Contas externas 6ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos do FMI (BPM6) Banco Central do Brasil Departamento Econômico (Depec)
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- Helena Aragão Ventura
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1 Contas externas 6ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos do FMI () Banco Central do Brasil Departamento Econômico (Depec) Brasília, 22 de abril de 2015
2 Contas externas - impactos relativos ao A dinâmica das transações correntes (TC) não se alterou A trajetória da relação TC/PIB em 2014 mostrou-se semelhante ao observado na série anterior. Dados preliminares para anos anteriores mostram evolução na mesma linha Aumento moderado no nível da relação TC/PIB (de 4,2% para 4,4%, em 2014) Mantém-se a perspectiva, para 2015, de redução do defict em conta corrente (em valores) e de estabilidade da relação TC/PIB O cenário para o financiamento externo revelou-se mais favorável Observaram-se aumentos na relação IED(IDP)/TC bem como de Capitais estrangeiros/tc IED(IDP)/TC de 68% para 93% em 2014 Capitais estrangeiros/tc de 128% para 152% em
3 Contas externas - impactos relativos ao O novo balanço de pagamentos evidenciou maior internacionalização da economia brasileira: Aumento significativo da participação do capital estrangeiro (IED) na estrutura produtiva do país nos últimos anos => maior participação de lucros a não residentes Crescimento da participação de não residentes no estoque de títulos domésticos nos últimos anos => maior fluxo de juros O aumento na relação TC/PIB decorre de despesas em rubricas autofinanciáveis O aumento no nível TC/PIB decorreu, sobretudo, dos registros de lucros reinvestidos e juros relativos à dívida doméstica em mão de não residentes. Ambos os fluxos têm contrapartida imediata na conta financeira e não se refletem sobre o mercado de câmbio 3
4 Contas externas - impactos relativos ao Aderência do Balanço de Pagamentos do Brasil às melhores práticas estatísticas internacionais, integrando-se aos países com padrão metodológico mais avançado: Países europeus Estados Unidos Austrália Canadá Chile Colômbia Rússia África do Sul Índia Arábia Saudita Coréia do Sul Malásia Indonésia Filipinas Tailândia 4
5 Contextualização O Balanço de Pagamentos (BP) registra os fluxos de transações entre residentes e não residentes. A série do BP teve início em Até março deste ano o Brasil seguiu a 5ª versão do manual (), publicada pelo FMI em 1993 e adotada pelo país em A sexta versão () foi publicada pelo FMI em O traz avanços importantes com o objetivo de, entre outros: Harmonizar as estatísticas do setor externo com as de contas nacionais (SNA 2008, padrão para o qual o IBGE publicou resultados em março de 2015) Integrar fluxos e estoques A migração das contas externas do Brasil para o, em 2015, foi um compromisso assumido pelo País junto ao FMI, SDDS, G20 e Data Gaps. 5
6 Alterações estatísticas no âmbito da implementação do As mudanças no âmbito do abrangem: novas contas do BP, novos conceitos para contas já existentes, nomenclatura, convenção de sinais, incorporação de novas fontes de informação, forma de apresentação. Tais definições impactaram o conjunto e o formato dos quadros da Nota para Imprensa do Setor Externo
7 Nota para Imprensa do Setor Externo () 61 quadros 32 Quadros e 31 Anexos os anexos contém a distribuição por país e setor de contas do balanço de pagamentos (à exceção de duas tabelas sobre reservas internacionais e uma com faixas de valor para o investimento direto) Tabelas novas: Quadro VIII: Conta capital Quadro XVIII: Câmbio contratado financeiro detalhado Quadro XXXII: Demonstrativo integrado da posição de investimento internacional Anexo 16: Investimento direto no país fluxos líquidos totais distribuição por setor de atividade econômica Anexo 17: Investimento direto no país fluxos líquidos totais distribuição por país imediato
