CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA



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Transcrição:

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA ANDERSON APARECIDO CAVALHEIRO ELISIARIO JULIANA VICENTE LEAL UM ESTUDO SOBRE SOFTWARE DE GESTÃO DE TRANSPORTES: UMA ANÁLISE COMPARATIVA COM O ERP-SAP-SD LINS/SP 1 SEMESTRE/2013

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA ANDERSON APARECIDO CAVALHEIRO ELISIARIO JULIANA VICENTE LEAL UM ESTUDO SOBRE SOFTWARE DE GESTÃO DE TRANSPORTES: UMA ANÁLISE COMPARATIVA COM O ERP-SAP-SD Trabalho Conclusão de Curso Apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins para obtenção do Título de Tecnólogo em Logística. Orientador: Profº. Dr. André Ricardo Ponce dos Santos LINS/SP 1 SEMESTRE/2013

ANDERSON APARECIDO CAVALHEIRO ELISIARIO JULIANA VICENTE LEAL UM ESTUDO SOBRE SOFTWARE DE GESTÃO DE TRANSPORTES: UMA ANÁLISE COMPARATIVA COM O ERP-SAP-SD Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Tecnólogo (a) em Logística sob orientação do Profº.Dr. André Ricardo Ponce dos Santos. Data de aprovação: 19/06/2013 Orientador Profº. Dr. André Ricardo Ponce dos Santos Profº. Me. Sandro da Silva Pinto Profº. Me. Sílvio Ribeiro

Em especial a minha mãe Marinete Cavalheiro, a quem devo a vida e minha formação. Meu reconhecimento e gratidão pelo amor, compreensão e apoio constante nesta jornada da vida. Anderson Aparecido Cavalheiro

Em especial a minha mãe Maria Vicente, a quem devo a vida e minha formação. Meu reconhecimento e gratidão pelo amor, compreensão e apoio constante nesta jornada da vida. Juliana Vicente Leal

AGRADECIMENTOS Agradeço A Deus, pelo dom da vida e demonstração de amor gratuito e infinito. Pai digno de honra e glória. À minha esposa Larissa, maior incentivadora deste projeto, pela paciência, dedicação e compreensão em minhas ausências e pelo exemplo de otimismo e confiança depositados em mim. Ao meu filho Bruno que é motivo de inspiração para eu almejar novos obstáculos. Aos meus pais Adilson e Marinete, que me conduziram a uma formação pautada pela humildade, de respeito, princípios morais e honestidade. Muito obrigado por serem meus pais e tenham a certeza de que esta etapa que se conclui seria impossível sem a participação de vocês. Anderson Aparecido Cavalheiro

AGRADECIMENTOS A Deus "Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência. Às vezes, usa a raiva, para que possamos compreender o infinito valor da paz. Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono. Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade do que dizemos. Às vezes usa o cansaço, para que possamos compreender o valor do despertar. Outras vezes usa doença, quando quer nos mostrar a importância da saúde. Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar sobre água. Às vezes, usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar. Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da vida" (Fernando Pessoa). Agradeço a Deus por ter colocado pessoas maravilhosas em meu caminho, grandes amigos, grandes companheiros que sempre me ajudaram com todo o carinho. Minha Mãe Que me ensinou a caminhar com firmeza e dedicação nos comprimentos das tarefas da vida. Não medindo esforços para me conceder este mérito. Espero poder retribuir e recompensá-la por todo o seu esforço e dedicação. Minha Irmã (Gerente - Transportes Carinhoso LTDA) Janayna que está presente em minha vida, passando otimismo e garra sendo a luz da minha caminhada, e ao lindo sobrinho (Lucas Vicente). Ao meu Esposo Marco Leal que teve muita paciência para suportar a minha ausência em alguns momentos, a minha falta de tempo e os meus momentos de mau humor, que veio na minha vida nos momentos mais difíceis dessa minha jornada. TE AMO MUITO!!

