PLANO ESTADUAL DE CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
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- Catarina Gameiro Brezinski
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1 PLANO ESTADUAL DE CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA Comitê Intersetorial Direito à Convivência Familiar e Comunitária Porto Alegre, 9 de outubro de 2012
2 DIRETRIZES Fundamentação Plano Nacional Efetivação do direito à convivência familiar e comunitária da criança e do adolescente
3 Cumprimento da Política Nacional dos Direitos Humanos, expressa no Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3) Interpretação sistemática do Plano Estadual de Convivência Familiar e Comunitária com todas as normativas da: Política Nacional PNDH-3 Plano Decenal de Direitos de Crianças e Adolescentes Planos Estaduais de Direito e Proteção da Infância e Juventude
4 Primazia da responsabilidade do Estado na proteção, promoção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária Fundamento: Princípio da prioridade absoluta fortalecimento dos vínculos familiares e sociocomunitários Políticas públicas de apoio à família ação preventiva Apoio à família e seus membros potencializar família e acionar a rede de proteção
5 Centralidade da família nas políticas públicas A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado (Art. 226 CF) Conceito de família abrangente, novos arranjos Convivência familiar e comunitária relacionada à inclusão social das famílias Favorece superação das vulnerabilidades e riscos, garantindo a efetividade dos direitos da criança e do adolescente
6 Reconhecimento das competências da família na sua organização interna e na superação de suas dificuldades Potencializar as competências da família a fim de superar situações de vulnerabilidade, reestruturar vínculos afetivos fragilizados Empoderamento e protagonismo das famílias Capacidade de criar soluções aos problemas, apoio políticas sociais Programa de guarda subsidiada
7 Respeito à diversidade étnico-cultural, à identidade e orientação sexuais, à equidade de gênero e às particularidades das condições físicas, sensoriais e mentais Combate aos estigmas sociais Promoção dos direitos humanos Incentivo aos laços de solidariedade social Respeito à diversidade e Princípio da nãodiscriminação
8 Fortalecimento da autonomia da criança, do adolescente e do jovem adulto na elaboração do seu projeto de vida e formulação de programas que valorizem o seu protagonismo Reconhecimento de habilidades, competências, interesses e necessidades Direito a voz, participação nas políticas públicas
9 Garantia dos princípios de excepcionalidade e provisoriedade dos Serviços de Acolhimento Institucional e de Acolhimento em Família Acolhedora Regra geral: permanência e manutenção na família de origem Exepcionalidade: acolhimento institucional Decisão pela separação, recomendação técnica após esgotamento de todas possibilidades de manutenção na família de origem ou extensa Pobreza por si só não constitui motivo para acolhimento institucional (Art. 23 ECA)
10 Guarda subsidiada (art. 34 ECA) Grupo familiar que recebe remuneração para ficar com guarda provisória da criança/adolescente. Necessita de formalização da guarda. Permanece pelo período que a assistência social avaliar como necessário. Recurso também é temporário. Objetivo: permanecer na família, manter vínculos de afetividade e afinidade.
11 Reordenamento do Serviço de Acolhimento Institucional de acordo com o ECA e a Lei , de 2009 Reorientar as redes pública e privada para se alinharem à mudança de paradigma. Passado: cça e adolescente isolados no contexto, abrigagem, rompimento vínculos afetivos e familiares Hoje: investimento na família, acolhimento medida excepcional, fortalecimento de vínculos afetivos e familiares, municipalização Parâmetro mínimo: Orientações técnicas Conanda e CNAS
12 Adoção centrada no interesse da criança e do adolescente de acordo com o ECA e a Lei /09 Medida excepcional Direito a crescer e se desenvolver em família substituta Interesse da criança e do adolescente, grupo de irmãos. Adulto não tem direito à adoção. Criança tem direito a ter uma família. Encontro de vontades. Adoção internacional, última alternativa. Necessidade de transparência do processo de adoção.
