Alongamento. O que se precisa para um alongamento? Técnicas Oscilatórias graduadas

Documentos relacionados
Alongamento. O que se precisa para um alongamento? Técnicas Oscilatórias graduadas

ALONGAMENTO MUSCULAR

CADEIAS MUSCULARES E AVALIAÇÃO POSTURAL

Cinesiologia aplicada a EF e Esporte. Prof. Dr. Matheus Gomes

Alongamento muscular. Prof. Henry Dan Kiyomoto

BE066 Fisiologia do Exercício. Prof. Sergio Gregorio da Silva. É a habilidade de uma articulação se mover através de sua amplitude articular

Ricardo Yabumoto Curitiba, 26 de Marco de 2007

AVALIAÇÃO POSTURAL O QUE É UMA AVALIAÇÃO POSTURAL? 16/09/2014

O que é o. que serve?

ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DO MÉTODO PILATES LUCIANA DAVID PASSOS

Apostila de Cinesiologia

CINESIOLOGIA. Músculos vs Movimentos. Prof. Msd. Ricardo L. Pace Jr.

Cinesiologia. Cinesio = movimento Logia = estudo. Cinesiologia = estudo do movimento

FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA JOSÉ EDUARDO POMPEU

Apostila de Cinesiologia. Cintura Escapular e Ombro

MÉTODOS DE TREINO FLEXIBILIDADE

Avaliação Fisioterapêutica do Ombro

Treinamento Contrarresistência Conceitos Básicos

MÚSCULOS ESTRIADOS ESQUELÉTICOS COMPONENTES ANATÔMICOS VENTRE MUSCULAR FÁSCIA MUSCULAR TENDÕES E APONEUROSES BAINHAS TENDÍNEAS / SINÓVIAIS

TIPOS DE RESISTÊNCIA TIPOS DE RESISTÊNCIA TIPOS DE RESISTÊNCIA TIPOS DE RESISTÊNCIA TIPOS DE RESISTÊNCIA 4- CADEIAS CINÉTICAS 19/8/2011 PESOS LIVRES:

FACULDADE ANHANGUERA DE SÃO JOSÉ CURSO DE FISIOTERAPIA

Graus de Liberdade. Complexo Articular do Ombro 08/08/ graus de liberdade: Plano sagital: Flexão (180 ) Extensão (45-50 )

n Desempenho muscular comprometido n Trauma dos tecidos resultando em inflamação ou dor

Educação Física 1ºs anos CAPACIDADES FÍSICAS

COMPLEXO SUPERIOR CINTURA ESCAPULAR

Formação treinadores AFA

Marcha Normal. José Eduardo Pompeu

Modalidades fisioterapêuticas. Profa. Dra. Daniela Cristina Carvalho de Abreu Alunas PAE: Jaqueline Mello Porto Paola Errera Magnani

Mecânica Articular 15/8/2011. Agradecimentos. Objetivos. Dinâmica da disciplina. Anatomia Complexo do ombro. Observação MEMBROS SUPERIORES 06/08/2011

Prática Sacroiliaca. Roteiro para aula prática de

Ebook-1 de DICAS As melhores dicas do dia a dia. Neste ebook você terá informações sobre uma técnica usada para alívio da dor muscular.

QUE PODEM MELHORAR A DOR NA COLUNA LOMBAR COM ÉRIKA BATISTA

ACAMPAMENTO REGIONAL EXERCÍCIOS PARA AQUECIMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES (ALONGAMENTO DINÂMICO ESTABILIZAÇÃO ATIVAÇÃO MUSCULAR)

FLEXIBILIDADE É A AMPLITUDE DE MOVIMENTO DISPONÍVEL AO REDOR DE UMA ARTICULAÇÃO OU DE UMA SÉRIE DE ARTICULAÇÕES. A FLEXIBILIDADE É IMPORTANTE NÃO

