UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE MONOGRAFIA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU LOGÍSTICA EMPRESARIAL



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Transcrição:

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE MONOGRAFIA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU LOGÍSTICA EMPRESARIAL A LOGÍSTICA NO E-COMMERCE: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO BRASIL MARCUS VINÍCIUS PERES PAZELLO RIO DE JANEIRO 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE MONOGRAFIA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU LOGÍSTICA EMPRESARIAL A LOGÍSTICA NO E-COMMERCE: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO BRASIL MARCUS VINÍCIUS PERES PAZELLO Matrícula: T206531 / Turma: T074 vinicius.pazello@yahoo.com.br Monografia apresentada ao Instituto a Vez do Mestre da Universidade Candido Mendes, campus Tijuca, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do curso de Pós- Graduação lato sensu em Logística Empresarial. Área de Concentração: Administração Economia / Engenharia de Produção / Logística Empresarial Orientador: Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço RIO DE JANEIRO 2011

AGRADECIMENTO A todo o Departamento do corpo docente do Instituto A Vez do Mestre UCAM Campus Tijuca, por proporcionar um curso de excelente qualidade na pós-graduação, essencial para a minha formação acadêmica. Aos meus colegas de pós-graduação do AVM UCAM Campus Tijuca, que ofereceram comentários tão valiosos e críticos para melhorar a qualidade final deste trabalho. A todos (as) os (as) meus amigos (as) pela motivação e entusiasmo que de maneira direta e indireta contribuíram para a conclusão desta monografia.

LISTA DE ABREVIATURAS ANTT B2B B2C C2B C2C CNT CRM CTRC EDI ERP JIT MRP SAC SGE TEF TMS WMS Agência Nacional de Transportes Terrestres Business-to-Business Business-to-Consumer Consumer-to-Business Consumer-to-Consumer Confederação Nacional do Transporte Customer Relationship Management Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga Electronic Data Interchange Enterprise Resource PLanning Just in Time Material Requirements Plannig Serviço de Atendimento ao Cliente Sistema de Gestão Empresarial Transferência Eletrônica de Fundos Transportation Management System Warehouse Management System

RESUMO A aceleração do comércio eletrônico está gerando diversas oportunidades substantivas de crescimento e prosperidade, mudando não só a maneira de comercialização como também a forma que se entrega o produto e/ou serviço. Entretanto, as empresas demandam maior eficiência nas suas cadeias de suprimentos sendo necessário identificar quais as características estratégicas, áreas de expansões e gargalos operacionais que podem a partir de uma cadeia de suprimento ineficiente em sua logística integrada limitar o desenvolvimento do e-commerce no Brasil. A eficiência logística será o elemento principal para alcançar a liderança, apoiado no aprimoramento da arte de combinar competência operacional e comprometimento, em relação às expectativas dos clientes. Esse comprometimento com o mercado, em uma estrutura de baixo custo, constitui os desafios e as oportunidades de novos negócios para uma proposta de geração de valor agregado. Embora consolidado no mercado nacional, o e-commerce ainda possui diversos gargalos operacionais que precisam ser vencidos. Entre estes, destaca-se a logística integrada em transportes como um dos fatores críticos de seu sucesso. Na realização das análises bibliográficas, foi constatado que a integração logística na cadeia de suprimentos viabiliza o desenvolvimento do e- commerce no mercado brasileiro. Pois, onde os custos são muito elevados, a logística pode não garantir o avanço do comércio eletrônico. No âmbito geral, a logística não se altera, o que muda é a sua dinâmica e estrutura para atender as novas demandas. As exigências estão voltadas para uma logística integrada cada vez mais intensiva em tecnologia, informação em tempo real e equipamentos de alto desempenho.

