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Transcrição:

28.02.2019

1. Resultados fiscais superavitárias em R$507 milhões no mês. O setor público consolidado registrou superávit primário de R$46,9 bilhões em janeiro de 2019, o que representou estabilidade em relação ao resultado observado em janeiro do ano anterior. No Governo Central e nos governos regionais, houve superávits de R$35,6 bilhões e R$10,8 bilhões, respectivamente. As empresas estatais foram Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$20,9 bilhões em janeiro, comparativamente a R$28,3 bilhões no mesmo mês de 2018. Essa redução foi influenciada pelo resultado mais favorável das operações de swap cambial (ganhos de R$11,6 bilhões, em janeiro de 2019, e de R$3,3 bilhões em janeiro de 2018). No acumulado em 12 meses, os juros nominais atingiram R$371,7 bilhões (5,38% do PIB), reduzindo-se em relação ao acumulado até janeiro do ano anterior (R$392,7 bilhões, 5,97% do PIB). O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi superavitário em R$26,0 bilhões em janeiro. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$480,0 bilhões (6,95% do PIB), reduzindo-se 0,14 p.p. do PIB em relação ao déficit acumulado registrado em dezembro de 2018.

2. Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) A DLSP alcançou R$3.733,5 bilhões (54,0% do PIB) em janeiro, elevação de 0,3 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Esse resultado refletiu, sobretudo, o efeito da valorização cambial de 5,75% no mês (responsável por expansão de 1,0 p.p. do PIB), da incorporação de juros nominais (aumento de 0,3 p.p.), do superávit primário (redução de 0,7 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (redução de 0,3 p.p.). Na comparação com janeiro do ano anterior, houve crescimento de 2,3 p.p. na relação DLSP/PIB. A DBGG que compreende o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais alcançou R$5.302,7 bilhões em janeiro, equivalente a 76,7% do PIB, mesmo patamar do mês anterior. Contribuíram para essa evolução as emissões líquidas de dívida do governo geral (aumento de 0,2 p.p.), a incorporação de juros nominais (aumento de 0,5 p.p.), a valorização cambial (redução 0,2 p.p) e o crescimento do PIB nominal (redução de 0,4 p.p.). Comparando-se com janeiro de 2018, a relação DBGG/PIB registrou expansão de 2,2 p.p. 3. Nova classificação dos títulos de dívida negociados no mercado doméstico em poder de não residentes A partir das estatísticas fiscais de janeiro de 2019, os títulos de dívida pública negociados no mercado doméstico em poder de não residentes, denominados e liquidados em reais, passam a compor a dívida externa nas estatísticas fiscais, deixando de ser computados na dívida mobiliária interna do Governo Federal. Para maior transparência das estatísticas, foi criado item específico nas tabelas de DLSP (tabelas 4-B, 7-B, 8-B e 10-B) e DBGG (tabelas 17 e 20) destacando o montante desses títulos entre os passivos externos. Os fluxos referentes a esses títulos estão sendo estimados considerando sua participação na dívida mobiliária total do Governo Federal.

Essa reclassificação metodológica busca o maior alinhamento das estatísticas fiscais brasileiras ao padrão internacional, definido nos manuais de estatísticas de finanças públicas 1, assim como consistência com a estatística de dívida externa, que passou a incorporar esses títulos a partir da revisão metodológica de 2015, com a adoção da 6ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos e Posição de Investimentos Internacional (BPM6) 2. Ressalte-se que as séries estatísticas com a nova classificação foram revisadas retroativamente 3, permanecendo os dados originalmente divulgados disponíveis para consulta na página do Banco Central na internet, no histórico das Notas para a Imprensa (https://www.bcb.gov.br/estatisticas/historicoestatisticas). Por fim, é necessário esclarecer que essa reclassificação metodológica, ao não alterar os valores envolvidos, não trará nenhuma alteração no montante total do endividamento líquido e bruto, nem nos resultados fiscais (resultado primário, juros nominais e resultado nominal). 1 Ver, por exemplo, parágrafos 2.6, 2.7 e 7.265 do Government Finance Statistics Manual 2014 (GFSM 2014), do FMI, e parágrafo 2.5 do Public Sector Debt Statistics Guide for Compilers and Users (PSDS), elaborado por diversos organismos internacionais. 2 Para maiores detalhes, ver a Nota Metodológica nº 4 Dívida externa, de junho de 2015, disponível em https://www.bcb.gov.br/content/estatisticas/documents/notas_metodologicas/balanco_pagamentos/bpm6/nm4bpm6p.pdf. 3 A série histórica das estatísticas de títulos de dívida pública negociados no mercado doméstico em poder de não residentes têm início em julho de 2007.