João Antunes Alencar Empresário Contábil, Bacharel em Ciências Contábeis formado pela Faculdades Campos Salles, MBA em Custos na Fundação Vanzolini - USP, Participante e colaborador efetivo do CEDFC do Sindcont no grupo de Tributos e Obrigações e nos Debates Gerais, premiado com a Honra da Medalha professor Luiz Fernando Mussolini em 2010 por serviços prestados à classe contábil, Consultor na área Contábil, Fiscal, Trabalhista e Previdenciária, CEO da Contjet Contabilidade. 1
Conteúdo programático 1 Lei Complementar nº 155/2016 2 Novo Limite do Simples Nacional 3 Novas Tabelas e Faixas do Simples Nacional 4 ICMS e ISS com o novo Limite do Simples Nacional 5 -Bebidas alcoólicas 6 Atividades submetidas ao fator r ( emprego) 7 Nova obrigação acessória Investidor Anjo 8 Aplicação das novas regras do Simples Nacional 9 Questões Práticas 2
O Simples Nacional surgiu com a Lei Complementar nº 123/2006 e está em vigor desde 1º de julho de 2007. A partir de 1º de julho de 2007 o Simples Nacional substituiu o antigo Simples Federal (Leinº9.316/1996). Neste regime as empresas optantes recolhem através de uma única guia (DAS) vários tributos: ICMS, ISS, IPI, IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e CPP. 3
TributosnãoinclusosnoSimplesNacional: IOF; II; IE; ImpostodeRendasobreganhoserendimentos; ITR; FGTS; ContribuiçãoPrevidenciáriadoTrabalhadoredoempresário ;e PIS,COFINSeIPIsobreimportaçãodebenseserviços 4
Simples Nacional Alteração Lei Complementar nº 155/2017 A Lei complementar nº 123/2006 sofreu importantes alterações com a publicação da Lei Complementar nº155/2016 Alterou o limite do MEI de 60 mil para 81 mil Alterou o limite da EPP de 3,6 milhões para 4,8 milhões Reduziu de 6 (seis) tabelas para 5 (cinco) Reduziu de 20 (vinte) faixas de faturamento para 6 (seis) Criou a figura da parcela a deduzir Instituiu a exigência da ECD Investidor Anjo Autorizou pequenos produtores de bebidas aderir ao Simples Extinguiu a majoração das alíquotas em 20%, quando ultrapassados os limites ou sublimites do Simples Nacional-( 16e17 do art.18 da LC123/2006) Vigência: 2018 5
A LC nº.123/2006 instituiu o Regime Especial de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME e EPP SN, destinado à empresas com receita bruta anual de até R$ 4.800.000,00 atualizada pela LC 155/16: a) MEI: até R$ 81.000,00 ao ano; b) ME: até R$ 360.000,00 ao ano; c) EPP: até R$ 4.800.000,00 ao ano; d) Exportação de Mercadorias e Serviços: até R$ 4.800.000,00 ao ano. 6
Regras de Transição 2017/2018 Para iniciar o ano pagando o ICMS e o ISS no Simples Nacional: ter faturado, no ano anterior, até R$ 3,6 milhões A empresa que faturou, no ano anterior, entre R$ 3,6 milhões e R$ 4,8 milhões, iniciará o ano pagando somente os tributos federais no Simples Nacional 7
Período de Transição: 2017/2018 A empresa que auferir em 2017 Receita Bruta de até R$ 4.800.000,00 poderá continuar no Simples em 2018, de acordo com os seguintes critérios: - ReceitaBrutadeatéR$4.320.000,00poderápermanecernoSimplesNaci onalem2018 nãoénecessáriosolicitaraexclusão - ReceitaBrutasuperioraR$4.320.000,00antesdedezembro/2017teráde fazeraexclusãonomêsseguinteàocorrênciaesolicitaraadesãoemjaneiro de2018 *Art.130-FdaResoluçãoCGSN94/2011 8
Período de Transição: 2017/2018 Redaçãodoartigo130-FdaResolução94/2011: Art.130 F. A EPP optante pelo Simples Nacional em 31 de dezembro de 2017 que durante o ano calendário de 2017 auferir receita bruta total anual entre R$ 3.600.000,01 (três milhões, seiscentos mil reais e um centavo) e R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais), continuará automaticamente incluída no Simples Nacional com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2018, com impedimento de recolher o ICMS e o ISS no Simples Nacional nos termos do art.12, e ressalvado o direito de exclusão por comunicação da optante. (LeiComplementarnº123,de2006,art.79-E) 1º Na hipótese de a receita bruta anual acumulada em 2017 ultrapassar em mais de 20% (vinte por cento) o limite de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais), o contribuinte deverá comunicar sua exclusão de forma tempestiva e, desde que não ultrapasse o valor de R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais), poderá apresentar novo pedido de opção em janeiro de 2018. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.16, caput; art. 79-E) 9
Novas Tabelas LC nº 155/2017 AnexoI Comércio AnexoII Indústria AnexoIII Serviços Fator r igualousuperiora28% AnexoIV Serviços nãoinclusoacpp AnexoV Serviços Fator r inferiora28% *LC155/2017extinguiuoAnexoVIdaLC123/2006 10
Novas Tabelas Alíquotas Com as novas tabelas do Simples Nacional e a parcela a deduzir temos duas alíquotas: -Nominal e a Efetiva Alíquota nominal é aquela antes de abater a parcela a deduzir. Para identificar a alíquota efetiva, você precisa: RBT12-Alíquota nominal-parcela a deduzir [(RBT12xAlíquota nominal) parcela a deduzir]/rbt12 RBT12:receitabrutaacumuladanos12(doze)meses anteriores ao período de apuração 11