Meu Orientador Dr. André Ricardo Ponce dos Santos pela orientação, amizade, apoio e incentivo em todos os momentos da realização desse trabalho. Agradeço a oportunidade que me foi dada. A Bibliotecária Rosicler que nos momentos que precisei de assistência em consultas de livros e artigos me ajudou. Ao Dono da Empresa (Transportes Carinhoso LTDA) Ivan Sergio Bertolli, que me deu a oportunidade de estar fazendo parte da sua empresa e aprendendo cada dia mais como é a logística na prática na área de Transporte. Ao Auditor da Empresa (Transportes Carinhoso LTDA) Fred Brandão, que me ajudou a estar trabalhando na empresa, acreditando na minha capacidade. A todos que de certa forma colaboraram para a realização deste estudo. Juliana Vicente Leal

RESUMO Nos dias atuais o transporte para a maioria das empresas, é a atividade logística mais importante pelo fato que absorve, em média, de um a dois terços dos custos logísticos. Assim, o transporte consiste na distribuição efetiva, ou seja, refere-se a vários métodos utilizados para movimentar a entrega de materiais. Hoje o Brasil é um dos maiores países do mundo em extensão territorial e possui uma das maiores malhas rodoviárias do planeta. Sabe-se que na escolha do modal de transporte a empresa pode criar uma vantagem competitiva no mercado. Diante disso, este trabalho tem como objetivo realizar um estudo teórico sobre a utilização de softwares específicos para empresas de transporte rodoviário de cargas, realizando uma análise comparativa entre o SAP-SD e o software utilizado pela empresa estudada. Com vistas a atingir o objetivo, foi realizado um estudo teórico sobre os principais conceitos que envolvem a logística, o modal rodoviário e as características dos softwares de gestão logística. Além disso, foi realizado um estudo de caso na empresa Transportes Carinhoso LTDA, situada na cidade de Guaiçara-SP caso este que buscou explorar o software de gestão de transporte utilizado pela empresa frente ao sistema ERP-SAP R-3, mais precisamente o módulo de SD módulo este que é voltado para as áreas de vendas e distribuição. Com a realização da pesquisa, foi possível compreender que para uma boa gestão de frota a empresa precisa ter um software voltado à área de transporte. Para a realização desta pesquisa foram feitas consultas em livros, pesquisas em artigos, dissertações sobre o transporte rodoviário e o software utilizado para uma gestão de frota, a metodologia utilizada foi de caráter qualitativo. E para uma melhor gestão da empresa estudada sugerimos a incorporação do TCL-padrão junto ao SAP-SD para maior utilização dos recursos e mais agilidade nos processos. Palavras-Chave: Logística. Transporte. Software. Brasil.

ABSTRACT Nowadays, for most companies shipping, is the most important logistics activity because it absorbs, on average, one to two-thirds of logistics costs. Thus, the transport is an effective distribution, it in the other words refers to various methods used to move the delivery of materials. Today Brazil is one of the largest countries in the world in area and has one of the largest road networks in the world. It is known that the choice of transport mode the company can create a competitive advantage in the market. Thus, this research aims to conduct a study theoretical on the use of specific software for trucking companies loads, performing a comparative analysis between SAP-SD and software used by the company studied. In order to achieve the goal, we performed a theoretical study on the main concepts involving logistics, road transportation and characteristics of logistics management software. In addition, we performed a case study on the company Affectionate Transport LTD, located Guaiçara city-sp. This case sought to explore the transportation management software used by the company in the ERP system SAP R-3, more precisely the module SD wich is geared to the areas of sales and distribution. With the research, it was possible to understand that a good fleet management company needs to have a specific software for in the transport area. For this research, consultations were done in books, research articles, dissertations about road transportation and the software used for a fleet management, the methodology used was qualitative. And for better management of the company studied. We suggest the incorporation of TCL standard with the SAP-SD for increased resource utilization and faster processes. Keywords: Logistics. Transportation. Software. Brazil

LISTA DE QUADROS Quadro 2.1 Custos Variáveis e Custos Fixos... 32 Quadro 4.1 Funções do Software TCL Padrão... 40 Quadro 5.1 Análise Comparativa entre Softwares... 47

