UM ESTUDO LOGÍSTICO DA CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A EM CURVELO/MG



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Transcrição:

3 UM ESTUDO LOGÍSTICO DA CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A EM CURVELO/MG Sérgio Geraldo da Fonseca Carvalho 1 RESUMO A CEMIG Distribuição S.A. tem como principal atividade a distribuição e comercialização de energia elétrica para vários segmentos do mercado consumidor. Mesmo sendo uma empresa com gestão competente, algumas áreas de atividades indiretas, como a distribuição de materiais, não têm uma apuração precisa dos seus custos logísticos e, assim, apresentam falhas que podem ser corrigidas com um estudo de otimização do processo de Logística. O objetivo deste trabalho é o conhecimento destes custos e a elaboração de um novo processo de roteirização da frota de veículos embasado em modernas técnicas da Administração de Materiais. A conclusão do trabalho chega a novo modelo de Gestão de Logística. É sugerida uma roteirização da frota de maneira otimizada e a criação de um Centro de Distribuição Estratégico em Curvelo de onde será redistribuído todo o material para as localidades da Gerência. Neste novo modelo, os conceitos da Logística Empresarial passam a ter uma função muito mais estratégica na estrutura do processo de distribuição de materiais da empresa. PALAVRAS-CHAVES: Gestão de logística, Custos Logísticos, Roteirização. 1 - INTRODUÇÃO Qualquer organização, independente do tamanho e ramo de atividade, tem como principal preocupação a maximização de receitas e a minimização dos custos operacionais, unidos à excelência no atendimento aos seus clientes. Não fugindo a esta regra, a CEMIG Distribuição S.A. tem implementado avançadas técnicas e modernos sistemas para gerenciar uma empresa controlada pelo Estado, mas que vive a realidade de uma empresa privada, na busca por resultados. 1 Acadêmico do Curso de Bacharelado em Administração da Faculdade de Ciências Administrativas de Curvelo. 49

REVISTA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DE CURVELO A logística no Brasil vem sofrendo mudanças que exigiram das empresas decisões estratégicas e urgentes em suas práticas empresariais, quanto à eficiência, qualidade e agilidade dos seus processos, com o objetivo de responder à competitividade do mercado. A CEMIG é uma empresa de dimensões gigantescas e, conseqüentemente, algumas áreas apresentam problemas, precisando de maior atenção, como é o caso do estudo que será contemplado neste trabalho. O processo de distribuição de materiais da CEMIG sofre distorção ao chegar aos almoxarifados regionais, e no caso específico da Gerência de Curvelo, não há estrutura e veículos adequados para a redistribuição destes materiais para as localidades. Diante disso, o desafio é otimizar e integrar os processos logísticos da CEMIG. Assim, os custos logísticos do processo de requisição, transporte, armazenagem e distribuição de materiais e equipamentos podem ser mais bem distribuídos, de maneira a otimizar todo o processo, com roteirização de distribuição destes materiais oferecendo agilidade e aumento do nível de qualidade do serviço. Com a realização deste trabalho foi possível encontrar respostas de como a logística se relaciona com a estratégia empresarial e como obter vantagem competitiva com o gerenciamento da logística. 2- A CEMIG A CEMIG começou a ser planejada no Governo Milton Campos (1945 a 1950), quando foram realizados estudos sobre a questão da energia elétrica, com o objetivo de analisar as condições energéticas do Estado e propor a criação de uma empresa que fosse capaz de dar suporte à implantação de um parque industrial em Minas. Sua criação, no entanto, só ocorreu no dia 22 de maio de 1952, no Governo Juscelino Kubitscheck, com o nome de Centrais Elétricas de Minas Gerais. Em 1984, a CEMIG foi transformada em Companhia Energética, ampliando o seu objetivo social e estendendo as atividades da empresa aos demais campos da energia, em quaisquer de suas fontes, com vistas à sua exploração econômica. 50

