R S. RELATÓRIO de BRISA 2011

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R S 11 RELATÓRIO de SUSTENTABILIDADE

Norma ISAE 3000 - International Standard on Assurance Engagements A norma internacional de trabalhos de garantia de fiabilidade estabelece os princípios básicos e os procedimentos essenciais para a execução de projectos de verificação que não se refiram a auditorias ou revisões de informação financeira histórica. Esta norma proporciona orientação na abordagem e procedimentos que permitem que o projecto seja desenvolvido de forma sistemática e consistente, em linha com as normas internacionais de auditoria e respectivos códigos de conduta. Princípios da Norma AA1000APS Os princípios APS são baseados na premissa de que uma organização responsável tomará medidas para: Estabelecer uma estratégia com base na determinação completa de todas as questões que são relevantes para a organização e seus stakeholders; Estabelecer metas e padrões para medição e avaliação da sua estratégia e desempenho; Divulgar informações credíveis sobre a estratégia, os temas materiais e o desempenho às partes interessadas. A adesão aos princípios AA1000APS, que foram desenvolvidos através de um processo de consulta às várias partes interessadas, permite o desenvolvimento de um modelo e estratégia empresarial sustentável. Os princípios têm sido usados por grandes empresas desde 2008 e são compatíveis com outros conjuntos de princípios do mercado, tais como o United Nations Global Compact, o GRI e a ISO 26000. GRI Global Reporting Initiative Este referencial tem três níveis de aplicação, para fazer face aos diferentes graus de experiência dos responsáveis pela elaboração dos relatórios principiante, intermédio ou experiente. Esses três níveis são representados por letras C, B e A. Os critérios de comunicação definidos em cada nível reflectem uma crescente aplicação ou grau de abrangência da estrutura de elaboração de relatórios da GRI. Uma organização pode auto-declarar um sinal mais (+) em cada nível (ex., C+, B+, A+) se tiverem recorrido a processos externos de garantia de fiabilidade. As políticas, procedimentos, critérios, directrizes internas, ou quaisquer outras iniciativas descritas neste Relatório, não podem ser considerados obrigações da empresa e, por si só, não constituem fundamento para a reivindicação de direitos por terceiros. Dentro do que seja legal e legítimo a Brisa pode modificar, rever ou mesmo revogar as estratégias, procedimentos, critérios e directrizes internas, no momento e nos termos que entender oportunos e adequados.

Índice 001 Apresentação PÁG.05 A Brisa em Resumo dos indicadores Mensagem do Presidente Visão e Estratégia Diálogo com as Partes Interessadas O Grupo Brisa Governo da Sociedade 06 08 12 14 16 20 23 002 Vectores da Sustentabilidade PÁG.31 Desempenho Económico Mobilidade Sustentável Ambiente Recursos Humanos Desenvolvimento Social 32 37 44 53 58 003 Indicadores GRI PÁG.61 004 Validação PÁG.99 RESPOSTA AOS PRINCÍPIOS DO UN GLOBAL COMPACT

4 R S C Perfil do Relatório A PRODUÇÃO DO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE DA TEM COMO FINALIDADE A PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO AOS ACCIONISTAS, ANALISTAS E CLIENTES, SOBRE O DESEMPENHO DA ORGANIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Este é o nono Relatório de Sustentabilidade da Brisa Autoestradas de Portugal, S.A.. O Relatório de Sustentabilidade completa o conjunto de relatórios publicados pela Brisa, para o exercício de, que inclui o Relatório e Contas e o Relatório sobre o Governo da Sociedade, disponíveis em www.brisa.pt e www.cmvm.pt. Âmbito O Relatório de Sustentabilidade retrata as principais actividades e dados relevantes sobre o desempenho da Brisa Auto-estradas de Portugal, S.A., referida adiante apenas como Brisa ou Grupo Brisa, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de, sem prejuízo de eventuais referências a acções em execução ou programadas para 2012. O universo empresarial da Brisa é explanado mais à frente, no subcapítulo Grupo Brisa. O âmbito dos indicadores reportados neste Relatório corresponde ao Grupo Brisa, composto pelas empresas cuja gestão controla, ou seja, nas quais detém uma participação superior a 50% do respectivo capital: Brisa Auto-estradas, BCR-Brisa Concessão Rodoviária, Brisal-Auto-estradas do Litoral Centro, AEA-Auto-estradas do Atlântico (consolidada a 50%), NWPY-Northwest Parkway (EUA), BO&M-Brisa Operação e Manutenção, BEG-Brisa Engenharia e Gestão, VVP-Via Verde Portugal, BIT-Brisa Inovação e Tecnologia, Mcall e CTA- Controlauto. Não estão incluídas no âmbito a AEDL Auto-Estradas do Douro Litoral porque até Dezembro de a participação da Brisa nesta concessão foi inferior a 50%, a Baixo Tejo e a Litoral Oeste, cujas participações são de 30% e 15%. Quando o âmbito de um indicador é diferente do acima descrito, esse facto é explicado na resposta da Tabela GRI. Suporte do Relatório de Sustentabilidade O reporting de sustentabilidade na Brisa tem sido objecto de um trabalho de melhoria contínua dos respectivos conteúdos, processos e aplicação operacional. Garantir a fiabilidade, a abrangência e a materialidade dos dados reportados tem sido uma prioridade constante da Brisa, com vista à construção de um Sistema de Informação de Gestão da Sustentabilidade, apto a dar apoio eficaz à gestão, nos planos operacional e estratégico. Este sistema de informação tem por base um sistema informático especialmente dedicado à informação de gestão da sustentabilidade. A informação é recolhida por toda a organização, de acordo com um calendário predefinido, segundo uma periodicidade trimestral, semestral ou anual. O fluxo de validação assegura a qualidade da monitorização e o tratamento da informação é facilitado por soluções desenvolvidas à medida. Na elaboração deste Relatório foi também utilizada informação resultante da resposta a inquéritos de terceiros e da relação da empresa com outras partes interessadas. A Mensagem do Presidente é semelhante à publicada no Relatório e Contas. Verificação Externa A informação reportada quer resulte de medições, cálculos ou estimativas foi submetida à verificação de uma entidade externa, de acordo com o relatório de verificação existente no final deste documento. O Relatório de Sustentabilidade da Brisa foi elaborado de acordo com a terceira geração de directrizes para relatórios de sustentabilidade o G3.1, da Global Reporting Initiative, tendo obtido a validação GRI A+, atribuída pela entidade verificadora KPMG & Associados, SROCs. O diálogo com as parrtes interessadas, desenvolvido no capítulo Introdução, nas páginas 12, 13 e 14, seguiu os princípios descritos na Norma AA 1000 APS (2008). Dúvidas e esclarecimentos O Relatório de Sustentabilidade foi elaborado pela Direcção de Investidores, Comunicação e Sustentabilidade, com a colaboração das direcções funcionais e operacionais da Brisa, e as contribuições das suas empresas participadas. Pedidos de informações complementares, esclarecimentos adicionais ou sugestões sobre este Relatório podem ser enviados para: Luís d Eça Pinheiro (lepinheiro@brisa.pt) Franco Caruso (franco.caruso@brisa.pt) Direcção de Relações com Investidores, Comunicação e Sustentabilidade