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS CNH Carteira Nacional de Habilitação CRT Conhecimento Rodoviário de Transporte CTRC Conhecimento do Transporte Rodoviário de Carga EDI Eletronic Data Interchange ERP Enterprise Resource Planning (Gerenciamento Empresarial) OCC Ordem de Coleta de Carga RE Romaneio de Carga TCL Transportes Carinhoso Ltda. TMS Transportation Management System WMS Armazenagem

% - Porcentagem LISTA DE SÍMBOLOS

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 15 CAPÍTULO 1 REVISÃO TEÓRICA SOBRE A LOGÍSTICA... 17 1.1 HISTÓRIA DA LOGÍSTICA... 17 1.2 CONCEITOS DA LOGÍSTICA... 19 1.3 O TRANSPORTE E A LOGÍSTICA... 20 CAPÍTULO 2 REVISÃO TEÓRICA SOBRE O TRANSPORTE RODOVIÁRIO... 22 2.1 ESPECIFICAÇÕES DOS VEÍCULOS UTILIZADOS NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO... 24 2.1.1 Caminhões... 25 2.1.2 Carretas... 25 2.1.3 Chassis... 26 2.1.4 Bi trens... 26 2.1.5 Treminhões... 26 2.1.6 Rodotrens... 26 2.2 DOCUMENTOS E TARIFAS... 27 2.3 CUSTOS RELACIONADOS AO TRANSPORTE RODOVIÁRIO... 28 2.3.1 Custos Logísticos... 29 2.3.2 Custos Diretos e Indiretos... 30 2.3.3 Custos Fixos e Variáveis... 31 CAPÍTULO 3 REVISÃO TEÓRICA SOBRE O SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE - TMS (TRANSPORTATION MANAGEMENT SYSTEM)... 33 3.1 SOFTWARES EXISTENTES NO MERCADO... 35

CAPÍTULO 4 ESTUDO DE CASO... 40 4.1 TRANSPORTES CARINHOSO LTDA... 40 4.2 ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING)- SAP-R3... 43 4.2.1 SAP-SD (VENDAS E DISTRIBUIÇÃO)... 44 CAPÍTULO 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA... 47 CONCLUSÃO... 49 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS... 51 ANEXO A- AUTORIZAÇÃO DA DIVULGAÇÃO DO NOME DA EMPRESA PARA PESQUISA... 54

15 INTRODUÇÃO O transporte representa o elemento mais importante do custo logístico na maioria das empresas e tem papel fundamental na prestação do serviço ao Cliente. O transporte representa em média, 60% das despesas logísticas. O Brasil é um dos maiores países do mundo em extensão territorial, assim como possui uma das maiores malhas rodoviárias do planeta. Neste contexto, Ballou (2001) destaca que a seleção de um modal de transporte pode ser usada para criar uma vantagem competitiva do serviço. Para tanto, destaca-se os vários tipos de modais como: ferroviário, hidroviário, aeroviário, dutos e rodoviário. Diante desses modais, este trabalho enfatizará o modal rodoviário, que é caracterizado pelo transporte em estradas de rodagem, com utilização de veículos como caminhões, carretas, entre outros. O transporte rodoviário pode ser em território nacional ou internacional, inclusive utilizando estradas de vários países na mesma viagem (FREITAS, 2004). As vantagens deste modal estão na possibilidade de transporte integrado porta a porta e de adequação aos tempos pedidos, assim como freqüência e disponibilidade dos serviços. Apresenta como desvantagem a possibilidade de transportar somente pequenas cargas (RIBEIRO, FERREIRA, 2002). Por tanto a realização deste trabalho justifica-se pela importância do transporte de cargas que passa a ser considerado como o principal componente dos sistemas logísticos das empresas. Este setor utiliza o TMS (Transportation Management System) que segundo Marques (2002) é um software que pode funcionar incorporado ao ERP para a administração do transporte, que permite ao usuário visualizar e controlar toda sua operação logística. O presente trabalho tem como objetivo realizar um estudo teórico sobre a utilização de softwares específicos para empresas de transporte rodoviário de cargas, realizando uma análise comparativa entre o SAP-SD e o software utilizado pela empresa estudada. Para atingir o objetivo será realizado um estudo de caso na Empresa Transportes Carinhoso LTDA, situada na cidade de Guaiçara-SP, caso este que