De acordo com as premissas do novo Modelo do Sistema Elétrico Brasileiro, que estabelece a desverticalização para as Concessionárias de energia, a CEMIG foi obrigada a ser dividida em três empresas distintas. Assim, a CEMIG efetivou a transferência de pessoal, bens, direitos, obrigações e outros ativos e passivos para a CEMIG Distribuição S.A., que passou a responder por tudo o que diz respeito à distribuição de energia elétrica, a CEMIG Geração e Transmissão S.A., que ficou responsável pelos serviços de geração e transmissão de energia e a CEMIG Holding que passou a controlar o grupo CEMIG composto por 11 empresas, nos segmentos de telecomunicações, consultoria energética, gás natural e diversas usinas em parceria com a iniciativa privada. Depois de várias reestruturações, Curvelo é a sede da Gerência de Relacionamento Comercial e Serviços de Curvelo - DO/CV - que engloba em sua área de atendimento 27 municípios, buscando a excelência no atendimento aos seus consumidores pela da qualidade técnica dos seus funcionários e a padronização dos seus processos certificados pela ISO 9002. 3 JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS No atual ambiente capitalista e competitivo, a preocupação com a otimização dos lucros e a redução dos custos, aliados à satisfação plena dos clientes, é foco prioritário para a eficiência de uma organização no mercado. Uma logística otimizada é um dos passos para essa eficiência, em que a empresa utiliza sistemas de roteirização eficazes para alcançar objetivos que incluem desde a redução de custos à entrega da mercadoria e /ou serviços onde, quando e como o cliente interno ou externo deseja. Na CEMIG, como cada gerência tem sua contabilidade própria, existe a prioridade de uma otimização da utilização dos recursos, pois estas gerências são avaliadas periodicamente e o seu custo operacional conta como um dos índices mais relevantes. Em face da necessidade da redução de custos em toda a empresa, existe uma urgência de implantar um novo modelo de roteirização, para que a distribuição de materiais e equipamentos fique otimizada, reduzindo os custos e o tempo gasto nesse processo. 51

REVISTA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DE CURVELO A gerência de Curvelo é responsável pela operação e manutenção do sistema elétrico da CEMIG e não possui funcionários específicos para a distribuição de materiais para as localidades. Desta forma, é utilizada mão-de-obra especializada no atendimento do sistema elétrico e veículos impróprios para transporte de cargas. Eletricistas e técnicos executam tarefas de transporte e armazenagem desses materiais e, dessa forma, não executam tarefas específicas da sua atribuição. Este desvio de função, pode comprometer metas de atendimento ao cliente, aumentando o índice de insatisfação dos consumidores. Este trabalho tem como objetivo principal, elaborar um estudo para otimizar a roteirização da distribuição de materiais e equipamentos da Gerência de Curvelo da CEMIG Distribuição S.A., permitindo conhecer os custos logísticos de cada gerência envolvida e em cada etapa do processo. 4 - METODOLOGIA Este trabalho se caracteriza como um Estudo de Caso do processo de distribuição de materiais e equipamentos da CEMIG Distribuição S.A. de Curvelo. Este processo já está consolidado, mas apresenta falhas acarretando custos logísticos desnecessários e o não-aproveitamento eficiente dos recursos de transporte devido à má roteirização da sua frota. A Gerência de Curvelo da CEMIG Distribuição S.A. possui dois almoxarifados (um em Curvelo e outro em Pirapora), que recebem os materiais e equipamentos provenientes de Belo Horizonte e distribuem para as localidades de Três Marias, Corinto e Diamantina. Os custos logísticos foram levantados por pesquisa na Intranet CEMIG, onde constam todos os custos de operação, manutenção e legalização dos veículos. Pela pesquisa de campo e investigação documental em relatórios, foram levantados os custos de contratação de mão-de-obra terceirizada para recepção e armazenagem dos materiais. Para levantar o atual processo de requisição, transporte e recebimento dos materiais e equipamentos e a devolução de sucatas, foi feita pesquisa de campo, quando funcionários da CEMIG Distribuição de Curvelo, por entrevista não estruturada, detalharam como acontecia tal processo. Os custos fixos e variáveis foram calculados de acordo com as seguintes fórmulas: 52