R S 001 APRESENTAÇÃO 5 APRESENTAÇÃO

6 A EM Institucional Brisa distinguida com o prémio Empresa Eficiente, no Energy Efficiency Awards Brisa Inovação e ISEL reforçam parceria para investigação Site Brisa obtém a primeira classificação no campo de acessibilidade Web Campanha de divulgação do novo site Via Verde Patrocínio das Conferências do Estoril C Jan C C Fev C C Mar C C Abr C C Mai C C Jun C Assinatura de parceria entre a Brisa e a Feedback Ventures, na Índia Abertura da ligação ao Alto da Guerra (Brisa Concessão Rodoviária) Operacional Brisa Inovação ganha concurso para fornecimento de solução de cobrança na A23 Via Verde abre novas lojas e alarga rede de parceiros Abertura COP de Vendas Novas Apresentação da BNV Mobility, na Holanda Abertura da A41/CREP (Concessão Douro Litoral) Abertura de sublanço do IC 32 (Concessão Baixo Tejo) Conclusão da implementação do sistema Via Manual na A8 (Concessão Atlântico) Arranque do Projecto Solar, na Concessão Northwest Parkway, nos EUA

7 Brisa eleita empresa portuguesa cotada com melhores práticas no governo societário Entrada no índice Stoxx ESG Renovação da presença no FTSE4Good Brisa distinguida com o Prémio Excelência de Desenvolvimento Sustentável, pelo Diário Económico e pela Heidrick & Struggles Campanha de segurança rodoviária de Verão Brisa apoia projecto Vela Sem Limites Lançamento das novas ferramentas digitais: aplicação smartphone, alertas por e-mail e Em viagem Perspectivas Reflexão académica e empresarial Lançamento e campanha de novas ferramentas digitais Leaders Greenfest patrocínio e participação Lançamento da Academia Brisa de Condução Campanha de segurança rodoviária de Natal Cliente Via Verde 3 milhões Atribuição dos donativos relativos ao projecto Ser Solidário Novo protocolo com a Companhia das Lezírias C Jul C C Ago C C Set C C Out C C Nov C C Dez C Visita da ministra dos Transportes da Holanda ao projecto da BNV Mobility Arranque da obra de beneficiação da A4, no troço Penafiel-Paredes (Brisa Concessão Rodoviária) Abertura da A32 (Concessão Douro Litoral) 2ª fase de pagamento nas SCUT Abertura troço Casas Velhas/Palhais IC32 (Concessão Baixo Tejo) Conclusão do projecto cashless, nos EUA

C Resumo dos Indicadores Indicadores Económicos M 2010 2009 Investimento em Auto-Estradas 84,2 122 110 Custos Operacionais* 300,3 199,9 454,1 Remunerações 101,2 100,9 95,1 Resultado Líquido -82,2 778,5 149,8 Investimento em Ambiente 11,1 11,4 18,5 Custos de Prevenção e de Gestão Ambiental 1,18 1,47 5,6 Custos de Tratamento de Resíduos, Tratamento de Emissões e de Remediação 9,87 9,94 12,9 Investimento em Inovação e Desenvolvimento 4,9 4,9 6,0 Investigação 0,37 0,55 0,46 Desenvolvimento 4,58 4,31 5,53 Investimento em Comunidades Locais 1,2 0,8 1,3 Donativos 0,77 0,26 0,21 Serviço Público 0,41 0,58 1,05 * De acordo com as directrizes GRI, Custos Operacionais não incluem Remunerações, Donativos e Serviço Público Investimento em Auto-estradas M Custos Operacionais M Resultado Líquido M 110 122 84,2 454,1 199,9 300,3 149,8 778,5-82,2 125 500 900 100 400 600 75 300 300 50 200 0 25 2009 2010 100 2009 2010-300 2009 2010 Investimento em Ambiente M Investimento em Inovação e Desenvolvimento M Investimento em Comunidades Locais M 18,5 11,4 11,1 6,0 4,9 4,9 1,3 0,8 1,2 20 8 2,0 15 6 1,5 10 4 1,0 5 2 0,5 0 2009 2010 0 2009 2010 0 2009 2010

Indicadores Sociais 2010 2009 Entradas 70 63 106 Saídas 332 226 129 Empregados no final do período 2 407 2 669 2 843 Nº médio de empregados 2 557 2 892 2 841 Taxa de Redimensionamento % -11,58 2-1,4 Annual rate staff turnover (saídas voluntárias) % 29,5 9,29 16,3 Taxa de saídas % 12,98 7,81 4,5 Taxa de rotatividade % 16% 10,40% 8,3 Motivo das Saídas total de saídas % Cessação do contrato (termo certo) 30 1,2 Cessação do contrato (termo inc.) 43 1,7 Despedimento 5 0,2 Falecimento 3 0,1 Iniciativa do Trabalhador 98 3,8 Mútuo acordo 141 5,5 Reforma antecipada 4 0,2 Reforma por invalidez 1 0,0 Reforma por velhice 6 0,2 Transferência Grupo 1 0,0 Total Geral 332 10,40% Total Colaboradores Grupo Brisa 2 843 2 669 2 407 3 000 2 750 2 500 2 250 2 000 2009 2010 Média de Horas de Formação 16 20 18 h/ 20 15 10 5 Distribuição do Efectivo por Regiões do País nº % Região Centro 579 24,05 0 2009 2010 Região de Lisboa 1 083 44,99 Região do Alentejo 209 8,68 Região do Algarve 47 1,95 Região Norte 489 20,32 Total colaboradores 2 407 100,00 Taxa de Rotatividade 8,3 10,4 16 % 20 15 10 5 0 2009 2010

C Resumo dos Indicadores Indicadores Ambientais 2010 2009 Consumo de Electricidade (GJ) 122 625 126 780 142 340 Consumo de Combustível (GJ) 99 682 101 671 98 891 Gasolina 505 513 1208 Gasóleo 99 177 101 158 97 683 Consumo de Água (m 3 ) 170 656 186 544 236 776 Abastecimento Público 91 387 111 056 117 485 Captações Próprias 79 269 75 488 119 291 Emissões de GEE (tco 2eq ) 16 367 18 443 23 809 Emissões Directas 7 511 7 660 7 449 Emissões Indirectas 8 856 10 783 16 360 Resíduos (t) 1 079 1 832 973 Consumo de Electricidade GJ Consumo de Combustível GJ Consumo de Água m 3 142 340 126 780 122 625 98 891 101 671 99 682 236 776 186 544 170 656 160 000 110 000 300 000 145 000 105 000 250 000 130 000 100 000 200 000 115 000 95 000 150 000 100 000 2009 2010 90 000 2009 2010 100 000 2009 2010 Emissões de GEE tco 2eq Resíduos t Resíduos por Tipo 2010 2009 23 809 18 443 16 367 973 1 832 1 079 Perigosos 12 7 21 30 000 2 000 Não Perigosos 1 067 1 825 945 25 000 20 000 15 000 10 000 2009 2010 1 500 1 000 500 0 2009 2010 Resíduos p/destino 2010 2009 Deposição 260 121 107 Valorização 819 1 711 866