16 buscou explorar o software de gestão de transporte utilizado pela empresa frente ao sistema ERP-SAP R-3, mais precisamente o módulo de SD módulo este que é voltado para as áreas de vendas e distribuição. Como objetivo específico analisou-se os pontos positivos e negativos do software utilizado pela empresa estudada em comparação ao sistema ERP-SAP R- 3, mais precisamente o módulo de SD. A estrutura do presente trabalho contempla cinco capítulos, sendo que o capitulo 1 será apresentada a revisão teórica sobre a logística, contando sua historia, seu conceito e sua relação com transporte. Já no capitulo 2 enfatizou-se modal objeto deste estudo (rodoviário) visando uma relação do modal, os tipos de transporte e os documentos e tarifas necessários. No capitulo 3 foi realizada uma revisão teórica sobre o TMS (Transportation Management System), visando enfatizar a empresa estudada, e sobre o ERP (Enterprise resource planning)- SAP enfatizando o SAP-SD. O capitulo 4, encontram-se dados da empresa estudada e dados do software de sua utilização. Por fim, o capitulo 5 apresenta a análise e a conclusão da pesquisa, que na qual foi elaborada uma análise comparativa entre as funcionalidades dos sistemas abordados neste trabalho.

17 CAPÍTULO 1 REVISÃO TEÓRICA SOBRE A LOGÍSTICA 1.1 HISTÓRIA DA LOGÍSTICA Desde os anos 90, com o descaminho das fronteiras geográficas, as empresas enfrentam um período marcado por um amplo desenvolvimento de estratégias e soluções para a atuação em um mercado global. É diante deste contexto que se moldura a logística que busca integrar todo o processo da cadeia de suprimento. De acordo com Dias (2005) desde os tempos bíblicos os líderes militares já se utilizavam da logística em suas operações. As guerras eram longas e geralmente distantes, sendo necessários grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas, armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram necessários um planejamento, organização e execução de tarefas logísticas, que envolviam a definição de uma rota, nem sempre a mais curta, pois era necessário ter uma fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem e distribuição de equipamentos e suprimentos. Segundo Brasil (2003), em 1888, o Tenente Rogers introduziu a Logística, como matéria, na Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da América. Entretanto, demorou algum tempo para que estes conceitos se desenvolvessem na literatura militar. A realidade é que, até a 1ª Guerra Mundial, raramente aparecia a palavra Logística, empregando-se normalmente termos tais como Administração, Organização e Economia de Guerra. Ainda, segundo Brasil (2003), o Almirante Henry Eccles, em 1945, ao encontrar a obra de Thorpe empoeirada nas estantes da biblioteca da Escola de Guerra Naval, em Newport, comentou que, se os EUA seguissem seus ensinamentos teriam economizado milhões de dólares na condução da 2ª Guerra Mundial. Eccles, Chefe da Divisão de Logística do Almirante Chester Nimitz, na Campanha do Pacífico, foi um dos primeiros estudiosos da Logistica Militar, sendo considerado como o pai da logística moderna.

18 Até o fim da Segunda Guerra Mundial a Logística esteve associada apenas às atividades militares. Após este período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais destruídos pela guerra, a logística passou também a ser adotada pelas organizações e empresas civis. Ballou (2010) explica que todo o desenvolvimento histórico da logística empresarial desmembra-se em três eras: antes de 1950,1950-1970, e após 1970. Colaborando com esta explicação, Rocha (2007) ressalta que durante os anos 1950 até o inicio dos anos 1960, havia um intenso conflito entre as atividades logísticas, pois eram tratadas de forma segmentada. Esse período representava a época da decolagem para a teoria e a prática da logística. As atividades de transporte, produção, estoques, marketing, finanças, processamento e pedidos eram encontradas em diferentes divisões organizacionais. Com as necessidades surgidas durante a 2º Guerra Mundial, a logística militar desponta como um ponto inicial para utilização dos conceitos de logística nas empresas. Somente no ano de 1945, algumas empresas juntaram suas atividades logísticas de forma sistêmica. Este período ficou conhecido como era de funções segmentadas. Segundo Carvalho (2002) a logística empresarial entrou na década de 70 no campo da administração de empresas e ficou conhecido com um período de semimaturidade. Este período ficou marcado pelo estabelecimento de seus princípios básicos e algumas empresas estavam começando a colher os benefícios de seu uso. Retrospectivamente, a aceitação do campo transcorria vagarosamente, pois as empresas pareciam estar mais preocupadas com a geração de lucros do que com o controle de custos. Ballou (1993) ressalta que a expansão do mercado muitas vezes mascaravam ineficiências tanto na produção como na distribuição. Entretanto, forças de mudança se acumulavam pouco antes dessa década. A competição mundial nos bens manufaturados começou a crescer, ao mesmo tempo que falta matérias-primas de boa qualidade. Ainda, segundo Ballou (1993), durante a década de 70 a competição mundial dos bens manufaturados começou a crescer e no mesmo tempo as matérias primas de boa qualidade começam a ficar escassas.