Para compor o Custo Variável, somam-se os custos de operação (custos com combustível e óleo lubrificante) com os custos de manutenção, que compreendem os custos com peças e materiais, mão-de-obra, baterias e pneus, divididos pela quantidade de quilômetros rodados no primeiro semestre do ano de 2005. A composição do Custo Fixo é o gasto na legalização do veículo, como IPVA, Seguro Obrigatório e Taxa de Licenciamento no ano de 2005, dividido pela quantidade de quilômetros rodados deste veículo no ano de 2004, utilizado como estimativa para 2005. Estes custos representam os custos variáveis e fixos unitários de cada veículo estudado. Utilizando técnicas e conceitos da Logística Empresarial, os dados levantados foram estudados e analisados, servindo de alicerce para a criação de um novo modelo de gestão de logística juntamente com a definição dos seus custos. Dessa forma, foi elaborado o projeto final para sua implantação com as devidas conclusões. 5 RESULTADO E ANÁLISE 5.1 - A Logística na CEMIG A CEMIG opera sua logística com a estrutura de rede de entrega escalonada, com o Almoxarifado Central do Jatobá em Belo Horizonte, pertencente ao Órgão de Movimentação de Suprimentos (MS/LA) e mais cinco Centros de distribuição Avançados (CDA) espalhados pelas regionais Norte, Sul, Mantiqueira, Leste e Triângulo. Os CDAs redistribuem os materiais e equipamentos para todas as localidades da CEMIG e recebem a sucata derivada da operação e manutenção, obras e reformas no sistema elétrico.o atual campo geográfico de roteirização pode ser visualizado na figura a seguir: 53

REVISTA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DE CURVELO O estoque dos Almoxarifados é controlado a partir do sistema de estoque mínimo e máximo de cada material. Quando o estoque de materiais chega ao mínimo, o técnico responsável por cada Almoxarifado faz a requisição por e-mail e repassa-o para o responsável da área de Gestão que possui a senha do sistema SAP-R3, um sistema de apoio gerencial muito utilizado em larga escala por muitas áreas da CEMIG. O próprio SAP-R3 verifica a existência de recursos financeiros para atender ao pedido, pois cada gerência arca com suas despesas operacionais. Havendo caixa disponível, o pedido é enviado ao Almoxarifado Central onde é verificado se há disponibilidade no estoque. Havendo esta disponibilidade, o pedido é aceito e o material é separado e enviado para os respectivos almoxarifados. Não havendo estoque disponível, o pedido vai para a Reserva Futura e, assim que o estoque é reconstituído, o lote é liberado. A Gerência de Curvelo (DO/CV) possui dois almoxarifados locais: um em Curvelo e outro em Pirapora. Estes dois almoxarifados recebem materiais diretamente do Almoxarifado Central de Belo Horizonte. O Almoxarifado de Pirapora atende a equipe de operação 54

de Pirapora e Três Marias, enquanto que o de Curvelo atende a equipe de operação de Curvelo, Felixlândia, Diamantina e Corinto. O processo de requisição dos Almoxarifados de Curvelo e de Pirapora são totalmente independentes. Assim, saem de Belo Horizonte, caminhões carregados para cada destino, um para Curvelo e outro para Pirapora. Figura 1 - Distribuição de Materiais e Equipamentos na Gerência de Curvelo (DO/CV) O custo de transporte dos materiais de Belo Horizonte até Curvelo e Pirapora com caminhões de carroceria aberta pertence ao MS/LA (Gerência de Movimentação de Suprimentos). Já os custos com o descarregamento e armazenagem nos almoxarifados e a redistribuição destes materiais para as localidades pertencem a DO/CV (Gerência de Curvelo). Não foram considerados os custos de carregamento dos caminhões, pois é feito por mão-de-obra própria e o seu custeio envolve outras variáveis irrelevantes para este estudo. Nesta distribuição, os caminhões vão cheios de materiais, cada um para um destino distinto e retornam vazios. Para descarregar e armazenar o material em Curvelo, são contratados dois ajudantes ao valor de R$ 40,00 e, em Pirapora, é utilizada mão-de-obra própria. 55

