Coprodutos e subprodutos agroindustriais na alimentação de bovinos

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Transcrição:

1/9

Coprodutos da indústria cervejeira /9 Cevada é o principal grão. Em 011 foram produzidos 180 milhões de toneladas de cerveja, gerando de 35-40 milhões de toneladas de resíduos; É um concentrado de proteínas e fibras. Composição depende do grão, processo e método de preservação; Geralmente é mais disponível no verão, justamente quando a disponibilidade de alimentos é maior = planejamento do uso para meses de inverno; Custo de transporte elevado: limita-se às regiões próximas à industria; Altamente perecível (umidade): secagem é interessante.

3/9 Grãos de cervejaria secos Resíduo seco extraído do malte, pode ser misturado a outro subproduto do mosto da cerveja; Proteína degradável no rúmen se assemelha ao farelo de soja; Suplemento proteico; Limites: 50% do suplemento proteico ou 5% da dieta total; É bastante palatável; Pode substituir a forragem da dieta em 10-15%; São pobres em lisina.

4/9 Grãos de cervejaria úmidos

5/9 Grãos de cervejaria úmidos Composição similar ao resíduo seco, mas com alta umidade (80-85%); Limitado à localidades próximas = rápida deterioração e alto custo de transporte; Armazenamento: -5 dias em climas quentes e 5-7 dias sob temperaturas frias; Sobras de cocho devem ser descartadas; Vacas podem consumir até 18 kg/ dia; Não elevar o conteúdo de umidade da dieta para mais de 55%.

6/9 Grãos de cervejaria úmidos - Armazenamento A ensilagem é uma boa opção de conservação; O material deve ser bem compactado e ter um escoamento eficaz de resíduos; A adição de fontes de carboidratos como melaço e grãos de cereais melhora a estabilidade da silagem; Quando houver necessidade de estocar os grãos por mais tempo, estes devem ser secos para que atinjam 10% de umidade; Podem ser misturados ao lúpulo ou às leveduras para aumentar seu valor nutritivo; Antes de fornecer aos animais verificar se há contaminação por fungos.

7/9 Composição dos subprodutos de cervejaria Nutriente Grãos cervejeiros secos Grãos cervejeiros úmidos Grãos cervejeiros ensilados Matéria Seca, % 91,0 19,0-33,0 5,6 Proteína Bruta, % da MS 9,0 6,0-30,0 9, % da PB como PDR 35,5 8,0-4,0 FDN, % da MS 48,3 4,0-55,0 49,5 FDA, % da MS 1,9 0,0-7,0 1,0 NDT, % 74,0 71-77 74,0 Extrato Etéreo, % da MS 9,1 7,5-10,7 9,5 EL m, Mcal/kg 1,78 1,67-1,89 --- Amido, % da MS 7,8 5,7 ---

8/9 Composição mineral dos subprodutos de cervejaria Nutriente Grãos cervejeiros secos Grãos cervejeiros úmidos Cálcio, g/ Kg MS 3,5,1-4,8 Fósforo, g/ Kg MS 5,9 5,6-7,9 Potássio, g/ Kg MS,9 1,5-3,7 Sódio, g/ Kg MS 0,3 0,-1,0 Magnésio, g/ Kg MS,6 1,8-,7 Manganês, mg/ Kg MS 47 43 Zinco, mg/ Kg MS 89 83 Cobre, mg/ Kg MS 19 14 Ferro, mg/ Kg MS 130 138

9/9 Níveis de inclusão Vacas leiteiras Secos: 0-5% no concentrado ou até 15-0% na dieta total, não há diferenças no desempenho com o uso dos grãos secos, úmidos ou reidratados; Úmidos: máximo 0 kg/vaca/dia; Os grãos secos podem substituir parte das forragens nas dietas de vacas em lactação ou parte da silagem de milho; Bovinos de corte: até 40% da dieta total com base em 100% de MS.