Rácios de Eco-eficiência Indicador da Evolução da Eco-eficiência % 24,2 3,7 24,1 25 20 15 10 5 0 2009 2010 Km operados por Consumo de Electricidade km/tj Km operados por km/tj Km operados por km/10 3 m 3 Consumo de Combustível Consumo de Água 9,03 10,14 10,52 13,00 12,65 12,94 5,43 6,89 7,56 12 14 8 11 13 7 10 12 6 9 11 5 8 10 4 2009 2010 2009 2010 2009 2010 Km operados por Emissões de GEE km/10 3 tco 2eq Km operados por Resíduos km/t Nº km abertos ao Tráfego 2010 2009 54,01 69,73 78,81 1,22 0,65 1,10 70 2 60 1,5 50 1 40 0,5 30 0 2009 2010 2009 2010 Brisa 1 098 1 094 1 094 AEA (50%) 85 85 85 Brisal 93 93 93 NWPY 14 14 14 Total 1 290 1 286 1 286

12 R S 001 APRESENTAÇÃO Mensagem do Presidente Um modelo de negócio resiliente No actual contexto de dificuldades que marca a economia portuguesa e que afecta muito sensivelmente as empresas e as famílias, com fortes impactos no tráfego rodoviário, a Brisa conseguiu demonstrar a natureza defensiva e a resiliência do seu modelo de negócio, através de uma forte capacidade de geração de caixa. Neste contexto, a geração de caixa, medida pelo indicador EBITDA-Capex, ao nível consolidado, cresceu 7% face a 2010, tendo atingindo os 370 milhões de euros e, ao nível da Brisa Concessão Rodoviária, cresceu 3%, tendo atingindo os 297 milhões de euros. Com efeito, apesar do tráfego nas auto-estradas ter decrescido pelo segundo ano consecutivo, os resultados vêm demonstrar a sustentabilidade do modelo de negócio da empresa, tendo a empresa atingido a sua principal meta operacional para - o crescimento da geração de caixa. Crescimento da geração de caixa através de uma boa gestão de custos e de investimento Tal resultado, numa conjuntura desfavorável, só foi possível atingir através do foco na eficiência operacional e na implementação de programas de gestão rigorosa dos custos e dos investimentos. Os custos operacionais, numa base comparável, com exclusão dos custos de venda de equipamento de portagens e de nova actividade Via Verde, relacionada com a cobrança de portagens nas ex-scut, decresceram 4%, em linha com as metas fixadas para o exercício. Se excluirmos os valores das indemnizações pagas por rescisão de contratos então o decréscimo, em termos comparáveis, é de 6%. Neste domínio importa salientar a redução do efectivo total da Brisa em cerca de 11%, cujos impactos se verificam no exercício, mas cujos principais efeitos são também diferidos nos próximos anos. A redução do efectivo obedeceu a um plano que incluiu a gestão dos respectivos impactos sociais. Apesar dos bons resultados operacionais, não foi possível evitar uma queda do EBITDA em 3%, influenciado por uma redução global do tráfego em 5% e de um acréscimo marginal em termos de tarifas. O crescimento na geração de caixa foi, em grande parte, conseguido através de uma gestão mais selectiva do investimento, que em termos consolidados se situou nos 89 milhões de euros, associada à adopção de soluções técnicas inovadoras. Custos financeiros e resultados líquidos com impactos negativos, provocados pela Concessão Douro Litoral O bom desempenho ao nível da geração de caixa, não impediu que os resultados financeiros e, consequentemente,

R S 001 APRESENTAÇÃO 13 os resultados líquidos da Brisa, fossem fortemente afectados negativamente pela Concessão Douro Litoral em cerca de 219 milhões de Euros. Esta situação conduziu a um resultado negativo de cerca de 82 milhões de euros, em, ao contrário do verificado no exercício anterior, cujos resultados financeiros foram positivamente influenciados pela venda da participação na empresa brasileira CCR-Companhia de Concessões Rodoviárias. A decisão de registar uma imparidade total ao activo Douro Litoral segue um critério idêntico àquele seguido, no exercício anterior, para a Concessão Litoral Centro. As alterações ao modelo-base da Concessão Douro Litoral, totalmente aberta à exploração no final de, designadamente ao nível do tráfego, que se verificou ser muito inferior ao previsto, determinaram esta decisão. Deste modo, a Brisa concentra neste exercício as perdas relacionadas com este projecto, ao nível da demonstração de resultados, e cria as condições para que, no futuro, qualquer evolução tenha impactos neutros ou positivos nos seus resultados. No que diz respeito às concessões - Brisal e Douro Litoral -, importa recordar que as empresas reclamam do Concedente, conforme previsto nos respectivos contractos, compensações financeiras por alterações unilaterais do Concedente aos cenários-base. Estrutura financeira adequada e liquidez reforçada Na perspectiva do Grupo Brisa, todos os respectivos activos estão financiados, sendo a maioria dos seus financiamentos assegurados sem recurso à empresa mãe, como tem vindo a ser explicado aos investidores e accionistas em ocasiões anteriores. No caso da Brisa Concessão Rodoviária, que tem necessidades de financiamento, ao longo do ano, foram renegociadas várias linhas de crédito, num total de 750 milhões de euros, com particular destaque para um financiamento de 600 milhões de euros, negociado com sindicatos bancários maioritariamente internacionais e que vencerá em Outubro de 2014. Esta medida, aliada à geração de caixa, assegura as necessidades de financiamento da Brisa Concessão Rodoviária para os próximos anos. Estas operações de refinanciamento foram realizadas num contexto muito negativo, assinalável pela quebra da notação da República Portuguesa de A1 para grau de não investimento, no espaço de um ano. A nota da BCR desceu, por isto, para BBB (Fitch) e Ba1 (Moody s), mas ainda assim fixando-se acima da nota da República Portuguesa. Desempenho das acções Brisa fortemente penalizado pelo risco Portugal Independentemente da Brisa ter aumentado a sua geração de caixa e de ter, também, conseguido assegurar a liquidez para os próximos anos, as acções da Brisa foram fortemente prejudicadas pelo mercado. O seu valor decresceu 48%, penalizado pelas profundas alterações na taxa de risco de Portugal. Consideramos que os mercados afectaram de forma desajustada o facto da actividade da Brisa estar directamente relacionada com a economia portuguesa e de se enquadrar num sector empresarial alavancado por natureza. Na realidade, o comportamento dos mercados financeiros está hoje muito focado no curtíssimo prazo, não valorizando activos maduros, rentáveis e de longo prazo, como são as concessões rodoviárias. Gestão integrada de riscos e operação limpa A gestão de risco e a sustentabilidade são duas faces de uma mesma realidade e a Brisa faz uma gestão integrada, através do Sistema de Gestão dedicado, que influencia o processo de planeamento e orçamento através da identificação dos riscos correspondentes a quatro grupos Negócio, Operacional, Financeiro e Conformidade. No nosso tempo, a sustentabilidade do negócio exige uma operação limpa, que se define como uma operação muito eficiente e capaz de conciliar o objectivo do mínimo impacto da actividade com o objectivo da máxima rendibilidade dos activos. Alguns indicadores-chave da nossa actividade evidenciam o desempenho da Brisa nesta dimensão. A empresa manteve o rumo traçado para a eco-eficiência, com especial incidência na eficiência energética das operações e na melhoria geral dos processos de gestão dos recursos utilizados e da gestão dos resíduos. O índice de Eco-eficiência evidencia o trabalho realizado em, com um progresso de 24,1% face ao ano anterior. A diminuição da sinistralidade rodoviária, em, é seguramente um dos aspectos a salientar, na perspectiva de uma operação limpa, com uma quebra de 18% na taxa de sinistralidade, face a 2010. As actuais dificuldades que afectam o País determinaram uma resposta forte por parte da Brisa, que reforçou significativamente o seu empenho, quer no apoio às comunidades, quer através de novas acções no domínio do voluntariado, quer na atribuição de donativos a instituições do Terceiro Sector. O investimento social total foi superior a um milhão de euros e o valor dos donativos triplicou face a 2010. Futuro com confiança Sabemos que os tempos difíceis que se vivem em Portugal continuarão a ter impactos no negócio, ao nível do tráfego e ao nível da incógnita relativamente aos preços dos combustíveis, e temos consciência de que os mercados penalizam, genericamente, os negócios de capital intensivo e de longo prazo. Apesar disso, baseados nas sucessivas provas dadas, ao longo dos anos, de eficiência e rigor na gestão e nos processos, temos confiança na capacidade do modelo Brisa de conseguir manter um nível elevado de geração de caixa através de uma gestão eficiente dos custos e investimentos e de simultaneamente procurar oportunidades sustentáveis de crescimento futuro, quer a nível doméstico por via da diversificação para as infraestruturas aeroportuárias, quer a nível internacional através da prestação de serviços de Operação e Manutenção de infraestruturas rodoviárias.