19 Dando sequencia ao desenvolvimento temporal da logística, Rocha (2007) acredita que nos anos 80, a logística passou a ter realmente um desenvolvimento revolucionário, marcado pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na administração. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas passaram a competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações para moldes mundiais de operação. Já na década de 1990, surge o conceito de supply chain management (gerenciamento das cadeias logísticas de suprimento), que inclui na sua logística integrada, seus fornecedores e consumidores. De acordo com Rocha (2007) nos dias atuais, o conceito de logística se amplia com a agregação de serviços, inclusive os relacionados à pós-venda, passando assim a compor-se de um leque muito mais amplo de atividades, desde a extração da matéria- prima até as atividades relacionadas com os produtos, e que são executadas após sua entrega aos consumidores finais. 1.2 CONCEITOS DA LOGÍSTICA Com vistas a cumprir um dos objetivos deste trabalho, é importante e necessária a realização de um estudo bibliográfico sobre os conceitos da logística. Neste sentido, buscou-se resgatar os conceitos dos principais autores sobre o assunto em questão. O termo logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, Ferreira (1986), vem do francês Logistique e tem como uma de suas definições "a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de:projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou administrativos. Logística também pode ser definido como, satisfazer o cliente ao menor custo total. Na percepção de Ballou (1993) a logística tem como objetivo prover o cliente com os níveis de serviços desejados, ao menor custo possível. A meta de nível de serviço logístico é providenciar bens ou serviços corretos, no lugar certo, no tempo correto.

20 Logística é o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matérias-primas, estoques durante a produção e produtos acabados. Além das informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos do cliente. (CARVALHO, 2002, p. 31). Segundo Carvalho (2002), a logística é dividida em dois tipos de atividades, as principais e as secundárias: Principais: Transportes, Manutenção de Estoques, Processamento de Pedidos. Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem, Suprimentos, Planejamento e Sistema de informação. 1.3 O TRANSPORTE E A LOGÍSTICA Para a maioria das empresas, o transporte é a atividade logística mais importante simplesmente porque absorve, em média, de um a dois terços dos custos logísticos (BALLOU, 2010). Rocha (2007) salienta que o transporte consiste na distribuição efetiva do produto, ou seja, refere-se aos vários métodos utilizados para movimentar os produtos. De modo a complementar o assunto, Alvarenga & Novaes (2000) explicam que para se organizar um sistema de transporte é preciso ter uma visão sistêmica, que envolve planejamento, mas para isso é preciso que se conheça: os fluxos nas diversas ligações da rede; o nível de serviço atual; o nível de serviço desejado; as características ou parâmetros sobre a carga; os tipos de equipamentos disponíveis e suas características (capacidade, fabricante, entre outros); e os sete princípios ou conhecimentos, referentes à aplicação do enfoque sistêmico. Quanto aos parâmetros de carga, os principais elementos são: peso e volume, densidade média; dimensão da carga; dimensão do veículo; grau de fragilidade da carga; grau de perecibilidade; estado físico; assimetria; e compatibilidade entre cargas diversas. Sendo assim, observa-se que no transporte de produtos, vários parâmetros precisam ser examinados para que se tenha um nível de serviço desejável pelo