SISTEMA MUSCULAR TIPOS DE MÚSCULOS (~ 40 % DA MASSA CORPORAL) CARACTERÍSTICAS BIOMECÂNICAS

Amplitude de Movimento. Amplitude de Movimento. Tipos de ADM 27/2/2012

Estudos Avançados da Ginástica Artística

AVALIAÇÃO FÍSICA DA CRIANÇA E ADOLESCENTE Aulas 12 e 13 AVALIAÇÃO POSTURAL. Prof.ª Ma. Ana Beatriz M. de C. Monteiro

OMBRO. Úmero Cabeça Colo Tubérculo maior Tubérculo menor Sulco intertubercular

QUALIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A APTIDÃO FÍSICA. BASES DO TREINAMENTO CORPORAL I

QUADRIL / PELVE. Prof. Gabriel Paulo Skroch

Biomecânica do Sistema Muscular MÚSCULO 08/08/2016. MFT 0833 Biomecânica do Movimento Humano

MOBILIZAÇÕES DAS ARTICULAÇÕES PERIFÉRICAS

Prof. Kemil Rocha Sousa

Bola Suíça. Ao verem as bolas sendo usadas na Suíça, terapeutas norte americanos deram a ela o nome de bola Suíça.

Quadril. Quadril Cinesiologia. Renato Almeida

Componentes 08/08/2016. Úmero Rádio. Ulna

MOTOR EVALUATION SCALE FOR UPPER EXTREMITY IN STROKE PATIENTS (MESUPES-braço and MESUPES-mão)

28/03/2018 MIOLOGIA. Prof. Maurício Mandalozzo Ruppel. GENERALIDADES Propriedades. Contratilidade Elasticidade

Coluna lombar. Características gerais: 5 vértebras 1 curvatura lordose fisiológica

17/11/2009. ROM: Range Of Movement (amplitude de movimento)

AVALIAÇÃO DO OMBRO. 1. Anatomia Aplicada:

AULAS 14 e 15. Prof. ª Ma. Ana Beatriz M. de C. Monteiro

Série criada para: Ciatalgia - piora flexão. Extensão do corpo de barriga para baixo - ADM Ativa / Mobilização

importantíssimo para o funcionamento do corpo humano Origem MESODÉRMICA Presença de miofibrilas contidas no citoplasma

ESCALA DE FULG MEYER. NOME: Sexo: Prontuário: Data da Lesão: I MOTRICIDADE PASSIVA E DOR. PACIENTE DEITADO Amplitude Dor Pontuação

ASPECTOS BIOMECÂNICOS APLICADOS AO TREINAMENTO DE FORÇA. Professor Marcio Gomes

BIOMECÂNICA DA AÇÃO MUSCULAR EXCÊNTRICA NO ESPORTE. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Me Alexandre Rocha

Efeito das variações de técnicas no agachamento e no leg press na biomecânica do joelho Escamilla et al. (2000)

CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA INSTRUTOR E PROFESSOR DE TAEKWONDO GRÃO MESTRE ANTONIO JUSSERI DIRETOR TÉCNICO DA FEBRAT

Exercícios para a coluna PROF. ALEXANDRE TANAKA

Dor Lombar. Controle Motor Coluna Lombar. O que é estabilidade segmentar? Sistema Global: Sistema Local:

SISTEMA MUSCULAR. Profa. Roberta Paresque CEUNES/UFES - ANATOMIA HUMANA

3. DIFERENÇAS METODOLÓGICAS

Yôga. #LiveOutside #YA

24/07/16 MUSCULO CARDÍACO (MIOCÁRDIO) MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO MÚSCULO LISO. Sistema Muscular PROF. VINICIUS COCA

ALTERAÇÕES DAS CURVAS DA COLUNA VERTEBRAL

DEFINIÇÃO. Forma de locomoção no qual o corpo ereto e em movimento é apoiado primeiro por uma das pernas e depois pela outra.

Fasciite PLANTAR UNIFESP - SÃO PAULO. LEDA MAGALHÃES OLIVEIRA REUMATOLOGIA - fisioterapeuta.

