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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 957.779 - GO (2007/0014985-3) RELATOR : MINISTRO CASTRO FILHO RECORRENTE : UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO ADVOGADO : ANTÔNIO RICARDO REZENDE ROQUETE E OUTRO(S) RECORRIDO : SONAR CLÍNICA DE DIAGNÓSTICO EM MEDICINA LTDA E OUTRO ADVOGADO : JOEL ALENCASTRO VEIGA E OUTRO(S) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO CASTRO FILHO(Relator): Trata-se de recurso especial interposto pela UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, com fundamento em ambas as alíneas do permissivo constitucional, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, assim ementado: "APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. RECURSO. INÉPCIA. NÃO CARACTERIZAÇÃO. COOPERATIVA MÉDICA. ESTATUTO SOCIAL. EXCLUSÃO COOPERADO. ILEGALIDADE. ILICITUDE. OCORRÊNCIA. DANOS MORAIS E LUCROS CESSANTES. I - Sendo merecedoras de apreciação pelo Tribunal ad quem as matérias argüidas em sede recursal, não há que se falar em inépcia do apelo. II - Provado o dano ou prejuízo sofrido pela vítima, a culpa do agente e o nexo causal, surge a obrigação de indenizar, que só será afastada em hipóteses de caso fortuito ou força maior, ou se a responsabilidade pelo evento danoso for exclusiva da parte lesada. É devida a indenização por danos morais quando caracterizada a ofensa, oriunda da indevida exclusão do ofendido do quadro social da empresa ré, mormente tendo em vista o caráter disciplinar da sanção. É imperioso que se observe, em cada caso, as condições da vítima e do ofensor, o grau de dolo ou culpa presente na espécie, para se apurar o valor da indenização pelos prejuízos morais sofridos pela vítima, que deverá ser Documento: 3163959 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 1 de 7

compensada pelo constrangimento e dor que indevidamente lhe foram impostos, evitando-se, entretanto, que o ressarcimento se transforme numa fonte de enriquecimento ilícito. III - Os lucros cessantes decorrentes da perda dos rendimentos que os apelantes deixaram de receber em razão da injusta exclusão do quadro social da empresa apelada, notórios e devidos de acordo com a experiência comum, dispensam, por isso mesmo, sua comprovação por outros meios, podendo, perfeitamente, ser apurados em liquidação de sentença, quando se tomarão por base para o seu arbitramento os dados e elementos existentes nos autos. IV - Apelo conhecido e parcialmente provido." Opostos embargos de declaração, sob a alegação de nulidade do julgado consubstanciada em julgamento ultra petita e cerceamento do direito de defesa, foram rejeitados. Alega a recorrente, em síntese, violação aos artigos 458 e 460 do Código de Processo Civil, por ter o colegiado estadual incorrido em julgamento ultra petita ao deferir reparação por danos morais, uma vez que a inicial não teria veiculado pretensão a esse título. E ao assim proceder, teria o tribunal de origem incorrido em cerceamento de seu direito de defesa, pois que lhe suprimiu a possibilidade de se manifestar sobre a questão. Por outro lado, entende afrontado o princípio do livre convencimento motivado, insculpido no artigo 131 do aludido diploma legal, em razão de o órgão julgador haver se baseado em prova pericial para conceder indenização por lucros cessantes, ao passo que o referido laudo não teria apurado a existência de qualquer prejuízo aos autores, ou, quando menos, teria consignado a impossibilidade de serem constatados tais prejuízos, em vista dos elementos presentes nos autos, assertiva essa que não foi impugnada no momento oportuno, sem que os autores tivessem requerido outra perícia ou adotado alguma providência Documento: 3163959 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 2 de 7

no sentido de provar o alegado. Por esse aspecto, não teriam se desincumbido do ônus de provar suas alegações (artigo 333 do Cód. de Pr. Civil). Aponta divergência jurisprudencial com o REsp 778.926/GO, no tocante à ocorrência de julgamento ultra petita. conversão em especial. Inadmitido o recurso na origem, dei provimento ao agravo, determinando sua É o relatório. Documento: 3163959 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 3 de 7

RECURSO ESPECIAL Nº 957.779 - GO (2007/0014985-3) RELATOR : MINISTRO CASTRO FILHO RECORRENTE : UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO ADVOGADO : ANTÔNIO RICARDO REZENDE ROQUETE E OUTRO(S) RECORRIDO : SONAR CLÍNICA DE DIAGNÓSTICO EM MEDICINA LTDA E OUTRO ADVOGADO : JOEL ALENCASTRO VEIGA E OUTRO(S) VOTO O EXMO. SR. MINISTRO CASTRO FILHO(Relator): Na origem, SONAR CLÍNICA DE DIAGNÓSTICO EM MEDICINA LTDA e OSMAR FELIPE DA SILVA, ora recorridos, propuseram ação de indenização por perdas e danos e lucros cessantes c/c obrigação de fazer em relação à UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, tendo o pedido sido julgado parcialmente procedente, apenas para determinar a reintegração da primeira autora ao quadro social da ré, bem como a inclusão do nome do segundo autor nas listagens da Unimed, inclusive com especialidade em ultra-sonografia, rejeitado o pleito indenizatório, por considerar o juiz sentenciante que os danos não restaram demonstrados. Em âmbito de apelação, a Quarta Turma Julgadora do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás reformou a sentença, para julgar procedente o pedido reparatório, fixando o dano moral no patamar de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para cada um dos autores, bem como lucros cessantes a serem apurados em liquidação, mediante a apuração dos rendimentos que os demandantes deixaram de receber, em razão da injusta exclusão do quadro social da empresa apelada, além de custas processuais e honorários advocatícios. Segundo alega a recorrente, a indenização por danos morais deferida aos Documento: 3163959 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 4 de 7