8 Principais mudanças Investimento direto de residentes/não residentes x IBD/IED Exemplo: a subsidiária offshore captou US$10 bilhões no exterior e emprestou os recursos para a matriz no Brasil. : o ingresso de recursos no Brasil é registrado como redução do Investimento Brasileiro Direto (IBD) no exterior, na conta de empréstimos intercompanhia; : o ingresso de recursos no Brasil é registrado como elevação do Investimento Direto de não residentes, na conta de empréstimos intercompanhia. A mudança é análoga quando, eventualmente, filial no Brasil emprestar para sua matriz no exterior. US$ milhões Aumento de investimento direto brasileiro no exterior 2014 Lucro reinvestido: US$6 bi US$ milhões Ingressos de investimento direto no Brasil Lucro reinvestido: US$10,7 bi
9 Principais mudanças Incorporação de lucros reinvestidos: impactam as transações correntes e, simultaneamente, elevam os investimentos diretos no Brasil, e os investimentos diretos no exterior. As fontes de dados (novas) são as pesquisas do Censo de capitais estrangeiros no Brasil (Censo) e de Capitais Brasileiros no exterior (CBE) Juros da dívida doméstica detidos por não residentes : a rubrica passou a contar com dados do Selic como fonte de informação, além dos contratos de câmbio. Novas fontes de informação para balança comercial: além dos dados publicados pelo MDIC, que se mantém como fonte principal de informação, fontes complementares serão consideradas (sistema de câmbio, informações prestadas diretamente por empresas importadoras e exportadoras, dentre outras) 9
10 Balança comercial e serviços 1/ 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% -1,0% 5,1% Balança comercial / PIB 0,9% 1,2% 0,1% -0,2% 0,8% 1,1% 0,0% -0,2% ,0% 5,0% A série de balança comercial sofreu alteração marginal pela incorporação dos dados de importação de energia e outros ajustes Deficit em serviços / PIB O saldo da conta de serviços praticamente não sofreu alteração; houve apenas mudança na composição interna. As diferenças na série referemse, basicamente, às mudanças no PIB 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% -1,0% 2,1% 1,4% 1,5% 2,2% 0,9% 2,0% 2,1% 1,4% 1,5% / Valores estimados e preliminares para o, de 2010 a
11 Renda primária (conta de rendas) 1/ Os saldos da conta de rendas se alteraram por: Incorporação de juros de títulos no país Incorporação de lucros reinvestidos 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 2,9% Deficit em renda primária / PIB 2,6% 2,7% 3,0% 2,0% 2,2% 2,5% 1,8% 1,9% 1,9% 1,6% 1,8% 0,0% -1,0% ,0% 5,0% Despesa líquida de juros / PIB 6,0% Remessa líquida de Lucros / PIB 4,0% 5,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% 1,5% 0,6% 0,6% 0,7% 0,9% 0,9% 0,5% 0,4% 0,4% 0,5% 0,6% 0,7% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% 1,4% 1,5% 1,6% 2,1% 2,5% 2,0% 2,0% 1,2% 1,3% 1,6% 1,4% 1,5% 1,1% 1,2% 1,2% -1,0% ,0% / Valores estimados e preliminares para o, de 2010 a
12 Transações correntes / PIB 1/ 5,0% 4,5% 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% -0,5% -1,0% -1,5% -2,0% Déficit em conta corrente / PIB 4,4% 3,8% 4,2% 3,6% 3,5% 3,5% 2,8% 2,4% 2,2% 2,1% / Valores estimados e preliminares para o, de 2010 a
13 Investimento direto / PIB 1/ 5,0% Investimento estrangeiro direto e investimento direto no país / PIB 4,5% 4,0% 3,9% 4,0% 4,1% 3,5% 3,7% 3,5% 3,0% 2,5% 2,7% 2,9% 2,9% 2,9% 2,0% 2,3% 1,5% / Valores estimados e preliminares para o, de 2010 a
14 Financiamento 140% IED (IDP) / Transações correntes 130% 120% 110% 100% 90% 93% 80% 70% 68% 60% IED / TC IED / TC 14
15 Financiamento 350% Capital estrangeiro / Transações correntes 300% 250% 200% 150% 128% 152% 100% 50%
16 Contas externas 6ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos do FMI () Banco Central do Brasil Departamento Econômico (Depec) Brasília, 22 de abril de 2015
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