MOVIMENTOS DA CINTURA ESCAPULAR. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Princípios da Mecânica & Análise de Movimento. Tarefa Casa DESCRIÇÃO MOVIMENTO. s, t, v, a, F. Â, t,,, T

ENFERMAGEM ANATOMIA. SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

LIBERAÇÃO MIOFASCIAL. Ebook Gratuito

29/07/2015. NeuroKinetic Therapy NKT. Mudando a maneira como você pensa sobre padrões de movimentos disfuncionais.

Aula 5 Análise da Flexibilidade

1Manipulação. manual de cargas. Uma carga com um peso superior a 3 kg pode constituir um risco para as costas. Quanto peso posso levantar?

2. Existe uma categoria aberta na Women s Physique Master (idade acima de 35 anos) em competições mundiais.

MANOBRAS DE EXAME MUSCULOESQUELÉTICO CABEÇA, PESCOÇO E CINTURA ESCAPULAR

FUNDAÇÃO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DE BARUERI. Sistema Muscular

EME EXERCÍCIOS MULTIFUNCIONAIS EDUCATIVOS

ANÁLISE FUNCIONAL DO PILATES. Turma 13 Módulo III 17/06/2016

~ 5 ~ A EFETIVIDADE DAS TÉCNICAS DE ISOSTRETCHING E ALOGAMENTO ESTÁTICO NA LOMBALGIA

UM PROGRAMA DE GINÁSTICA PARA CORONARIOPATAS Coletânea de Exercícios Sugeridos*

Exame Físico Ortopédico

Coluna Vertebral. Coluna Vertebral Cinesiologia. Renato Almeida

Apostila de Cinesiologia. Cotovelo

Série criada para: Ciatalgia - piora extensão

Biomecânica aplicada ao esporte. Biomecânica aplicada ao esporte SÍNDROME PATELOFEMORAL

Introdução as doenças Ortopédicas

Principais funções dos músculos: Tipos de tecido muscular:

AVALIAÇÃO POSTURAL E FUNCIONAL NO PILATES. Denise Moura

Por que devemos avaliar a força muscular?

Roteiro de Aula Prática Femoropatelar

É importante compreender a biomecânica do joelho (fêmoro tibial e patelo femoral ao prescrever exercícios para o joelho em um programa de

Músculo Origem Inserção Inervação Ação

SISTEMA NEUROMUSCULAR. Prof.ª Ana Laura A. Dias

Transcrição:

Alongamento Este é um material para nossa reflexão e discussão em aula prática onde você vai treinar a aplicabilidade das técnicas. Não um texto definitivo. Leia muito mais sobre e elabora programas de treinamento baseado nele. Sabemos que não há unanimidade quanto a tempo, nº de de repetição e séries, mas vamos pensar um pouco. O que se precisa para um alongamento? Um músculo de fato encurtado. Uma posição proximal fixa e conhecida Conhecimento sobre a AMA e ACM Que não ocorra compensações Técnicas Oscilatórias graduadas Resistência dos tecidos Limite anatômico Mobilidade intra-articular Alongamento 1

O que determina nº. de repetições? O ganho da ACM O que determina o nº. de séries Se o ganho não é facilmente atingido Isso vai ocorrer em pacientes com grande graus de diminuição da ACM Utilizamos o bom senso e nossa experiência para esta definição Benefícios do alongamento Ampliar o relaxamento físico e mental; Reduzir a tensão muscular ; Reduzir a irritabilidade muscular; Promover o desenvolvimento da consciência do próprio corpo; Reduzir o risco de lesão muscular. Falar comonós vemos a utilização das técnicas nas diferentes áreas. 2