14 R S 001 APRESENTAÇÃO C Visão e Estratégia NA PRIMEIRA DÉCADA DESTE SÉCULO, A ACEITOU O DESAFIO DA SUSTENTABILIDADE, INTEGRANDO NA SUA ESTRATÉGIA AS DIMENSÕES SOCIAL E AMBIENTAL, EM ACRÉSCIMO À DIMENSÃO ECONÓMICA DO NEGÓCIO. O GRUPO DEFINIU A SUSTENTABILIDADE COMO A BUSCA SIMULTÂNEA DO CRESCIMENTO COM LUCRO, DO PROGRESSO SOCIAL E DA QUALIDADE AMBIENTAL, SUPORTADA NUMA MELHORIA CONTÍNUA DOS PROCESSOS, NA GESTÃO DOS RISCOS E NA INOVAÇÃO, COM O OBJECTIVO DE CRIAÇÃO DE VALOR PARA TODAS AS PARTES INTERESSADAS. A Brisa posiciona-se como um Grupo líder no sector das infra-estruturas de transporte, com um enfoque especial nas concessões rodoviárias, nos mercados doméstico e internacional, e nas infra-estruturas ferroviárias e aeroportuárias, especificamente no mercado doméstico. Ao longo de 40 anos de actividade, o Grupo desempenhou um papel decisivo no financiamento, projecto, construção e operação de uma rede de auto-estradas, que constitui a espinha dorsal do sistema rodoviário português. Foi esta experiência que permitiu a criação de uma cultura de Grupo baseada nos valores da Ética, Inovação e Excelência, e fortemente vocacionada para a promoção da mobilidade e da acessibilidade interurbana, inter-regional e internacional, com importantes benefícios económicos e sociais para as actividades e as comunidades que serve. É por isso que o Grupo assume como lema corporativo a sua condição de Parceiro para o Desenvolvimento de Portugal, que alarga a todas as geografias onde se estabelece e desenvolve a sua actividade, seja como concessionário de infra-estruturas, seja como fornecedor de serviços rodoviários avançados. Cinco vectores fundamentais e temas materiais Em, a Brisa desenvolveu um trabalho aprofundado sobre a temática da sustentabilidade, com especial enfoque na integração desta área ao nível da estratégia da Organização. Este trabalho envolveu a gestão de topo de todas as empresas do Grupo e permitiu obter um diagnóstico exaustivo da situação actual e, complementarmente, promoveu uma reflexão alargada sobre o posicionamento da empresa e do seu modelo negócio. Este processo conduziu à revisão dos cinco vectores fundamentais para a sustentabilidade. A importância da harmonização das matérias da sustentabilidade com as variáveis críticas do negócio levou à inclusão do tema da Inovação no vector Mobilidade Sustentável e à definição do novo vector Desempenho Económico. A par desta revisão, a Brisa realizou uma consulta interna a diferentes níveis de gestão, na qual foram abordados os temas críticos para o sucesso da Organização e da sociedade onde esta se insere, ou seja, os temas materiais. Esta consulta veio reforçar e actualizar a análise de materialidade, tendo sido identificados novos temas incontornáveis na perspectiva integradora da sustentabilidade, tais como o Tráfego, o Cashflow e a Gestão de Risco, entre outros. Além deste trabalho de revisão e aprofundamento, o Grupo tem vindo a desenvolver as políticas, os instrumentos e os processos necessários para traduzir estes valores em acções concretas, que façam parte da actividade corrente dos seus negócios e que estejam incorporados na sua cultura e nos objectivos individuais dos seus colaboradores. A resposta a cada um dos temas materiais consubstancia-se num conjunto de linhas de actuação, que reflectem as acções desenvolvidas no ano de, e que serão apresentadas ao longo do próximo capítulo. Reconhecimento externo Desde 2002, a Brisa tem merecido o reconhecimento, por parte de terceiros, enquanto Grupo de referência no domínio da Sustentabilidade, quer através da sua integração em índices éticos, quer através do seu desempenho em rankings, como o Sustainalytics, Vigeo, Carbon Disclosure Project, entre outros. Em, destaca-se a inclusão da Brisa no índice STOXX Global ESG Leaders e a manutenção no índice FTSE4Good e ASPI.

