 (Regulamenta a Lei nº , de 27 de novembro de 2009, sobre o processo de certificação das entidades beneficentes de assistência social)
6 Resolução CNAS n.º 16, de 15 de maio de 2010 Define os parâmetros nacionais para a inscrição das entidades e organizações de assistência social, bem como os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais. 6
7 Quais entidades podem se inscrever? As Entidades de Assistência Social (que desenvolvam isolada ou cumulativamente: Atendimento Defesa e Garantias de Direitos Assessoramento 7
8 Entidades de atendimento Prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de proteção social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidades ou risco social e pessoal, conforme a Lei n.º 8.742, de 1993, e respeitadas a PNAS, a NOB/SUAS e a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, estabelecida na Resolução CNAS n.º 109/
9 Proteção Social Básica (Resolução CNAS n.º 109/2009) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF; Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (para crianças de até 6 anos; crianças e adolescentes de 6 a 15 anos; adolescentes e jovens de 15 a 17 anos; e idosos com idade igual ou superior a 60 anos); Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas; 9
10 Proteção Social Especial de Média Complexidade (Resolução CNAS n.º 109/2009) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos - PAEFI; Serviço Especializado em Abordagem Social (para crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e famílias que utilizam espaços públicos como forma de moradia e/ou sobrevivência); Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos(As) e suas Famílias; Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida LA, e de Prestação de Serviços à Comunidade - PSC; Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua. 10
11 Proteção Social Especial de Alta Complexidade (Resolução CNAS n.º 109/2009) Serviço de Acolhimento Institucional (para crianças e adolescentes; para adultos e famílias; para mulheres em situação de violência; para jovens e adultos com deficiência; para idosos); Serviço de Acolhimento em República (para jovens entre 18 e 21 anos, adultos em processo de saída das ruas e idosos); Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (para crianças e adolescentes, inclusive aqueles com deficiência); Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de emergências. 11
12 Entidades de assessoramento Prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação, capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social, conforme a Lei nº , de 1993, e respeitadas a PNAS e anob/suas. 12
13 Entidades de assessoramento (Resolução CNAS n.º 16/2010) a) Assessoria política, técnica, administrativa e financeira a movimentos sociais, organizações, grupo populares e de usuários, no fortalecimento de seu protagonismo e na capacitação para a intervenção nas esferas políticas; b) Estímulo ao desenvolvimento integral sustentável das comunidades e à geração de renda; c) Produção e socialização de estudos e pesquisas que ampliem o conhecimento da sociedade e dos cidadãos/ãs sobre os seus direitos de cidadania, bem como dos gestores públicos, subsidiando os na formulação e avaliação de impactos da Política de Assistência Social. 13
14 Entidades de defesa e garantias de direitos (Resolução CNAS n.º 16/2010) a) Promoção da defesa de direitos já estabelecidos através de distintas formas de ação e reivindicação na esfera política e no contexto da sociedade; b) Formação política-cidadã de grupos populares, nela incluindo capacitação de conselheiros/as e lideranças populares; c) Reivindicação da construção de novos direitos fundados em novos conhecimentos e padrões de atuação reconhecidos nacional e internacionalmente. 14
15 Critérios para a inscrição I Executar ações de caráter continuado, permanente e planejado; II Assegurar que os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais sejam ofertados na perspectiva da autonomia e garantia de direitos dos usuários; III Garantir a gratuidade em todos os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais; IV Garantir a existência de processos participativos dos usuários na busca do cumprimento da missão da entidade ou organização, bem como da efetividade na execução de seus serviços, programas, projetos e benefícios socioassistencias. 15
16 Apresentando um Plano de Ação, cuja estrutura contenha: a) Finalidades estatutárias; b) Objetivos; c) Origem dos recursos; d) Infraestrutura; e) Identificação de cada serviço, projeto, programa ou benefício socioassistencial, informando o público alvo, capacidade de atendimento, recurso financeiro, recurso humano, abrangência territorial e a demonstração da forma de participação dos usuários e/ou estratégias. 16
17 Quais procedimentos devem ser adotados pelos CMAS e CAS/DF I Receberaanalisarospedidos; II Providenciar visita à entidade; III Pautar, discutir e deliberar; IV Encaminhar a documentação ao órgão gestor para inclusão no Cadastro Nacional de Entidades e Organizações de Assistência Social; V Obedecer a ordem cronológica dos pedidos; VI Estabelecer plano de acompanhamento e fiscalização das entidades; VII Publicizar por meio de resolução do Conselho de Assistência Social; VIII Realizar audiência pública anual com as entidades com objetivo de apresentação/ troca de experiências e atuação em rede/ fortalecimento do SUAS. 17