Técnicas de Alongamento Alongamento refere-se ao processo de aumentar o comprimento muscular. Os exercícios de alongamento são realizados de várias maneiras, dependendo de seus objetivos, de sua capacidade e de seu nível de treinamento. Alongamento Estático Alongamento Balístico Alongamento Estático: O alongamento estático envolve uma posição que é mantida por um período de tempo e que pode ou não ser repetida. É um alongamento lento e mantido. Tem menor possibilidade de facilitar o reflexo de estiramento e aumentar a tensão no músculo que está sendo alongado. As vantagens: controle máximo, pouco ou nenhum movimento (se houver é mínimo) nenhuma velocidade de movimento, requer pouco gasto de energia, proporciona o tempo adequado para reajustar a sensibilidade do reflexo do alongamento, permite uma mudança semipermanente no comprimento. Sua maior desvantagem é sua falta de especificidade de treinamento. O treinamento estático é caracterizado por um aumento gradual do tempo a partir de 20 seg. até dúzias de segundo. Alongamento Balístico O alongamento balístico é a habilidade de mover a articulação através de sua amplitude de movimento em ambas as velocidades, rápida e lenta, onde envolve movimentos pendulares, saltos, movimentos insistidos e movimentos rítmicos. Há quatro argumentos importantes que sustentam o alongamento balístico, baseado nas seguintes vantagens: desenvolvimento da flexibilidade dinâmica, eficácia, companheirismo interesse. Por outro lado há quatro argumentos contra este alongamento que são: adaptação inadequada do tecido, sofrimento que resulta em lesão, iniciação do reflexo de alongamento adaptação neurológica inadequada. 3

Executando um Programa de Alongamento Balístico Seguro Recomenda se um programa de flexibilidade de velocidade progressiva (PFVP). O PFVP é precedido por um aquecimento. Então durante um período de tempo o individuo passa por uma série de exercícios de alongamento, nos quais a velocidade e a amplitude de alongamento são combinadas e controladas sobre uma base progressiva. Esse programa gradual permite que o músculo e a junção músculotendinosa adaptem-se progressivamente aos exercícios balísticos funcionais. De acordo com Matveyev (1981), estes exercícios devem ser realizados em série, com um aumento gradual no tamanho dos movimentos. O número de repetições em uma série geralmente varia de oito a doze. As repetições devem cessar quando a amplitude dos movimentos diminui devido à fadiga. Alongamento Passivo No alongamento passivo o individuo não contribui para gerar a força de alongamento,quando na ausência de contração ativa. O movimento é realizado por um agente externo, esse agente pode ser um terapeuta, um companheiro ou um equipamento especial. Com a técnica de alongamento passivo, o movimento forçado restaura a amplitude de movimento normal, quando ela é limitada pela perda de extensibilidade do tecido mole. Seu efeito sobre o músculo é estender a porção elástica passivamente. Este alongamento é indicado quando o agonista ou motor principal é muito fraco para mover a articulação ou quando tentativas para inibir o músculo principal não são bem sucedidas. Alongamento Passivo O terapeuta aplica uma força externa e controla: a direção, velocidade, intensidade e duração do alongamento. A força de alongamento é geralmente aplicada por não menos que 6 segundos, mas preferivelmente por 15 a 30 segundos e repetida por várias vezes. - O que caracterizaria uma série. Teóricamente O alongamento passivo pode não ser a técnica de escolha para tratar a tensão ou tentar recuperar a amplitude de movimento muscular especialmente após lesão. Mas isso depende da área de atuação de cada um de nós. 4