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ICMS e o ISS x Novo Limite O novo limite do Simples Nacional de R$ 4.800.000,00 não contempla o ICMS e o ISS. *Superado o limite anual de faturamento de R$ 3.600.000,00 a empresa terá de recolher o ISS e ICMS fora do DAS. Ver orientação do CGSN ICMS: Apuração de débito e crédito, levantamento de estoque, entrega de GIA e EFD-ICMS 28
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AlteraçãoFator e fator r Atividades submetidas ao fator r (emprego) Somente poderão calcular o Simples pela as alíquotas do Anexo III, se o fator r for igual ou superior a 28% Se o fator r for inferior a 28% o Simples deverá ser calculado pelas alíquotas do Anexo V. Uma das atividades mais prejudicadas é a de fisioterapia. Até o final de 2016 o Simples é calculado comas alíquotas do Anexo III. Pois não depende de fator r para definir o Anexo. 30
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Como deve ser calculado o fator r? Soma da folha de salários (inclusive autônomo e pró-labore) + Contribuição Previdenciária Patronal + FGTS dos últimos doze meses dividido pela receita bruta também dos últimos doze meses. Com esta regra, em um mês o cálculo do Simples pode ser feito através das alíquotas de um anexo e em outro período através de outro anexo, visto que a definição da tabela depende do fator r. 35
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A Lei Complementar nº 155/2016 autorizou as vinícolas aderir ao Simples Nacional a partir de 2018. Além das vinícolas, o governo inclui outros setores de produção no novo regime do Simples Nacional, como é o caso das micro e pequenas cervejeiras, e destilarias. Mas a atividade de comércio atacadista de bebidas alcoólicas também pode aderir. 37
Somente poderão optar pelo Simples Nacional (Art.17, inciso X c e 5º da LC123/2006): micro e pequenas cervejarias micro e pequenas vinícolas produtores de licores micro e pequenas destilarias A partir de 2018 somente as empresas que produzam estas bebidas alcoólicas poderão optar pelo Simples. Não poderão optar atacadistas que não produzam essas bebidas 38
Escrituração Contábil Digital (ECD) A partir de 1º de janeiro de 2017 a ME ou EPP quem receber aporte de capital (Investidor Anjo) na forma prevista nos artigos 61-A a 61 D da Lei Complementar nº 123, de 2006, deverá manter Escrituração Contábil Digital (ECD), e ficará desobrigada de cumprir o disposto no inciso I do caput e no 3º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e 6º; art. 26, 15; art. 27). Prazo de entrega da ECD Instrução Normativa RFB nº 1.420/2013: A ECD será transmitida anualmente ao Sped até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. 39
Venda de Ativo Imobilizado A Resolução CGSN nº 133/2017 determina, dentre outras medidas, que se consideram bens do ativo imobilizado ativos tangíveis cuja desincorporação ocorra a partir do 13º mês contado da respectiva entrada. Enquadram-se nessa classificação os bens que sejam disponibilizados para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para locação por outros, para investimento, ou para fins administrativos. 40
A receita de venda de bem considerado por lei ativo imobilizado não compõe a receita bruta da empresa optante pelo Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123 de 2006. Se a venda do bem ocorrer antes do 13º mês de entrada, a receita será tributada pelo Simples Nacional (AnexoI). 41
Ganho de capital Sobre o ganho de capital decorrente da venda de bem do ativo, a empresa optante pelo Simples Nacional deve recolher Imposto de Renda (alíquota varia entre 15% e 22,5%). Fundamentação legal: Inciso II do 5º do Art. 2º da Resolução CGSN 94/2011. Lei nº 13.259/2016, que alterou a Lei nº 8.981/1995 42
Obrigações -Transmissão mensal do PGDAS-D até o vencimento do DAS, sob pena de multa de R$ 50,00; -DEFIS Transmissão até o último dia de março, sob pena de não conseguir gerar o PGDAS-D; -DESTDA-Empresas com Inscrição Estadual devem transmitir mensalmente DESTDA (Sedif) Prazo de entrega dia 28 de cada mês-ajustesinief12/2015; 43
-DCTF obrigatória para as empresas que apuram a contribuição previdenciária patronal com base na Receita Bruta de que trata a Lei nº 12.546/2011 CPRB Instrução Normativa nº 1.599/2015; -ECD Obrigatória para empresa que recebe aporte de Investidor Anjo (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e 6º; art. 26, 15; art.27). 44
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Legislação Lei Complementar nº 123/2006 Lei Complementar nº 155/2016 Resolução CGSN nº 94/2011 Resolução CGSN nº 133/2017 Resolução CGSN nº 135/2017 50
BOA SORTE A TODOS! JOÃO ANTUNES 51