autores não teria amparo legal, porquanto a inicial por eles apresentada veiculou pedido certo e determinado, o qual não abrangeu pretensão a esse título, caracterizando, portanto, julgamento ultra petita. Constam do voto condutor do acórdão, os seguintes fundamentos conducentes à conclusão pela necessidade da reparação: "(...), verificada a ilegalidade do ato de exclusão dos requerentes, ora apelantes, do quadro de cooperados da empresa apelada, pelo descumprimento do dever de observância ao devido processo administrativo, é de reconhecer-se o dano moral quando, pelo inoportuno procedimento, foram sumariamente desligados do quadro da UNIMED, sofrendo os apelantes abalo em sua reputação profissional, devendo-se imputar à empresa o dever de ressarcimento. (...) In casu, observa-se que houve, induvidosamente, prejuízos à primeira apelante, Sonar Clínica de Diagnósticos em Medicina Ltda, quando excluída do quadro social da empresa apelada, sendo que também sofreu prejuízos o médico-cooperado, segundo apelante, Dr. Osmar Felipe da Silva, pela exclusão de seu nome das publicações destinadas aos usuários da Unimed, na especialidade de ultra-sonografia. Por outro lado, entendo que não há como impedir a recorrida - UNIMED de celebrar contratos com terceiros, visando ao melhor atendimento dos usuários. Contudo, a contratação de terceiros não pode implicar em desvio de clientela dos cooperados. Nos autos, conforme se infere da perícia realizada, ficou demonstrado que terceiros não-cooperados faturaram valores elevados, no período em que os apelantes estiveram desligados da cooperativa, sendo que estes tiveram drástica redução de seus rendimentos, em face do credenciamento de não cooperados. Cediço é que a Cooperativa tem por escopo a proteção de seus cooperados e, somente nos casos em que estes, pelo acúmulo de Documento: 3163959 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 5 de 7

serviços, não puderem atender, a contento, os usuários é que se justifica, com a prevalência do 'social sobre o privado' o credenciamento de terceiros. Todavia, na espécie, a quota suportável de atendimentos dos usuários da Unimed, tanto pela primeira apelante Sonar Clínica, quanto pelo segundo apelante, Dr. Osmar, não vinha sendo preenchida, com claro favorecimento de pessoas físicas e jurídicas não cooperadas. (...) Nesta senda, restou demonstrado, ao contrário do que foi exposto na sentença atacada, fatos violadores do direito dos apelantes, que, desde 1993, foram sumariamente desfiliados, sem o devido processo administrativo, consoante determinam os artigos 13 e 14, do Estatuto da UNIMED GOIÂNIA - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO." Nessa linha de raciocínio, ao afastar a existência de julgamento ultra petita, assim se pronunciou a turma julgadora, para justificar o deferimento do pedido de dano moral, quando do julgamento dos embargos de declaração: "Em se tratando, porém, de decisão ultra petita, o vício não macula o julgado, impondo-se, tão-somente, decotar o excesso. Na hipótese, ora em julgamento, sequer excesso existiu, eis que a prestação jurisdicional pautou-se nos fatos narrados na petição inicial, segundo o brocardo 'dá-me os fatos que te dou o direito.'" Ao contrário do que entendeu o aresto objurgado, tenho que o pleito de ressarcimento a título de dano moral não foi veiculado no pedido inicial, ainda que de forma genérica. Essa conclusão se reforça, não só pela leitura atenta da petição inicial, mas, também, pela leitura das razões da apelação, cujo pedido de reforma da sentença foi feito com base, tão-somente, nas informações do laudo pericial que, como não podia ser diferente, nenhuma referência faz a dano moral. Extrai-se do penúltimo e último parágrafos da referida Documento: 3163959 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 6 de 7

peça recursal: "Embora a sentença hostilizada tenha vislumbrado, assim como o fez a primeira decisão, por linhas transversas, a exclusão e ausência de divulgação dos nomes dos apelantes nos veículos informativos da apelada, deixou de condená-la quanto aos danos daí decorrentes. Data maxima venia, o Laudo Pericial de fls. 536/539 apurou na íntegra os prejuízos, apresentando, inclusive, o valor base que pode ser utilizado como parâmetro na liquidação de sentença, portanto, dizer que 'não merecem guarida' os pedidos de indenização por perdas, danos e lucros cessantes, mesmo reconhecendo que houve a 'exclusão do nome da primeira requerente, SONAR, e não inclusão do nome do segundo requerente nas publicações realizadas pela UNIMED', é algo que espanta e causa intranqüilidade aos jurisdicionados." Conforme se depreende, realmente não se postulou por dano moral. Em momento algum, seja na petição inicial, seja na apelação, se menciona essa modalidade de dano, cujo deferimento só poderia ser admitido se houvesse sobre ele alguma referência, ainda que nos fundamentos de fato; mas não há. Daí inferir-se que o colegiado estadual, ao agir de ofício, deliberando sobre verba reparatória não vindicada pelos autores, incorreu em julgamento ultra petita. Ante o exposto, conheço do recurso e lhe dou parcial provimento, para excluir da condenação o dano moral, mantida a decisão atacada no que resta. É o voto. Documento: 3163959 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 7 de 7