Prefeitura Municipal de 1 Ano Nº 898 Prefeitura Municipal de publica: Resposta a Impugnação de Edital Pregão Presencial nº006/2018.(tn Locadora e Serviços Ltda ME). Gestor - Mã?rcia Da Silva Sã? Teles / Secretário - Governo / Editor - Ass. Comunicação - BA
2 - Ano - Nº 898 Editais Praça da Bandeira, s/nº, Centro, -Ba - CEP: 47.900-000 - RESPOSTA A IMPUGNAÇÃO DE EDITAL - REFERÊNCIA:Pregão Presencial nº 006/2018 IMPUGNANTE: TN LOCADORA E SERVIÇOS LTDA ME I - RELATÓRIO A Prefeitura Municipal de Ba está promovendo licitação na modalidade Pregão Presencial, registrado sob o número 030/2018, cujo objeto é a Contratação de empresa especializada em locação de veículos sem motorista para prestação de serviço de transporte alternativo, e Caminhões para atender as demandas da Prefeitura Municipal de - Bahia, Tendo em vista a publicação do instrumento convocatório, a empresa TN LOCADORA E SERVIÇOS LTDA ME, com sede na Rua Otavio Mangabeira, 06, Centro, Amargosa-BA, apresentou impugnação, nos termos do art. 41 da Lei nº 8.666/1993, requerendo a alteração do edital pelos motivos a seguir expostos. Solicita a impugnante, em síntese: Que seja suprimido do edital o item 4.1, e : O licitante, ou o seu representante, deverá, no local, data e horário indicados no preâmbulo deste edital, apresentar-se ao Pregoeiro e Comissão de apoio para efetuar seu credenciamento como participante desta Licitação, munido concomitantemente de: e) Atestado de Visita, em nome da empresa e do seu administrador, emitida pelo representante da Prefeitura, comprovando que a licitante tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações da Licitação; O Pregoeiro responde à impugnação nos termos legais e conforme os fundamentos a seguir. II - FUNDAMENTAÇÃO 1
3 - Ano - Nº 898 Praça da Bandeira, s/nº, Centro, -Ba - CEP: 47.900-000 Preliminarmente, o Pregoeiro reconhece a tempestividade da impugnação, nos termos do 2º do art. 41 da Lei nº 8.666/1993. Quanto às alegações da impugnante, demonstrará o Pregoeiro suas justificativas e decisões, pelas razões seguintes. As Leis nºs 8.666/1993 (artigos 27 a 31) e 10.520/2002 (artigo 4º, inciso XIII) são por demais claras ao explicitar a documentação máxima possível de ser adquirida nos processos licitatórios, para fins de habilitação das empresas. A Prefeitura Municipal de, ao elaborar o edital relativo ao Pregão Presencial nº 030/2018, visa por meio da inserção dos dispositivos constantes no rol das solicitações do item 4 DO CREDENCIAMENTO E ENTREGA DOS ENVELOPES resguardar a municipalidade e zelar não somente pela economicidade, principio basilar da Lei de Licitações, mas também, pela vantajosidade inerente a uma prestação de serviço de qualidade, bem como pela eficiência do serviço publico, evitando e resguardando o município quanto a eventualidades futuras, inclusive de natureza técnico profissional. Com tudo objetiva o referido edital a pedir somente aqueles documentos em que entendeu serem necessários à uma justificada formulação de preços por parte das empresas participantes, sendo que não há exigência de outros documentos que poderiam restringir o caráter competitivo do certame. A jurisprudência, especialmente a do Tribunal de Contas da União, já está bem consolidada no sentido de que toda aquela documentação arrolada tanto na Lei n 8.666/1993 quando na Lei nº 10.520/2002 é o máximo possível de ser exigido das empresas, devendo os órgãos licitantes, assim, solicitar apenas aqueles documentos que são efetivamente necessários ao certame. Isso não significa, entretanto, que as empresas licitantes, caso prosperem à condição de arrematantes do certame, submetam-se a comprovações, que estejam obrigadas do cumprimento de outras normas que regulam a matéria e às quais deverão se sujeitar para a execução do objeto, dentre as quais, por exemplo, as relativas aos devidos registros em órgão de fiscalização competentes, inclusive com a assunção de ônus pelo descumprimento de normas técnicas de fiscalização por estes órgãos. Analisando cada ponto colocado pela impugnante em sua peça, tece o Pregoeiro as considerações a seguir explicitadas. 2