13 Controle social das políticas públicas Instituições e sociedade civil organizada Espaços democráticos: discussão, fiscalização e solução de problemas que afligem a população infanto-juvenil
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15 OBJETIVOS GERAIS 1) Ampliar, articular e integrar, no Estado do Rio Grande do Sul, as diversas políticas, serviços, programas, projetos e ações de apoio sociofamiliar para a promoção, proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária; 2) Difundir uma cultura de promoção, proteção e defesa do direito à convivência familiar e comunitária, extensiva a todas as crianças e adolescentes; 3) Proporcionar, por meio de apoio psicossocial adequado, a manutenção da criança ou adolescente em seu ambiente familiar e comunitário, considerando os recursos e potencialidades da família natural, da família extensa e da rede social de apoio;
16 continuação 4) Fomentar a implementação de Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora como alternativa de acolhimento a crianças e adolescentes que necessitam ser temporariamente afastados da família de origem, atendendo aos princípios de excepcionalidade e provisoriedade estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como assegurando parâmetros de qualidade no atendimento e acompanhamento às famílias acolhedoras, às famílias de origem, às crianças e aos adolescentes; 5) Definir forma de incentivo a guarda subsidiária. Fomentar a implantação de programas destinados prioritariamente a crianças e adolescentes para manutenção dos vínculos de afinidade e afetividade.
17 continuação 6) Assegurar que o Acolhimento Institucional seja utilizado como medida de caráter excepcional e provisório, proporcionando atendimento individualizado, de qualidade e em pequenos grupos, bem como proceder ao reordenamento institucional das entidades para que sejam adequadas aos princípios, diretrizes e procedimentos estabelecidos no ECA, na Lei , de 2009, e nas Orientações técnicas para os serviços de acolhimento para crianças e Adolescentes, estabelecidas pelo CONANDA e CNAS em 2008; 7) Fomentar a implementação de ações para promoção da autonomia do adolescente e/ou jovem que está em processo de desligamento dos serviços de acolhimento, desenvolvendo parâmetros para a organização, monitoramento e avaliação dessas ações;
18 continuação 8) Em relação à adoção: a) estimular, no Rio grande do Sul, as adoções de crianças e adolescentes que têm sido preteridos pelos adotantes; b) investir para que todos os processos de adoção ocorram em consonância com os procedimentos legais previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei , de 2009, e c) garantir que a adoção internacional ocorra somente quando esgotadas todas as tentativas de adoção em território nacional, sendo, nestes casos, priorizados os países que ratificaram a Convenção de Haia; Criação da estrutura necessária CEJA e CEJAI. 1) Aprimorar os mecanismos que possibilitem a preparação e o acompanhamento das crianças e adolescentes e respectivos adotantes, visando contribuir no processo de integração e criação de vínculos dos envolvidos. 9) Assegurar estratégias e ações que favoreçam os mecanismos de controle social e a mobilização da opinião pública na perspectiva da implementação do Plano Nacional e do Plano Estadual de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária;
19 continuação 10) Aprimorar e integrar mecanismos para o cofinanciamento pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios das ações previstas no Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, tendo como referência a absoluta prioridade definida no artigo 227 da Constituição Federal de 1988 e no artigo 4 do Estatuto da Criança e do Adolescente. 11) Estimular a municipalização do atendimento em todas as suas formas de execução
20 IMPLEMENTAÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 1) Cumprimento integral deste Plano, no âmbito estadual e municipal; 2) Elaboração de Planos Municipais em consonância com o Plano Nacional e Plano Estadual e constituição de Comissões Intersetoriais de acompanhamento do Plano nas esferas estaduais e municipais; 3) Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente nas esferas estadual e municipal, assumindo o presente Plano como prioridade a partir de 2011, viabilizando recursos nos orçamentos, de um modo geral, e, em particular, no Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, para a sua implementação;
21 continuação 4) Participação e integração entre os Conselhos de Direitos da Criança e Setoriais em todas as esferas de governo; 5) Corresponsabilidade entre os entes federativos no financiamento para implementação dos objetivos e ações propostos no presente Plano. Em relação ao item 5, acima listado, é importante enfatizar que o Plano Nacional já especificou responsabilidades que devem ser compartilhadas pelas três esferas de governo.
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