Procedimento para Alongamento Passivo Com uma base proximal em posição fixa e conhecida: 1. Mova o segmento lentamente pela amplitude livre até o ponto de restrição; 2. Segure então proximal e distalmente à articulação onde ocorre o movimento. Deve-se fixar firmemente, mas não de modo desconfortável; 3. Estabilize firmemente o segmento proximal e mova o segmento distal; 4. Aplique a força de alongamento de modo leve, lento e mantido até que a articulação assuma um novo ponto de restrição e depois mova um pouco além; 5. Mantenha o paciente na posição alongada pelo menos 15 a 30 segundos ou mais; 6. Libere gradualmente a força de alongamento; 7. Não permita que a ADM retorne a posição de origem 8. Permita que o paciente e terapeuta descasem momentaneamente em posição de alongamento e então repita a manobra. Alongamento Ativo-Passivo O alongamento ativo-passivo é só levemente diferente do alongamento passivo. Inicialmente o alongamento é completado por uma força externa. Depois o individuo tenta segurar a posição, contraindo isometricamente os músculos agonistas por vários segundos. Essa abordagem fortalece o agonista fraco que se opõe ao músculo encurtado. Alongamento Ativo-Assistido O alongamento ativo-assistido é completado pela contração ativa inicial do grupo de músculos agonistas. Quando o limite da flexibilidade de uma pessoa é alcançado, a amplitude de movimento é então completada por uma força externa. A vantagem desse método é que ele pode ativar ou fortalecer o agonista fraco que se opõe ao músculo encurtado e ajuda a estabelecer o padrão para o movimento coordenado. 5

Procedimento Requer que o paciente contraia ativamente o músculo envolvido até a intensidade que ele é capaz; enquanto recebe assistência do terapeuta para realizar o exercício completo; Com o aumento da força muscular reduz-se a ajuda gradualmente; Então paciente progride para o exercício ativo. Alongamento Ativo O alongamento ativo é realizado pelo uso voluntário dos músculos de uma pessoa sem ajuda. Irrgang (1993) divide o exercício ativo em duas classes principais, ativo livre e resistido, cada um com seus próprios componentes. O alongamento ativo livre ocorre quando os músculos produzem movimento sem aplicação de resistência externa adicional O exercício ativo livre compreende exercício de amplitude de movimento e alongamento. Exercícios ativos de amplitude de movimento incluem aqueles movimentos dentro da amplitude ilimitada disponível e são produzidos por contração voluntária dos músculos do individuo. Os exercícios de amplitude de movimento são realizados para manter o nível de movimento atual, ao passo que os exercícios de alongamento são designados para acentuar ou aumentar o movimento. Alongamento Ativo Exercícios ativos para aumentar a flexibilidade também podem der estratégias resistidas. Os exercícios resistidos são definidos por Irrgang (1993) como aqueles em que o individuo utiliza contrações musculares voluntárias para mover-se contra uma resistência aplicada. A resistência pode ser mecânica, como no caso de máquinas isocinéticas, ou manual. Os exemplos de exercícios resistidos para aumentar a amplitude de movimento são FNP e as técnicas de energia muscular (TEM). Os princípios de intensidade e duração desse alongamento são os mesmos usados para o alongamento passivo. 6

Procedimento para Alongamento Ativo Mesmo do exercício passivo; Demonstrar para o paciente como exercício passivo; Dar assistência necessária; Movimentação na ADM existente; Amplitude muscular de alongamento do antagonista; Padrões analíticos, combinados e funcionais. Alongamento Ativo tipo Contração-relaxamento ou Cantrai-relaxa ou Sustentar-relaxar ou Hold-relax O paciente faz a contração isométrica no final da amplitude do movimento antes que seja passivamente alongado. Essa técnica baseia-se no fato de que, após uma contração máxima (pré alongamento) do músculo retraído esse mesmo músculo irá relaxar como resultado da inibição autogênica, e assim será alongado mais facilmente. Clinicamente os terapeutas têm assumido que a contração antes do alongamento leva a um relaxamento reflexo acompanhado por uma diminuição na atividade eletromiográfica no músculo retraído. Procedimento - Alongamento Ativo tipo Contraçãorelaxamento ou Cantrai-relaxa ou Sustentar-relaxar ou Hold-relax Inicie com o músculo encurtado em uma posição confortavelmente alongada; Peça ao paciente para contrair isometricamente o músculo encurtado contra uma resistência substancial por 5 a 10 segundos, até que o músculo comece a cansar-se; Peça para o paciente relaxá-lo voluntariamente; O terapeuta então alonga o músculo movendo passivamente o segmento através da amplitude que foi ganha; Repita todo o procedimento após alguns segundos de repouso; Faça o paciente descansar com o músculo em posição confortavelmente alongada. 7