21 cliente. Dependendo das características do serviço, deve ser realizada uma seleção de um modal de transporte ou do serviço oferecido dentro de um modal. Freitas (2004) afirma que o Brasil é um dos maiores países do mundo em extensão territorial e que possui uma das maiores malhas rodoviárias do planeta. Neste sentido, o transporte de cargas passa a ser considerado como o principal componente dos sistemas logísticos das empresas. Sua importância pode ser medida por meio de pelo menos, três indicadores financeiros: custo, faturamento e lucro. O transporte representa, em média, 64% dos custos logísticos, 4,3% do faturamento, e em alguns casos, mais que o dobro do lucro (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2000). São cinco os modais de transporte de cargas: rodoviário, ferroviário, aquaviário, duto viário e aéreo. Cada um possui características operacionais específicas e, consequentemente, estruturas de custos específicas que os tornam mais adequados para determinados tipos de produtos e de operações. Segundo Fleury, Wanke e Figueiredo (2000), no Brasil os preços relativos dos diferentes modais de transporte possuem a mesma ordenação encontrada nos EUA: aéreo (maior), rodoviário, ferroviário, dutoviário e aquaviário (menor). De acordo com Bowersox e Closs (1996), esses preços relativos refletem de certa forma, a estrutura de custos de cada modal que, por sua vez, torna-se reflexo das suas características operacionais. Segundo Nazário (apud FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2000), um dos principais pilares da logística moderna é o conceito de logística integrada, fazendo com que as atividades e funções logísticas deixem de ser isoladas e passem a ser percebidas como um componente operacional da estratégia de marketing. Na relação Transporte e Serviço ao Cliente, o primeiro é extremamente influente no desempenho do segundo, devido às exigências de pontualidade do serviço, tempo de viagem, capacidade de prover um serviço porta a porta, à flexibilidade para o manuseio de vários tipos de cargas, gerenciamento dos riscos quanto a roubos, danos e avarias e à capacidade de o transportador oferecer mais que um serviço básico de transporte, tornando-se capaz de executar outras funções logísticas.

22 CAPÍTULO 2 REVISÃO TEÓRICA SOBRE O TRANSPORTE RODOVIÁRIO Sabe-se que para se organizar um sistema de transporte é preciso ter uma visão sistêmica, principalmente o estabelecimento de parâmetros sobre a carga a ser transportada. Quanto aos parâmetros de carga, os principais elementos são: peso e volume, densidade média; dimensão da carga; dimensão do veículo; grau de fragilidade da carga; grau de perecibilidade; estado físico; assimetria; e compatibilidade entre cargas diversas. Segundo Ballou (2001), a seleção de um modal de transporte pode ser usada para criar uma vantagem competitiva do serviço. Sabe-se que é o modal mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, atingindo praticamente todos os pontos do território nacional, pois desde a década de 50, com a implantação da indústria automobilística e a pavimentação das rodovias, esse modal se expandiu de tal forma que hoje é o mais procurado. Difere do ferroviário, pois se destina principalmente ao transporte de curtas distâncias de produtos acabados e semi-acabados. Por via de regra, apresenta preços de frete mais elevados do que os modais ferroviário e hidroviário, portanto sendo recomendado para mercadorias de alto valor ou perecíveis. Não é recomendado para produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo para este modal. Dados publicados na Revista As Maiores e Melhores do Transporte (2001) relatam que o transporte brasileiro apresenta uma exagerada dependência do modal rodoviário, o segundo mais caro, ficando atrás apenas do aéreo. Com a expressiva participação de 65 % a 75% na matriz dos transportes brasileiros, seguido por cerca de 20% da ferrovia, o transporte rodoviário é o grande eixo de movimentação de cargas no transporte brasileiro. (apud RIBEIRO; FERREIRA, p. 6, 2002). Segundo Fleury (2001), em países como Austrália, EUA e China, os números são de 30%, 28% e 19% respectivamente. Ainda, segundo o autor, grande parte destas distorções na matriz dos transportes brasileiros e as ineficiências observadas, são explicadas pelos longos anos de estatização dos portos, ferrovias e