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 06 CAPÍTULO I A EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA INTEGRADA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS 09 CAPÍTULO II A LOGÍSTICA INTEGRADA E O E-COMMERCE NO BRASIL 19 CAPÍTULO III ENTRAVES E BOAS PRÁTICAS DO E-COMMERCE NO BRASIL 29 CONCLUSÃO 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36 ÍNDICE 38 ÍNDICE DE FIGURAS 39 ÍNDICE DE TABELAS 40

6 INTRODUÇÃO O fim da Segunda Guerra Mundial é o ponto de partida para as análises e estudos estratégicos em logística. Nesta guerra, a movimentação de material bélico é considerada a maior operação logística sem precedentes de nossa história. Essa eficiência logística contribuiu de maneira decisiva para o desenvolvimento das melhores práticas nas grandes empresas no pós Segunda Guerra Mundial. Deste momento em diante, a atividade logística inicia seu processo de evolução, e somente nos anos de 1990, são consolidados os procedimentos logísticos do momento atual. Assim um novo horizonte de oportunidades torna-se visível para as atividades logísticas no mercado mundial. Nessa busca em desenvolver as melhores práticas comerciais os avanços tecnológicos possuem papel fundamental nessa evolução, onde a logística integrada encontra sua tendência natural para aperfeiçoar resultados. As empresas deste setor buscam a eficiência logística, em toda sua cadeia de suprimentos, como o principal elemento. A fim de aumentar sua lucratividade, apoiado no aprimoramento da arte de combinar competência operacional e comprometimento, em relação às expectativas e necessidades dos clientes. Para desta forma, atender as necessidades e preferências dos consumidores finais. Portanto, para conseguir maximização de resultados é necessário que as empresas brasileiras desenvolvam competência logística em suas vantagens comparativas, para ofertarem serviços superiores a uma parcela maior de clientes neste mercado tão competitivo. O e-commerce trouxe relevante dinamismo e impactou, de maneira decisiva, a cadeia de suprimentos. A evolução do comércio eletrônico possui um potencial de revolucionar a maneira de executar as operações nas empresas. Diversos setores da economia estão atuando neste tipo de comércio e os mais eficientes e eficazes competem com menos restrições e melhores condições. Neste panorama, o desenvolvimento na gestão da cadeia de

7 suprimentos e a sua integração logística proporcionam ganhos significativos de produtividade, re-engenharia de processos, redução de custos operacionais e a eliminação de funções que não agregam valor. As empresas que atuam com logística integrada na cadeia de suprimentos têm percebido a necessidade de rápidas adaptações frente a esses novos mercados. As cadeias de suprimentos eficientes darão suporte a níveis mais profundos de satisfação do cliente. Para isto, as empresas serão forçadas a inovar constantemente e a se transformar regularmente para acompanhar o alto grau de concorrência. Portanto, a busca pela integração, visando agregar valor aos produtos e/ou serviços conforme a demanda do cliente é extremamente necessária, para manter a competitividade. Desta maneira, para os próximos capítulos, o estudo apresenta a seguinte estrutura. No primeiro capítulo, é sintetizada a importância estratégica da logística integrada, sua evolução histórica do momento inicial ao atual e quais as evoluções tecnológicas foram fundamentais para uma melhor integração dentro da cadeia de suprimentos. A logística integrada possui papel estratégico dentro de uma proposta de gestão e serve para relacionar e sincronizar a cadeia de suprimentos de maneira geral enquanto fluxo contínuo, sendo essencial para a sua completa integração. No segundo capítulo, é apresentada a importância da sincronização logística na integração da cadeia de suprimentos e quais as classificações dentro do comércio eletrônico. Posteriormente, são mencionados os aspectos entre logística tradicional e a logística na era digital ; e como a logística em transportes, principalmente o modal rodoviário, é relevante no Brasil. No terceiro capítulo, são apresentados os entraves e as boas práticas do e-commerce no Brasil. Para isto, a estratégia principal é saber como alavancar o nível de serviço logístico num mercado onde existem grandes desafios e oportunidades de negócios.

8 Na conclusão desta monografia, são apresentados os comentários finais, sobre os aspectos logísticos estratégicos, a partir das pesquisas bibliográficas utilizadas. Desta forma, desenvolver expertise específica em logística aplicada às áreas de administração, economia, engenharia de produção e logística gerencial.