18 Validade da Inscrição / Acompanhamento A validade é por prazo indeterminado; Cancelamento a qualquer tempo quando descumprido requisitos; Até30deabrildecadaanoaentidadedeveráapresentaraoCMAS ou CAS/DF: Plano de Ação e Relatório de Atividades; A Resolução CNAS n.º 16/2009 estabelece no artigo 20 das Disposições Transitórias o prazo de 12 meses para as entidades requeiram inscrição de conformidade com procedimentos e critérios contidosnacitadaresolução(até18demaiode2011). 18
19 Lei n /2009 CERTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES BENEFICENTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 19
20 Principais aspectos (Inovações) Competência reorganizada conforme a área de atuação (assistência social,educaçãoesaúde):mds,mecems; As entidades são reconhecidas como rede complementar e parceiras na prestação de serviços; Dispõe sobre transparência do processo de certificação (publicização na internet das informações quanto à tramitação do processo, controle da ordem cronológica dos pedidos e cadastros); Entidades usufruem de imediato da isenção das contribuições para a seguridade (art. 22 e 23 da Lei n.º 8.212) a partir da certificação, não necessitando solicitar às Delegacias Regionais da Receita Federal do Brasil. 20
21 CERTIFICAÇÃO é o reconhecimento pelo órgão gestor federal do caráter beneficente de assistência social na forma da Lei n.º /2009 e do Regulamento; tem por objetivo possibilitar o acesso a isenção/ imunidade das contribuições sociais previstas no art. 195 da CF/98. 21
22 Decreto n /2010 (Organização do Decreto / Capítulos) 22
23 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Competências para a Certificação(MDS, MEC e MS); PrazodevalidadedoCEBASde3anos; Como se dará a Certificação de Entidades com atuação em mais deumaárea: - certificação pelo Ministério onde a entidade desenvolva a atividade preponderante; - comprovação dos requisitos exigidos em cada área; - as entidades que prestam serviços com objetivo de habilitação e reabilitação, desde que não sejam exclusivas de educação ou de saúde, poderão requerer a certificação no MDS. 23
24 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Trata dos Recursos, da Reconsideração e da Manifestação da Sociedade Civil na fase do recurso; Determina o acompanhamento e supervisão pelos Ministérios quanto a manutenção das condições que ensejaram a certificação; Prevê o cancelamento da Certificação, no caso de descumprir os requisitos. 24
25 DA TRANSPARÊNCIA Tramitação dos processos disponível na internet; Cadastro das Entidades nas três áreas e disponível na internet; Comunicação entre Ministérios e a SRFB e os Conselhos Setoriais(deferimentos e indeferimentos). 25
26 DA SUPERVISÃO, FISCALIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO Ministérios certificadores; Secretaria da Receita Federal; Conselhos de acompanhamento e controle social (Conselhos de Políticas Setoriais); Gestores municipais, estaduais e DF do SUAS e SUAS; e da educação; TCU. 26
27 DA CERTIFICAÇÃO POR ÁREA DE ATUAÇÃO Estabelece critérios e requisitos para a Certificação nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social, respectivamente nos Capítulos II,IIIeIVdoDecreton.º7.237/
28 ASSISTÊNCIA SOCIAL CERTIFICAÇÃO (Capítulo IV) Reafirma o conceito de entidade de Assistência Social (Decreto nº 6.308/2007); Reafirma a oferta dos serviços de forma gratuita, continuada e planejada, sem qualquer discriminação; Prevê que, além dos demais requisitos as entidades que desenvolvam executam serviços com o objetivo de habilitação e reabilitação ou que ofertam serviços de acolhimento para idosos (Estatuto do Idoso), deverão ofertar 60% de sua capacidade ao SUAS (aferida a partir do número de profissionais, instalações físicas, atendimentos e serviços prestados dentre outros) ao SUAS; 28
29 ASSISTÊNCIA SOCIAL CERTIFICAÇÃO (Capítulo IV) A entidade a ser Certificada pelo MDS deverá: - prever em seus atos constitutivos a sua natureza, objetivos e público alvo compatível com a LOAS e o Decreto n.º 6.308/2007; - estar inscrita no CMAS ou CAS/DF; - integrar o Cadastro Nacional de Entidades ou Organizações de Assistência Social. Entidades com atuação preponderante na área da educação ou saúde e também serviços socioassistencias deverão ofertá-los de forma gratuita, continuada e planejada e inscrever estas ações no CMAS ou CAS/DF; 29
30 ASSISTÊNCIA SOCIAL CERTIFICAÇÃO (Capítulo IV) Requisitos para o Vínculo SUAS: - atender o Decreto n.º 6.308/2007 (entidades de Assistência Social); - demonstrar potencial para integrar a rede socioassistencial (ofertar no mínimo de 60% de sua capacidade ao SUAS); - disponibilizar os serviços no território de abrangência dos CRAS e CREAS; - o MDS também poderá definir outros requisitos. 30