R S 001 APRESENTAÇÃO 15 Linhas de Actuação VECTOR TEMA MATERIAL LINHAS DE ACTUAÇÃO DESEMPENHO ECONÓMICO Internacionalização e Novos Negócios Tráfego e Receitas de Portagem Cashflow Gestão de risco Governo da Sociedade Gestão Activa de Tráfego Inovação (Tecnologia, Novos Serviços, Soluções de Mobilidade) Crescimento através de projectos capital light Eficiência Operacional Sistema de Gestão Integrada de Riscos Cumprimento das recomendações CMVM Tecnologia e Soluções de Mobilidade Sustentável MOBILIDADE SUSTENTÁVEL Serviço ao Cliente Segurança Rodoviária Informação ao cliente Resposta a SCUT Programa Primeiro a Segurança Investimento na infra-estrutura Monitorização de sinistralidade Sistema de Gestão Ambiental AMBIENTE RECURSOS HUMANOS Eco-eficiência e Gestão Ambiental Biodiversidade Alterações Climáticas Ética e Transparência Gestão de Talento Cultura empresarial Saúde e Segurança Equilíbrio vida pessoal-profissional Indicador de eco-eficiência Objectivos ambientais 2010-2012 Academia Brisa de Condução Programa Brisa pela Biodiversidade Projecto Solar NWPY Mestrado e outros estudos Canal de Comunicação de Irregularidades Sistema de Gestão de Desempenho Projecto as Pessoas são Importantes Programa de Integração e Acolhimento do Colaborador Desenvolvimento de Competências Saúde e Segurança no Trabalho Conciliação entre a vida profissional e a vida familiar Comunidade Caso de Estudo da A4 DESENVOLVIMENTO SOCIAL Cidadania e Solidariedade (Projectos Solidários e Voluntariado) Voluntariado

16 R S 001 APRESENTAÇÃO C Diálogo com as Partes Interessadas AS PARTES INTERESSADAS POSSUEM EXPETACTIVAS LEGÍTIMAS, QUE DEFINEM OS TEMAS MATERIAIS PARA A. IDENTIFICAR OS TEMAS CRÍTICOS E CONSTRUIR UMA RELAÇÃO POSITIVA COM TODAS AS PARTES INTERESSADAS EXIGE MECANISMOS DE AUSCULTAÇÃO CADA VEZ MAIS AFINADOS. As partes interessadas mais relevantes foram identificadas com base em dois critérios: o impacto da parte interessada na Brisa e o impacto desta na parte interessada. A identificação exaustiva das expetactivas de cada parte interessada e a respectiva resposta encontram-se articuladas com a análise de materialidade referida no subcapítulo anterior e é sistematizada através da Norma AA1000 APS. Organizações de referência Com excepção de United Nations Global Compact, a Brisa está presente nas direcções de todas elas. APCAP Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Auto-estradas ou Pontes com Portagem. ASECAP Associação Europeia de Auto-estradas, Túneis e Pontes com Portagem. IBTTA Associação Internacional de Auto-estradas, Túneis e Pontes com Portagem. CRP Centro Rodoviário Português. WBCSD World Business Council for Sustainable Development. A Brisa é membro do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), organização internacional que reúne mais de 200 empresas mundiais empenhadas na promoção do desenvolvimento sustentável. Em coerência com o trabalho realizado pela empresa neste domínio, e com o objectivo de contribuir para a divulgação das melhores práticas aplicáveis ao seu sector, a Brisa tem sido, desde a sua adesão em Maio de 2007, um membro activo, quer em projectos concretos no domínio da mobilidade, quer através da participação do seu presidente, Vasco de Mello, no Focus Area Core Team, da área de Desenvolvimento. A Brisa tem uma participação activa num conjunto de organizações, incluindo associações sectoriais e entidades de referência ligadas ao desenvolvimento sustentável.

R S 001 APRESENTAÇÃO 17 BCSD Portugal Business Council for Sustainable Development O Presidente da Brisa, Vasco de Mello, integra a Direcção da maior organização empresarial nacional dedicada à sustentabilidade, tendo assegurado a sua Presidência entre 2007 e 2010. O BCSD Portugal conta com mais de 100 membros e as suas actividades promovem a mudança rumo à sustentabilidade, através da liderança empresarial, com enfoque na Inovação, na Eco-eficiência e na Responsabilidade Social. United Nations Global Compact É uma iniciativa de cidadania empresarial lançada pelas Nações Unidas em 2000, que reúne partes interessadas baseada em princípios aceites universalmente: Declaração Universal dos Direitos Humanos, Declaração da Organização Internacional do Trabalho relativa aos princípios e direitos fundamentais no trabalho, Declaração do Rio sobre ambiente e desenvolvimento. A Brisa é signatária, desde 8 de Outubro de 2007, do United Nations Global Compact, reforçando o seu compromisso público de desenvolvimento sustentável. O Pacto estabelece a moldura para o tema e os Princípios orientadores fundamentais que a Brisa integrará, no seu processo de internacionalização, passando a estar dotada de um quadro global coerente. A adesão contribui também para a incorporação dos valores de desenvolvimento sustentável na cadeia de valor da Brisa. Norma AA1000 APS Em 2009, a Brisa iniciou a preparação da implementação da Norma AA1000, através de um diagnóstico de aderência aos princípios deste referencial. Este diagnóstico, que envolveu as diferentes áreas do Centro Corporativo, as Concessões e as várias Unidades de Negócio, estruturou-se em três fases que dão resposta aos Princípios da Norma AA1000 APS: FASE 1 - Princípio da Inclusão. Auscultação e envolvimento com os diferentes grupos das partes interessadas. FASE 2 - Princípio da Materialidade. Identificação das expetactivas, preocupações e necessidades das partes interessadas. FASE 3 - Princípio da Resposta. Acções, iniciativas e procedimentos que asseguram a resposta às necessidades identificadas. Em, este diagnóstico foi actualizado, tendo sido realizada nova consulta às diferentes áreas envolvidas e revista a respectiva tabela, apresentada na página. Princípios do United Nations Global Princípio Página Princípios dos Direitos Humanos 1 Respeitar e proteger os direitos humanos 87 2 Impedir violações dos direitos humanos 87 Princípios do Direito Do Trabalho 3 Apoiar a liberdade de associação no trabalho 55, 56, 79, 80 4 Abolir o trabalho forçado 89 5 Abolir o trabalho infantil 89 6 Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho 88 Princípios de Protecção Ambiental 7 Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais 44-52, 65-76 8 Promover a responsabilidade ambiental 44-52, 65-76 9 Encorajar tecnologias que não agridam o meio ambiente 44-52, 65-76 Princípio Contra a Corrupção 10 Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e suborno 29, 92