Alongamento Ativo tipo Contração-relaxamento-contração ou Cantrai-relaxa-cantrai ou Sustentar-relaxar com contração do agonista ou SR-CA Uma variação da técnica anterior (Alongamento Ativo tipo contraçãorelaxamento) é uma contração isométrica de pré-alongamento do músculo encurtado e o relaxamento desse é seguido por uma contração concêntrica do músculo oposto ao músculo encurtado. A medida que o músculo agonista ao músculo encurtado se encurta, o músculo antagonista se alonga. Essa técnica combina inibição autogênica e inibição recíproca para alongar um músculo. Pode-se utilizar dos princípios do Alongamento Ativo- Passivo para manutenção do tempo de alongamento desejado Alongamento Ativo tipo - Inibição Recíproca ou Contração do Agonista Esse termo tem sido usado em vários estudos, mas pode ser mau interpretado. Agonista refere-se ao músculo oposto ao músculo encurtado; e antagonista, desse modo refere-se ao músculo a ser alongado. Durante esse procedimento, o paciente contrai dinamicamente o músculo oposto ao músculo encurtado contra resistência. Isso provoca uma inibição recíproca do músculo a ser alongado, e esse alonga-se mais facilmente à medida que o músculo se move. Esse método é menos efetivo quando um paciente está próximo da amplitude normal. Pode-se utilizar dos princípios do Alongamento Ativo-Assistido para manutenção do tempo de alongamento desejado. Procedimento - Alongamento Ativo tipo Contração-relaxamentocontração ou Cantrai-relaxa-cantrai ou Sustentar-relaxar com contração do agonista ou SR-CA Siga o mesmo procedimento feito para a técnica anterior; Após o paciente relaxar o músculo retraído, faça com que ele realize uma contração concêntrica do músculo oposto ao músculo retraído. O paciente move ativamente seu membro através da amplitude que foi ganha. Se necessário utilizar da técnica Alongamento Ativo- Passivo para completar o tempo desejado Faça o paciente descansar com o músculo em posição confortavelmente alongada. 8

Procedimento - Alongamento Ativo tipo Inibição Recíproca ou Contração do Agonista Alongue passivamente o músculo retraído até a posição confortável; Faça o paciente realizar uma contração concêntrica do agonista, o músculo oposto ao encurtado; Aplique resistência leve ao músculo em contração, mas permita que ocorra movimento articular. Movimento isotônico concêntrico de baixíssima velocidade. O músculo encurtado irá relaxar como resultado da inibição recíproca à medida que ocorrer o movimento articular. Bibliografia: Kisner, Carolyn; Lynn Allen Colby. Exercícios Terapêuticos Fundamentos e Técnicas, São Paulo,3ª edição Alter, Michael J. Ciencia da Flexibilidade, São Paulo, 1999 Alter, Michael J. Alongamento para os Esportes, São Paulo, 1999 Aula prática Ler o texto e identificar os exames e/ou testes que identificam cada uma das alterações apresentadas, realizá-los e definir os padrões de normalidade para cada um. 9

Alongamento (testes de comprimento muscular e técnicas) Avaliação do indivíduo em posição ortostática e em decúbito dorsal, nos dará um bom indicativo de possíveis encurtamento e/ou de assimetrias musculares com relação a tensão de agonistas e antagonistas. Alongamento (testes de comprimento muscular e técnicas) Para qualquer processo de avaliação ou tratamento que vise elasticidade ou alongamento será preciso: Definição de uma posição fixa e conhecida Definição da trajetória de movimento oposta à ação muscular Definição do padrão (ACM) esperado para a atividade esportiva realizada pelo atleta. No atleta No atleta há um aumento na força, no volume e/ou no tônus, porém isso não pode refletir em desalinhamento e desequilíbrio entre agonistas e antagonistas. Ao longo do tempo tais alterações poderão promover encurtamento. 10