REVISTA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DE CURVELO O Custo Total da distribuição dos materiais para as localidades da DO/CV é o custo total apresentado na Tabela 2 mais R$ 40,00 de mão-de-obra, totalizando R$ 621,04. Nesta distribuição de materiais, as caminhonetes vão a Curvelo e Pirapora vazias e retornam cheias destes materiais e equipamentos. Assim, o Custo Total de Distribuição de Materiais e Equipamentos é o custo total apresentado na tabela 1, pertencente ao MS/LA, somado ao custo total da tabela 2 mais a mão de obra que pertence a DO/CV, totalizando o valor de R$2.159,72. 5.2 - A Devolução da Sucata Nos processos operacionais da CEMIG, sobram resíduos materiais que, freqüentemente, dvem ser devolvidos para serem reciclados para futura utilização, ou mesmo descartados. Esta sucata é enviada para o Almoxarifado Central de Belo Horizonte e para o CDA de Montes Claros, sendo a única utilização do CDA Norte pela DO/ CV. O custo de devolução de sucata é de exclusividade da DO/CV. Realizando um fluxo reverso, as caminhonetes vão cheias de sucata para os Almoxarifados Locais e retornam vazias para as localidades. Ainda são contratados ajudantes, ao custo de R$ 80,00, para carregarem os caminhões. 56

Figura 2 - Devolução de Sucatas na Gerência de Curvelo (DO/CV) 5.3 - Os Custos Logísticos Totais O custo logístico total compreende os custos que a Gerência de Curvelo (DO/CV) e a Gerência de Movimentação de Materiais (MS/LA), em Belo Horizonte, têm para distribuir os materiais e equipamentos e efetuar o fluxo reverso desses materiais na forma de sucata. Devido à variação da demanda de utilização dos materiais ao longo do ano, o custo total foi levantado baseado no ciclo logístico que compreende desde a requisição dos materiais até a devolução da sucata. Assim o Custo Total é a soma do Custo de Distribuição e do Custo de Devolução de Sucata, fazendo com que as gerências envolvidas, neste estudo, gastem R$ 4.498,26 por ciclo logístico. 57

REVISTA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DE CURVELO 5.4 - Os Custos das Caminhonetes de Curvelo Os custos das caminhonetes com carroceria fechada de Curvelo também foram levantados, pois estes serão necessários para futuras análises de melhoria do processo. 5.5 - Análise de Resultados Com os dados acima discriminados, foi possível chegar a algumas análises que serão mostradas em gráficos para melhor compreensão. Verificou-se o problema, que envolve o alto custo médio dos veículos utilizados nestes processos e o mau aproveitamento da frota: veículos saindo cheios e voltando vazios. Ainda foi identificada a má distribuição dos custos entre as gerências, sendo que a DO/CV absorve grande parte deste custo. 58

Gráfico 1 Situação atual Gráfico 2 - Custos Levantados 5.6 - Análise da Rota mais Eficiente Foram feitas análises de cinco modelos de rotas, sendo avaliados, a distância percorrida, os recursos utilizados e o custo total. Serão apresentadas as diferenças de cada rota, mas apenas a melhor rota será visualizada. 59

REVISTA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DE CURVELO Gráfico 3 - Custo Total das Rotas Propostas A Rota nº 5 se apresenta como a melhor opção para ser implantada na nova Gestão de Otimização da Logística na CEMIG Distribuição. A rota não é a menor, mas apresenta o custo mais baixo e significativa praticidade, pois envolve menos recursos materiais do que a atual rota utilizada. O caminhão sai carregado de Belo Horizonte e descarrega em Curvelo. O veículo GMC 3906, que apresentou o menor custo, conforme a tabela 4, distribui os materiais nas localidades e recolhe a sucata. Para Chopra & Meindl (2004, p.289), A decisão operacional mais importante relacionada ao transporte na cadeia de suprimento diz respeito a rotas e cronogramas de entregas. 60