18 R S 001 APRESENTAÇÃO PARTES INTERESSADAS FORMAS DE AUSCULTAÇÃO (Fase 1) EXPECTActivaS (Fase 2) ACCIONISTAS Gabinete de Relações com Investidores / Accionistas Estudo anual de percepção sectorial Roadshows / relatórios de feedback Criação de valor Informação transparente e rigorosa COLABORADORES Portal do Colaborador e Portal da Qualidade Canal de Comunicação de Irregularidades e Provedor de Ética Reuniões periódicas Comissão de Trabalhadores Reunião Gestores da Qualidade e Sustentabilidade Acompanhamento dos sistemas de gestão Questionário de Avaliação da Formação Questionários de Satisfação das Auditorias Internas da Qualidade Sistema de Oportunidades de Melhorias Activas Estabilidade de emprego Perspectivas de progresso profissional Condições de trabalho CLIENTES Estudo de avaliaçäo da satisfaçäo dos clientes - MI-Care Follow-up de avaliaçäo da satisfaçäo dos clientes com o serviço prestado pela Assistência Rodoviária, Nº Azul e serviço nas Lojas Cliente Mistério nas obras de alargamento e Áreas de Serviço Avaliação da Qualidade e Higiene Alimentar das Áreas de Serviço Inquéritos a clientes Canais de atendimento disponíveis: sites, n.º azul, lojas Sistema de Gestão de Reclamações Segurança, conforto e fluidez do tráfego Qualidade da infra-estrutura e do serviço prestado, necessidade de percepção de valor recebido Contacto acessível e transparente REGULADOR Gestão activa do Contrato de Concessão Reuniões prévias, formais e informais Cumprimento do Contrato de Concessão ESTADO Gestão activa de acompanhamento das obrigações contractuais Contacto permanente Cumprimento do Contrato de Concessão PARCEIROS Propostas dos sindicatos e processo negocial Reuniões periódicas (mensal ou trimestral) Comissões paritárias (quando necessário) Gestão do Contrato de Empreitada Cumprimento dos contratos e protocolos em vigor Criação de oportunidades e colaboração activa nas iniciativas desenvolvidas MERCADOS FINANCEIROS Consulta de entidades financeiras Processo negocial Acompanhamento diário, através de reuniões Análise de relatórios de research Criação de valor Informação transparente e rigorosa FORNECEDORES Processo e sessões de negociação do Contrato Realização de reuniões de acompanhamento Transparência e rigor CONCORRENTES COMUNIDADES LOCAIS OPINIÃO PÚBLICA Análise profunda aos concorrentes no âmbito do processo de planeamento estratégico Estudo de benchmarking de performance económico- -financeira Processo de consulta pública, ao nível de estudos de impacte ambiental Canal dedicado para relação com Comunicação Social Realização de inquéritos anuais Estudo de percepção aos jornalistas Monitorização e avaliação trimestral de notícias Transparência e rigor Contributo para o desenvolvimento local Soluções de mobilidade e de acessibilidade Transparência e informação de qualidade

R S 001 APRESENTAÇÃO 19 RESPOSTA (Fase 3) TEMAS MATERIAIS Adopção de estratégias que visem a valorização das acções Informação regular através de canais disponíveis: Relatório e Contas e Relatório de Sustentabilidade Site Brisa, e-mail dedicado, telefone Reuniões e eventos específicos, como o Investors Day e a Assembleia-Geral Ética e Transparência Eco-eficiência e Gestão Operacional Processos de gestão de pessoas da empresa, exemplo: Gestão do desempenho Carreiras Compensação Formação Canais de comunicação (ver canais referidos na coluna Formas de Auscultação ) Gestão de Talento Saúde e Segurança Cultura Empresarial A nível operacional: Novos equipamentos, sistemas e procedimentos de segurança rodoviária Gestão de pavimentos e obras de arte Serviço de patrulhamento e de assistência Grupo Trabalho de Obras de Alargamento, Grupo Trabalho Gestão e Comunicação de Crise A nível da informação prestada: Sistema de gestão de reclamações Informação multicanal de condições de circulação nas auto-estradas (canais de atendimento Brisa, Repórter Brisa, Rádios, Comunicados de imprensa, folhetos distribuídos,...) Rede de Lojas, Áreas de Serviço e Quiosques de Informação Número Azul - Assistência e Informação e Linha de Apoio a Clientes Via Verde Assistência e Informação à Comunidade Surda via sms Sítios internet Criação de eventos/actividades/questões Cumprimento rigoroso do Contrato de Concessão Definição de critérios de melhoria da prestação de serviço Optimização de soluções técnicas Elaboração e concretização de estudos específicos Processo negocial, com reflexo no Contrato de Concessão Gestão contratual Criação de eventos/actividades/questões Elaboração de Relatórios Análise das propostas, sugestões e reclamações Negociação do ACT Modelo de inovação em rede Desenvolvimento de projectos conjuntos a longo prazo Protocolos de parceria com universidades e instituições de investigação Apoio à produção de literatura científica Segurança Rodoviária Gestão Activa de Tráfego Serviço ao Cliente Cumprimento do Contrato de Concessão Cumprimento do Contrato de Concessão Eco-sistema de Inovação Certificação Consideração dos resultados do estudo de benchmark na tomada de decisão da Brisa Ética e Transparência Eco-eficiência e Gestão Operacional Resolução de problemas associados à presença da auto-estrada Colaboração na procura de soluções de mobilidade na óptica de acesso às auto-estradas Definição de Planos de Acção, considerando as expectactivas das partes interessadas Inclusão dos aspectos relevantes nos sistemas de gestão das diferentes unidades de negócio Mitigação, atenuação e/ou preparação de uma estratégia de eliminação de impactes negativos Ética e Transparência Canal dedicado para relação com a Comunicação Social Reuniões, conferências de imprensa, apoio a reportagens, prestação de informação de background Ética e Transparência Contributo para o desenvolvimento local Soluções de mobilidade e de acessibilidade Envolvimento das Partes Interessadas Externalidades Positivas Contributo dos Colaboradores Transparência e informação de qualidade Ética e Transparência Eco-eficiência e Gestão Operacional