9 CAPÍTULO I A Evolução da Logística Integrada na Cadeia de Suprimentos. O objetivo deste capítulo é apresentar a evolução histórica da logística integrada e a sua pertinência para esta análise, assim, não será apresentada uma revisão exaustiva da literatura sobre este tema. A importância da evolução da logística integrada até sua atuação no momento atual é o elemento mais importante. Portanto, é relevante verificar quais as evoluções tecnológicas foram fundamentais para uma melhor integração da logística dentro da cadeia de suprimentos. Neste momento, serão apresentados os elementos necessários para compreensão mais adiante da análise proposta e como as boas práticas empresariais e a eficiência logística serão os elementos principais para garantir maior competitividade e competência operacional. 1.1 Da Arte da Guerra à Logística Integrada A Herança Militar Com o final da Segunda Guerra Mundial, as operações de movimentação de material bélico tropas, armamentos, munições, medicamentos, alimentos e material de comunicação foram analisadas e identificadas como fatores decisivos para o sucesso das batalhas realizadas no front. O desembarque das Tropas Aliadas na Normandia 1 é considerado a maior operação logística 2, sem precedentes de nossa história. Essa eficiência logística de suprimento e re-suprimento contribuiu de maneira decisiva para o 1 O desembarque, realizado no dia 06 de Junho de 1944, no sul da França, na Normandia, é conhecido O D D 2 Num esforço de apenas um dia, as Tropas Aliadas desembarcaram cerca de 300.000 soldados, movimentando aproximadamente 20.000 veículos dos tipos terrestres, marítimos e aéreos. Sendo que cada soldado possuía, em média, carga de 30kg, totalizando 9.000 Toneladas de material.

10 desenvolvimento das práticas logísticas nas empresas no pós Segunda Guerra Mundial. As práticas logísticas sempre tiveram associadas às atividades militares, mas em razão do novo modelo de produção e de consumo em massa surgidos após o final da guerra, em 1945, a eficiência militar conseguiu influenciar as atividades logísticas para serem adotadas, também, pelas grandes companhias e empresas comerciais. Após este momento, um novo horizonte de oportunidades torna-se visível para as atividades logísticas no mercado mundial. É com o surgimento de oportunidades para agregar valor redução de custos, redução de prazos de entrega, maior disponibilidade de produtos, melhora no processamento dos pedidos que a logística encontra sua vocação para otimizar resultados. Porém, mesmo proporcionando aumentos significativos tanto na eficiência quanto na eficácia, até os anos de 1940 a literatura sobre o tema não contemplava muitos estudos e/ou publicações. Somente a partir dos anos de 1950, que as empresas na busca por parcelas mais significativas do mercado, focam suas atenções para a satisfação dos seus clientes. Nos anos de 1960, a indústria atuando nos processos produtivos, dá início a utilização dos conceitos logísticos para também racionalizar e aproveitar os espaços físicos e desta forma, melhorar seus ganhos e sua eficiência operacional. Em 1970, os estudos avançam no sentido de melhorar o desempenho da armazenagem e da distribuição física, consolidando-se, os avanços nas análises e composições para o custo de lote econômico. A logística, durante os anos de 1980, atinge nova condição de importância nas grandes empresas, passando do nível operacional para o nível mais estratégico na gestão empresarial. Esta mudança de condição foi ocasionada por alterações na dinâmica da economia mundial maior demanda em novos mercados com o início da globalização. Deve-se destacar, neste momento, que ocorre um melhor aproveitamento dos avanços tecnológicos, promovidos pelas mudanças de paradigmas, ocorridos na revolução