Teste de Odonogbue Realizar contração isométrica resistida e contração isotônica resistida, se houver dor há lesão muscular ou tendinea. Em seguida realizar mobilização passiva se houver dor há lesão ligamentar e/ou articular. Score de hipermobilidade geral: Pontuação para verificação de frouxidão articular generalizada: BAUMHAUER et al. (1995), Modificado do Método BEIGTHTON et al. (1973), Adaptado por FORNASARI (1999). Teste Pontuação Pontuação de cada teste Extensão passiva da articulação 1 ponto para cada dedo metatarsofalangiana do halux maior que 90 Abdução exagerada do polegar com o punho fletido Hiperextensão do cotovelo maior que 10 Hiperextensão do joelho maior que 10 Flexão anterior do tronco, com 1 ponto joelho mantido em extensão e as palmas das mãos colocadas no solo Critérios de Interpretação Total 1 ponto para cada dedo 1 ponto para cada para cada cotovelo 1 ponto para cada para cada joelho Some o total de pontos 4 pontos ou mais: indica frouxidão articular generalizada Análise de mobilidade Capacidade de alongamento x capacidade elástica Ritmo lombo-pélvico movimentos coordenador da coluna lombar e pelve que ocorrem durante a flexão máxima do tronco com pessoa em cuidado em pé. 11

Análise de mobilidade Capacidade de alongamento x capacidade elástica A medida que o tronco anterioriza a pelve posterioriza (retropulsão) para garantir o alinhamento do centro de gravidade equilibrado sobre a base de suporte. Análise de mobilidade Capacidade de alongamento x capacidade elástica O tronco continua a inclinar-se para frente, sendo controlado pelos músculos extensores da coluna vertebral em contração excêntrica, até aproximadamente 45 graus. Os ligamentos ficam então tencionados e as facetas são aproximadas, orientadas no plano frontal, provendo estabilidade para as vértebras, e os músculos se relaxam. Análise de mobilidade Capacidade de alongamento x capacidade elástica Quando todos os segmentos vertebrais chegam ao final da amplitude e são estabilizados pelos ligamentos posteriores e facetas, a pelve começa a rodar para frente (antiversão), sendo controlada pelos músculos glúteo máximo e isquiotibiais em contração excêntrica. A antiversão continua até que seja alcançado o comprimento máximo destes músculos. 12

Análise de mobilidade Capacidade de alongamento x capacidade elástica A amplitude de movimento final será ditada pela capacidade de alongamento (flexibilidade) dos vários músculos extensores do tronco e da pelve e pela elasticidade (capacidade elástica) das fáscias e ligamentos. Análise de mobilidade Capacidade de alongamento x capacidade elástica O retorno a posição ereta começa com os músculos extensores do quadril em contração concêntrica que promovem a retroversão pélvica, seguido da ação concêntrica do extensores do tronco para promover a extensão da coluna vertebral. As variações na sincronização normal dessa atividade é devido a maus hábitos, comprimento muscular e elasticidade restritos, traumas (espasmos protetor), propriocepção deficitária, etc. Análise de mobilidade Capacidade de alongamento x capacidade elástica Como as camadas posterior e média da fáscia toracolombar envolvem os músculos eretores da coluna lombar, quando esse músculos se contraem eles se expandem contra o envelope fascial, aumentando assim a tensão na fáscia. Isso cria um mecanismo hidráulico de amplificação. Esse aumento na tensão na fáscia reforça os músculos extensores do tronco para contrabalançar o momento de flexão e extensão contra a gravidade. 13

Alguns exemplos Os grupos terão dez minutos para verificar os testes de comprimento apresentados para esolhermos uma ordem de apresentação que será realizada o que o nosso tempo permitir. Músculos escapulares Músculo grande dorsal 14

Redondo maior teste realizado junto com grande dorsal, verificar posicionamento do úmero, se rodar medialmente ha possibilidade de encurtamento. Teste também realizado em abdução escapulo-umeral com escapula fixada Avaliar translação horizontal medial da escápula com úmero fixo em posição neutra de rotação. Redondo maior Redondo menor encurtamento avaliar ADM da rotação medial, visto que ele é rotador lateral. 15