20 R S 001 APRESENTAÇÃO C O Grupo Brisa EM, A AUTO-ESTRADAS DETINHA SEIS CONCESSÕES RODOVIÁRIAS: CONCESSÃO (BCR), ATLÂNTICO, L, DOURO LITORAL, BAIXO TEJO E LITORAL OESTE. A É DESTE MODO RESPONSÁVEL PELA CONCESSÃO DE 1 678 KM DE VIA, DISTRIBUÍDOS POR 17 AUTO-ESTRADAS DE NORTE A SUL DO PAÍS. Com 40 anos de actividade, a Brisa Auto-estradas é uma das maiores operadoras de auto-estradas do mundo e a maior empresa de infra-estruturas de transporte em Portugal. A Brisa Auto-estradas de Portugal tem um conjunto de activos repartidos por quatro áreas de negócio: concessões rodoviárias, serviços de mobilidade, área internacional e outros negócios de infra-estruturas de transporte. Para apoiar a sua actividade, a Brisa detém outras empresas de serviços rodoviários, destacando-se a Brisa Operação e Manutenção (Brisa O&M), que garante as operações de todas as concessionárias nacionais do Grupo, e a Via Verde, um dos produtos mais emblemáticos da Brisa, que permite o pagamento electrónico de portagens, parques de estacionamento e bombas de gasolina. Ao nível internacional, a Brisa tem desenvolvido as suas competências nas áreas da operação e manutenção, bem como em projectos de consultoria na área da mobilidade, marcando presença em parceiros locais nos mercados indiano e holandês/norte da Europa. A empresa controla igualmente a concessão rodoviária Northwest Parkway, em Denver, no Estado do Colorado dos EUA. Presente no mercado de capitais há mais de uma década, a Brisa está cotada na Euronext Lisboa, integrando o seu principal índice, o PSI 20. No final de, apresentava uma capitalização bolsista acima de 1 500 milhões de euros. A Brisa integra também o índice Euronext 100, que reúne as maiores empresas de França, Holanda, Bélgica e Portugal, o Bloomberg European 500, que congrega as 500 empresas europeias com maior capitalização bolsista, e o FTSE4Good, referência europeia no que respeita à Responsabilidade Social. As Concessões Brisa Concessão Rodoviária (BCR) 11 auto-estradas: A1 (Norte), A2 (Sul), A3 (Porto/Valença), A4 (Porto/Amarante), A5 (Costa do Estoril), A6 (Marateca/ Elvas), A9 (CREL-Circular Regional Exterior de Lisboa), A10 (Bucelas/Carregado), A12 (Setúbal/Montijo), A13 (Almeirim/Marateca) e A14 (Figueira da Foz/Coimbra Norte); Extensão: 1 116 km; Período da concessão: Termina em 2035; Principal eixo rodoviário nacional, estendendo-se de Norte a Sul e de Este a Oeste; Para a realização total da rede falta apenas concretizar a construção do acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa. Brisal (Auto-estradas do Litoral Centro) 1 auto-estrada: A17 (Marinha Grande/Aveiro); Extensão: 92,7 km; Período da concessão: 22 a 30 anos; Investimento: 575 milhões de euros; áreas de negócio concessões rodoviárias BCR AEA L AEDL AEBT AELO SERVIÇOS RODOVIÁRIOs BOM BIT VVP MCALL CONTROLAUTO INTERNACIONAL NWPY FBH BNV INFRA-ESTRUTURAS BEG ELOS ASTERION TIIC

R S 001 APRESENTAÇÃO 21 Interliga a A8, a A17 e a A29, constituindo o segundo eixo rodoviário Norte-Sul, que liga Lisboa ao Porto através da região Oeste; Concessão totalmente automatizada, através da implementação dos sistemas Via Manual e Via Mais Verde. Auto-estradas do Atlântico 2 auto-estradas: A8 (Lisboa/Leiria) e A15 (Caldas da Rainha/Santarém); Extensão: 170 km; Período da concessão: 30 anos; Forte componente urbana, servindo a região Norte da área metropolitana de Lisboa; Concessão Litoral Oeste 3 auto-estradas: IC2, IC9 e IC36 Extensão total: 111,6 km. Cerca de 81,7 km de construção e de exploração, 26,8 km só de exploração e 3,1 km de alargamento; Período da concessão: 30 anos; Investimento: 622 milhões de euros; Localizada na zona centro do país, liga a A1, a A8 e a A17. Concessão Baixo Tejo 4 auto-estradas: IC32, IC3, IC20 e IC21. Uma estrada regional e outras vias (Convém referir, de forma a ficar coerente com a apresentação das restantes concessões, também é importante registar as localidades de início e de término de cada um dos IC); Adjudicada em Janeiro de 2009; Extensão total: 68 km, dos quais 17 km com portagem. A rede existente tem uma extensão de 34 km, compreendendo o IC32, IC3, IC20 e IC21. A rede a construir, com cerca de 34 km, inclui o IC32, vias de ligação à Trafaria e Funchalinho e a ER 377-2. Período de concessão: 30 anos; Investimento previsto: 289 milhões de euros; Concepção, projecto, construção, aumento do número de vias, financiamento, exploração e conservação de lanços de auto-estrada, estrada regional e conjuntos viários associados no distrito de Setúbal; Fortes sinergias com a rede Brisa, uma vez que esta concessão ligará a A2 à A12; ficou marcado pela abertura de sublanço do IC 32 e do seu troço Casas Velhas/Palhais. Concessão Douro Litoral 3 Auto-estradas com portagem real: A32 (Oliveira de Azeméis/IP 1-São Lourenço), A41 (Circular Regional Exterior do Porto) e A43 (Porto/A41-Aguiar de Sousa); Extensão: 76 km; Período da concessão: 27 anos; Investimento: cerca de mil milhões de euros; Rede essencial para o desenvolvimento económico interligando e complementando outras infra-estruturas existentes, entre as quais a A1, a A3 e a A4. Operação e manutenção, por um período de cinco anos (até Março de 2013), dos principais eixos rodoviários que circundam a Área Metropolitana do Porto, perfazendo esta segunda rede cerca de 53 km; Em foram abertas à circulação a A41/CREP e a A32. OS SERVIÇOS RODOVIÁRIOS Brisa Operação e Manutenção (BO&M) Constituída em Dezembro de 2009; Reúne todos os serviços de operação e manutenção; Actua em serviços de referência, como a gestão activa de tráfego, informação e satisfação do cliente, bem como a assistência e rede das áreas de serviço. Via Verde INDICADORES ECONÓMICOS Investimento em auto-estradas 84,2 milhões de euros Investimento na comunidade 1,2 milhões de euros Investimento em Ambiente 11,1 milhões de euros Investimento em I&D 4,9 milhões de euros Controlada em 60% pela Brisa, 20% pela Ascendi e em 20% pela SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços), a empresa que centraliza as compensações interbancárias e gere a rede Multibanco; Disponibiliza um sistema de pagamento automático de uma forma totalmente electrónica, sem que o veículo tenha de parar na via; Esta forma de pagamento electrónica foi disponibilizada a outras operadoras de auto-estradas em Portugal (AEA, Ascendi, Mafratlântico, Brisal e Lusoponte), promovendo a interoperabilidade entre as diversas redes;