11 tecnológica dá década anterior. Além disso, diversas ferramentas MRP 3, ERP 4, JIT 5, Kanban 6 são desenvolvidas e utilizadas, dentro de uma nova perspectiva, para fazer a integração logística entre os setores (produção, financeiro, armazenamento, marketing, vendas) da cadeia de suprimentos. Nos anos de 1990 são consolidadas as definições do padrão do momento atual. As transformações comerciais em todo o mundo sofrem o impacto irrevogável dos avanços da informática, da Internet e de uma série de possibilidades tecnológicas inovadoras (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2006). Esta alavancagem na transmissão da informação, para criar uma integração mais próxima das cadeias de suprimento e das redes operacionais, favorece o acesso global tanto a mercados quanto a fornecedores. Desta forma, o avanço tecnológico permitiu que as empresas atendessem seus clientes em todo o mundo. Nessa nova dinâmica logística o processamento do pedido até a sua entrega para o cliente (sendo produto e/ou serviço) pode ser executado em questão de horas. A repetição sistemática de falhas de serviço que caracterizava os processos logísticos do passado foi trocada pela busca crescente de taxas de eficiência próximas a zero. A noção do pedido perfeito ou a entrega do tipo certo, na quantidade desejada, no local e prazo corretos, sem avarias e com ausência de falhas no seu processamento antes considerado exceção, está no momento atendendo as novas demandas comercias. Além disso, é importante ressaltar que a manutenção do alto nível operacional tem seu desempenho garantindo com uma estrutura de custo total baixo e comprometimento de recursos financeiros menores que os caracterizados anteriormente. 3 MRP Material Requirements Planning, com o apoio de sistemas de informação computadorizados, permite que as empresas gerenciem os insumos necessários nos seus processos produtivos, na quantidade certa e em qual momento serão necessários. 4 ERP Enterprise Resource Planning, plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações numa base de dados única. 5 JIT Just in Time, Planejamento de produção de bens e/ou serviços exatamente no momento que são demandados. 6 Kanban Cartão de sinalização que controla os fluxos e/ou transporte numa linha de produção.

12 A logística integrada tem papel estratégico dentro da proposta de gestão na cadeia de suprimentos. Segundo Bowersox; Closs e Cooper (2006) para cada empresa envolvida, o relacionamento na cadeia de suprimentos reflete uma escolha estratégica. Já as operações desta cadeia demandam o gerenciamento dos processos em cada empresa, fornecedor e cliente que ultrapassam os limites físicos das áreas funcionais das empresas envolvidas. Nesta mesma sincronia, a logística é a atividade exigida para abastecer e posicionar o inventário nessa cadeia. Assim a logística integrada serve para relacionar e sincronizar a cadeia de suprimentos de maneira geral enquanto um processo de fluxo contínuo, sendo essencial para a sua completa integração. Corrobora para tal análise a observação de Novaes (2003) onde a logística moderna procura coligar todos os elementos do processo prazos, integração de setores da empresa e formação de parcerias comerciais com fornecedores e clientes para desta forma, atender as necessidades e preferências dos consumidores finais. 1.2 Sistemas de Gestão Empresarial (SGE) Os avanços tecnológicos desenvolvidos nas últimas cinco décadas (iniciados em 1960) são extremamente significativos, pois, o Sistema de Gestão Empresarial (SGE) apresenta uma vasta gama de informações que dão suporte a integração logística. Conforme Bowersox; Closs e Cooper (2006) os SGE s da cadeia de suprimentos dão início a atividade e acompanham a informação referente aos processos, facilitando o compartilhamento de informações tanto dentro da empresa quanto entre os parceiros da cadeia de suprimentos, ao mesmo tempo em que auxiliam no processo de tomada de decisões gerenciais. A área mais procurada para utilização dos Sistemas de Gestão Empresariais é a cadeia de suprimentos. A implementação de um sistema deste tipo é importante, pois, permite a integração, coordenação e agilidade

13 nas transações da cadeia de suprimentos entre as corporações, visto que este setor apresenta alternativas para redução de custo e diferenciação de produtos e serviços (MAZUTTI; MAÇADA; RIOS, 2005). Portanto, a cooperação entre os participantes da cadeia reduzirá os riscos individuais e poderá, potencialmente, melhorar a eficiência do processo logístico integrado, eliminando perdas e esforços desnecessários. 1.2.1 Enterprise Resource Planning (ERP) Os ERP s surgiram a partir dos sistemas desenvolvidos na década de 1960, com objetivo de gerenciar a produção, através do controle do estoque, compras e gestão da produção (TURBAN; RAIBER JR.; POTTER, 2003). O ERP, em termos gerais, é utilizado para automatizar processos e integrar informações de áreas que dão suporte ao negócio como Financeiro, RH, Comercial e Compras numa única base de dados, a Figura 1.1 demonstra esta integração na organização empresarial. Figura 1.1 O ERP integra a informação de todos os departamentos. Fonte: (Extraído de DAVENPORT, 1998, p. 1).