5.7 - Implantação do Modelo de Gestão de Otimização de Logística O planejamento de uma rede de logística de distribuição deve ser cuidadosamente elaborado para disponibilizar o produto onde, como e quando o mercado exige, agregando valor ao produto e, assim, tendo papel fundamental e indispensável na economia com o objetivo de atingir o que se espera, com o menor acréscimo possível no custo final do produto.a Logística Empresarial estuda como a Administração pode gerar melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes, pelo de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de distribuição e armazenagem que visam a facilitar o fluxo de produtos. É a fusão da Administração de Materiais com a Distribuição Física, aliada à Administração do Transporte que trata de servir a demanda com produtos e serviços da organização. Seguindo as premissas da Logística Empresarial, o Almoxarifado de Curvelo passará a ser denominado CDE (Centro de Distribuição Estratégico). O CDE Curvelo receberá todo o material requisitado de Belo Horizonte. Nele serão reservados locais para se alocarem os sub-lotes das localidades (Três Marias, Diamantina, Corinto e Pirapora); local para alocar os materiais de Curvelo e para um estoque de utilização emergencial para suprir as necessidades de Curvelo e localidades. 61

REVISTA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DE CURVELO Cada local irá receber um kit básico de materiais quando, então, será feito um controle criterioso pelos encarregados da requisição, caso o seu estoque mínimo seja atingido.dessa forma, enviarão a requisição para o técnico responsável do CDE Curvelo, que terá a sua própria senha do SAP-R3. O sistema registrará as requisições por localidade e liberará os sub-lotes designados para a sua distribuição. Do Almoxarifado de Belo Horizonte sairá um caminhão carregado com estes sub lotes devidamente identificados com o seu destino, os quais serão entregues no CDE de Curvelo. Chegando os materiais a Curvelo, o técnico do CDE, juntamente com os ajudantes contratados, irão descarregar o material, alocando-os de forma a respeitar o layout de armazenagem temporária dos sub lotes de materiais e, desta forma, ganhando tempo na transposição da carga sem afetar o estoque local de Curvelo. Esta prática, chamada Transit Point, evita a armazenagem desnecessária, já que reduz os estoques, e aumenta o fluxo de materiais e o espaço físico, melhoria nos recursos financeiros e diminuição do Lead Time. Para Pires (2004, p.112): A prática do Transit Point pode ser considerada como uma forma racional de aumentar a efetividade e a capilaridade de um sistema de distribuição sem necessariamente ter que incorrer em custos logísticos adicionais, especialmente custos de armazenagem. O objetivo é atender a determinada região distante da fonte de abastecimento ou de difícil acesso a partir do envio de cargas consolidadas em um veículo maior (como uma carreta) que serão repassadas em um local predeterminado para outros veículos menores que operam localmente. A operação de Transit Point é localizada em um CDA de forma a atender a um mercado distante dos depósitos centrais e opera como uma instalação de passagem, recebendo carregamentos consolidados e separando-os para entregas locais a clientes individuais. A capacidade de planejamento antecipado e seu cumprimento rigoroso permitem que a passagem do estoque pela instalação seja a mais breve possível. O CDE vai se beneficiar com esta prática, pois não mais precisará alocar materiais das localidades por um período maior, reduzindo os custos de armazenagem e, dessa forma, ganhando espaço que poderá ser utilizado para outros fins. 62