Diagnóstico diferencial Redondo maior e menor Realizar abdução da escápulo-umeral com rotação medial e com rotação lateral e verificar o ritmo escápulo-umeral. Se há movimentação antes dos 90 graus (previstos como fisiológico)...: Com rotação medial indica encurtamento do redondo menor Com rotação lateral - indica encurtamento do redondo maior Subescapular encurtamento avaliar ADM da rotação lateral, visto que ele é rotador medial Abdominais comprimento Reto abdominal - Extensão do tronco com antiversão pélvica Exigência para alongamento posicionamento pélvico Posicionamento lombar Posicionamento gradil costal Teste: Extensão auto-passiva do tronco 16

Abdominais comprimento Oblíquos Rotação Obl externo do lado da rotação e Obl interno do lado oposto Exigência para alongamento posicionamento pélvico Posicionamento do gradil costal Inclinadores do tronco Eu tenho sérias restrição a este teste... O tronco tende a não se manter alinhado Prefiro fazê-lo com paciente sentado Creio que a maioria dos profissionais não sabem fazer Amplitude de movimento: que pode indicar mobilidade e encurtamento Teste de Shobber: Mobilidade tóraco-lombar 17

Banco de wells Ângulo tíbio-társico Ângulo fisiológico 90º Ângulo tíbio-társico Responsável pelo equilíbrio pelvico durante a flexão do tronco com paciente em pé (deslocamento de 10º em flexãoplantar) 18

Ângulo tíbio-társico Responsável pelo equilíbrio pelvico durante a flexão do tronco com paciente em pé (deslocamento de 10º em flexãoplantar) Ângulo tíbio-társico Responsável pelo equilíbrio pelvico durante a flexão do tronco com paciente em pé (deslocamento de 10º em flexãoplantar) Quais as relações entre: teste Schober X mobilidade Toraco-lombar X Banco de Wells e ângulo tíbio-társico? Tem-se a relação mobilidade lombar / mobilidade Torácica / mobilidade em flexão pélvica/projeção posterior da pelve. 19

Serratil anterior encurtamento avaliar THM = 3-4 cm Rombóides/Trapézio médio encurtamento avaliar THL=15 cm Coracobraquial característica de encurtamento: depressão, anteriorização do ombro quando braço em pêndulo. Quando o braço não esta em pêndulo libera o úmero. 20

Medida do posicionamento pélvico 10º Evolução da mobilidade do tronco com a idade legendado Simetria na mobilidade do tronco - trajetória linear 21

Comprimento peitoral maior Comprimento peitoral menor Comprimento grande dorsal, red. maior 22

Comprimento rotadores escápulo umeral Teste comprimento flexores coxo femural Encurtamento de reto femural 23

Teste comprimento iliopsoas e reto femural Hipermobilidade de flexores coxo femural Encurtamento de sartório 24

Encurtamento de reto femural - ajoelhado Cuidados com teste de comprimeto dos flexores coxo femural Teste de comprimento do isquiotibiais 25

Hipermobilidade dos isquitibias Encurtamento dos isquios tibiais Comprimento mornal com aparencia de encurtado - isquio 26

Comprimento maior que o real - isquiotibiais Comprimento com aparencia de mornal porem excessivo - Comprimento extensores do tronco 27

Comprimento normal extensores do tronco com paralisia Comprimento normal extensores do tronco com isquios e Comprimento excessivo extensores torácico com isquios 28

Comprimento excessivo extensores torácico com isquios normal Comprimento excessivo extensores do tronco com isquio Comprimento excessivo extensores do tronco com isquios encurtados 29

Mobilidade do tronco sentado Teste de Ober Teste de Ober modificado Ver também o modificado por Fornasari 30

Teste de Ober modificado esquemático discutir quadrado lombar 31