14 Este sistema de gestão empresarial foi fundamental para solucionar um problema antigo dentro das grandes corporações, que era a falta de integração entre os departamentos. A idéia de sistemas de informações integradas existe desde o início dos anos de 1960. Entretanto, devido ao alto custo tecnológico e dificuldades práticas não era possível esta iniciativa na maioria das empresas. Na Tabela 1.1 encontramos a evolução dos Sistemas de Gestão Empresarial. Tabela 1.1 Evolução dos Sistemas de Gestão Empresarial (SGE) Década Processos Sistema Objetivo 1960 Compra + Estoque + Programação da Produção MRP Gestão da Produção 1970 MRP + Finanças e RH MRP II Gestão da Produção Ampliada 1980 MRP II + Departamentos Internos ERP Unificação das Bases de Dados 1990 ERP + Fornecedores e Consumidores Internos Cadeia de Suprimentos ERP e Cadeia de Suprimentos 2000 ERP + Cadeia de Suprimentos Interna + Fornecedores e Consumidores Externos Interna Cadeia de Suprimentos Ampliada Gestão da Cadeia de Suprimentos Fonte: (Adaptado a partir de MAZUTTI; MAÇADA e RIOS, 2005, p. 5). Interna Gestão da Cadeia de Suprimentos Ampliada A observação apresentada por Slack; Chambers e Johnston (2003) o ERP é o último e, provavelmente, o mais significativo desenvolvimento da filosofia básica do MRP, iniciada nos anos de 1960. A inteligência do MRP revela o fato de poder explorar as conseqüências de quaisquer mudanças que uma operação fosse solicitada a realizar. Assim, se a demanda mudasse, o sistema MRP poderia calcular todos os efeitos e estabelecer instruções de contenção.

15 Os sistemas de ERP permitem que as decisões e a base de dados de todos os departamentos da empresa sejam integradas, de modo que as conseqüências das decisões de uma parte da organização sejam refletidas nos sistemas de planejamento e controle do restante da organização. Adicionalmente aos sistemas de integração, o ERP em geral inclui outras características que o transformam em uma ferramenta poderosa de planejamento e controle: a. É baseado na arquitetura cliente/servidor, quer dizer, o acesso aos sistemas de informação é aberto a qualquer pessoa cujo computador esteja ligado aos computadores centrais (servidores); b. Pode incluir facilidades de apoio à decisão, que permitem aos que participam do processo decisório sobre a produção considerar as informações mais recentes; c. É geralmente ligado aos sistemas extranet 7, como sistemas de intercâmbio de dados, que se ligam aos parceiros da cadeia de suprimento da empresa; d. Adoção de melhores práticas de negócio, suportadas pelas funcionalidades do sistema, que resultam em ganhos de produtividade, maior competitividade e melhor velocidade de resposta da organização; e. Não há necessidades de o ERP ficar limitado à planta da empresa. Existem benefícios ainda maiores quando a empresa amplia seu ERP e utilizá-o como ferramenta de integração mais sólida com vendedores, fornecedores, produtores, distribuidores, varejistas e outros parceiros comerciais; f. Suporte a vários idiomas. Interesse particular para empresas que possuem operações em diferentes regiões do globo. Desta forma, utilizando o mesmo sistema ERP em todas as suas unidades; e g. Em cada módulo, suporte aos relatórios exigidos legalmente nos países para o qual o ERP está homologado. 7 A rede de computadores de uma empresa que faz uso da internet para compartilhar com segurança parte do seu sistema de informação.