Na distribuição dos materiais às localidades, diariamente, o técnico do CDE carregará a caminhonete de acordo com a sua carga máxima (no caso da GMC 3906, 3500Kg) e levará o material.os encarregados terão que aguardar a entrega do material previamente agendada e já deixar disponível a sucata devidamente organizada para ser recolhida e trazida para Curvelo. Segundo Moura (1998), a Logística reversa é aquela que se preocupa com a responsabilidade pelos produtos ou materiais no final da cadeia de suprimentos, encaminhando o que sobrou deles a um processo de reutilização ou descarte. Seguindo esta definição, a sucata será armazenada em lugar próprio (pátio da Sub Estação Curvelo 2), quando o caminhão da MS/LA trouxer novamente material a Curvelo, levará as sucatas para o Almoxarifado Central em Belo Horizonte. De acordo com o Gráfico 3, o custo da Rota 5 é de R$ 890,02. O Custo da mão de obra para descarregamento dos materiais e condicionamento nas docas é de R$ 40,00. A soma destes custos perfaz o Custo Total do Novo Modelo de Gestão de Logística. 63

REVISTA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DE CURVELO O CDE Curvelo utilizará técnicas da Logística Empresarial Moderna como o Trunking ou Distribuição Primária, que é a movimentação de cargas completas em veículos geralmente de carroceria, levando uma carga consolidada e a Distribuição Secundária ou Entregas Locais, que é a utilização eficiente de veículos menores a fim de chegar ao uso máximo da capacidade do veículo e de forma a agilizar a distribuição desses materiais. Gráfico 4 - Comparação dos Custos da Situação Atual e Novo Modelo O Estudo de Otimização de Logística apresenta vantagens como a redução do custo logístico, agilidade no processo, utilização de menos veículos, melhor aproveitamento do espaço físico de armazenamento de materiais e concentração do quadro de funcionários especializados em suas áreas de atuação.ainda foi percebida uma melhor divisão dos custos entre as gerências em comparação ao Gráfico 1. 64 Gráfico 5 - Novo Modelo

Neste trabalho, não foi considerado o custo de mão-de-obra própria, pois este custo é considerado fixo para toda a empresa, mesmo que não realizem serviços de logística. O foco do estudo é a otimização do custo de movimentação de equipamentos e materiais e devolução de sucatas pelos veículos e forma de utilização. 6- CONCLUSÃO No encalço de uma gestão moderna, em que a minimização dos custos e a busca da eficiência do produto e, conseqüentemente, a satisfação plena do cliente são relevantes para a sobrevivência de qualquer organização, a implantação criteriosa da Gestão de Otimização de Logística na CEMIG Distribuição S.A. reafirma o compromisso da Gerência de Curvelo com os objetivos de toda a CEMIG: a de uma gestão voltada para a eficiência corporativa embasada em sua visão de negócio e sua missão. Este trabalho propõe evidenciar, pela análise dos dados e dos modelos de rotas propostos, a interpretação e compreensão dos princípios relacionados ao problema de estudo. É fundamental repensar novos conceitos nas cadeias logísticas, principalmente em seus subsistemas, aonde, às vezes, não chegam as informações necessárias para o efetivo gerenciamento logístico. Dessa forma, descobriu-se um custo elevadíssimo do processo de Logística, indireto ao ramo principal da empresa. Com a melhor roteirização da frota de veículos e a utilização de métodos eficientes de armazenagem, é possível a otimização do processo de logística da Gerência de Curvelo da CEMIG Distribuição. Se implantado, trará redução expressiva dos custos logísticos a curto prazo e ainda, oferecerá vantagens que a gestão moderna e eficiente de Logística Empresarial pode oferecer. Qualquer otimização da gestão logística, integrando todos os elementos, passa necessariamente pelo direcionamento e gerenciamento das metas e da empresa. Por este motivo, a implantação da nova gestão de otimização deverá ser mais bem apreciada e analisada pelos responsáveis das gerências envolvidas: o MS/LA e a DO/CV. 65