23 dutos no Brasil, bem como os subsídios implícitos no passado e que ainda perduram com menor ênfase para o modal rodoviário. O Transporte Rodoviário é aquele que se realiza em estradas de rodagem, com utilização de veículos como caminhões e carretas. O transporte rodoviário pode ser em território nacional ou internacional, inclusive utilizando estradas de vários países na mesma viagem. Entre todos os modais de transporte, o rodoviário é considerado o mais adequado para o transporte de mercadorias, quer seja internacionalmente na exportação ou na importação, quer seja no transporte nacional, bem como, nos deslocamentos de curtas e médias distâncias. Este modal de transporte é bastante recomendado para o transporte de mercadorias de alto valor agregado ou perecível. O modal rodoviário, por sua vez, apresenta pequenos custos fixos, uma vez que a construção e a manutenção de rodovias dependem do poder público e seus custos variáveis (por exemplo, combustível, óleo e manutenção) são medianos. Além disso, deve ser ressaltado que na prática, o tempo de entrega do modal rodoviário e do modal ferroviário depende fundamentalmente do estado de conservação das vias e do nível de descongestionamento destas. É importante ressaltar que assim como no caso da velocidade, o desempenho do modal rodoviário e do modal ferroviário na dimensão consistência, depende fortemente do estado de conservação das vias. Em relação à disponibilidade, que representa a quantidade de localidades em que o modal se encontra presente, o modal rodoviário é a melhor opção, pois quase não apresenta limites de onde chegar. Lima (2001) apresenta diversos direcionadores de custos relevantes ao custeio do transporte rodoviário de cargas. Segundo Fleury e Wanke (2003) além dos fatores comuns como distância, volume e peso destacam a capacidade alocada aos clientes, à facilidade de manuseio do produto, a facilidade de acomodação, o risco inerente ao carregamento, à sazonalidade (como por exemplo, a safra de grãos), o tempo em espera para carregamento e descarregamento e a existência de carga de retorno. A utilização de uma metodologia adequada para custeio do frete pode contribuir em muito para formação de preços justos, junto com o transportador. Já do ponto de vista do cliente, esse tipo de ferramenta pode ser utilizado tanto no cálculo

24 do preço do frete, como também ajudar nas análises de rentabilidade de clientes e na definição do nível de serviço. Além de tudo, o desenvolvimento de uma simples ferramenta de custeio pode possibilitar uma série de análises e ajudar a identificar oportunidades de redução de custos (LIMA, apud FIGUEIREDO; FLEURY; WANKE, 2003). A falta de infraestrutura para quem trabalha diariamente com o comércio exterior é considerada o maior problema, principalmente no que se refere à infraestrutura de transportes. Faltam linhas aéreas, contêineres, há excessivo gasto no deslocamento da produção, há perdas ocorridas por avarias no transporte, além de existir a distorção da matriz de transportes, havendo um a sobrecarga do modal rodoviário. O uso inadequado dos modais gerou uma enorme dependência do modal rodoviário, que acaba suprindo lacunas dos demais modais, porém apresenta uma frota ultrapassada e as rodovias em condições precárias. Uma das principais causas da ineficiência da matriz de transportes de carga brasileira está baseada no uso inadequado dos modais. Assim como nos demais modais o transporte rodoviário apresenta pontos de elevada consideração e outros que dificultam ou inviabilizam a sua utilização. Para uma melhor visão de sua operacionalidade é crucial que se faça uma análise destes aspectos. No caso de países com dimensões continentais como o Brasil o transporte rodoviário apresenta-se como um dos mais flexíveis e ágeis no acesso às cargas, pois, possibilita interagir diferentes regiões, mesmo as mais remotas, assim como os lugares mais ermos dos países. Cabe mencionar que esta praticidade torna-se mais visível no caso de não haver outros modais a disposição nestes pontos. 2.1 ESPECIFICAÇÕES DOS VEÍCULOS UTILIZADOS NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO O transporte rodoviário é formado por uma série de veículos com especificações e aplicações distintas. Nesta sessão, serão apresentados os principais veículos utilizados no transporte rodoviário.