16 O ERP é possivelmente o desenvolvimento mais significativo derivado do MRP. Atualmente, utilizado por tipos muito diferentes de empresas, integra as atividades de planejamento, vendas e marketing, finanças e recursos humanos. Os ERP s substituem estoques por informações, visto que o tratamento delas pode traduzir giros mais rápidos de estoques, que resultam em maior capacidade de armazenagem. Além disso, uma gestão melhorada da cadeia de suprimentos mantém os recursos da empresa trabalhando em conjunto afinado para satisfazer as exigências dos clientes com o máximo de eficiência. 1.2.2 Customer Relationship Management 8 (CRM) Projetado para ampliar a funcionalidade do ERP, pois, as empresas estão utilizando a ferramenta CRM para tratar os clientes como fonte de faturamento estratégica. O CRM atualmente analisa informações do setor de vendas, call center, help desk e sites de relacionamento, para que o cliente seja entendido, e a partir daí desenvolver estratégias de mercado. Com essa gestão do relacionamento com o cliente é possível obter informações detalhadas sobre os itens mais consumidos. Desta forma, são feitas campanhas direcionadas a determinado público, local e momento certo para promoção de vendas. 1.2.3 Transportation Management System 9 (TMS) Desenvolvido para identificar e avaliar proativamente as estratégias e táticas de transportes, para determinar os melhores métodos de movimentação dos pedidos dentro das restrições existentes. Entretanto as principais 8 CRM Customer Relationship Management, ferramenta que automatiza as funções de contato com os clientes. O sistema cruza informações a fim de produzir conhecimentos estratégicos para o negócio. 9 TMS Transportation Management System, software para melhoria da qualidade de todo o processo de distribuição.

17 aplicações do TMS são a economia de custos e a funcionalidade elevada para oferecer dados confiáveis. Este sistema de gerenciamento de transporte é, também, utilizado sobre uma base única de dados (ERP) e com a função de fornecer suporte às operações de planejamento e consolidação de cargas, utilização do melhor custo/modal, roteirização de veículos e otimização de equipamentos de transportes. 1.2.4 Warehouse Management System 10 (WMS) Este sistema de gerenciamento de armazéns possui a função de otimizar o uso dos espaços do armazém para estocagem e retirada de produtos com o objetivo de minimizar tempos e movimentação. O WMS inicia e controla as atividades de armazenagem, além de possuir as seguintes funcionalidades: a. Agendamento: informa qual o melhor horário e local que a operação deve ser executada; b. Recebimento: atuando em tempo real o sistema informa em casos de existência de divergências (quantidades diferentes do pedido solicitado); c. Endereçamento: indica os melhores locais para o armazenamento, além de emitir automaticamente a etiqueta de código de barras; d. Armazenamento: indica o uso ideal dos equipamentos necessários que devem ser utilizados na armazenagem solicitada; e. Separação: o WMS informa qual item é solicitado, o local e o equipamento ideal para sua movimentação antes de ser levado para a área de expedição; f. Expedição: os itens separados são conferidos uma última vez, e colocados dentro de uma área de confinamento, para embarque ao destino final; e 10 WMS Warehouse Management System, importante software da cadeia de suprimentos e fornece a rotação dirigida de estoques e diretivas inteligentes para maximizar o uso do espaço nos armazéns.

18 g. Abastecimento de Linhas de Produção: evita que uma linha de produção deixe de funcionar por falta de um determinado item necessário. O abastecimento automático de linhas de produção evita que haja interrupções não programadas, reduzindo custos e aumentando a produtividade. Os sistemas de execução empresarial, não somente o WMS, e também o CRM e o TMS, estão evoluindo para atender necessidades específicas, pois, os módulos dos ERP s não são completamente capazes de desempenhar algumas das atividades mais importantes (em particular aquelas que agregam valor), exigidas pelas operações da cadeia de suprimentos.

19 CAPÍTULO II A Logística Integrada e o e-commerce 11 no Brasil A eficiência da logística será o elemento principal para que as empresas apresentem suas cadeias de suprimento de forma integrada. Assim garantindo o desenvolvimento do e-commerce no Brasil. Portanto, para conseguir maximização de resultados é necessário que as empresas brasileiras desenvolvam competência logística em suas vantagens comparativas, para ofertarem serviços superiores a uma parcela maior de clientes neste mercado tão competitivo. Desta forma, analisamos a importância da sincronização da cadeia de suprimento; e verificamos a inovação e o toque revolucionário utilizado no comércio eletrônico. 2.1 O Comércio Eletrônico e seus Impactos na Cadeia de Suprimento As práticas em negócios eletrônicos iniciaram-se nos anos de 1970, com as inovações de Transferência Eletrônica de Fundos 12 (TEF), para tornar a forma de pagamento mais simples, onde um determinado valor é transferido de uma conta bancária para outra conta. Entretanto, esta operação estava, apenas, disponível para grandes corporações e para valores muito elevados. A consolidação deste recurso eletrônico surgiu com o Electronic Data Interchange 13 (EDI) durante o final dos anos de 1990. O EDI é definido como uma troca inter-empresarial, computador a computador, de documentos comerciais padronizados para facilitar um alto volume de transações. 11 Tipo de transação realizada eletronicamente envolvendo a comercialização de produtos e/ou serviços. 12 Transferências de valores monetários de maneira eletrônica ocorrendo na própria instituição ou entre diversas instituições. 13 Troca de fluxo de dados estruturados através de uma rede de telecomunicações entre sistemas computacionais.