31 Relação Público Privado na Assistência Social A Constituição Federal de 1988 consigna a proteção social como dever do Estado e direito do cidadão. A Lei n.º 8.742/93 (LOAS) no artigo 6º diz: as ações na área de assistência social são organizadas em sistema descentralizado e participativo, constituído pelas entidades e organizações de assistência social abrangidas por esta lei, que articule meios, esforços e recursos, e por um conjunto de instâncias deliberativas compostas pelos diversos setores envolvidos na área. 31
32 SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL -SUAS A PNAS e NOB/SUAS definem o sistema descentralizado e participativo da assistência social de que trata a LOAS que passa a denominar-se Sistema Único da Assistência Social SUAS e sua organização pressupõe: - na descentralização, reconfigura as relações entre os entes federados; - na participação, reafirma e direciona o fortalecimento das instâncias de deliberação da política; - integra e articula os serviços eminentemente estatais e aqueles complementares prestados pelas entidades. 32
33 SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL -SUAS No SUAS é condição fundamental a reciprocidade das ações da rede de proteção social básica e especial, com: - centralidade na família; -referência e retaguarda entre as modalidades e as complexidades de atendimento; -definiçãodeportasdeentradaparaosistema. Neste contexto as entidades prestadoras de assistência social, de caráter privado, não são vistas apenas como repassadoras de serviços, mas como parceiras estratégicas e co-responsáveis na luta pela garantia de direitos sociais (PNAS, 2004) 33
34 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DA REDE SOCIOASSISTENCIAL é um conjunto integrado de ações de iniciativas estatais e da sociedade, que ofertam e operam serviços, benefícios, programas e projetos, o que supõe a articulação entre todas estas unidades de provisão de proteção social, sob a hierarquia de básica e especial e ainda por níveis de complexidade. seu caráter público é reafirmado pela integração e articulação entre os serviços eminentemente estatais e aqueles complementares prestados pelas entidades e organizações de assistência social. 34
35 CADASTRO NACIONAL DE ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES DE ASSSISTÊNCIA SOCIAL além de ser um banco de dados nacional, se constitui também num instrumento de gestão que subsidiará a realização do diagnóstico das necessidades sociais e o planejamento com vistas às respostas das tais necessidades -Possibilita conhecer as potencialidades das entidades em regular funcionamento no Brasil - 35
36 VÍNCULO SUAS é o reconhecimento dogestor de que a entidade compõe a rede socioassistencial no âmbito dosuas, na perspectiva da prestação complementar de serviços socioassistenciais; é o elemento ratificador da existência da entidade como componente da rede socioassistencial para fins degestão. 36
37 CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO VÍNCULO SUAS Prestação de serviços socioassistenciais gratuitos, continuados e planejados, sem qualquer discriminação ou exigência de contraprestação do usuário; Qualificação e a quantificação das atividades de atendimento, assessoramento e defesa e garantia de direitos realizadas; Disponibilização de serviços relevantes nos territórios de abrangência dos CRAS e CREAS; O potencial para ofertar ao SUAS um percentual mínimo de sua capacidade de atendimento instalada. 37
38 DESAFIOSNO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL -SUAS Criação e implementação de mecanismos de gestão que articulem e integrem a rede. Uma regulação que esclareça a natureza e as finalidades das entidades e organizações, de modo a consolidar o caráter setorial e intersetorial das ações na área da assistência social. Necessidade de pensar parâmetros para caracterização de entidades de assessoramento e defesa de direitos, bem como, de regulamentar serviços complementares ao SUAS. 38
39 DESAFIOSNO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL SUAS (cont.) Regulamentação do vínculo SUAS. Implantação do Cadastro Nacional de Entidades e Organizações de Assistência Social tendo em vista: estabelecer com maior precisão o universo total das entidades e organizações de assistência social e mistas operar ações que convergem para a universalidade dos acessos, qualidade dos serviços e legitimação de direitos socioassistenciais mecanismo indutor do processo de reordenamento. 39
40 DESAFIOSNO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL SUAS (cont.) Finalização das análises dos processos concessão e renovação CEBAS com prioridade dos processos de renovação protocolados anteriormente à Lei /2010, bem como, exame dos processos de concessão anteriores à Lei /2010 (envio de ofícios para apresentação de documentos complementares); Informatização dos processos de concessão e renovação CEBAS SISCEBAS. 40
41 Obrigada, Departamento da Rede Socioassistencial Privada do SUAS DRSP Comentários, informações e dúvidas: cebas@mds.gov.br redeprivadasuas@mds.gov.br 41
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