22 R S 001 APRESENTAÇÃO Com este sistema inovador completamente implantado, Portugal tornou-se o primeiro país do Mundo com uma rede integrada de portagem non-stop electrónica; Sistema disponível em vários parques de estacionamento de diferentes operadores nacionais, nos postos de abastecimento da rede GALP e nos restaurantes com McDrive da McDonald s; Representa aproximadamente 62% das transacções realizadas em portagens em Portugal; Presente em mais de 1 400 km de auto-estradas e pontes, cerca de 92 parques de estacionamento e 97 postos de abastecimento; Em, a Via Verde atingiu os três milhões de Mcall utilizadores. Empresa especializada na prestação de serviços de contact center; Responsável pela linha de apoio ao cliente Via Verde, bem como pelo atendimento do Número Azul da Brisa e pela linha de atendimento da Controlauto; Faz ainda a gestão de pedidos de assistência por parte de deficientes auditivos (via SMS) nas auto-estradas. Brisa Inovação e Tecnologia (BIT) Constituída em Dezembro de 2009; Resulta da fusão da Brisa Access Electrónica Rodoviária (BAER) com a Direcção de Inovação e Tecnologia (DIT); Desenvolve actividades de investigação, concepção, desenvolvimento, produção, instalação, suporte e manutenção de todos os equipamentos, sistemas e serviços inteligentes de transporte, que suportam a operação e a exploração de auto-estradas do Grupo; Acompanha e apoia as necessidades de soluções tecnológicas da Brisa noutros domínios geográficos e no desenvolvimento do seu negócio. Controlauto (CTA) Opera no sector de inspecção de veículos automóveis; Detém uma rede de 46 centros de inspecção; AS INFRA-ESTRUTURAS Brisa Engenharia e Gestão (BEG) Actividade focada nas áreas de gestão e coordenação de estudos e projectos, expropriações e fiscalização de empreitadas, gestão de obras de arte e pavimentos; Colaborou no concurso público internacional para a concessão do troço Poceirão-Caia, integrado na ligação ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid. O concurso encontra-se suspenso por decisão governamental. Colaborou na preparação para o futuro concurso do novo aeroporto de Lisboa; No mercado internacional, destaca-se o compromisso com a AGA (Algérienne de Gestion des Autoroutes). ELOS - Ligações de Alta Velocidade S.A. Participação Brisa: 16,3%; Contrato de concessão com o Estado: Maio de 2010. O Contrato foi suspenso em por decisão governamental. Investimento: 1 496 milhões de euros. INTERNACIONAL EUA: Northwest Parkway (NWPY) Representa um dos marcos no processo de internacionalização da Brisa e um teste à capacidade da empresa para agregar valor a uma operação nesse mercado; Implementou projectos inovadores, tendo em vista optimizar a sua eficácia operacional, como a substituição do antigo sistema de cobrança de portagens e a introdução de um modo totalmente electrónico. Com o reconhecimento automático de matrículas, tornou-se pioneira na cobrança electrónica de portagens. Holanda : Brisa Nedmobiel Ventures Criada no final de 2010, posiciona-se como uma plataforma de internacionalização da Brisa, prestando serviços e soluções de mobilidade inovadoras e serviços de operação e manutenção. Resulta do reajustamento da estratégia da Movenience, que levou a Brisa a aumentar a sua participação inicial, constituindo a BNV Mobility, numa parceria 50-50 com a NedMobiel. No âmbito da mobilidade, tem em curso projectos em Roterdão e Utrecht, na Holanda. Em termos de operação e manutenção está a decorrer um Contrato de consultoria, na Turquia, para o consórcio NÖMAYãG, relativo ao projecto de construção da auto-estrada que ligará Gebze a Izmir. Índia: Feedback Brisa Highways (FBH) Fruto de parceria entre a Brisa e a Feedback Infrastructures Limited, a Feedback Brisa Highways (FBH) foi criada para actuar na área de prestação de serviços de operação, manutenção e cobrança de portagens no mercado de infra-estruturas indiano. Em foi assinalado um marco na história da FBH, com a constituição da FBH One, uma parceria entre a FBH e a Reliance Infrastructure Ltd (RIL), tornando-se o veículo preferencial para a operação, manutenção e cobrança de portagens das concessões do grupo indiano Reliance. Ainda em foi atribuída à FBH a operação da Bandra- Worli Sea Link, concessão localizada em Mumbai, cuja data de entrada em serviço está dependente da decisão do concedente.

R S 001 APRESENTAÇÃO 23 C Governo da Sociedade UM BOM GOVERNO DA SOCIEDADE CONSTITUI UM ELEMENTO MOTIVADOR PARA UMA GESTÃO EFICAZ E EFICIENTE, EM BENEFÍCIO DE TODAS AS PARTES INTERESSADAS, ASSEGURANDO A COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE INTERESSES ECONÓMICOS, SOCIAIS, INDIVIDUAIS E PÚBLICOS. A Brisa adopta o Código de Governo das Sociedades divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), nos termos do N.º1 do art.º 1.º, do Regulamento CMVM nº 1/2010. Assim, nos termos e para os efeitos deste Regulamento, a Brisa declara que o grau de cumprimento das recomendações contidas no Código de Governo das Sociedades da CMVM, é o seguinte: RECOMENDAÇÕES CMVM Grau de cumprimento I. Assembleia-Geral I.1 Mesa da Assembleia-Geral I.1.1 O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral deve dispor de recursos humanos e logísticos de apoio que sejam adequados às suas necessidades, considerada a situação económica da sociedade. I.1.2 A remuneração do Presidente da Mesa da Assembleia-Geral deve ser divulgada no Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade. Cumpre Cumpre I.2 Participação na Assembleia-Geral I.2.1 Não aplicável por força do art. 23-C do CVM I.2.2 Não aplicável por força do art. 23-C do CVM I.3 Voto e Exercício do Direito de Voto I.3.1 As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária do voto por correspondência nem, quando adoptado e admissível, ao voto por correspondência electrónico. I.3.2 O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida por correspondência não deve ser superior a três dias úteis. I.3.3 As sociedades devem assegurar a proporcionalidade entre os direitos de voto e a participação accionista, preferencialmente através de previsão estatutária que faça corresponder um voto a cada acção. Não cumprem a proporcionalidade as sociedades que, designadamente: i) Tenham acções que não confiram o direito de voto; ii) Estabeleçam que não sejam contados direitos de voto acima de certo número, quando emitidos por um só accionista ou por accionistas com ele relacionados. I.4 Quórum Deliberativo As sociedades não devem fixar um quórum deliberativo superior ao previsto na lei. I.5 Actas e Informação sobre Deliberações Adoptadas Extractos das Actas das reuniões da Assembleia-Geral, ou documentos de conteúdo equivalente, devem ser disponibilizadas aos accionistas no sítio internet da Sociedade, no prazo de cinco dias após a realização da Assembleia-Geral, ainda que não constituam informação privilegiada. A informação divulgada deve abranger as deliberações tomadas, o capital representado e os resultados das votações. Estas informações devem ser conservadas no sítio na internet da Sociedade durante pelo menos três anos. Cumpre Cumpre Cumpre Cumpre Cumpre I.6 Medidas relactivas ao Controlo das Sociedades I.6.1 As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de Ofertas Públicas de Aquisição devem respeitar os interesses da Sociedade e dos seus accionistas. Os estatutos das sociedades que, respeitando esse princípio, prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único accionista, de forma individual ou em concertação com outros accionistas, devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela Assembleia-Geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária sem requisitos de quórum agravado relactivamente ao legal e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione. Cumpre