20 Conforme observado por Bowersox; Closs e Cooper (2006), os benefícios diretos do EDI incluem a melhoria da produtividade a partir da transmissão mais rápida de informações e de uma redução do re-trabalho. O desempenho operacional é alavancado pela redução de entradas e interpretação repetitivas de dados. O EDI impacta diretamente nos custos operacionais logísticos através: a) do custo reduzido de mão-de-obra e do material associado à impressão, correio e manuseio de transações com base no papel; b) do uso reduzido em telecomunicações via voz; e c) dos custos menores com funcionários. O desenvolvimento do comércio eletrônico por intermédio da internet trouxe relevante dinamismo e impactou, de maneira decisiva, a cadeia de suprimentos. As empresas do mercado brasileiro estão inserindo-se no comércio eletrônico em grande escala. Vários setores da economia estão atuando neste tipo de comércio. Além disso, devido a sua onipresença, anonimato e acessibilidade, ele está proporcionando uma nova meritocracia na qual os participantes mais eficientes e eficazes começam a competir com bem menos restrições e em melhores condições do que em qualquer outra época (MEANS; SCHEIDER, 2001). A análise de Bolçone (2003) mostra que o impacto do comércio eletrônico na cadeia de suprimentos é subdividido em três categorias principais, dentro de uma perspectiva de geração de valor agregado: a) o comércio eletrônico melhora o marketing direto; b) transforma as corporações; e c) redefine as empresas. O marketing direto é melhorado devido ao impacto do comércio eletrônico na promoção do produto; na criação de um novo canal de distribuição, o que geraria novas oportunidades; à redução do ciclo de tempo; aos serviços aos clientes e às imagens de empresas e/ou que podem se consolidarem no mercado através da internet. A transformação nas corporações ocorreria na criação de novos modelos de negócios, na redução do quadro de funcionários frente à adoção

21 do nível de tecnologia mais elevada, além de uma reestruturação da empresa por completo devido à necessidade de adaptação à nova economia e estratégias de mercado. Para Kalakota e Robinson (2003), o impacto do e-commerce está acontecendo em três etapas. Na primeira, realizada entre os anos de 1994 e 1997, o comércio eletrônico era caracterizado apenas pela presença da empresa na internet. O objetivo era tornar a organização conhecida neste universo digital. A segunda etapa, ocorrida entre os anos de 1997 aos anos 2000, iniciou-se as primeiras transações, sendo elas de compra ou venda, através deste ambiente digital. O foco concentrava-se no fluxo de pedidos e no faturamento. A preocupação maior era executar virtualmente as tarefas antes realizadas tradicionalmente por documentação física (no papel), não havia um modelo de negócios muito desenvolvido e eficiente, o que levou à falência de várias empresas nesta época. A terceira e última etapa, iniciou-se após os anos 2000 e está presente até os dias atuais, caracteriza-se pela preocupação das organizações em utilizar o ambiente virtual (internet) a fim de aumentar sua lucratividade, apoiado no aprimoramento da arte de combinar competência operacional e comprometimento, em relação às expectativas e necessidades dos clientes. Independente da visão utilizada para se analisar o impacto do comércio eletrônico nas empresas, sabe-se que hoje ainda há um grande número de empresas que se encontram no ambiente virtual apenas para disponibilizar informações próprias e de seus produtos, não utilizando as oportunidades substantivas de crescimento e prosperidade ocasionados pela a aceleração do avanço do e-commerce. A tecnologia de rede também cria melhores oportunidades para as empresas em trajetórias de crescimento, através de conexões eletrônicas com empresas, consumidores, governo o comércio eletrônico incrementa