4 - Ano - Nº 898 Praça da Bandeira, s/nº, Centro, -Ba - CEP: 47.900-000 Em referência aos demais itens solicitados fica facultada a comissão e ao pregoeiro tendo em vista que nem a Lei 8.666/93 e a 10.520/00, definem obrigatoriedade na solicitação de itens e facultam com vistas a obtenção de proposta mais vantajosa solicitar itens desde que não frustrem o caráter competitivo. Desta forma, as alegações sustentadas pelo recorrente na sua peça recursal de que a exigência de atestado de visitas, viola o princípio da razoabilidade e limita o universo dos competidores, requerendo a retificação do edital para substituir a visita técnica pelo atestado de pleno conhecimento das regras editalícias, não pode prosperar. Assim, diante de toda a explanação feita neste documento, fica demonstrado que não houve por parte do Município interesse em restringir o caráter competitivo do certame, mas sim resguardar a municipalidade e zelar pela eficiência do serviço. Cabe salientar que as alegações da impugnante não resguardam amparo e não merecem acolhimento por este Pregoeiro. Da análise do edital é possível observar que a visita técnica caracteriza-se como requisito de qualificação técnica imprescindível para a adequada compreensão do objeto licitado, servindo ainda para evitar alegações futuras pelos licitantes no sentido de desconhecimento do local de prestação dos serviços e das peculiaridades dos serviços a serem realizados. Pois bem, além de ser fundamental para a adequada execução do contrato a ser firmado com a licitante vencedora, a exigência de realização de visita técnica encontra respaldo na Lei Federal nº 8.666/93, principalmente no tocante aos requisitos de habilitação dos licitantes. Portanto, não resta dúvidas, de que dentre os restritos documentos relativos a qualificação técnica que poderão ser exigidos dos licitantes, o atestado de visita técnica, a ser fornecido por agente público do Poder Concedente, é expressamente admitido como exigência editalícia. No mesmo sentido tem sido as decisões predominantes na jurisprudência do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o assunto: A exigência de vistoria encontra amparo tanto na Lei no 8.666/1993, quanto na jurisprudência do Tribunal de Contas da União. (Decisão 783/2000-Plenário, TC 010.295/2000-9, Rel. Min. Adylson Motta, Sessão de 20/09/2000) O art. 30, inciso III, da Lei no 8.666/1993, e o art. 15, inciso VIII, da IN MPOG nº 02/08, que dispõe sobre regras e diretrizes para a contratação de serviços, continuados ou não, pela Administração, dão amparo legal a exigência editalícia de vistoria obrigatória, a ser realizada pelos 3
5 - Ano - Nº 898 Praça da Bandeira, s/nº, Centro, -Ba - CEP: 47.900-000 licitantes em até três dias úteis antes da data estipulada para abertura da licitação (letra A). Considero razoável as alegações (...) de que as instalações, sistemas e equipamentos objeto do certame licitatório possuem características, funcionalidades, idades e estados de conservação que somente a descrição técnica não se faz suficientemente clara para determinar as grandezas que serão envolvidas para suas manutenções e, consequentemente, assegurem que o preço ofertado pela licitante seja compatível com as reais necessidades do órgão. A imprescindibilidade da vistoria foi justificada no projeto básico e sua exigência insere-se na esfera discricionária do administrador. (Acórdão 727/2009-Plenário, TC 001.136/2009-7, Rel. Min. Raimundo Carreiro, Sessão de 15/04/2009) (...) a exigência de visita técnica é legítima, quando imprescindível ao cumprimento adequado das obrigações contratuais, o que deve ser justificado e demonstrado pela administração no processo de licitação. (Acórdão 234/2015-Plenário, TC 014.382/2011-3, Rel. Min. Benjamin Zymler, Sessão de 11/02/2015) III - DECISÃO Pelo exposto, diante das justificativas e fundamentos apresentados durante esta peça o Pregoeiro da Prefeitura Municipal de decide NEGAR PROVIMENTO A IMPUGNAÇÃO AO EDITAL de Licitação Pregão Presencial 006/2018. /BA, 20 de março de 2018. EDIMAR MARÇAL DE JESUS PREGOEIRO Port. nº 124/2017 4