REVISTA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DE CURVELO Uma Logística Empresarial consolidada é uma sinergia entre a Administração de Materiais, da Distribuição Física e dos Transportes. Este estudo é o primeiro passo para a implantação de um sistema de logística moderno e profissional nas regionais da CEMIG. Mas, é preciso realizar estudos que explorem profundamente o tema. O desenvolvimento do benchmarking é essencial para se conhecer as tendências de mercado e interagir com elas e, assim, conduzir a orientação da empresa na tomada de decisões que possibilitem a otimização da Logística Empresarial. 7- BIBLIOGRAFIA ARNOLD, I. R. Tony Administração de Materiais. 1ª ed São Paulo: Editora Atlas, 1999. BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial. 1ª ed São Paulo: Editora Atlas, 1995. BANZATO, Eduardo et al Atualidades na Armazenagem. 1ª ed São Paulo: Editora IMAN, 2003. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D.J. Logística Empresarial: O Processo de Integração da Cadeia de Suprimentos. 1ª ed São Paulo: Editora Atlas, 2001. CAIXETA-FILHO, José Vicente & MARTINS, Ricardo Silveira (Org.) Gestão Logística do Transporte de Cargas. 1ª Edição São Paulo: Editora Atlas, 2001. CEMIG - COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS. http:// www.cemig.com.br CHING, Hong Yuh Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada: Supply Chain. 1ª ed São Paulo: Editora Atlas, 1999. CHOPRA, Sunil; MEINDL, Peter Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Estratégia, Planejamento e Operação. 1ª ed São Paulo: Editora Pearson-Prentice Hall, 2004. CHRISTOPHER, Martin Logística e Gerenciamento de Cadeias de Suprimentos: Estratégias para Redução de Custos e Melhoria dos Serviços. São Paulo: Editora Pioneira, 1997. CHRISTOPHER, Martin O Marketing da Logística: Otimizando Processos para Aproximar Fornecedores e Clientes. 1ª ed São Paulo: Editora Futura, 1999. 66

DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Editora Atlas, 1985. DIAS, Marco Aurélio P. Transportes e Distribuição Física. 1ª Edição São Paulo: Editora Atlas, 1987. FIGUEIREDO, Kleber Fossati, FLEURY, Paulo Fernando & WANKE. Peter (Org.) Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Planejamento do Fluxo de Produtos e dos Recursos. 1ª ed São Paulo: Editora Atlas, 2003. FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter & FIGUEIREDO, Kleber Fossati (Org.) Logística Empresarial: A Perspectiva Brasileira. 1ª ed São Paulo: Editora Atlas, 2000. GASNIER, Daniel Georges A Dinâmica dos Estoques: Guia Prático para Planejamento, Gestão de Materiais e Logística. 1ª ed São Paulo: Editora IMAN, 2002. IMAM - INSTITUTO DE MOVIMENTÃO E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS, Gerenciamento da Logística e Cadeia de Abastecimento. 1ª ed São Paulo: Editora IMAM, 2000. MARTINS, Petrônio Garcia & ALT, Paulo Renato Campos Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. 1ª ed São Paulo: Editora Saraiva, 2000. MOURA, Reinaldo A. Sistemas e Técnicas de Movimentação e Armazenagem de Materiais: Manual de Logística 1. 1ª ed São Paulo: Editora IMAN,1998. PIRES, Silvio R. I. Gestão da Cadeia de Suprimentos: Conceitos, Estratégias, Práticas e Casos. 1ª ed São Paulo: Editora Atlas, 2004. Revista CEMIG 35 ANOS. Belo Horizonte: 1987 ROESCH, Sylvia Maria A. Projetos de Estágio e de Pesquisa em Administração. 2ª ed São Paulo: Editora Atlas, 1999. VERGARA, Sylvia Constant Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 1ª ed São Paulo: Editora Atlas, 1998. VIANA, João José Administração de Materiais: Um Enfoque prático. 1ª ed São Paulo: Editora Atlas, 2000. WANKE, Peter Gestão de e stoques na Cadeia de Suprimentos: Decisões e Modelos Quantitativos. 1ª ed São Paulo: Editora Atlas, 2003. 67